Vacinação gratuita para cães e gatos pode virar lei no Brasil

Projeto prevê imunização essencial sem custos para tutores de baixa renda; proposta tramita na Câmara

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei que pode garantir vacinação gratuita para cães e gatos em todo o território nacional. O PL 436/2025 prevê que o fornecimento dos imunizantes será priorizado para tutores de baixa renda cadastrados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). A medida busca prevenir doenças graves nos animais e reduzir riscos sanitários para a população.

Pelo texto, a União será responsável por adquirir e distribuir as vacinas aos estados e municípios, que ficarão encarregados da aplicação das doses. A imunização poderá ser viabilizada por meio de parcerias entre o setor público e entidades privadas, com ou sem fins lucrativos.

A proposta estabelece que, para os cães, serão consideradas essenciais as vacinas contra cinomose, parvovirose, adenovirose, leptospirose, raiva e as polivalentes V8 ou V10. Já para os gatos, estão incluídas as vacinas contra parvovírus felino, calicivírus, herpesvírus, raiva e as versões tríplice ou quádrupla felina. O projeto também prevê a possibilidade de inclusão de outros imunizantes, conforme necessidade sanitária.

O autor do projeto destaca que a imunização gratuita é uma medida fundamental tanto para o bem-estar dos animais quanto para a saúde pública. Doenças como cinomose e leptospirose, altamente contagiosas e de difícil tratamento, podem ter impactos severos tanto para os animais quanto para os humanos. Ele também reforça que campanhas educativas associadas à distribuição gratuita das vacinas podem ampliar a adesão à imunização.

Atualmente, o projeto está em análise na Comissão de Saúde da Câmara, aguardando a designação de um relator. Em seguida, passará pelas Comissões de Meio Ambiente, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça. A proposta tramita em caráter conclusivo, o que significa que, se for aprovada em todas as comissões, poderá seguir diretamente para o Senado sem necessidade de votação no Plenário da Câmara.

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MPBA e Inema lançam guia para conter espécies exóticas invasoras na Bahia

Publicação apresenta estratégias para identificação e controle de espécies exóticas invasoras, visando minimizar impactos ambientais e econômicos nos 417 municípios baianos

Caso de Política com MP Bahia – As espécies exóticas invasoras estão entre as principais ameaças à biodiversidade global, sendo responsáveis por 60% dos casos de extinção de espécies, além de gerarem custos econômicos anuais de 26,8 bilhões de dólares no mundo. No entanto, segundo dados do Instituto Hórus, esse valor pode ser ainda maior devido à subnotificação dos danos à biodiversidade e aos serviços ambientais. Para combater esse problema e orientar os gestores dos 417 municípios baianos sobre medidas de prevenção e controle das espécies exóticas invasoras na Bahia, minimizando impactos ambientais e econômicos, o Ministério Público do Estado da Bahia junto com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) lançaram, na manhã desta sexta-feira (21), um guia para gestão de espécies exóticas invasoras na Bahia. A publicação ‘Espécies Exóticas Invasoras e Invasões Biológicas’, que pode ser acessada clicando aqui, foi lançada na sede da Instituição, em Nazaré.

 “As espécies exóticas invasoras e as invasões biológicas são consideradas uma das cinco maiores causas de extinção de espécies. Trata-se de um problema muito silencioso, onde muitas vezes as pessoas não têm um conhecimento adequado para identificar se determinada espécie é natural, nativa ou é invasora. E caso esse problema não seja identificado de maneira precoce e não forem tomadas medidas voltadas à gestão dessas espécies, pode se tornar um problema muito grave e ameaçar as espécies nativas daquela região”, destacou o promotor de Justiça Alan Cedraz.

Desenvolvido pelo Instituto Hórus, o guia traz informações sobre diagnóstico e identificação precoce das espécies invasoras e mapeamento das áreas afetadas; estratégias para evitar a propagação, incluindo ações de manejo e restauração de ecossistemas; educação ambiental; além de ações que incentivem a criação de normativas municipais que restrinjam a comercialização e introdução de espécies invasoras.

