Cassinos ilegais e criptomoedas alimentam criminalidade transnacional na Ásia

Relatório do Escritório da ONU para drogas e crime aponta mais de 340 cassinos licenciados e não licenciados operando na região; jogos de azar e criptoativos são usados para lavagem de dinheiro; grupos criminosos miram oportunidades no metaverso e na indústria de jogos online

Caso de Política, com informações da ONU – Após rigores repressivos em Macau, a interação nefasta entre cassinos, criptomoedas e crime organizado vem se multiplicando pela Ásia, de acordo com um relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (Unodc) nesta segunda-feira (11/mar).

O documento evidencia a conexão entre cassinos online ilegais, plataformas de apostas virtuais e corretoras de criptomoedas que se proliferaram nos últimos anos, alimentando o aumento da criminalidade transnacional em toda a região. Destaca-se que operadores baseados em Macau e seus cúmplices criminosos desempenharam papel central nessa tendência, acentuada por medidas regulatórias adotadas entre 2019 e 2023 visando combater a saída ilícita de capitais, corrupção e lavagem de dinheiro.

Após a intensificação das fiscalizações em Macau, muitos operadores e jogadores migraram para áreas menos regulamentadas ao redor de Zonas Econômicas Especiais, especialmente na região do Mekong. Essa movimentação levou a uma significativa redução no número de agências de apostas em Macau, despencando de 235 em 2014 para apenas 36 em 2023, com aproximadamente 12 em funcionamento atualmente.

Estima-se que mais de 340 cassinos, licenciados e não licenciados, estejam operando no Sudeste Asiático, com a tendência de crescente operação online, incluindo incursão em ambientes virtuais como o metaverso. Grupos de crime organizado agora direcionam seus interesses para projetos ligados à indústria de jogos online, notadamente aqueles que envolvem blockchain.

O representante regional do Unodc para o Sudeste Asiático e Pacífico alertou que a combinação de cassinos, criptomoedas e plataformas de jogos de azar online sub-regulamentadas transformaram o cenário, propiciando um aumento significativo no uso desses meios para atividades ilegais. Casos investigados revelam ampla atuação de grupos criminosos em complexos de cassinos e zonas econômicas especiais para ocultar atividades ilícitas.

Os governos locais têm respondido implementando políticas e medidas de controle para coibir saídas ilegais de capitais, corrupção e lavagem de dinheiro ligados a cassinos, na tentativa de conter essas preocupantes tendências.

Calor histórico no Rio de Janeiro registra sensação térmica de incríveis 60,1ºC

Caso de Política com informações da EBC – A cidade do Rio de Janeiro, neste sábado (16/mar) foi surpreendida com um calor recorde, atingindo uma sensação térmica de 60,1ºC. Esse registro excepcional foi feito na Estação Meteorológica de Guaratiba, situada na zona oeste da capital carioca, por volta das 10h20, de acordo com o Sistema Alerta Rio.

Este novo recorde superou o anterior, estabelecido em 18 de novembro do ano passado, quando a sensação térmica chegou a 59,7ºC no mesmo local. Vale ressaltar que a sensação térmica não se limita apenas à temperatura ambiente, mas também leva em conta a umidade relativa do ar.

A alta temperatura combinada com a umidade elevada foi a responsável por elevar a sensação térmica a níveis extremos. Diante desse cenário excepcional, a prefeitura do Rio de Janeiro destaca a importância de manter-se bem hidratado e evitar exposição prolongada ao sol. Essas medidas preventivas são fundamentais para minimizar os impactos do calor intenso e proteger a saúde da população.

Depoimentos à PF implicam Bolsonaro em trama golpista de alto escalão

Comandantes das forças armadas confirmam leitura da minuta de golpe em reunião

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Diversos depoimentos prestados à Polícia Federal confirmaram a existência de uma trama golpista no alto escalão do governo anterior, com destaque para ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, Marco Antonio Freire Gomes e Carlos Almeida Baptista Júnior, que apontaram o ex-presidente Jair Bolsonaro como figura central nas conspirações.

O sigilo dos depoimentos foi levantado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito sobre a suposta trama golpista envolvendo o ex-presidente e seus próximos auxiliares, incluindo militares graduados do governo.

