PM que assassinou friamente motoboy para não pagar corrida de R$ 6,98 é linchado em Pernambuco

Crime bárbaro expõe a frieza e crueldade de policial militar fora de serviço em Camaragibe (PE)

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um ato de brutalidade e desprezo pela vida humana chocou o Brasil no último domingo (1º), em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. O policial militar Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, assassinou o motoboy Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, com um disparo a sangue-frio, supostamente para evitar o pagamento de uma corrida de R$ 6,98. O crime, registrado por câmeras de segurança, evidencia uma conduta de extrema frieza e crueldade por parte do agente, que estava fora do horário de serviço e à paisana.

Assista os vídeos ao final

As imagens mostram Venilson descendo da moto de Thiago em frente a um condomínio, momento em que saca a arma e atira no jovem, que nada pôde fazer. Após o disparo fatal, o policial retorna calmamente, recolhe o capacete da vítima e o coloca ao lado do corpo, antes de entrar no prédio.

A comunidade local reagiu com indignação e revolta. Minutos depois, o policial tentou fugir ao embarcar em um ônibus coletivo, mas foi reconhecido por populares que cercaram o veículo. Venilson foi retirado à força e sofreu espancamento por parte da multidão. Mesmo quando agentes da Polícia Militar chegaram para intervir, as agressões continuaram. Ele foi colocado na parte traseira da viatura, mas ainda assim apanhou, antes de ser levado às pressas para uma unidade policial.

Investigações e medidas administrativas

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco confirmou que Venilson foi preso em flagrante e responderá por homicídio. A 10ª Delegacia de Polícia Civil de Homicídios assumiu as investigações. Além do processo criminal, o policial enfrentará um procedimento administrativo que, segundo a pasta, deverá culminar em sua expulsão da corporação.

O caso gerou forte comoção e debates sobre abuso de poder e a necessidade de mecanismos mais rígidos para punir desvios de conduta entre agentes de segurança pública. Para muitos, o crime é um lembrete de que a instituição precisa de reformas para evitar que indivíduos sem controle ou ética manchem a farda e comprometam a segurança da sociedade.

Thiago Fernandes Bezerra, um jovem trabalhador, teve sua vida ceifada de forma brutal por um motivo irrisório, reforçando a urgência de justiça para garantir que tamanha barbaridade não se repita.

Putin exibe cédula simbólica do Brics e reacende debate sobre moeda comum, Trump ameaça com tarifação de 100%

Nota com bandeiras dos países do bloco sugere ambição de alternativa ao dólar no comércio global

The Castern Herald editado por Caso de Política – A exibição de uma cédula simbólica do Brics pelo presidente russo, Vladimir Putin, provocou um novo ciclo de discussões sobre uma moeda comum entre os países do bloco, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O momento ocorreu durante a cúpula em Kazan, no dia 24 de outubro, quando Putin apresentou a nota, ilustrada com as bandeiras dos membros fundadores, como um símbolo das ambições do grupo de buscar alternativas ao sistema financeiro dominado pelo dólar americano.

Segundo a agência russa Sputnik, houve um debate a portas fechadas sobre a viabilidade da moeda comum, enfatizando o desejo de maior independência econômica dos países-membros. Durante a conferência, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a criação de sistemas de pagamentos alternativos para transações comerciais no bloco, alegando que isso reduziria as assimetrias do sistema financeiro global.

Não é sobre substituir nossas moedas, mas garantir que a multipolaridade seja refletida no sistema financeiro internacional”, afirmou Lula, por videoconferência.

Com a presença de líderes de 20 países, incluindo Turquia e Irã, a cúpula destacou propostas concretas, como o desenvolvimento de um sistema de pagamento internacional liderado pelo Brics. O bloco também reforçou sua posição como uma plataforma para criticar a governança financeira dominada por instituições como o FMI e o Banco Mundial, consideradas por membros do Brics como inadequadas para os interesses das economias emergentes.

Trump ameaça tarifas de 100% contra países do Brics em reação à desdolarização

Presidente eleito dos EUA adota retórica agressiva contra planos do bloco de reduzir dependência do dólar

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom contra o Brics ao ameaçar impor tarifas de 100% sobre produtos dos países do bloco, caso avancem com planos de criar uma moeda alternativa ao dólar. Em postagem na rede Truth Social, Trump declarou que os Estados Unidos não tolerarão a tentativa de enfraquecer a supremacia do dólar no comércio internacional.