Segundo o promotor de Justiça Augusto Matos, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Ceama), o guia é um marco para a gestão ambiental da Bahia.

“Estamos fortalecendo as ações de combate às invasões biológicas, que representam uma das maiores ameaças à biodiversidade global. Esse material oferece soluções práticas para gestores municipais, permitindo uma abordagem eficaz contra esse problema crescente”, afirmou.

As espécies exóticas invasoras são aquelas que, ao serem introduzidas em um novo ambiente, se proliferam descontroladamente, ameaçando a biodiversidade, a economia e até a saúde pública. De acordo com dados do guia, caso não sejam adotadas medidas eficazes, estima-se que as invasões biológicas possam crescer entre 20% e 30% até o final do século.

A especialista em meio ambiente e recursos hídricos do Inema, Sara Alves, reforçou a importância de um trabalho coordenado para evitar a propagação dessas espécies. Esses organismos chegam à Bahia de diversas formas e ocupam espaços de espécies nativas nos nossos biomas, como Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e ecossistemas costeiros.

De acordo com Silvia Ziller, diretora executiva do Instituto Hórus, trata-se de um tema relativamente novo para a população.

“Nosso objetivo é suprir essa lacuna e prover aos municípios referência técnica para ações de proteção, ações de detecção precoce e imediata quando essas espécies são encontradas, além de ações de controle, contribuindo na elaboração de programas de manejo de espécies invasoras para planos de manejo de unidades de conservação, além de trazer a referência da lista estadual de espécies invasoras do estado da Bahia”.

A publicação, que já foi lançada em Lençóis (18) e Mucugê (19), agora está acessível a todos os municípios baianos. Estiveram presentes na mesa de abertura os promotores de Justiça Alan Cedraz e Augusto Matos, coordenador do Ceama; Rousyana Gomes de Araújo, assessora técnica pericial do Ceama; Silvia Ziller, do Instituto Horus; e ⁠Sara Alves, especialista em meio ambiente e recursos hídricos do Inema.

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Vereadora ameaça devolver cadela operada à rua e expõe descaso com bem-estar animal em busca de likes

Vídeo divulgado pela vereadora Thaislane Sabel em sua página no Instagram escancara irresponsabilidade e levanta sérias dúvidas sobre seu compromisso com a causa animal. A atitude gera indignação e reacende a discussão sobre a ética de usar animais para autopromoção política, enquanto vereador questiona prioridades em meio à crise na saúde pública local

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O vídeo divulgado pela vereadora Thaislane Sabel (Republicanos) em sua própria página no Instagram neste domingo (16/02) é um retrato alarmante de irresponsabilidade e falta de compromisso com a causa animal. Nas imagens, a vereadora, com aparente indiferença, anuncia que uma cadela, recém-operada após ser castrada, será devolvida às ruas após o período de recuperação. A atitude não apenas levanta questionamentos sobre a real intenção por trás do resgate, mas também expõe o desrespeito com um animal vulnerável em busca de visibilidade nas redes sociais.

“Essa daqui é de rua, a gente pegou pra castrar, castrou, tá fazendo pós e agora acho que essa semana já volta pra rua de novo, o cantinho dela lá, né filha? Né? Olha aqui pro pessoal, fala que você foi castrada e que não vai mais ficar reproduzindo nas ruas. Ela é grande, aqui nasce 10, Deus me livre”, declara a vereadora no vídeo, demonstrando uma frieza inaceitável diante da situação.

Em uma série de fotos e vídeos postados pela parlamentar, verifica-se uma grande quantidades de animais estão sob a sua posse. (link do storie https://www.instagram.com/stories/thaislane_sabel/3569451474544831472/)

Juridicamente, a atitude da vereadora Thaislane Sabel pode configurar maus-tratos, de acordo com o Artigo 32 da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), com pena aumentada pela Lei nº 14.064/2020 para casos envolvendo cães e gatos. Ao resgatar o animal, ainda que temporariamente, a vereadora assume a responsabilidade por seu bem-estar, incluindo abrigo, alimentação e proteção contra os perigos da rua. Devolver a cadela à sua antiga realidade, especialmente após uma cirurgia, expõe o animal a riscos gravíssimos e pode ser interpretado como negligência, abandono e, consequentemente, maus-tratos.