Nas declarações, os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica afirmaram ter participado de reuniões no Palácio da Alvorada com Bolsonaro para discutir uma minuta de decreto presidencial destinada a mantê-lo no poder após a derrota no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Freire Gomes revelou que, durante uma reunião em dezembro de 2022 na biblioteca do Alvorada, uma minuta de golpe foi apresentada a ele por Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência, com Bolsonaro informando que o documento estava em avaliação e seria atualizado aos comandantes.

Além disso, Baptista Jr. também relatou participação em reuniões em que Bolsonaro discutiu o uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e a decretação do Estado de Defesa para enfrentar uma possível crise institucional.

Outros depoimentos, como o do ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, confirmaram que a ideia de questionar as urnas após o segundo turno de 2022 partiu da contratação do Instituto Voto Livre (IVL) por R$ 1 milhão. Costa Neto afirmou que Bolsonaro o pressionou a entrar com uma ação contra o resultado das urnas, mesmo após a multa de R$ 22 milhões imposta ao PL por litigância de má-fé.

Apesar dos depoimentos que implicam Bolsonaro, alguns respondentes, como o general Estevam Cals Teóphilo Gaspar e Oliveira, negaram qualquer envolvimento em um golpe de Estado. De um total de 27 convocados para depor, 14 optaram por permanecer em silêncio, alegando direito constitucional de não produzir provas contra si mesmos.

Bolsonaro nunca admitiu ter discutido ou participado de algum plano golpista, sendo a defesa do ex-presidente e seus aliados alegando desconhecimento ou negação de envolvimento nessas práticas. No entanto, os indícios apresentados nos depoimentos revelam uma trama complexa no alto escalão do governo anterior, com desdobramentos investigados pelo STF.

Ministério da Agricultura manda recolher dez marcas de azeite por esquema de importação ilícita e fraude nos produtos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na última sexta-feira (15), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu uma ordem para que todos os comerciantes, varejistas e atacadistas recolham das prateleiras dez marcas de azeite de oliva extravirgem. As marcas atingidas pela determinação são: Terra de Óbidos; Serra Morena; De Alcântara; Vincenzo; Az Azeite; Almazara; Escarpas das Oliveiras; Don Alejandro; Mezzano; e Uberaba.

O Mapa orienta os consumidores a interromperem imediatamente o consumo desses produtos, podendo solicitar a substituição conforme o Código de Defesa do Consumidor. Além disso, os consumidores lesados podem comunicar o Mapa através do canal oficial Fala.BR, informando o estabelecimento e endereço onde adquiriram o produto. É possível solicitar o ressarcimento mesmo se o produto já foi aberto e consumido, desde que a nota fiscal comprove a compra do produto após a inclusão na lista de produtos não recomendados.

As ações tomadas pelo Mapa são decorrentes da Operação Getsêmani, que identificou um esquema ilegal de importação, adulteração e distribuição de azeites de oliva fraudados. Mais de 104 mil litros de azeite fraudado foram apreendidos durante a operação em São Paulo, Recife, Natal e Saquarema. Essa não é a primeira ação do ano contra azeites falsificados, tendo sido retirados 24,5 mil litros de circulação em janeiro.

O Mapa alerta que o azeite é o segundo alimento mais fraudado globalmente e sugere aos consumidores conferir a lista de produtos irregulares apreendidos, evitar comprar a granel, preferir produtos com data de envase recente e verificar a validade e ingredientes contidos na embalagem. Dicas de especialistas do Instituto de Defesa dos Consumidores incluem observar se o óleo está turvo e se há informação sobre mistura de óleos na embalagem.

Com o Brasil como o terceiro maior importador de azeite de oliva no mundo, a produção local, apesar de reconhecida por sua qualidade, ainda é limitada. O alerta é para desconfiar de preços muito abaixo da média do mercado, considerando a pressão sobre os preços devido à diminuição da produção global, principalmente nos países europeus.

Garantia-Safra autoriza pagamento para mais de 216 mil agricultores familiares baianos

Caso de Política, com informações de Jornal OExpresso – A família agricultora já pode ficar de olho! A partir de 15 de março (sexta-feira) começa o pagamento do Seguro Safra para mais de 216 mil agricultores familiares baianos, em 224 municípios, que aderiram ao programa na safra 2022/2023 e sofreram perdas de safra no verão e inverno baianos.

