Bahia domina lista dos municípios mais ricos do MATOPIBA

Com quatro cidades entre as 40 maiores do agro no Brasil, oeste baiano lidera produção na região e confirma nova geografia da riqueza agrícola nacional

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Ao final de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) divulgou a lista dos 100 municípios com maior valor de produção do agronegócio em 2023, com base nos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE. O levantamento revelou que esses municípios foram responsáveis por R$ 260 bilhões do total de R$ 814,5 bilhões movimentados pela agropecuária brasileira no ano.

Entre os destaques nacionais, o MATOPIBA – região que reúne áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – consolidou seu protagonismo como nova fronteira agrícola do país. A Bahia se sobressaiu entre os estados do bloco, com quatro municípios do oeste baiano entre os 100 mais ricos: São Desidério (2º no ranking nacional), Formosa do Rio Preto (7º), Barreiras (25º) e Luís Eduardo Magalhães (32º).

Confira o ranking dos 10 municípios do MATOPIBA com maior valor de produção agrícola em 2023 (em ordem crescente de posição no ranking nacional):

  1. São Desidério (BA): 2º lugar no ranking nacional, com R$ 7.789.575 (7,79 bilhões)
  2. Formosa do Rio Preto (BA): 7º lugar no ranking nacional, com R$ 5.789.526 (5,79 bilhões)
  3. Baixa Grande do Ribeiro (PI): 22º lugar no ranking nacional, com R$ 3.221.423 (3,22 bilhões)
  4. Barreiras (BA): 25º lugar no ranking nacional, com R$ 3.116.859 (3,12 bilhões)
  5. Correntina (BA): 28º lugar no ranking nacional, com R$ 3.027.527 (3,03 bilhões)
  6. Luís Eduardo Magalhães (BA): 32º lugar no ranking nacional, com R$ 2.705.861 (2,71 bilhões)
  7. Uruçuí (PI): 38º lugar no ranking nacional, com R$ 2.435.233 (2,44 bilhões)
  8. Riachão das Neves (BA): 48º lugar no ranking nacional, com R$ 2.096.875 (2,09 bilhões)
  9. Balsas (MA): 55º lugar no ranking nacional, com R$ 1.959.781 (1,96 bilhões)
  10. Tasso Fragoso (MA): 56º lugar no ranking nacional, com R$ 1.820.901 (1,82 bilhões)

São Desidério (2º no ranking nacional), com valor de produção agrícola estimado em R$ 7,8 bilhões, ocupa o primeiro lugar no Matopiba, alavancado especialmente pela soja, milho e algodão. Formosa do Rio Preto (7º no ranking), outro destaque do oeste baiano, segue como um dos maiores produtores de soja e algodão do Brasil. Barreiras (25º no ranking) também figura entre os 100 mais ricos, além de ter sido apontada como a melhor cidade do país para negócios no setor agropecuário, segundo levantamentos independentes. Luís Eduardo Magalhães (32º no ranking) se firma como a capital do MATOPIBA, reunindo tecnologia agrícola, infraestrutura logística e alto volume de produção de grãos.

Além da Bahia, Baixa Grande do Ribeiro no Piauí contribui para este cenário. O Maranhão contribui com Uruçuí e Tasso Fragoso. Riachão das Neves completa o decaimento baiano entre os 10 municípios mais ricos e com maior produção do Matopiba.

Com 337 municípios, o Matopiba concentra lavouras modernas e extensas, que combinam inovação tecnológica e expansão sobre áreas do cerrado. A força do oeste baiano nesse cenário revela uma reorganização da geografia do agronegócio no país, com a Bahia assumindo papel central em volume de produção e geração de riqueza.

Os dados indicam que os municípios do Matopiba cultivaram parte expressiva dos 33,1 milhões de hectares colhidos pelos 100 municípios líderes, o que corresponde a 34,5% da área agrícola total do país. Os principais produtos seguem sendo soja, com R$ 348,6 bilhões, e milho, com R$ 101,8 bilhões — ambos pilares da economia agrícola do bloco.