Esses países devem se comprometer a abandonar qualquer plano de criar uma nova moeda. Caso contrário, enfrentarão tarifas de 100% e dirão adeus ao acesso à economia americana”, escreveu Trump, classificando a ideia como “impossível” de substituir o dólar.

A retórica combativa de Trump ocorre em meio a discussões sobre desdolarização lideradas pelo Brics, que visa reduzir a dependência da moeda americana e criar um sistema financeiro multipolar. Especialistas avaliam que essa postura pode desencadear tensões comerciais e impactos significativos na economia global.

Economistas alertam que as tarifas prometidas por Trump, além de dificultarem o comércio com países do Brics, poderiam elevar os preços de produtos importados nos Estados Unidos e reacender a inflação. Wall Street já manifesta preocupações sobre as possíveis consequências econômicas, enquanto investidores buscam refúgio em títulos do Tesouro americano, diante da expectativa de juros mais altos.

As reações de Trump contrastam com o argumento do Brics de que a desdolarização não visa destruir o sistema financeiro vigente, mas complementá-lo. “É uma alternativa para interesses comuns”, disse o economista Robson Gonçalves, da FGV.

No contexto de crescente polarização global, o Brics busca consolidar-se como uma força capaz de reequilibrar o poder econômico mundial, enquanto Trump reforça o papel do dólar como base do sistema financeiro internacional.

VÍDEO: Obra na Avenida Enock Ismael vira dor de cabeça para moradores

Imagens: Prints de vídeo

População cobra providências diante de falhas e riscos com as chuvas previstas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Vinte dias após o anúncio de reparos na avenida Enock Ismael, as obras de drenagem seguem causando transtornos para os moradores das imediações. Iniciada em 2022, a intervenção, que deveria solucionar problemas estruturais, tem exposto a comunidade a novos desafios, como inundações e riscos às propriedades.

Imagens que circulam amplamente nas redes sociais mostram uma cena preocupante: águas pluviais descendo como uma cachoeira em direção a edifícios localizados em áreas mais baixas, invadindo garagens e causando prejuízos e transtornos. A situação contrasta com as promessas feitas pela prefeitura de Barreiras, que classificou o projeto como um avanço significativo para a cidade.

O secretário de Infraestrutura, João Sá Teles, afirmou em novembro que os reparos têm como objetivo “garantir a segurança do investimento público”, enquanto o prefeito Zito Barbosa elogiou a obra como um marco. No entanto, a realidade enfrentada pelos moradores expõe falhas no planejamento e na execução do projeto, intensificando a insatisfação popular.

A previsão de chuvas contínuas para os próximos dias, de acordo com institutos meteorológicos, aumenta a preocupação da população. Os residentes temem que, sem ações emergenciais, a situação piore, colocando em risco não apenas os bens materiais, mas também a segurança das pessoas.

Enquanto isso, os pedidos por respostas claras e efetivas se acumulam.

“De que adianta anunciar obras grandiosas se elas geram mais problemas do que soluções?”, questiona um morador que entrou em contato com o Caso de Política e preferiu não se identificar.

A pressão para que a gestão municipal apresente soluções concretas e resolva os problemas do sistema de drenagem aumenta a cada dia, revelando o impacto social e político de uma obra que deveria ser símbolo de progresso.

Em Barreiras multiplicam-se pontos de alagamento após cada chuva, mesmo que não sejam tão fortes.

Caso de Política | A informação passa por aqui

General golpista cita SS nazista como exemplo para “kids pretos” em monografia secreta

Documento expõe conexões ideológicas e práticas de Mario Fernandes com táticas extremistas

Editado por Caso de Política, do DCM – O Diário do Centro do Mundo (DCM) revelou com exclusividade o conteúdo de uma monografia escrita pelo general da reserva Mario Fernandes, investigado por participação em uma tentativa de golpe e no planejamento de assassinatos de figuras políticas. O acesso ao documento, restrito pelo Exército, foi obtido em parceria com o pesquisador Ananias Oliveira, da UFCG, e o perfil Camarote da República.