Além da questão legal, a atitude da vereadora levanta profundos questionamentos éticos. Ao se apresentar como defensora dos animais, Thaislane Sabel assume um compromisso com a proteção e o cuidado desses seres. A decisão de devolver a cadela à rua após o procedimento cirúrgico demonstra uma flagrante incoerência com esse papel e revela uma preocupante priorização da autopromoção em detrimento do bem-estar animal.

R$ 704 mil em debate: Vereadores trocam farpas sobre prioridades em meio a caos na saúde

A insensibilidade da vereadora Thaislane Sabel se torna ainda mais evidente diante do contexto político local. A polêmica ganhou destaque após a divulgação de um texto jornalístico do Portal Caso de Política, que revelou um acalorado embate entre a vereadora e o vereador João Felipe sobre as prioridades de investimento no município. A discussão veio à tona após Thaislane defender com veemência a contratação da dupla Maiara e Maraisa para o carnaval da cidade, em meio a crescentes críticas sobre a precariedade da saúde pública.

Em suas declarações, Thaislane argumentou que a população sempre encontra motivos para criticar qualquer escolha:

“Começou a divulgar as bandas, meteram o cacete falando que era ruim, que era isso, que era aquilo. Tinha que trazer banda boa, sendo que as que vão vir são massas. Eu mesma gostei de todas. E imagina se consegue trazer uma Ivete, um Bel Marques, um Leo Santana, que tá um absurdo.”

A resposta do vereador João Felipe foi contundente, criticando a prioridade dada ao entretenimento em detrimento de áreas essenciais como a saúde e o bem-estar animal. Ele ironizou a escolha, questionando a destinação dos recursos públicos:

“O barreirense vota em cada vereador/vereadora que só Jesus na nossa causa. Com esse valor, poderiam ser feitas aproximadamente 7 mil castrações, ajudando significativamente a controlar a população de animais de rua na cidade”, destacou João Felipe.

A atitude da vereadora Thaislane Sabel expõe uma desconcertante inversão de valores, onde a busca por likes e a defesa de interesses políticos parecem superar a preocupação com o sofrimento animal e as necessidades básicas da população. A exposição de animais vulneráveis, que muitas vezes criam laços afetivos com seus cuidadores temporários, é uma forma de manipulação que merece o repúdio da sociedade.

Especialistas alertam para os riscos da autopromoção às custas dos animais. A prática banaliza o sofrimento animal, incentivando o abandono e a negligência. Além disso, desvia a atenção de outras questões cruciais relacionadas ao bem-estar animal, como a necessidade de políticas públicas eficazes de controle populacional e combate aos maus-tratos.

A história da cadela recém-operada, utilizada como ferramenta para gerar engajamento nas redes sociais, serve como um alerta para a necessidade de uma fiscalização rigorosa por parte do Ministério Público e de órgãos de fiscalização das ações de figuras públicas que se autointitulam defensoras dos animais. É fundamental que representantes eleitos, como a vereadora Thaislane Sabel, ajam com responsabilidade e priorizem o bem-estar dos animais e da população, em vez de buscar apenas a autopromoção e a defesa de interesses questionáveis. A sociedade espera que a vereadora reflita sobre suas atitudes e assuma a responsabilidade por suas escolhas, garantindo o cuidado e a proteção da cadela e demonstrando um verdadeiro compromisso com a causa animal.

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Documento final do P20 defende combate à desigualdade com desenvolvimento sustentável

Carta de Alagoas, para ampliar participação feminina, foi adicionada ao texto

Caso de Política com Agência Câmara – A declaração final da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), divulgada nesta sexta-feira (8), reforça o compromisso dos parlamentares em combater a fome e a pobreza, defender o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global.

“Se um parlamento é o foro por excelência de discussões da sociedade, a união de parlamentos não poderia ser outra coisa senão um palco de grandes debates sobre os problemas e desafios globais”, afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira, ao final da cúpula, que aconteceu de quinta (7) a sexta-feira (8).