O domínio do oeste baiano no Matopiba confirma uma tendência de interiorização da riqueza agrícola brasileira. Com destaque em produtividade e eficiência, cidades como Luís Eduardo Magalhães assumem não apenas liderança econômica, mas também papel simbólico no novo eixo do agronegócio nacional.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) / Produção Agrícola Municipal (PAM) – IBGE – 2023

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Barreiras e LEM, juntas, receberam R$ 1,4 bilhão do Governo Federal para programas sociais e infraestrutura em 2024

Análise aprofundada feita pelo Portal Caso de Política, revelam os repasses federais para Barreiras e Luís Eduardo Magalhães mostra aumento significativo nos investimentos, com impacto direto em programas sociais, saúde, educação, cultura, infraestrutura e apoio ao setor produtivo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Governo Federal destinou mais de R$ 1,4 bilhão para os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, em 2024, consolidando um ciclo de investimentos que impulsiona o desenvolvimento regional. Os recursos, divididos entre transferências para as prefeituras e auxílios diretos aos cidadãos, demonstram o impacto das políticas federais em diversas áreas, desde o apoio às famílias até o fomento à economia local.

 

Barreiras, com uma população estimada em 170,7 mil habitantes e 70,2 mil domicílios, recebeu um total de R$ 923 milhões. Desse montante, R$ 407 milhões foram destinados à administração municipal, enquanto R$ 516 milhões foram repassados diretamente aos cidadãos através de programas como Bolsa Família, Auxílio Gás, Benefício de Prestação Continuada (BPC), previdência e seguro-desemprego. As transferências para o município registraram um aumento de 25,2%, passando de R$ 29,6 milhões para R$ 37 milhões mensais (média).

Já Luís Eduardo Magalhães, com 116,7 mil habitantes e 44,7 mil domicílios, recebeu R$ 473,9 milhões do Governo Federal. A prefeitura ficou com R$ 212 milhões, enquanto os cidadãos receberam R$ 261,9 milhões em auxílios diretos. As transferências mensais para o município cresceram 23,7%, de R$ 15,6 milhões em 2023 para R$ 19,3 milhões em 2024.

Os dados revelam uma divisão equilibrada entre os recursos destinados aos dois maiores municípios da região oeste e aqueles direcionados diretamente à população, evidenciando a importância tanto do investimento na infraestrutura e serviços públicos quanto do suporte financeiro e assistencial às famílias.

Além disso, ao considerar o valor total recebido por habitante, percebe-se uma proporcionalidade razoável entre os repasses e o tamanho populacional de cada município.

Barreiras, por exemplo, recebeu aproximadamente R$ 5.407,00 por habitante, enquanto Luís Eduardo Magalhães recebeu cerca de R$ 4.060,00. Isso significa que, per capita, Barreiras foi privilegiada com 33,1% a mais de recursos federais em relação a LEM, refletindo também diferenças estruturais e a complexidade administrativa de cada cidade.

Impacto nos Serviços e Programas

Além dos repasses financeiros, ambos os municípios foram contemplados com diversos programas federais que impactam diretamente a qualidade de vida da população e impulsionam o desenvolvimento local.

Veja abaixo

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Brasil terá colheita recorde de grãos em 2024/25, aponta CONAB

Levantamento da Conab aponta para 330,3 milhões de toneladas, impulsionada por clima favorável e expansão da área plantada. Soja, milho e arroz lideram o crescimento.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Brasil se prepara para colher a maior safra de grãos de sua história em 2024/25, com uma estimativa de 330,3 milhões de toneladas, de acordo com o 7º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (10). O volume representa um salto de 32,6 milhões de toneladas em relação à safra anterior, marcando um novo patamar para a produção nacional.

O otimismo da Conab se baseia em dois fatores principais: a expansão da área plantada, que atingiu 81,7 milhões de hectares (um aumento de 1,7 milhão em relação a 2023/24), e as condições climáticas favoráveis que beneficiaram as principais regiões produtoras, especialmente na primeira safra. A expectativa é que a segunda safra também colha os frutos desse cenário positivo, com uma recuperação de 8,6% na produtividade média, alcançando 4.045 quilos por hectare.

A soja se destaca como a grande protagonista desse recorde, com uma projeção de 167,9 milhões de toneladas, superando em 20,1 milhões a safra anterior. No coração do agronegócio brasileiro, o Centro-Oeste, a produtividade média deve alcançar 3.808 kg/ha , ultrapassando os níveis de 2022/23. Em Mato Grosso, a colheita já atingiu 99,5% da área plantada, com um recorde de produtividade de 3.897 kg/ha . Goiás também impressiona, com 97% da soja colhida e uma média ainda maior: 4.122 kg/ha .

