Ex-Juiz ligado à Operação Faroeste tem prisão domiciliar revogada pelo STJ

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou a decisão de revogar a prisão domiciliar do ex-juiz Sérgio Humberto de Quadro Sampaio, cujo nome ficou em evidência durante as investigações da Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal em 2019. Esta operação tem como alvo um alegado esquema de corrupção no sistema judiciário. Sampaio, que atuava na comarca de Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia, teve sua prisão domiciliar substituída em 26 de fevereiro de 2022, após ser detido no Batalhão da Polícia Militar em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, onde estava desde 2019.

A revogação da prisão domiciliar foi decidida pelo STJ na última 3ª feira (12/mar). A defesa do ex-juiz também solicitou o fim do monitoramento eletrônico por tornozeleira, alegando ausência de justificativa para a manutenção das medidas cautelares.

Segundo informações, a defesa argumentou que o ex-juiz Sérgio Humberto foi aposentado compulsoriamente, o que, em sua visão, invalidaria as razões para as restrições impostas. Além disso, sustentou que não há risco para a colheita de provas ou para a instrução processual, e que manter as medidas cautelares representaria uma violação ao princípio da igualdade processual.

Apesar da revogação da prisão domiciliar, o STJ decidiu manter outras restrições, como a proibição de acesso às dependências do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), comunicação com outros investigados na Operação Faroeste ou com funcionários do TJ-BA, além da proibição de se ausentar da comarca de sua residência. O ex-juiz permanecerá sob monitoramento eletrônico por tornozeleira.

O ministro responsável pelo caso afirmou que não foram recebidas informações sobre novos incidentes ou indícios de outras atividades ilícitas por parte do ex-juiz. Ele também considerou que o fato de Sérgio Humberto estar aposentado compulsoriamente desde dezembro de 2021 enfraquece uma possível influência do acusado sobre atos judiciais. No entanto, ressaltou que a revogação da prisão domiciliar não impede uma nova decretação caso surjam motivos justificáveis.

Tito prestigia o lançamento da categoria feminina das Copinhas da Bahia, em Barreiras

O Congresso Técnico aconteceu na Vila Brasil com a presença de representantes dos clubes e da comunidade em geral

Da ASCOM Tito, editado por Caso de Política – O entusiasmo tomou conta da Vila Brasil nesta última 5ª feira, 14 de março, durante o lançamento da aguardada categoria feminina das Copinhas da Bahia. O evento contou com a presença marcante de Tito, figura emblemática na promoção do esporte local, que demonstrou seu compromisso contínuo com o desenvolvimento da comunidade.

Com apoio integral do Governo do Estado da Bahia, os participantes terão acesso a um amplo suporte, incluindo material esportivo completo, pagamento de arbitragem, troféus e medalhas

O Congresso Técnico reuniu representantes dos clubes, entusiastas do esporte e membros da comunidade em geral, demonstrando o amplo apoio e interesse na iniciativa.

“Tito tem se empenhado de forma permanente para construir soluções no intuito de incentivar o esporte em Barreiras, com a implementação de importantes projetos, dentre eles as Copinhas da Bahia, realizado em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE)”, destacou um dos organizadores.

O projeto, que visa atender 126 times e mais de 2 mil atletas, tem como objetivo proporcionar uma plataforma inclusiva e estruturada para o desenvolvimento esportivo local. Com apoio integral do Governo do Estado da Bahia, os participantes terão acesso a um amplo suporte, incluindo material esportivo completo, pagamento de arbitragem, troféus e medalhas.

O projeto Copinhas da Bahia vai atender 126 times e mais de 2 mil atletas

A inauguração da 1ª edição da Copa Feminina crava um marco histórico para a comunidade esportiva, especialmente neste mês dedicado às mulheres. Durante o evento, Tito expressou seu entusiasmo com a oportunidade de promover a inclusão das mulheres no esporte, destacando o compromisso do projeto em fornecer toda a estrutura necessária para a participação feminina.