Cada família receberá R$ 1.200,00, totalizando cerca de R$ 260 milhões em recursos. “Ao receberem esse dinheiro, os agricultores têm a oportunidade não apenas de sustentar suas famílias, mas também de investir em suas atividades agrícolas. Podem comprar insumos, melhorar suas infraestruturas, investir em tecnologias que aumentem a produtividade ou até mesmo diversificar suas culturas”, destacou o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso.

O Programa Garantia-Safra é uma iniciativa do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), em parceria com estados e municípios, com o propósito de garantir condições mínimas de sobrevivência aos agricultores familiares que sofrem sistematicamente perdas de safra devido à estiagem ou ao excesso hídrico. Na Bahia, é executado Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).

O Estado participa do programa desde a safra 2003/2004, é atualmente o maior em adesão de famílias agricultoras e o único a subsidiar 50% dos aportes municipais e das contribuições dos agricultores familiares. Em todos esses anos já foram autorizados mais de R$ 2,2 bilhões em benefícios aos agricultores familiares que comprovaram perdas superiores a 50% de suas produções.

O pagamento do benefício é parte do Plano Estadual de Enfrentamento aos Efeitos da Estiagem Prolongada. Seu cronograma segue o calendário do bolsa família: para os 224 municípios que entraram na folha de março, inicia-se o pagamento em parcela única (R$1.200,00), no dia 15, e prossegue até o dia 28”, reforçou o titular da SUAF, Euzimar Carneiro.

Além de garantir segurança alimentar para as famílias, esses recursos também impulsionam a economia local ao movimentar o comércio. A participação no programa é concretizada mediante adesão, observando critérios como: ser agricultor familiar, estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e possuir renda familiar mensal de até 1,5 salário mínimo, além de plantar entre 0,6 a 5,0 hectares das culturas de feijão, milho, arroz, algodão e/ou mandioca.

Calendário de pagamento

  • NIS final 1: 15 de março de 2024;
  • NIS final 2: 18 de março de 2024;
  • NIS final 3: 19 de março de 2024;
  • NIS final 4: 20 de março de 2024;
  • NIS final 5: 21 de março de 2024;
  • NIS final 6: 22 de março de 2024;
  • NIS final 7: 25 de março de 2024;
  • NIS final 8: 26 de março de 2024;
  • NIS final 9: 27 de março de 2024;
  • NIS final 0: 28 de março de 2024.

Operação Orizon recupera 113 veículos após ação conjunta da PRF, PMBA e PCBA no Oeste e Sul da Bahia

Operação denominada Orizon, do grego, significa “até onde se pode enxergar” em referência ao crime de fraudes veiculares

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Entre os dias 7 e 16 de março, uma operação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar (PMBA) e a Polícia Civil da Bahia atuaram em uma ação coordenada na Operação Orizon, realizada simultaneamente nas regiões Oeste e Sul da Bahia. A operação foi dividida em duas fases estratégicas, sendo a primeira voltada para o nivelamento técnico entre os agentes e a segunda com a atuação de equipes mistas em diversas cidades do estado.

O foco da operação foi combater a clonagem de veículos, prática em que criminosos alteram a identificação e documentos de veículos para fazê-los parecer legais. Durante a ação, foram identificados diferentes tipos de fraudes veiculares, desde veículos com registros de furto/roubo simples até casos mais complexos envolvendo documentos falsos e receptação. Muitos desses veículos eram comercializados online por valores inferiores ao do mercado, colocando também os compradores como vítimas potenciais.

Os resultados da operação incluem 104 ocorrências policiais, 64 pessoas detidas, 113 veículos recuperados, além da apreensão de quatro armas de fogo, 44 munições e 9,5 kg de drogas. A PRF alerta para a importância de verificar a procedência de veículos usados antes da compra, orientando os cidadãos a desconfiar de ofertas muito vantajosas e a sempre verificar os documentos e elementos identificadores do veículo.

Portanto, ao adquirir um veículo usado, é essencial confrontar as informações do documento com o carro, realizar todos os trâmites oficiais de compra e venda e evitar fechar negócios baseados apenas em promessas futuras de transferência.