O avanço da colheita da soja abre caminho para a conclusão do plantio do milho segunda safra. A produção total de milho, considerando os três ciclos da cultura, deve atingir 124,7 milhões de toneladas, 9 milhões a mais que na safra anterior. A segunda safra, responsável por 97,9 milhões de toneladas, é impulsionada pela ampliação da área plantada para 16,9 milhões de hectares e pelo aumento de 5,5% na produtividade média, projetada em 5.794 kg/ha .

O arroz também apresenta um desempenho notável, com mais de 60% da área colhida e uma expectativa de crescimento de 7,2% na produtividade média, atingindo 7.061 kg/ha . Com um aumento de 7% na área plantada, a produção deve chegar a 12,1 milhões de toneladas, um aumento de 14,7% em relação ao ciclo anterior.

A produção de feijão deve crescer 2,1%, totalizando 3,3 milhões de toneladas nas três safras. Embora a área plantada permaneça estável em 2,86 milhões de hectares, a produtividade média passará de 1.135 para 1.157 kg/ha . Já a produção de algodão em pluma deve atingir 3,9 milhões de toneladas, com um aumento de 5,1% e uma área plantada 6,9% maior, totalizando 2,1 milhões de hectares.

Com a revisão dos dados da produção de milho, a Conab ajustou a estimativa de consumo interno para 87 milhões de toneladas. As exportações devem somar 34 milhões, e o estoque final está projetado em 7,4 milhões de toneladas. O crescimento do algodão também deve influenciar o consumo e os estoques de passagem da fibra.

Para mais informações, o 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 está disponível no site da Conab.

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China acelera compra de soja brasileira temendo “efeito Trump” e eleva preços nos portos e nas sedes das esmagadoras

 

Em meio à guerra comercial EUA-China, importadores chineses garantem 40 cargas de soja do Brasil, impulsionando preços e gerando cautela sobre o futuro do mercado

Caso de Política com Bloomberg – O Brasil se consolida como principal fornecedor de soja para a China em um cenário de crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo. Segundo a Bloomberg, processadores chineses fecharam a compra de pelo menos 40 cargas de soja brasileira, o equivalente a 2,4 milhões de toneladas, um volume expressivo que representa quase um terço do processamento mensal chinês.

A aquisição em larga escala, considerada atípica para o período, foi motivada pela combinação de dois fatores cruciais: a recente queda nos preços da soja brasileira, após um período de alta, e as incertezas geradas pela política comercial protecionista do governo de Donald Trump. As tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses, que chegaram a 125%, provocaram uma reação de Pequim, que retaliou com tarifas de até 84%, impactando o apetite chinês por grãos americanos.

As 40 cargas de soja brasileira serão entregues entre maio e julho, período considerado estratégico para a China, que tradicionalmente depende da safra brasileira neste trimestre. Apesar de os esforços chineses para diversificar seus fornecedores, o Brasil tem se mantido como líder nas exportações de soja para o país asiático, superando os Estados Unidos em meio aos embates comerciais.

Além da vantagem cambial e da queda recente dos preços, as margens de lucro mais elevadas no processamento interno da soja também influenciaram a decisão dos importadores chineses. O farelo de soja, um insumo essencial para a alimentação animal, teve seus preços inflacionados pelo clima de incerteza no mercado internacional.

Apesar do otimismo momentâneo para os exportadores brasileiros, a continuidade das tensões comerciais pode gerar um efeito colateral preocupante: a escassez de soja no mercado no último trimestre do ano. Historicamente, a China retoma as compras da safra americana entre setembro e dezembro, mas com as tarifas elevadas, a tendência é que os compradores chineses permaneçam atentos a oportunidades de compra no Brasil, aproveitando eventuais quedas de preço.

Essa movimentação expressiva da China contrasta com a postura da empresa estatal responsável pelos estoques estratégicos do país, que acelerou as compras de soja dos EUA antes da posse de Trump, mas agora restringe drasticamente os negócios com os americanos.