Na tese de 182 páginas, apresentada à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) em 2002, Fernandes analisou o emprego de Forças Especiais, conhecidas como “kids pretos”, em cenários de Guerra Irregular e Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O general destacou ações nazistas como a libertação de Benito Mussolini pela SS e o uso de paraquedistas na Segunda Guerra Mundial, citando essas operações como “exemplos estratégicos”.

Além do conteúdo controverso, o documento menciona sugestões de campos de prisioneiros e referências a Auschwitz, discutidas em grupos de WhatsApp de militares ligados a Fernandes. A Polícia Federal apurou que ele coordenava manifestantes golpistas no QG do Exército em Brasília, além de planejar um golpe de Estado que incluiria o assassinato de Alexandre de Moraes e possível envenenamento do presidente Lula e do vice Alckmin.

Mario Fernandes, um exímio paraquedista e atirador, transitou entre os altos círculos do Exército e do governo Bolsonaro. Apesar de preterido na carreira militar, desempenhou papel central nos bastidores dos atos antidemocráticos, evidenciando as conexões sombrias entre forças armadas e radicalismo político no Brasil.

Clique aqui para ler a íntegra no DCM.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Sucessão na Câmara de Barreiras: reunião entre Jusmari e BI mexe com os nervos de muitos

Prefeito Zito Barbosa atua nos bastidores contra Carmélia da Mata, enquanto articulações para presidência da Câmara se intensificam

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No sábado (30/11), a ex-prefeita e futura deputada estadual Jusmari Oliveira (PSD) publicou em suas redes sociais uma foto de sua reunião com o vereador Ben-Hir Aires de Santana, o BI (PSD), em Barreiras. Jusmari destacou o “compromisso com o desenvolvimento social e econômico” da região, mas o encontro repercutiu principalmente pelos sinais enviados à disputa pela presidência da Câmara Municipal, que promete ser uma das mais disputadas dos últimos anos. Em meio às articulações, a ausência da vereadora eleita Delmah Pedra e as movimentações do prefeito Zito Barbosa (União Brasil) contra Carmélia da Mata (PP) nos bastidores chamaram atenção.

Bastidores da sucessão

Conforme apurado, Zito Barbosa tem trabalhado discretamente para garantir que a presidência da Câmara fique nas mãos de um aliado. Um ponto central de sua estratégia é barrar a possibilidade de Carmélia da Mata, sua adversária política de longa data, assumir o comando do Legislativo.

De acordo com informações, “a disputa pela presidência da Câmara de Barreiras ganhou novos contornos com a entrada da ex-prefeita Jusmari Oliveira (PSD) no embaralhado cenário político. Informações de bastidores revelam que o atual prefeito, Zito Barbosa (União Brasil), iniciou tratativas para garantir maioria no Legislativo e, assim, colocar no comando da mesa um nome favorável à sua gestão. A intenção é clara: bloquear qualquer tentativa de a oposição, controlada por Tito e Danilo Henrique, assumir o comando.

Entre as preocupações de Zito está a possível candidatura da vereadora Carmélia da Mata (PP), adversária política de longa data. Embora Carmélia não tenha confirmado publicamente a intenção de concorrer, sua presença já preocupa o Paço Municipal. A presidência da Câmara pode ser decisiva para a aprovação das contas de Zito e, em um cenário em que ele é cotado para disputar uma vaga na Câmara Federal em 2026, controlar o baralho legislativo torna-se indispensável.”

Os movimentos de Jusmari e BI

Nesse contexto, Jusmari Oliveira surge como uma figura-chave, mantendo um papel ativo nos bastidores e fortalecendo alianças políticas. Ao lado de BI, vereador conhecido por sua postura estratégica, Jusmari estaria explorando caminhos para alinhar interesses do PSD e garantir espaço no tabuleiro político.

A reunião também serviu para BI avançar em sua articulação na disputa pela presidência. Embora tenha mantido silêncio sobre os próximos passos, a movimentação do vereador demonstra sua busca por consolidar apoios e se posicionar como um potencial protagonista na mesa diretora.

Delmah Pedra e o fator surpresa

A ausência de Delmah Pedra no encontro pode ser interpretada como um movimento calculado. A vereadora eleita, conhecida por sua postura discreta, parece ter optado por adotar uma estratégia cautelosa neste momento, buscando preservar sua imagem e evitar vinculações precipitadas.