Abraji recorre de tese que culpa jornais por entrevistas

Agência Brasil – A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) apresentou recurso contra a tese jurídica do Supremo Tribunal Federal (STF) segundo a qual os veículos de imprensa são responsáveis no caso de declarações de entrevistados que imputem falsamente crimes a terceiros.

Pelo entendimento, alcançado em novembro por maioria de 9 a 2, se um entrevistado acusar falsamente outra pessoa, a publicação poderá ser condenada a pagar indenização a quem foi alvo da acusação falsa.

Segundo a tese aprovada, a responsabilização da publicação poderá ser feita se ficar comprovado que, no momento da publicação da entrevista, já existiam “indícios concretos” sobre a falsidade da imputação do crime e se “o veículo deixou de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos e na divulgação da existência de tais indícios”.

Os ministros também estabeleceram ser possível a “remoção de conteúdo, por informações comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas, e em relação a eventuais danos materiais e morais”.

À época do julgamento, jornalistas e entidades de imprensa como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Abraji criticaram a redação da tese final, cujos termos, considerados pelas entidades amplos e vagos, dariam margem para ataques à liberdade de imprensa e ao direto constitucional de acesso à informação.

O acórdão (decisão colegiada) com o texto final da tese foi publicado pelo Supremo em 8 de março, e a Abraji apresentou embargos de declaração sete dias depois, visando a esclarecer os termos do julgamento.

Argumentos
No recurso, a associação diz se tratar de “matéria sensível à democracia” e que a tese estabelecida pelo Supremo possui “generalidade incabível”. A entidade alega que, na parte em que autoriza a remoção de conteúdo, o Supremo foi muito além de acusações falsas em entrevistas, que era o debate do processo, e acabou por autorizar uma remoção muito mais ampla de conteúdo.

Isso porque a tese autoriza a remoção de qualquer “informação comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas”. Os advogados da Abraji destacam que somente no caso da calúnia há imputação falsa de crime, sendo que as hipóteses de injúria, difamação e mentira envolvem outros tipos de análise e conteúdo.

Outro ponto frágil, de acordo com a entidade, é que o Supremo não deixou claro que a autorização para remoção de conteúdo se referiria somente às declarações falsas de entrevistados, e não a qualquer conteúdo do próprio jornal.

“Tal como redigida, abre-se a possibilidade para, nas instâncias inferiores, o escopo interpretativo das hipóteses de responsabilização da imprensa ir além dos limites da discussão realizada, trazendo retrocessos para as poucas garantias já estabelecidas”, diz o recurso.

A Abraji sugere que a tese deixe de mencionar a possibilidade de remoção de conteúdo, tema que alega não ter sido discutido no julgamento. Além disso, a decisão deveria deixar mais claro que a responsabilização de publicações somente poderia ser feita em caso de imputação falsa de crime por entrevistado, especificamente.

Riscos adicionais, sustentaram os advogados, estariam presentes na segunda parte da tese estabelecida pelo Supremo, por não ter elencado especificamente quais seriam os “indícios concretos” que comprovariam a falsidade das declarações do entrevistado. Tampouco se explica quais procedimentos do jornal ou do jornalista seriam suficientes para preencher “o dever de cuidado” ao checar as declarações do entrevistado, afirma o recurso.

Dessa maneira, ficaria a critério subjetivo dos magistrados de primeira instância definir quais atitudes configurariam violação ao “dever de cuidado” no trabalho jornalístico. Num país como o Brasil, com diversos casos de censura judicial e ataques à imprensa e aos jornalistas, tal abertura “pode ser extremamente perigosa”, diz a petição.

A mudança no texto final seria necessária para impedir que juízes de instâncias inferiores deem à tese “eventual interpretação inconstitucional que possa se encaixar na amplitude das expressões utilizadas”, diz o embargo da Abraji, assinado pelos advogados Pierpaolo Bottini, Igor Tamasaukas e Beatriz Canotilho Logarezzi.

O recurso foi acompanhado de uma nota técnica assinada por outras seis entidades de imprensa, que reforçaram os argumentos da Abraji. São elas: Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Associação de Jornalismo Digital (AJOR), Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog e Tornavoz.

Barroso
À época do julgamento, o presidente do Supremo, ministro Luis Roberto Barroso, publicou uma nota oficial e deu declarações negando que a tese do supremo representasse risco à liberdade de imprensa e de expressão.