“Este é para nós um momento ímpar, pela possibilidade de promover a inclusão das mulheres no esporte, com a realização da Copa Feminina, em especial no mês das mulheres, com o fornecimento de toda a estrutura necessária para a participação delas, neste importante projeto, desenvolvido através da Secretaria de Emprego, Trabalho, Renda e Esporte (SETRE), com o apoio integral dos Governos Estadual e Federal, com o objetivo de garantir o apoio à prática esportiva em Barreiras e região”, comentou Tito.

Levantamento do Caso de Política revela falta de representatividade feminina em legislativos municipais do Oeste da Bahia

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na busca por compreender a representatividade feminina nos espaços de poder da região oeste da Bahia, o Portal Caso De Política realizou uma investigação minuciosa, abrangendo 30 cidades que compõem os dois Territórios de Identidade, Velho Chico e Oeste Baiano. Os resultados, contudo, revelam uma realidade ainda bastante tímida e desafiadora para as mulheres na esfera política local. Os dados foram extraídos das bases do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em municípios como Wandeley, Catolândia, Mansidão e Matina, cada um com nove assentos parlamentares, a ausência de mulheres é notória, visto que nenhum representante do sexo feminino conseguiu se eleger nas eleições municipais de 2020. Situação semelhante é observada em São Desidério, onde, dentre as 13 cadeiras disponíveis, nenhuma foi ocupada por mulheres durante todo o mandato, que se encerra ao final de 2024.

Em um panorama mais amplo, o cenário não se mostra favorável. Em cidades como Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Carinhanha, Cristópolis, Baianópolis, Riachão das Neves, Buritirama, Muquém do São Francisco e Sítio do Mato, apenas uma mulher ocupa vaga nas respectivas casas de leis municipais, o que representa 11,11% do total de postos legislativos.

Em Feira da Mata, Cotegipe, Angical e Morpará, das nove cadeiras disponíveis em cada cidade, apenas duas são ocupadas por mulheres, totalizando 22,22% de representatividade feminina. Em Ibotirama, Igaporã, Malhada e Oliveira dos Brejinhos, onde o número de cadeiras também é de nove, apenas 9,09% dos assentos são ocupados por mulheres.

Formosa do Rio Preto apresenta uma taxa um pouco mais alta, com duas mulheres entre os 11 legisladores, o que corresponde a 18,18% de representatividade feminina. Em Paratinga e Serra do Ramalho, das 13 cadeiras no legislativo, apenas uma é ocupada por uma mulher, totalizando 7,69%.

Já em Riacho de Santana, embora a presença feminina seja um pouco mais expressiva, com três mulheres exercendo atividade parlamentar entre as 13 vagas disponíveis, ainda há um longo caminho a percorrer. Em Barra, Luís Eduardo Magalhães e Santa Rita de Cássia, a situação não é diferente, com respectivamente três, três e uma mulher entre os vereadores, evidenciando a necessidade urgente de ampliação da representatividade feminina nos espaços de poder municipais.

Diante desses dados, torna-se evidente a importância de políticas e iniciativas que visem promover a participação e a representatividade das mulheres na política local, garantindo uma democracia mais inclusiva e equitativa para todos os cidadãos.

Barreiras, a Capital do Oeste Baiano, desponta como exemplo de representatividade feminina se comparadas com capitais dos 26 Estados

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No mês de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, o Portal Caso de Política traz à tona um levantamento revelador, baseado em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que coloca em destaque a cidade de Barreiras, na Bahia, como um verdadeiro bastião da representatividade feminina na política local. Em um panorama comparativo com as 26 capitais de estados brasileiros, Barreiras emerge como um ponto fora da curva, elegendo um percentual significativo de mulheres para sua Câmara Municipal, superando até mesmo algumas capitais estaduais.

Os números não mentem: em 2020, durante as eleições municipais, os eleitores de Barreiras depositaram sua confiança em seis mulheres, um feito notável que reflete uma mudança significativa no cenário político local. Entre as cinco candidatas mais votadas, três são mulheres, evidenciando não apenas a vontade do eleitorado, mas também a competência e o engajamento feminino na esfera política da cidade.

A Dra. Graça, figura proeminente na comunidade local, encabeça a lista das mais votadas, conquistando 1.961 votos, seguida de perto pela Irmã Silma, eleita com expressivos 1.455 votos, garantindo a terceira posição no ranking. Carmélia da Mata também se destaca, ocupando a quinta colocação com 1.369 votos. Além delas, outras mulheres também obtiveram uma quantidade significativa de votos, garantindo sua presença na Câmara Municipal de Barreiras, sendo: Tetéia com 1.296 votos, Beza 830 e Ivete Ricardi que recebeu 667.