Enquanto isso, o cenário da sucessão na Câmara segue em aberto, com negociações e alianças sendo construídas a cada dia. O desfecho dessa disputa promete moldar os rumos da política de Barreiras, influenciando diretamente a governabilidade do município nos próximos anos.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Agricultores são multados em R$ 66 milhões por desmatamento em áreas embargadas

Operação apreende maquinário e reforça combate ao avanço ilegal no Cerrado, berço das águas do Brasil

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Mais de R$ 66 milhões em multas, 18 máquinas agrícolas apreendidas e uma nova demonstração da urgência de proteger o Cerrado. Assim se encerrou a Operação Nova Fronteira, realizada pelo Ibama com apoio da Polícia Militar Ambiental e fiscais da Fundação Natureza do Tocantins (Naturatins), entre os dias 11 e 13 de novembro. A ação foi voltada ao combate de desmatamento ilegal em áreas embargadas na região do Matopiba, abrangendo Dianópolis e Mateiros (TO) e Formosa do Rio Preto (BA).

De acordo com o Ibama, os produtores autuados utilizavam terras previamente interditadas para cultivo de grãos, desrespeitando embargos e impedindo a regeneração natural do bioma. Foram flagrados oito tratores, quatro pulverizadores e seis plantadeiras operando nas áreas em desacordo com a legislação ambiental.

Desmatamento em alta no Cerrado

O Cerrado, conhecido como o “berço das águas” do Brasil, abriga nascentes que alimentam seis das oito principais bacias hidrográficas do país e é considerado um dos biomas mais ameaçados. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento na região cresceu 3%, segundo dados do Prodes, alcançando a destruição de 11.011,7 km² do bioma.

Grande parte dessa devastação se concentra no Matopiba — que abrange o sul do Maranhão, todo o Tocantins, o sul do Piauí e o oeste da Bahia. A área, classificada como nova fronteira agrícola do país, registrou 72% de todo o desmatamento do Cerrado no último período monitorado.

Ações intensificadas contra práticas ilegais

Os agentes de fiscalização enfatizaram que a reincidência no uso irregular de terras embargadas é uma preocupação crescente.

“A aplicação de penalidades tão expressivas visa inibir a continuidade dessas práticas e proteger o equilíbrio ambiental da região”, afirmou uma fonte do Ibama.

Além de prejuízos ambientais, o avanço do agronegócio em terras proibidas reflete o desafio de alinhar a expansão econômica à preservação de recursos naturais estratégicos. O Cerrado não é apenas um celeiro agrícola, mas também um reservatório de biodiversidade essencial para o equilíbrio climático e hídrico do Brasil.

Os nomes dos responsáveis pelas áreas autuadas não foram divulgados, e a defesa dos envolvidos não foi localizada para comentar. A Operação Nova Fronteira exemplifica um esforço mais robusto na fiscalização ambiental, uma resposta à escalada de crimes ambientais em uma das regiões mais pressionadas do país.

Com informações do G1 e Ibama

Caso de Política | A informação passa por aqui

Estado de SP abre inscrições para concurso de Oficiais da Polícia Militar e Bombeiros

São 130 vagas para cursos de formação; provas acontecem em fevereiro de 2025

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Governo do Estado publicou nesta sexta-feira (29), no Diário Oficial, os editais do concurso público para os Cursos de Formação de Oficiais (CFO) da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Ao todo, são oferecidas 130 vagas para candidatos entre 18 e 30 anos, com ensino médio completo, reforçando o compromisso estadual com a segurança pública.

As inscrições ocorrerão de 5 de dezembro de 2024 a 5 de janeiro de 2025, exclusivamente pelo site oficial do certame, www.cfopmbm2024.uneb.br. As provas estão marcadas para 16 de fevereiro de 2025, com aplicação em diversas cidades do estado.

Além da idade e escolaridade, os candidatos deverão atender aos requisitos detalhados no edital. A iniciativa busca ampliar o efetivo das Forças Estaduais, que já foram fortalecidas nos últimos 21 meses com a contratação de quatro mil policiais e bombeiros.