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Luís Eduardo Magalhães sediará evento nacional da pré-COP30 sobre o Bioma Cerrado

Evento reunirá líderes e especialistas para construir um plano de ação concreto para a COP30, com foco no financiamento da transição, métricas de monitoramento e políticas públicas para o bioma

AIBA | Nádia Borges – Nos dias 15 e 16 de abril, Luís Eduardo Magalhães será palco de um dos encontros mais estratégicos da agenda da agricultura regenerativa em paisagens no Cerrado brasileiro. A cidade do oeste baiano vai sediar o Cerrado Summit, único evento da pré-COP30 realizado fora de uma capital brasileira, com foco exclusivo nos tratados e desafios do Bioma Cerrado. A programação será aberta no dia 15, às 9h, no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), no Complexo Bahia Farm Show.

Junto com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a Aiba é a entidade co-organizadora do encontro. “A escolha de Luís Eduardo Magalhães para sediar este evento não foi por acaso. Não se discute o futuro do Bioma Cerrado fora de onde ele efetivamente está. Por isso, articulamos com o Ministério da Agricultura para que o Cerrado Summit acontecesse aqui, no coração do bioma. Queremos mostrar ao mundo que o agronegócio praticado nesta região é comprometido com a sustentabilidade e vem adotando, cada vez mais, práticas de agricultura regenerativa para garantir o equilíbrio e a preservação do Cerrado”, afirma o presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

O evento, sediado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), contará com a presença confirmada do Ministro Carlos Fávaro, e a cerimônia de abertura prevê a participação do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do MAPA, Pedro Alves Corrêa Neto, além dos prefeitos de Luís Eduardo Magalhães, Junior Marabá, de Barreiras, Otoniel Teixeira, do presidente da Aiba, Moisés Schmidt, e da presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa, como também, de líderes de governos.

A imprensa terá acesso exclusivo à cobertura da cerimônia de abertura, que inclui falas institucionais, vídeos institucionais e as primeiras discussões introdutórias sobre os objetivos do evento. Após esse momento, o evento seguirá com uma agenda técnica voltada a grupos de trabalho, em reuniões fechadas.

O Cerrado Summit será o primeiro Acelerador de Paisagens promovido pela Aliança para Ação Regenerativa nas Paisagens (AARL), com foco em construir um plano de ação concreto até a COP30, que será realizada em Belém no segundo semestre. O encontro tem como pilares o financiamento da transição, métricas de monitoramento e avaliação (MMRV) e políticas públicas voltadas ao Cerrado.

Serviço
  • Evento: Cerrado Summit – Pré-COP30
  • Data: 15 de abril de 2025
  • Horário de abertura: 9h
  • Local: Auditório da Aiba – Complexo Bahia Farm Show, Luís Eduardo Magalhães (BA).
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Comissão aprova prorrogação de contratos agrários em casos de calamidade

Medida visa proteger produtores rurais em momentos de crise, garantindo a continuidade da produção agrícola em municípios em estado de calamidade pública

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que assegura a prorrogação, por 12 meses, de contratos agrários em municípios com decreto de calamidade pública reconhecido pelo governo federal.

A proposta, relatada pelo deputado Pezenti (MDB-SC), visa garantir a estabilidade contratual dos produtores rurais em momentos de crise, como secas severas ou enchentes, permitindo a recuperação e a manutenção das atividades produtivas.

“Em momentos de crise extrema, como secas severas ou enchentes devastadoras, os produtores rurais necessitam de estabilidade contratual para se recuperarem e manterem suas atividades produtivas”, afirmou o relator.

Durante o período de prorrogação, as cláusulas originais dos contratos serão mantidas, e revisões nos valores das contrapartidas contratuais só poderão ser realizadas mediante acordo entre as partes, considerando os impactos da calamidade.

O texto aprovado é um substitutivo ao projeto de lei 2.239/20, que previa a prorrogação dos contratos durante a pandemia. O relator ampliou o escopo da medida para abranger qualquer período de calamidade pública.

A solicitação de prorrogação deverá ser feita em até 30 dias após o reconhecimento oficial do estado de calamidade. Arrendatários, parceiros e meeiros poderão requerer a prorrogação, desde que haja concordância do proprietário da terra. Em casos de inadimplência, o proprietário terá o direito de se opor à prorrogação.

O projeto de lei seguirá agora para análise, em caráter conclusivo, pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para que se torne lei, a proposta deverá ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

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Guerra comercial EUA-China: Brasil vê oportunidade no agro e Lula busca novos acordos com Pequim e União Europeia

Tarifas americanas abrem espaço para produtos brasileiros, enquanto governo Lula negocia ampliação das exportações de soja e farelo de milho para a China, e mira no mercado europeu

Caso se Política com Reuters – A escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China pode ser uma oportunidade para o agronegócio brasileiro, avalia o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Em meio ao “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump, o Brasil busca fortalecer suas relações comerciais com a China e a União Europeia, visando ampliar a exportação de produtos como soja e farelo de milho.

