
Parlamentar acusa prefeitura de maquiar realidade ao afirmar que zerou filas de exames e cirurgias. Ela relata casos de pacientes que esperam há meses por atendimento e cobra medidas urgentes. Indicações por melhorias em bairros também foram apresentadas
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Realidade não cabe no slogan. Esse foi o tom do discurso da vereadora Silma Alves (Republicanos), que usou o plenário da Câmara de Barreiras, na noite desta terça-feira (22), para desmontar a narrativa oficial da prefeitura que anunciou ter “zerado a fila” de exames médicos e cirurgias eletivas. Em fala direta, a parlamentar afirmou que a propaganda não se sustenta diante da realidade vivida pela população.
“É um discurso bonito no papel, mas completamente desconectado dos corredores dos postos de saúde, da sala de espera e, principalmente, do sofrimento silencioso de quem precisa de atendimento médico”, afirmou Silma, ao relatar casos concretos de pessoas que aguardam há meses — e até mais de um ano — por exames simples, como uma ultrassonografia transvaginal.
Os protocolos que não andam
A vereadora destacou que seu gabinete tem sido procurado por moradores que já apresentaram documentação, têm protocolo em mãos, mas continuam sem retorno do setor responsável pelas marcações. Para ela, a lentidão no atendimento fere a dignidade de quem depende do SUS.
“Tenho pessoas que me mostram exames com protocolo e, até hoje, a marcadora não liga, não dá satisfação. Isso é grave. Não estou inventando história.”
Medicamentos em falta e exames em espera
Silma também denunciou a carência de medicamentos básicos nas unidades de saúde. Dipirona, paracetamol e antibióticos comuns, segundo ela, continuam em falta em vários postos, agravando a situação de quem já enfrenta demora para consultas e diagnósticos especializados.
A fila que ninguém viu andar
A vereadora questionou a quem serve a versão de que as filas foram zeradas, uma vez que, na prática, a angústia continua. Ela reconheceu que o problema é crônico, mas criticou o uso da comunicação oficial para encobrir falhas estruturais.
“Zerou pra quem? Porque não foi pro povo. Propaganda não pode substituir a realidade.”
De olho na periferia: postes, lombadas e asfalto
Em tom propositivo, Silma apresentou indicações voltadas à infraestrutura de bairros esquecidos. Ela cobrou a instalação de quatro postes na Rua São Judas Tadeu, no bairro Vila Rica, onde, segundo ela, os moradores vivem às escuras após o anoitecer.
“Ninguém vê nada depois das seis da tarde. Já existe projeto, mas falta o prefeito autorizar.”
Ela também pediu a instalação de um redutor de velocidade ao lado da quadra no Barreira Zum e a pavimentação de trecho da Avenida Internacional, no bairro Flamengo, próximo ao Colégio Alcivando Luz.
Mulheres e segurança no transporte público
Silma destacou ainda a importância da campanha “Parada Livre”, voltada à segurança das mulheres no uso do transporte coletivo noturno. O projeto, discutido em audiência pública, pretende permitir que mulheres desçam fora dos pontos tradicionais em horários de risco.
“Muitas vão para a faculdade ou trabalham à noite e têm que descer longe de casa, em locais perigosos. Essa campanha é uma necessidade.”
Silma Alves tem se destacado pelo enfrentamento de pautas sensíveis e por uma atuação firme no plenário. No primeiro mandato, a vereadora tem evoluído, apresentado propostas relevantes e feito inserções precisas, sempre com um tom responsável diante dos desafios que Barreiras enfrenta – especialmente na área da saúde.
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