Seguiremos investindo no nosso maior patrimônio, o profissional da segurança pública”, destacou o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, ao comentar a publicação do concurso.

Com o anúncio, o Estado reafirma seu compromisso em garantir maior segurança à população e abre uma nova oportunidade para quem deseja ingressar nas carreiras da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, contribuindo diretamente com o fortalecimento das instituições estaduais.

Caso de Política | A informação passa por aqui

STF analisará recurso de Bolsonaro para afastar Alexandre de Moraes de relatoria de inquérito

Defesa alega que ministro é parte interessada no processo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o próximo dia 6 de dezembro o julgamento do recurso em que o ex-presidente Jair Bolsonaro busca afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que investiga a tentativa de golpe.

O pedido foi inicialmente negado em fevereiro pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que considerou infundada a alegação de suspeição. A defesa do ex-presidente recorreu ao plenário para insistir que Moraes, apontado como vítima nas investigações, não pode conduzir o caso.

Conforme o Código de Processo Penal (CPP), advogados de Bolsonaro argumentam que um juiz não pode atuar em processos nos quais tenha envolvimento direto ou interesse pessoal. “Essa condição fere a imparcialidade necessária ao julgamento”, sustenta a defesa.

O julgamento ocorrerá no plenário virtual da Corte, modalidade em que os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico sem discussão presencial.

A tentativa de afastar Moraes ocorre em meio ao avanço das investigações sobre o plano golpista. Na semana passada, Bolsonaro e 36 aliados foram indiciados pela Polícia Federal (PF), que revelou indícios de que o ex-presidente sabia de uma conspiração para assassinar Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A decisão do STF sobre a relatoria poderá definir os rumos do inquérito, que envolve acusações de atentado contra a democracia e articulações para um golpe de Estado.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Time de Israel canta nos estádios “Somos o time mais racista do país” e “Morte aos árabes”

DCM – Nas ruas de Amsterdã, capital da Holanda, uma cena degradante ocorreu 07 de novembro entre torcedores do Maccabi Tel Aviv, de Israel, e do Ajax, válido pela Liga Europa.

Ao menos cinco pessoas tiveram que ser hospitalizadas, enquanto 62 acabaram atrás das grades. O governo de Israel enviou dois aviões para buscar os torcedores do Maccabi.

Tudo começou com a provocação dos apoiadores do Maccabi. Não satisfeitos em apenas assistir ao jogo, eles decidiram dar um show extra atacando um táxi e queimando uma bandeira palestina, conforme relatou o chefe de polícia de Amsterdã, Peter Holla.

E não parou por aí: também resolveram desfilar pelas ruas cantando louvores aos ataques de Israel na Faixa de Gaza e arrancaram uma bandeira palestina de uma casa.

Em Israel, o racismo é parte do futebol. O Beitar Jerusalem, um clube com um histórico de seis títulos nacionais, é o maior exemplo dessa tendência. Apesar dos esforços de diversos proprietários e presidentes para limpar a imagem do clube, o racismo é um adversário difícil de derrotar.

Aviram Bruchian, ex-capitão do Beitar e sobrinho de uma lenda do clube, expressou sua vontade de jogar ao lado de um jogador árabe. Foi rapidamente chamado para uma “reunião de emergência” com La Familia, o grupo de torcedores de extrema-direita do clube.

No dia seguinte, ele teve que pedir desculpas e reafirmar seu compromisso com a torcida, dizendo que se eles não querem um jogador árabe, então não haverá nenhum.

O Beitar foi originalmente formado como um clube de um movimento de direita liberal durante os anos do Mandato Britânico e tinha uma relação até amigável com clubes árabes.

David Frenkiel, responsável pelo primeiro site da Beitar e escritor na revista esportiva Shem Hamisehak, observou que a onda anti-árabe começou na segunda metade dos anos 90. Ele descreve a situação como um efeito cascata de provocações que cresceram porque ninguém queria realmente enfrentar os racistas na arquibancada.