Para contextualizar esse feito histórico, é importante comparar os números de Barreiras com os das 26 capitais estaduais. Considerando o percentual de cadeiras ocupadas por mulheres nas câmaras municipais das capitais, percebe-se claramente a liderança de Barreiras nesse aspecto. Enquanto na maioria das capitais o percentual varia entre 20% e 30%, Barreiras se destaca com impressionantes 31,58% de suas 19 cadeiras ocupadas por mulheres, consolidando sua posição como uma das cidades mais femininas no cenário político municipal.

Por exemplo, Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), capitais de estados importantes, apresentam percentuais que giram em torno de 20% a 25% de representatividade feminina em suas câmaras municipais. Fortaleza (CE), Natal (RN) e Rio de Janeiro (RJ) seguem a mesma tendência, com aproximadamente 20% de cadeiras ocupadas por mulheres. Já capitais como Campo Grande (MS) e João Pessoa (PB), apresentam percentuais lamentavelmente baixos, em torno de 3% a 4%.

Diante desses dados, fica evidente que Barreiras se destaca como um exemplo a ser seguido no que diz respeito à participação e representatividade das mulheres na política. Seja pela mobilização da sociedade civil, pelo engajamento político das candidatas ou pela conscientização do eleitorado, a capital do Oeste Baiano se firma como um oásis de equidade de gênero em um cenário político ainda predominantemente masculino.

Esse levantamento não apenas celebra as conquistas das mulheres na política local, mas também ressalta a importância de promover e incentivar a participação feminina em todos os níveis de tomada de decisão. Barreiras, com seu exemplo inspirador, demonstra que a igualdade de gênero não é apenas uma utopia, mas sim uma realidade que pode ser alcançada com determinação, comprometimento e ação coletiva.

Hong Kong sentencia condenações de até sete anos por invasão ao parlamento durante protestos de 2019

Reuters, editado por Caso de Política – No último sábado, um tribunal em Hong Kong proferiu sentenças de prisão que variaram de mais de quatro a quase sete anos para os 12 indivíduos envolvidos em um tumulto de grande repercussão relacionado à invasão do Legislativo da cidade durante os protestos pró-democracia de 2019. O episódio, que ocorreu em 1º de julho de 2019, representou um momento crucial nos protestos que agitaram a cidade contra o governo do Partido Comunista Chinês.

O juiz do tribunal distrital, Li Chi-ho, condenou um dos réus, o renomado ator Gregory Wong, a seis anos e dois meses de prisão após este se declarar inocente. Já os ativistas políticos Ventus Lau e Owen Chow, que se declararam culpados, receberam penas de 54 meses e 20 dias, e 61 meses e 15 dias, respectivamente. Li descreveu o incidente como um golpe sério ao Estado de direito da cidade, evidenciando a gravidade da invasão e suas consequências.

Detalhes do tumulto foram expostos durante o julgamento, incluindo a invasão do edifício legislativo com barricadas de metal, atos de vandalismo e a disseminação de mensagens políticas nos muros. A ex-presidente do sindicato estudantil da Universidade de Hong Kong, Althea Suen, de 27 anos, também foi condenada a quatro anos e nove meses de prisão após se declarar culpada.

Enquanto os réus eram conduzidos para longe da sala do tribunal sob os olhares de familiares e apoiadores emocionados, Chow expressou seu sentimento de responsabilidade e justificativa para suas ações. O ativista defendeu a necessidade de agir em defesa dos direitos básicos, destacando o papel das manifestações como um recurso de voz para os ignorados, em concordância com Martin Luther King.

O ator Gregory Wong, por sua vez, afirmou que sua prisão impactou negativamente sua carreira e comprometeu sua liberdade de expressão. Enquanto isso, outros acusados, como os repórteres Wong Ka-ho e Ma Kai-chung, foram considerados culpados por permanecer nas cercanias da câmara legislativa e receberam multas. O julgamento até então resultou em mais de 10.200 prisões e inúmeras acusações, refletindo a amplitude do movimento de protesto de 2019.