“O veículo não é responsável por declaração de entrevistado a menos que tenha havido uma grosseira negligência relativamente à apuração de um fato que fosse de conhecimento público”, declarou Barroso.

No recurso, a Abraji argumenta que a própria necessidade de esclarecimento por parte do Supremo indica que a redação da tese tem problemas. Tampouco expressões como “grosseira negligência” seriam esclarecedoras para definir os critérios objetivos para responsabilização dos veículos de imprensa, rebateram os advogados.

Processo
A decisão do Supremo foi baseada em ação na qual o ex-deputado federal Ricardo Zarattini Filho processou o jornal Diário de Pernambuco por danos morais, em função de uma reportagem publicada em 1995.

Na matéria jornalística, o político pernambucano Wandenkolk Wanderley afirmou que Zarattini, morto em 2017, foi responsável pelo atentado a bomba no aeroporto de Recife, em 1966, durante a ditadura militar.

Ao recorrer à Justiça, a defesa de Ricardo Zarattini disse que Wandenkolk fez acusações falsas e a divulgação da entrevista gerou grave dano à sua honra. Segundo ele, o jornal reproduziu afirmação falsa contra ele e o apresentou à opinião pública como criminoso.

Bolsonaro admite que Tarcísio foi eleito governador sem conhecer São Paulo

“Temos hoje governando São Paulo um governador que não conhecia o estado, um colega meu que era carioca, que era torcedor do Flamengo”, disse o ex-presidente

Caso de Política| Luís Carlos Nunes – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu publicamente neste sábado (16/mar), que o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não tinha conhecimento prévio do estado antes de assumir o cargo. Durante o ato de lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro, Bolsonaro afirmou:

“Temos hoje governando São Paulo um governador que não conhecia o estado, um colega meu que era carioca, que era torcedor do Flamengo”.

Bolsonaro explicou que, graças à atuação de Tarcísio em seu governo e à “liberdade que dei a ele”, o governador foi eleito em São Paulo. Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura durante o mandato de Bolsonaro, conquistou a eleição no estado com o apoio do ex-presidente.

As declarações foram feitas por Bolsonaro no contexto de apoio à candidatura de Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ressaltando a influência e a importância dos laços políticos na trajetória dos candidatos.

Não se aperreie Vacilino, filho de Tonho, de Zé de Dodó – por Luís Carlos Nunes

Corre aos quatro ventos deste sertão sertanejado que um certo chefe-político lá pelas bandas do Matopiba, em terra onde gorjeiam os sabiás, encontra-se extremamente aperreado com parcela da opinião pública que, por meio de memes questionáveis e frases controversas, invadiram os grupos de “zap-zap” questionando a sua habilidade política e sua reputação ilibada.

Embora seja verdade que, de vez em quando, o magnânimo prócer busca acalmar os ânimos daqueles que se manifestam livremente nos feirões deste pequeno retalho de “Aphriké”, ameaçando chamar as forças de repressão para silenciar os que ousam expor suas rebeldias e revoltas, desta vez suas motivações para tanta aporrinhação não são insignificantes como o mero direito de se expressar em local supostamente indevido.

O tal prócer está tão estupefato que chega a ficar roxo de raiva e declarou que tomará as medidas cabíveis!

Já ordenei a minha inestimável banca jurídica para que tome diligência e rume para conversa ao pé de ouvido com a autoridade policial desta jurisdição teritorial para que seja aberto um “litígio litigioso” para que o honorável togado sumária, sumaríssimamente decrete a condenação destes. Assim, aqueles que me difamam e me causam gastura, sentirão os rigores da lei vigente em nosso Brasil varonil!”

O que indigitado discricionário-mor não se apercebe em toda a sua sapiência, é o que qualquer matuto, analfabeto desde a sétima geração, já sabe desde a sua mais tenra infância.

Como diz o antigo ditado popular:

“Num adianta dá cabença prás coisa que num nos pertence! Mais vale zelar do nosso próprio chão, que nem a planta na roça: se moiá, vai brotá fartura!”

O bulício que se coloca é esse, a questão shakespeariana do “Ser ou Não Ser”.