Fávaro ressaltou a competitividade do agronegócio brasileiro e afirmou que o país “certamente vai saber usufruir disso e fazer disso uma grande oportunidade”.

Ele fez a declaração antes de participar de um evento sobre etanol de milho em Mato Grosso, onde também comentou sobre a iminente abertura do mercado chinês para o farelo de milho brasileiro (DDG).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja aproveitar sua viagem à China em maio para negociar o aumento das exportações de soja brasileira, aproveitando o vácuo deixado pelos produtos agrícolas americanos no mercado chinês. Atualmente, a China é responsável por cerca de 75% das exportações brasileiras de soja, e o governo espera que esse percentual ultrapasse os 80%.

Além da visita à China, Lula também deve intensificar negociações com a União Europeia, buscando ampliar a presença de produtos agrícolas brasileiros no mercado europeu em meio às tensões comerciais entre os dois blocos. A comitiva brasileira à China contará com a presença do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e de um grupo de empresários ligados ao agronegócio. A mesma equipe deve acompanhar o presidente em junho, durante viagem oficial à França.

Fávaro também mencionou que o Brasil deverá elevar “em breve” a mistura de etanol anidro na gasolina dos atuais 27% para 30%, assim como a composição de biodiesel no diesel, de 14% para 15%.

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Agro brasileiro brilha em março: exportações disparam 12,5% e atingem us$ 15,6 bilhões

Setor impulsiona balança comercial do país com volume recorde de vendas, destacando soja, café e carne bovina, e projeta um futuro promissor com novos mercados e produtos de maior valor agregado

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O agronegócio brasileiro celebrou em março de 2025 um desempenho histórico, com exportações que alcançaram US$ 15,6 bilhões, um salto de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou os dados, que revelam o protagonismo do setor, responsável por 53,6% de todas as exportações brasileiras no mês.

O aumento no volume exportado (10,2%) e a alta nos preços internacionais (2,1%) foram os principais motores desse crescimento. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, atribuiu os resultados à estratégia de fortalecimento sustentável do setor, com foco em novos mercados e produtos de maior valor agregado.

Produtos em Alta

  • Soja em grãos: US$ 5,7 bilhões (+7%)
  • Café verde: US$ 1,4 bilhão (+92,7%)
  • Carne bovina in natura: US$ 1,1 bilhão (+40,1%)
  • Celulose: US$ 988 milhões (+25,4%)
  • Carne de frango in natura: US$ 772,3 milhões (+9,6%)

Novos Mercados

Além dos produtos tradicionais, o governo tem investido na promoção de itens com alto potencial de expansão, como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos. Esses produtos atingiram recordes de exportação em março e são considerados estratégicos para ampliar a presença do Brasil em mercados da Ásia, Europa e América do Norte.

No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o agronegócio brasileiro exportou US$ 37,8 bilhões, valor recorde para o período e 2,1% superior aos US$ 32,6 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano anterior. China, União Europeia e Estados Unidos seguem como os principais destinos das exportações, mas outros países asiáticos têm ampliado significativamente suas importações de produtos brasileiros.

Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, os resultados confirmam o avanço da estratégia do Brasil de se firmar como um fornecedor global confiável, com foco na segurança alimentar global e na oferta de produtos com sanidade, qualidade e competitividade.

A expansão das exportações fortalece a economia nacional, estimula a geração de empregos e renda, atrai divisas, diversifica parceiros comerciais e reduz a vulnerabilidade externa, além de incentivar investimentos em inovação e sustentabilidade.

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Colheita de soja entra na reta final com 90% da área já trabalhada

Conselho Técnico da Aiba divulga panorama atualizado da colheita e condições das lavouras

A colheita da safra 2024/25 de soja na Bahia já alcançou 90% da área plantada, consolidando um dos momentos mais importantes do calendário agrícola estadual. Durante reunião realizada no dia 26 de março, o Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) apresentou uma atualização detalhada da safra, trazendo informações sobre a produtividade das lavouras e os desafios enfrentados pelos produtores.