Kim Jong Un, da Coreia do Norte, dirige carro dado por Putin e supervisiona exercícios militares

Reuters, editado por Caso de Política – O líder norte-coreano Kim Jong Un protagonizou um marcante cenário ao ser visto publicamente dirigindo um carro presenteado por Vladimir Putin, presidente russo, em um gesto interpretado como simbolização do fortalecimento das relações entre os dois países, conforme divulgado pela mídia estatal neste sábado, segundo informações da Reuters sob edição do Caso de Política.

O líder norte-coreano Kim Jong Un participa de uma manifestação militar na Coreia do Norte, nesta foto divulgada em 16 de março de 2024 pela Agência Central de Notícias da Coreia. KCNA via REUTERS

O estreitamento dos laços entre Pyongyang e Moscou teve início após o encontro entre Kim e Putin em setembro, com ambos se comprometendo a fortalecer os laços militares. Apesar das acusações do Ocidente de que a Coreia do Norte estaria fornecendo armamentos à Rússia para incursões na Ucrânia, os líderes negaram veementemente tais alegações.

A viagem de Kim, conduzindo uma luxuosa limusine russa Aurus na sexta-feira, foi descrita pela irmã do líder, Kim Yo Jong, como “uma evidência clara da amizade entre a RPDC e a Rússia, que está se aprofundando em um novo patamar”, segundo relatos da mídia estatal KCNA, utilizando a nomenclatura oficial da Coreia do Norte, República Popular Democrática da Coreia.

Além de dirigir o veículo presenteado, Kim Jong Un supervisionou os exercícios de guerra aérea, manifestando a necessidade de uma preparação “realista” para enfrentar potenciais conflitos, conforme reportou a KCNA, após o término dos exercícios conjuntos anuais entre Coreia do Sul e Estados Unidos ao longo da semana.

O líder norte-coreano enfatizou que apenas um treinamento real associado à guerra pode forjar soldados verdadeiramente preparados para o combate. A decisão de Pyongyang em encerrar um pacto militar intercoreano de 2018, que visava acalmar as tensões na região, foi evidenciada com a participação de Kim na cerimônia de inauguração de uma estufa de última geração na sexta-feira, conforme detalhado pela KCNA. Imagens revelaram a filha de Kim, Ju Ae, integrando os treinamentos e a solenidade de abertura, acrescentando nuances de proximidade familiar ao evento.

(VÍDEO) “A fonte do poder na Rússia é o povo”, diz Vladimir Putin em discurso de vitória

Putin foi reeleito com a esmagadora margem de 87% dos votos

Caso de Política com informações da Sputnik – Em um discurso de vitória repleto de assertividade e confiança, o presidente russo Vladimir Putin, em um vídeo divulgado pela Sputnik, enfatizou a significativa participação do povo russo no processo democrático de eleição, que resultou em sua reeleição com uma (VÍDEO) “A fonte do poder na Rússia é o povo”, diz Putin em discurso de vitória.

Putin ressaltou, com as seguintes palavras iniciais, a importância do povo no cenário político do país: “A fonte do poder na Rússia é o povo”, citando um princípio consagrado na Carta Magna Russa. Para o líder, as eleições representam mais do que um procedimento formal, constituindo a manifestação uníssona da vontade da população russa.

Em um gesto de gratidão, dirigiu-se aos cidadãos russos:

“Agradeço a todos os russos pela confiança, farei tudo ao meu alcance para alcançar minhas prioridades e objetivos.”

Putin assegurou que os planos de desenvolvimento do país serão implementados de forma diligente e os objetivos traçados alcançados, enfatizando que os resultados eleitorais refletem a confiança e a esperança dos cidadãos.

O presidente russo, ciente dos desafios que aguardam a nação, salientou a importância de cumprir os objetivos da operação militar em curso, enfatizando a gratidão à dedicação dos soldados na defesa da pátria. Destacou a necessidade de fortalecer a capacidade defensiva e as Forças Armadas da Federação da Rússia, dado o contexto atual e histórico do país.