Na tentativa de desnudar a fantástica sabedoria popular, transmitida de geração em geração, se consultássemos um de seus maiores expoente, Patativa do Assaré, ele certamente responderia filosoficamente e enigmaticamente exibindo uma das suas maiores obras literárias:

“Cante lá que eu canto cá!”

Com esta dica do nosso Camões do Agreste, o provérbio matuto, “Num adianta dá cabença prás coisa que num nos pertence! Mais vale zelar do nosso próprio chão, que nem a planta na roça: se moiá, vai brotá fartura!” se torna ainda mais cristalina: “não se deixe abalar por acusações infundadas, ohhhhh nobre prócer, mantenha a calma e cuide de sua pressão”.

Há, também, um outro “causo” oriundo da cultura popular que serve como exemplo e conselho para que as ofensas injustas não lhe afetem como uma tatuagem na pele.

A história envolve um veredeiro chamado Vacilino, conhecido como o melhor tirador de leite das redondezas onde morava. Vacilino, filho de mãe solteira, nunca teve notícias de seu pai. Pessoa mansa, respeitadora, devoto do Sagrado Coração de Jesus, sempre sorridente, e só ficava bravo por uma coisa. Ele não suportava ser chamado de Vacilino, filho de Tonho que era filho de Zé que era filho de Dodó!

Segundo a lenda, Dodó era um cabra robusto, comedôzinho de rapadura e com uma barriga saliente, pai de Zé que era pai de Tonho. Dodó era conhecido por ser um homem festeiro, gostava de tomar uma brejeirinha enquanto saboreava cajus. Sua reputação não era das melhores, pois diziam que Dodó “era gordo do alheio”!

Convenhamos, eita adjetivozinho enfastioso e desagradável!

Vacilino ficava tão irritado em ser associado a Tonho de Zé de Dodó que, por vezes, ficava roxo tal qual um cururu inchado.

As proles zangavam Vacilino, não faltava um, eram as carolas, os pés-inchados na porta das bodegas, as moças de capricho nas janelas e dizem que até o padre! Todos que ver Vacilino aloprado e espumando pelas ventas.

Conselhos não adiantavam, mas eram dados, Calma Vacilino, não vacile porque abuso quando não lhe pertence só pega se tomar como seu!

Mas o conselho que fica é, “cuidado para que tu também não se torne Vacilino, filho de Tonho, filho de Zé que é filho de Dodó que é que era pai de Zé que era pai de Tonho suposto pai de Vacilino”.

P.S. Qualquer semelhança com a realidade é (ou pode ser) mera coincidência.

Ahhhhh!!!! Um último conselho. Se alguém que conhece  Vacilino, filho de Tonho, que é filho de Zé que é filho de Dodó estiver lendo esta singela resenha, avise-o de evitar ouvir: Tatuagem de Chico Buarque!

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ONU alerta sobre “grave crise humanitária e de proteção” no Haiti

Caso de Política com informações da ONU News – ONU alerta sobre “complexa crise humanitária e de proteção” no Haiti A situação no Haiti é cada vez mais alarmante, com a recente onda de violência de gangues levando mais de 15 mil pessoas a se deslocarem novamente nos últimos dias. O Conselho de Segurança discutiu a questão em uma reunião a portas fechadas, após a libertação de 4,5 mil presos, incluindo membros de gangues e detidos pelo assassinato do presidente Jovenel Moise.

Estima-se que 80% da capital haitiana esteja sob controle de gangues, que têm como objetivo declarado derrubar o governo. A violência desencadeada resultou na morte de 1.193 pessoas e em ferimentos em outras 692.

O alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Turk, destacou a situação insustentável para a população do Haiti e clamou pelo envio urgente da Missão Multinacional de Apoio à Segurança no país, respeitando os padrões internacionais de direitos humanos.

Com cerca de 313 mil deslocados internos devido à violência, a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, ressaltou a gravidade da situação, afirmando que a violência está fora de controle e exigindo ação imediata.

Ulrika Richardson, chefe da ONU no Haiti, alertou para a complexa crise humanitária e de proteção enfrentada pelo país. Milhares de pessoas buscam desesperadamente auxílio em meio à violência, sendo expostas a diversos riscos. Richardson pediu acesso irrestrito das organizações humanitárias às populações mais vulneráveis e destacou a necessidade de solidariedade internacional para enfrentar a crise.