O documento será entregue durante a reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que acontece nos dias 18 e 19 deste mês. O lema do P20 deste ano, sob a presidência do Brasil, é “Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável”. A delegação da Argentina não quis assinar a declaração final. A próxima edição do evento ocorrerá na África do Sul, em 2025.

Leia a íntegra do documento final.

  • A declaração final está estruturada em três eixos temáticos:
  • o combate à fome, pobreza e desigualdade;
  • as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental); e
  • a reforma da governança global.

A presidente da União Interparlamentar, Tulia Ackson, defendeu maior responsabilização dos parlamentos pelos compromissos no documento. “Agora está na hora de levar essa declaração conjunta para nossos lares e assegurar que nossas palavras sejam asseguradas por ações concretas”, disse.

O documento reforça a necessidade de esforços conjuntos para oferecer uma contribuição parlamentar eficaz e relevante ao processo do G20, inclusive trabalhando em conjunto com os respectivos governos para cumprir os compromissos firmados na cúpula deste ano.

“Agradeço o espírito construtivo que todos os envolvidos manifestaram ao longo do processo de consultas, mesmo em relação aos temas mais complexos”, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em declaração lida por Lira. Pacheco não compareceu ao encerramento por questões familiares.

Representantes dos países na Cúpula de Parlamentos do G20

Desigualdade

A declaração propõe o desenvolvimento de instrumentos para garantia da segurança alimentar e nutricional, o estabelecimento de condições adequadas de trabalho, e o acesso equitativo a oportunidades e recursos, incluindo água, educação, saúde e saneamento básico para enfrentar a desigualdade socioeconômica.

O texto define que isso deve incluir esforços para aumentar ajuda humanitária para países afetados por crises alimentares. “A erradicação da pobreza é um desafio global fundamental e uma condição sine qua non para o desenvolvimento sustentável”, afirmaram os signatários no documento.

A eliminação de todas as formas de discriminação, assédio e violência, online e offline, com atenção especial para as mulheres e meninas em todos os âmbitos de suas vidas, foram salientadas no texto. A declaração reconhece a importância de fortalecer e expandir a cobertura dos programas de proteção social e de promover políticas públicas de inclusão, especialmente em respeito aos direitos das pessoas com deficiência.

Clima

O documento reforça a urgência da luta contra as mudanças climáticas e a necessidade de intensificar esforços para manter o aumento da temperatura média global nos níveis definidos no Acordo de Paris de 2015, ou seja, limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

O financiamento climático pelas nações desenvolvidas para apoiar países em desenvolvimento, inclusive com fundo de perdas e danos, foi enfatizado para garantir medidas de adaptação, resposta e recuperação ambiental. “Instamos os governos e parlamentos do G20 a identificar e implementar formas adequadas e equitativas de financiar transições energéticas justas”, afirmam os parlamentares na declaração.

Transição energética justa, promoção de energias renováveis e proteção da biodiversidade devem ser sustentadas pelas ações parlamentares, além da busca por garantir integração entre crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental.

Governança global

A reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), uma reivindicação antiga do Brasil, entrou na versão final do documento. Assim como mudanças em outros órgãos da ONU e uma mudança no sistema financeiro internacional para garantir mais transparência das instituições financeiras em todos os níveis e atenção aos países em desenvolvimento, com práticas como alívio, reestruturação ou cancelamento de dívidas.

O documento também cobra reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), com regras previsíveis, sem discriminação, equitativas e aptas a promover o desenvolvimento sustentável, com restauração de seu sistema de solução de controvérsia.

O texto ressalta a preocupação com déficit democrático nas relações internacionais e cobra maior envolvimento parlamentar nos compromissos internacionais por ser o poder que está mais próximo das demandas da sociedade civil. “Os desafios urgentes que temos de enfrentar exigem que os nossos parlamentos não permaneçam focados apenas nas questões atuais, mas incluam a ‘dimensão do futuro’ na agenda parlamentar”, disseram os congressistas na declaração conjunta.