Em relação à formação de um novo gabinete para o próximo mandato, Putin adotou uma postura ponderada, afirmando: “Não tenho pressa em nomear um novo gabinete, já que há dois meses e meio para tomar decisões”. O presidente expressou seus anseios por uma Rússia forte e independente, destacando a importância dos resultados eleitorais para alcançar esse objetivo.

“Devemos fazer todo o possível para que todos os objetivos sejam alcançados e todas as metas sejam atingidas”, concluiu Putin, firmando seu compromisso com o povo russo e delineando os desafios e realizações que marcarão seu novo mandato.

A Rússia tem 112,3 milhões de eleitores no país e por volta de 1,9 milhão no exterior. Cerca de 71% dos eleitores planejam comparecer às eleições, segundo a recente pesquisa do Centro Nacional do Estudo da Opinião Pública russo.
As eleições são monitoradas por mais de 333 mil observadores, incluindo mais de 700 representantes vindos de 106 países. Os observadores têm o poder de supervisionar se o processo decorre conforme a lei e registrar potenciais violações.
Concorreram: Vladimir Putin (candidato independente), Nikolai Kharitonov (Partido Comunista da Federação da Rússia, KPRF), Leonid Slutsky (Partido Liberal Democrata da Rússia, LDPR) e Vladislav Davankov (Novye Lyudi, ou Novas Pessoas, em português).

Quem pergunta conduz – por Luís Carlos Nunes

“Quem pergunta conduz” – essa simples afirmação encerra em si uma complexidade de significados que nos convidam a adentrar em uma jornada filosófica. O ato de questionar não se limita a buscar respostas prontas, mas sim a explorar os recônditos da mente, a desafiar o senso comum e a abrir-se para o desconhecido. Perguntar é, em essência, manifestar a curiosidade inerente ao ser humano, é exercitar a mente crítica, é mergulhar nas profundezas do pensamento.

Aquele que pergunta não apenas busca informações, mas também transforma, instiga, move-se em direção ao conhecimento. O questionamento nos coloca em contato com as incertezas do mundo, nos desafia a olhar para além das aparências, a questionar as verdades estabelecidas e a buscar novas perspectivas. A dúvida, longe de ser um obstáculo, é uma ferramenta poderosa para a expansão da consciência.

Ao nos abrirmos para as perguntas e para a reflexão, somos levados a trilhar caminhos inexplorados, a enfrentar desafios, a gerar insights e a crescer em sabedoria. O ato de questionar revela não apenas nossa sede de conhecimento, mas também nossa coragem em desafiar o status quo, em desbravar terrenos desconhecidos, em buscar a essência das coisas.

Assim, quem pergunta não apenas guia a si mesmo em uma jornada rumo ao entendimento, mas também ilumina o caminho daqueles que o rodeiam. O questionamento constante nos conecta com a riqueza da diversidade de ideias, nos leva a enxergar além das aparências, a compreender as contradições e a buscar a síntese no meio do caos.

Em uma sociedade onde as respostas prontas e a conformidade são frequentemente valorizadas, é fundamental resgatarmos o papel transformador das perguntas. No desafio constante de nos questionarmos e de questionar o mundo à nossa volta, encontramos não só a revelação do novo, mas também a redescoberta do velho sob um olhar renovado. Que possamos, assim, honrar a sabedoria contida na frase “quem pergunta conduz” e permitir que a curiosidade nos guie rumo à compreensão mais profunda do universo e de nós mesmos.

Travessia no Mar Mediterrâneo lidera estatísticas fatais de migrantes, aponta relatório recente da OIM

O estudo aponta que mais da metade do número total de mortes no período resultou de afogamentos

Caso de Política, com OIM – O mais recente levantamento da Organização Internacional para as Migrações (OIM) revelou um cenário alarmante: em 2023, um total de 8.565 indivíduos perderam suas vidas em rotas migratórias ao redor do mundo, tornando este ano o mais letal já registrado pela agência.

O Projeto Migrantes Desaparecidos, ligado à OIM, enfatizou um aumento de 20% em comparação ao ano anterior, colocando em destaque a urgência de implementação de medidas preventivas para evitar mais perdas irreparáveis.