Um dos gritos de guerra é uma ode ao “time mais racista de Israel”. Eles cantam “Morte aos Árabes” sob o lema “Para Sempre Puro” numa faixa. A letra diz o seguinte:

As estrelas no céu são testemunhas / Do racismo que é como um sonho / O mundo inteiro vai testemunhar / Não haverá árabes no time! / Não me importo com quantos e como serão mortos / Eliminar árabes me empolga / Menino, menina ou velho / Vou enterrar todos os árabes bem fundo no chão

O ex-presidente de Israel, Ruvi Rivlin, e o primeiro-ministro Ehud Olmert tiveram suas chances de intervir, mas optaram por não irritar seus apoiadores. Quando Benjamin Netanyahu celebrou um título do Beitar em 1998, ele ignorou os gritos de “Morte aos árabes”.

Em 2013, o clube contratou dois jogadores muçulmanos chechenos, Zaur Sadayev e Dzhabrail Kadiyev, provocando a ira dos torcedores.

Os chechenos foram hostilizados ao longo do campeonato. Depois de Sadayev marcar um gol, parte da torcida abandonou o estádio, um acontecimento inédito no mundo. Eles deixaram o Beitar e Israel ao final da temporada e retornaram para a Chechênia.

Com possível prisão, Bolsonaro diz esperar apoio de Trump para voltar ao poder

“Trump está de volta, e é um sinal de que nós também voltaremos”, disse o ex-mandatário em entrevista ao The Wall Street Journal

Indiciado pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquerito que paura uma tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL) tem manifestado sua esperança de retornar ao poder no Brasil, com uma estratégia que envolve apoio externo e alianças com líderes de direita, principalmente com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Mesmo proibido de se candidatar até 2030 devido a uma decisão da Justiça e enfrentando uma série acusações criminais, Bolsonaro acredita que o apoio de Trump e a implantação de possíveis sanções econômicas por conta da gestão do presidente eleito dos EUA contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderiam mudar o rumo de sua carreira política.

Em entrevista ao jornal estadunidense The Wall Street Journal, Bolsonaro ressaltou que a eleição de Trump é uma “virada de jogo” para os políticos de direita, especialmente na América Latina, onde a esquerda venceu recentemente as eleições presidenciais no México e no Uruguai. “Trump está de volta, e é um sinal de que nós também voltaremos”, declarou, referindo-se à sua possibilidade de retornar à presidência em 2026.

Na entrevista, o ex-mandatário revelou que ele e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, estão em constante contato com o novo governo dos EUA desde a vitória de Trump nas eleições de 5 de novembro. “Fiquei acordado a noite toda torcendo pelo ‘Laranjão’”, afirmou, demonstrando seu apoio a Trump. Ele também fez questão de destacar a frase “é hora do MAAGA – Make All Americas Great Again (Faça Todas as Américas Grandes Novamente)”, em referência ao slogan da campanha de Trump, o “MAGA”, exibindo um livro que o ex-presidente dos EUA lhe deu com a inscrição “Jair – You are GREAT” (Jair, você é ótimo).

Apesar da proibição judicial de concorrer a cargos públicos até 2030, Bolsonaro planeja registrar sua candidatura à presidência em 2026, apostando que a pressão internacional, especialmente de Trump, possa retardar a execução da sentença. “Contanto que o tribunal eleitoral não recuse meu registro, ele é válido”, afirmou, sugerindo que o processo poderia ser adiado para além da data da eleição, garantindo sua participação no pleito.

Em relação às possíveis sanções econômicas dos EUA, Bolsonaro fez uma comparação com as sanções impostas à Venezuela durante o governo Trump, indicando que a pressão econômica poderia ser uma estratégia para enfraquecer o governo Lula. “Trump também tem se preocupado muito com a Venezuela e discutiu comigo maneiras pelas quais podemos devolvê-la à democracia”, disse, deixando claro que vê em Trump uma figura chave para seu retorno ao poder no Brasil.

O governo Lula se absteve de comentar as declarações de Bolsonaro, e representantes do novo governo de Trump, assim como do Supremo Tribunal Federal (STF), não responderam aos pedidos de comentários sobre as afirmações do ex-mandatário.

Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal, juntamente com outras 36 pessoas, por participar de uma suposta conspiração visando um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Lula. Ainda segundo a PF, o ex-mandatário teria “pleno conhecimento” de um suposto plano para matar o atual chefe de Estado.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, irá decidir se denuncia Bolsonaro e os demais investigados pelos crimes apontados pela PF, se arquiva o material ou se irá solicitar a realização de novas diligências.