IA e novas tecnologias

A declaração destaca o uso de tecnologias digitais, incluindo a inteligência artificial (IA), para enfrentar desafios globais e a necessidade de abordar a desigualdade digital entre países. O uso dessas tecnologias, segundo o texto, deve ter uma abordagem ética, transparente e centrada no ser humano. O tema foi objeto da última reunião do P20 na Índia em 2023.

Os países signatários incentivam o desenvolvimento de padrões internacionais para uso das novas tecnologias que respeitem os direitos humanos e fortaleçam a confiança na economia digital. Reconhece o potencial da IA para ampliar ou reduzir a lacuna de produtividade entre países e promover o desenvolvimento sustentável. O texto também menciona a necessidade de todos os governos e parlamentos promoverem o direito internacional humanitário, com atenção especial aos desafios decorrentes do uso de novas tecnologias em conflitos armados.

Participação feminina

A Carta de Alagoas, documento final de encontro de mulheres parlamentares em julho, foi incorporada como anexo ao texto final, que recomenda a manutenção desse fórum de discussão nos próximos encontros do P20. A Declaração Final da Carta de Alagoas reúne oito recomendações em três áreas prioritárias:

  • justiça climática e desenvolvimento sustentável para mulheres e meninas;
  • ampliação da representatividade feminina em espaços decisórios; e
  • combate às desigualdades de gênero e promoção da autonomia econômica das mulheres.
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Amanda Nabeshima cobra retomada de castrações e propõe abrigo transitório para animais em Ribeirão Pires

Em sessão da Câmara, vereadora denuncia interrupção das castrações e pede lar transitório para enfrentar o abandono de animais e risco de ataques a moradores.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em sessão na Câmara Municipal de Ribeirão Pires nesta quinta-feira (24), a vereadora Amanda Nabeshima (PP) criticou a suspensão das castrações gratuitas de animais e questionou o acúmulo na fila de espera para o procedimento pelo aplicativo Ribeirão Pires Digital. Segundo Amanda, o sistema digital da cidade registra uma crescente demanda sem resposta desde o início do ano, o que contribui diretamente para o aumento de animais abandonados nas ruas.

A vereadora destacou a importância do programa de castração para reduzir o abandono, especialmente entre fêmeas, que entram no cio e acabam contribuindo para o aumento da população de animais de rua.

“Minha preocupação é com as fêmeas, cadelas e gatas, que cruzam, reproduzem e acabam abandonadas, o que amplia o problema nas ruas. É fundamental que o programa seja retomado,” afirmou Amanda.

Além das castrações, Amanda Nabeshima também solicitou providências para os cães abandonados na região do Terminal Rodoviário Municipal, local onde um jovem com deficiência foi recentemente mordido por um cachorro. A situação expôs a vulnerabilidade dos animais abandonados e a falta de espaços adequados para seu acolhimento. A vereadora sugeriu a criação de um abrigo transitório para esses animais, além da possibilidade de transferir o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para uma área afastada, após decisão judicial que bloqueou o recolhimento de animais devido a uma denúncia de moradores próximos ao CCZ.

Amanda apelou por apoio dos demais parlamentares para viabilizar emendas destinadas à construção do abrigo transitório e reforçou que denúncias de maus-tratos, muitas vezes, não resultam em melhorias práticas para os animais.

“Os animais não estão na rodoviária porque querem, mas porque foram abandonados. Precisamos de uma solução definitiva para enfrentar o abandono e cuidar dessas vidas,” concluiu.

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Vereadores ligados a Zito e Otoniel rejeitam emendas; oposição denuncia “escárnio” na votação do orçamento

Base do governo Zito Barbosa barra propostas da oposição para construir unidade de atendimento a autistas, nova UPA e clínica veterinária e asfaltamento de estrado no Rio Branco. Vereadores criticam votação “às pressas” e denunciam descaso com a saúde e infraestrutura

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na noite desta terça-feira, a sessão da Câmara de Barreiras foi marcada por um embate acirrado entre vereadores governistas e opositores durante a votação do Projeto de Lei 018/2024, que define o orçamento municipal para 2025, estimado em mais de R$ 912 milhões. A oposição tentou aprovar emendas que previam recursos para áreas cruciais, como a construção de uma nova sede para o CIPROESTE, focado no atendimento a pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA), uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA), uma Clínica Veterinária Municipal e a pavimentação da estrada para o Rio Branco. No entanto, todas as emendas foram rejeitadas pelos vereadores da base governista, ligados ao atual prefeito Zito Barbosa, gerando uma onda de críticas nas redes sociais.