Os dados, coletados pelo Núcleo de Agronegócio da Aiba em mais de 130 pontos amostrais, abrangem diversas microrregiões produtoras do estado. Além da soja, o levantamento revisou as estimativas de área e produtividade do milho e do algodão, considerando os impactos das variações climáticas registradas ao longo do ciclo.

Apesar do avanço da colheita, as chuvas registradas recentemente interromperam temporariamente as operações em algumas áreas. O levantamento confirma uma tendência observada desde o início da safra: lavouras semeadas dentro da janela ideal (outubro e novembro) apresentaram melhor desempenho, enquanto o plantio tardio sofreu com o déficit hídrico de fevereiro, principalmente nos municípios de Formosa do Rio Preto e São Desidério.

Pela primeira vez, a Bahia alcança a maior média de produtividade da soja na história, com 68 sacas por hectare, segundo consenso do Conselho Técnico. “Ainda há cerca de 10% da área a ser colhida, e os números finais serão revisados na próxima reunião, em maio. Mas os dados já apontam um resultado muito positivo para a safra”, destacou o presidente do Conselho Técnico da Aiba, Orestes Mandelli. Ele também ressaltou que o retorno das chuvas trouxe um alívio importante para a cultura do algodão, evitando perdas em áreas que estavam próximas do limite de estresse hídrico.

Monitoramento técnico e perspectivas para o setor

A Aiba reforça a importância do acompanhamento técnico contínuo da safra, garantindo que os dados reflitam com precisão o cenário agrícola da Bahia. O monitoramento realizado pela equipe técnica do Núcleo de Agronegócio e validado pelo Conselho Técnico serve como referência para produtores, agentes do mercado e tomadores de decisão do setor.

Para Aloísio Júnior, gerente de Agronegócio da Aiba, a atualização desses números é fundamental para a previsibilidade do mercado e o planejamento estratégico dos produtores. “O avanço da colheita confirma a força do setor agrícola da Bahia, mas também evidencia a importância de um monitoramento constante das condições climáticas e produtivas. Os dados atualizados ajudam a traçar um panorama mais realista da safra e auxiliam os produtores a tomarem decisões mais seguras para os próximos ciclos agrícolas”, destaca Aloísio.

Com a colheita da soja se aproximando da reta final, o foco agora se volta para o desenvolvimento das demais culturas de grãos e fibras no estado, consolidando a Bahia como uma das maiores potências agrícolas do país.

Texto e fotos: Ascom/Aiba

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Bolsonaro contraria agronegócio e apoia “Tarifaço” de Trump

Em contraponto à bancada ruralista, ex-presidente defende tarifas de Trump e critica reação do governo, defendendo acordo comercial direto com os EUA

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Enquanto a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) articula uma resposta às tarifas anunciadas por Donald Trump, o ex-presidente Jair Bolsonaro expressou apoio ao “tarifaço” americano e criticou a possibilidade de o Brasil retaliar com medidas semelhantes. A declaração, divulgada em suas redes sociais, coloca Bolsonaro em rota de colisão com um dos seus principais grupos de apoio no Congresso. As informações são do Congresso em Foco.

Bolsonaro argumenta que Trump estaria “protegendo seu país de um vírus socialista” e que um confronto comercial com os EUA seria um erro estratégico.

Em vez de retaliar, o ex-presidente defende a redução de impostos sobre produtos americanos e a busca por um acordo comercial direto com Trump.

A declaração de Bolsonaro contrasta com a postura da FPA, cujo presidente, deputado Pedro Lupion (PP-PR), defende a aprovação urgente do Projeto de Lei 2088/2023, que autoriza o governo brasileiro a aplicar contramedidas contra barreiras comerciais unilaterais.

“Precisamos de uma lei. Os grandes players do comércio mundial têm instrumentos legais para proteger seus interesses. O Brasil, não”, afirmou Lupion.

O projeto, já aprovado no Senado, está na pauta da Câmara dos Deputados e deve ser relatado pelo vice-presidente da FPA, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

O pacote tarifário americano, denominado “Dia da Libertação” por Trump, institui a prática de tarifas recíprocas, rompendo com o modelo multilateral da OMC. O governo brasileiro tenta responder em duas frentes: apoiando o projeto no Congresso e buscando uma solução dialogada com os Estados Unidos, com a possibilidade de representação na OMC caso o diálogo não prospere.

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