Rotas perigosas e desregulamentadas A análise divulgada recentemente evidencia que a persistente escassez de vias seguras e regulamentadas está levando centenas de milhares de pessoas a se aventurarem anualmente em rotas perigosas e desregulamentadas, com destaque para a travessia do Mar Mediterrâneo, que se mantém como a rota mais mortal, com pelo menos 3.129 mortes e desaparecimentos registrados somente no último ano.

Ugochi Daniels, vice-diretora-geral da OIM, ressaltou que a triste marca de uma década do Projeto Migrantes Desaparecidos é um poderoso lembrete das vidas tragicamente ceifadas, uma realidade que reverberará em famílias e comunidades por muitos anos.

Renovação do compromisso pela segurança migratória Frente aos dados preocupantes, a vice-chefe da OIM enfatizou a necessidade premente de reafirmar o compromisso coletivo com ações que garantam uma migração segura para todos, visando assegurar que, daqui a uma década, indivíduos não precisem mais colocar em risco suas vidas em busca de circunstâncias melhores.

Afogamentos, acidentes viários e violência A atualização da OIM destacou que mais da metade das mortes de migrantes em 2023 resultou de afogamentos, seguidos por 9% em acidentes viários e 7% em episódios de violência.

Desde a implementação do Projeto Migrantes Desaparecidos em 2014, mais de 63 mil óbitos foram documentados ao redor do globo, embora a OIM ressalte os desafios na coleta de dados, especialmente em regiões remotas, indicando que o número real pode ser ainda maior.

Crise humanitária na Ucrânia já afeta 40% da população

São 15 milhões de ucranianos em necessidade de apoio; quase metade precisa de auxílio alimentar, já que produção agrícola e comércio foram interrompidos pelo conflito; até agora, já foram mais de 10,5 mil mortes de civis

Caso de Política com agências – A crise humanitária na Ucrânia, dois anos após o início da invasão russa, atinge 40% da população No dia 24 de fevereiro, completam-se exatamente dois anos desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia. O ataque interrompeu uma reunião crítica do Conselho de Segurança da ONU, que buscava evitar essa escalada de conflito.

Mesmo o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, que presidia a sessão no momento, ficou atônito enquanto o representante da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, questionava duramente os ataques devastadores em seu país.

A guerra não acabou” A ONU prontamente condenou a violenta escalada e apelos por um cessar-fogo e resolução negociada foram feitos por diversas partes. No entanto, dois anos depois, com um saldo de pelo menos 10,5 mil civis mortos e 19,8 mil feridos, o fim dos combates parece distante.

Segundo Saviano Abreu, porta-voz da ONU na Ucrânia, a guerra não teve fim e a intensidade dos bombardeios continua em ascensão.

A guerra não acabou e infelizmente não se vê mais a Ucrânia com tanta ênfase nas manchetes, mas isso não significa que a situação tenha melhorado. Pelo contrário, está muito pior. No ano passado, os bombardeios e ataques aumentaram consideravelmente. Em áreas próximas à linha de frente, a situação é catastrófica para os residentes mais afetados pela guerra”.

Com infraestrutura civil destruída em toda a Ucrânia, incluindo prédios, hospitais e escolas, e a economia do país em ruínas, a necessidade de ajuda humanitária cresce constantemente. Abreu destaca que quase 15 milhões de ucranianos precisam desse auxílio, representando aproximadamente 40% da população.

Ele ressalta a importância de manter a assistência alimentar e humanitária chegando às áreas afetadas, a fim de evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.

Além disso, o país, que antes era um grande exportador de alimentos, agora depende do suporte internacional para alimentar sua população. Sete milhões de ucranianos necessitam de assistência alimentar de acordo com Rodrigo Mota, assessor do Programa Mundial de Alimentos na Ucrânia.

Medidas para limpar áreas minadas e reabilitar a produção agrícola local também estão em andamento. A Ucrânia, que anteriormente alimentava 400 milhões de pessoas em todo o mundo, agora se vê necessitando de ajuda para garantir sua própria subsistência.

Os desdobramentos da guerra, incluindo a destruição da represa de Kakhovka, a saída da Rússia da Iniciativa do Mar Negro e ataques a instalações portuárias na Ucrânia, demonstram o impacto significativo não só para a população local, mas também para pessoas em situações de fome em todo o mundo.