Defenderam as emendas, os vereadores: Carmélia da Mata (PP), João Felipe (PCdoB), Beza (PSB), Rodrigo do Mucambo (MDB), BI (PSD), Silma (Progressistas) e Dra.Graça (Solidariedade).

O vereador João Felipe, uma das principais vozes da oposição, não poupou palavras ao expressar sua indignação. Em suas redes sociais, ele atacou duramente os governistas, qualificando o ato de barrar as emendas como um “escárnio” com a população.

“O orçamento de 2025 foi votado às pressas. A bancada de Zito, composta por Otoniel Teixeira, Alcione rodrigues, Dr. Sileno, Adriano Stein, Eurico Queiroz, Sobrinho, Teteia Chaves, Ivete Ricardi, Yuri Ramon, Hipólito, Rider Castro e Valdimiro, votou contra emendas para criar um centro de tratamento para crianças autistas, novas paradas de ônibus e zerar a fila de cirurgias e exames no SUS. Já deu para perceber que os próximos quatro anos serão de muita luta. A saúde não será prioridade do ‘novo’ governo”, desabafou João Felipe.

A vereadora Carmélia da Mata também lamentou a rejeição das emendas, destacando a falta de compromisso da base governista com propostas que beneficiariam diretamente a população.

“Ontem, apresentamos emendas importantes, como a criação de um espaço para atendimento aos portadores de TEA, a construção de um hospital veterinário municipal e a ampliação da rede de saúde com mais uma UPA. Infelizmente, os vereadores da base do governo votaram contra todas elas, demonstrando total descaso com o bem-estar da nossa cidade”, afirmou Carmélia.

A sessão expôs um profundo racha entre os vereadores e deixou claro que a governabilidade de Otoniel Teixeira, prefeito eleito com o apoio de Zito Barbosa, pode enfrentar obstáculos significativos com a oposição que deve ser reforça com novos nomes para a próxima legislatura que terá início em 1º de janeiro de 2025. A rejeição das emendas para setores essenciais, como saúde e infraestrutura, levanta preocupações sobre as prioridades do governo para os próximos anos e a promessa de luta constante por parte da oposição.

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Tito reforça compromisso com causa animal, o meio ambiente e a educação em encontro com professores e alunos da UNEB

Durante a reunião na universidade, o candidato a prefeito de Barreiras destacou a importância do Castra Móvel e da preservação ambiental, com foco na saúde pública

Ascom Tito – Tito se reuniu com professores e estudantes do Campus IX da UNEB e destacou a importância de um Castra Móvel na cidade e o fortalecimento de programas ambientais. O encontro aconteceu nesta terça-feira (17/09), e ele apresentou ainda suas propostas para a educação, para a causa animal e o meio ambiente.

O candidato destacou o seu compromisso com o controle populacional de animais, especialmente os de rua, que afetam diretamente a saúde pública.

“Quando controlamos a população de cães e gatos, reduzimos a incidência de zoonoses, como a leishmaniose, que é um problema grave em nossa região”, afirmou.

Durante o encontro, a doutora Simone Coité, diretora do Departamento de Ciências Humanas do Campus IX da UNEB, elogiou o trabalho de Tito em prol da causa animal e da saúde pública. Ela destacou a importância da destinação de recursos para a Uneb, especialmente para a implantação da clínica médica, centro cirúrgico e um caminhão baú em convênio com o CONSID para equipagem de um Castra Móvel moderno.

“Todas essas iniciativas demonstram o sério compromisso de Tito com Barreiras”, disse a diretora.

Deputado federal

Tito, durante o seu deputado de deputado federal, destinou inicialmente R$ 893 mil para a aquisição e instalação de um laboratório e um centro cirúrgico para o curso de Medicina Veterinária, além de um veículo utilitário para o campus IX da UNEB em Barreiras.

Como terceiro investimento destinou um Castra Móvel, uma unidade móvel de castração, que foi um ponto central da sua fala. Segundo Tito, a destinação do equipamento para Barreiras já foi efetivada em parceria com o CONSID em benefício da UNEB, visando subsidiar o curso de Medicina Veterinária.

Saúde animal

Ele também mencionou o apoio ao Consórcio Multifinalitário do Oeste da Bahia (CONSID), que recebeu um caminhão-baú refrigerado para o transporte de equipamentos de saúde animal. Tito reafirmou a relevância dessa parceria, enfatizando que cuidar dos animais é crucial para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Outro tema abordado foi o compromisso de Tito com o meio ambiente. Ele detalhou o plano de expansão e modernização do sistema de reservação de água potável em Barreiras, em parceria com o governo do estado.

“Com o crescimento da cidade e a verticalização das áreas urbanas, é urgente triplicar a capacidade de armazenamento de água para garantir um abastecimento adequado”, explicou.

Integração entre universidades e desenvolvimento local

Tito reforçou seu compromisso em fortalecer as parcerias entre o município e as universidades, garantindo que os alunos da UNEB tenham acesso a atividades de extensão e contribuam diretamente para o desenvolvimento da cidade.

“Barreiras precisa avançar na integração de suas instituições de ensino com o setor público e o terceiro setor. Isso será uma das prioridades de nossa gestão”, concluiu.

Documentário “Expedição Rio Grande” revela impactos ambientais sobre a pesca artesanal no oeste da Bahia

O documentário com 40 minutos de duração, está disponível no YouTube. A produção explora os desafios enfrentados pelos pescadores artesanais da Bacia do Rio Grande e destaca a necessidade urgente de preservação do rio, enfatizando que “O Rio não tem voz. Somos a Voz do Rio”

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Associação de Pescadores Artesanais do Rio Grande lançou, na última sexta-feira, 16 de agosto, o documentário “Expedição Rio Grande: Vivência de Pescador”. Com 40 minutos de duração, o filme, disponível no canal da APARIOGRANDE no YouTube, oferece uma visão aprofundada da realidade dos pescadores artesanais na Bacia do Rio Grande e os desafios que enfrentam devido à degradação ambiental.

 

Os relatos apresentados no filme destacam a crescente deterioração do Rio Grande e como isso impacta a pesca artesanal, que é vital para a subsistência de comunidades

O documentário retrata a trajetória da expedição de barco que percorreu aproximadamente 380 quilômetros desde Barreiras até Barra, passando por Riachão das Neves, Cotegipe e Wanderley, até alcançar o Rio São Francisco. Durante a viagem, a equipe documentou as histórias e memórias dos pescadores, revelando como as mudanças no ecossistema aquático estão ameaçando suas atividades e o modo de vida tradicional.

O jornalista cinematográfico Joseandro Oliveira registrou as imagens do documentário 

Os relatos apresentados no filme destacam a crescente deterioração do Rio Grande e como isso impacta a pesca artesanal, que é vital para a subsistência dessas comunidades. O documentário faz um apelo à preservação do rio, considerado o maior patrimônio natural do Oeste da Bahia, reforçando a mensagem de que “O Rio não tem voz. Somos a Voz do Rio”.

O projeto foi financiado por um edital da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e contou com a colaboração da Agência 10Envolvimento, do Consórcio Multifinalitário do Oeste da Bahia (CONSID) e da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). A realização do documentário foi baseada na expedição registrada pelo jornalista cinematográfico Joseandro Oliveira, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre os desafios enfrentados pelos pescadores e a urgência de ações para garantir a sustentabilidade da pesca artesanal na região.

Clique aqui para assistir ao documentário no YouTube.

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Governador Jerônimo Rodrigues reforça combate a incêndios com entrega de equipamentos em São Desidério

O investimento é de R$ 3,4 milhões, destinando drones, motosserras, isolantes térmicos, máscaras, balaclavas, óculos e outros materiais essenciais para o combate aos incêndios florestais na região oeste

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em cerimônia realizada nesta quinta-feira (6) em São Desidério, o governador Jerônimo Rodrigues reforçou o compromisso do governo do Estado com a preservação ambiental ao entregar ao Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMB) uma série de materiais e equipamentos para a Operação Florestal da Caravana Bahia Sem Fogo. Esta iniciativa visa coordenar ações de prevenção, combate e monitoramento de incêndios em Unidades de Conservação (UCs) no estado, oferecendo infraestrutura e logística para uma resposta rápida e eficaz.

O investimento totalizou R$ 3,4 milhões, destinando-se a drones, motosserras, isolantes térmicos, máscaras, balaclavas, óculos e outros materiais essenciais para o combate aos incêndios florestais na região oeste da Bahia. A aquisição desses equipamentos representa um avanço significativo na capacidade operacional do CBMB, que agora está melhor preparado para enfrentar as chamas e proteger tanto as vidas humanas quanto o meio ambiente.

A Caravana Bahia Sem Fogo já percorreu diversos municípios do oeste baiano, incluindo Barra, Buritirama, Mansidão, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Ibotirama, Muquém do São Francisco, Wanderley, Morpará, Cotegipe, Cristópolis, e São Desidério. As atividades se encerram em Barreiras nesta sexta-feira (7), consolidando uma etapa crucial na luta contra os incêndios florestais na região.

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Marco Ambiental: Presidente Lula Ratifica Criação do Monumento Natural das Cavernas de São Desidério

Caso de Política com Agência Gov – Em uma emblemática celebração no Dia Mundial do Meio Ambiente, ocorrida nesta quarta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ratificou o decreto de criação do Monumento Natural (MONA) Cavernas de São Desidério. Este ato oficial marcou o estabelecimento de uma nova fronteira na conservação ambiental, abrangendo uma vasta área de 16.619 hectares do bioma do Cerrado, situada no município baiano de São Desidério. O território, agora designado como Monumento Natural, resguarda um complexo espeleológico de extrema relevância científica, vital para a preservação da biodiversidade e para o sustento das comunidades locais.

Garganta do Bacupari – Foto:Cristiano Fernandes Ferreira/ICMBio

A região revela-se um tesouro inestimável, especialmente em suas profundezas cársticas, onde a ação erosiva das águas ácidas ao longo de eras modelou uma miríade de cavernas e formações rochosas de indiscutível interesse para a comunidade científica. O patrimônio espeleológico de São Desidério é composto por 208 cavernas oficialmente catalogadas no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE), posicionando o município como o 24º no ranking nacional em quantidade de cavidades mapeadas.

A essência do Monumento Natural Cavernas de São Desidério transcende a mera preservação de sua geomorfologia única. O objetivo primordial é salvaguardar as fitofisionomias características do Cerrado, os sistemas flúvio-cársticos, os aquíferos calcários e os significativos sítios arqueológicos. Além disso, a iniciativa visa proteger uma parcela crucial da bacia hidrográfica do Rio João Rodrigues, um afluente vital do Rio São Desidério, cujas águas deságuam no Rio Grande, contribuindo, por fim, para o formoso caudal do Rio São Francisco.

Jocy Cruz, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), presente na solene cerimônia, destacou que a nova Unidade de Conservação (UC) garantirá não apenas a proteção do valioso patrimônio espeleológico local, mas também a preservação das espécies que nele habitam.

“As cavidades subterrâneas funcionam como verdadeiros museus naturais, guardando parte de nossa história e revelando os intrincados processos das mudanças climáticas e ambientais. Portanto, é imperativo estabelecer medidas especiais que assegurem seu uso sustentável e a gestão responsável de seus recursos naturais”, afirmou Cruz.

A criação do Monumento Natural Cavernas de São Desidério representa um ponto de inflexão na batalha pela conservação do Cerrado no oeste baiano, uma região que enfrenta pressões consideráveis de desmatamento em decorrência da expansão agropecuária. Ademais, possibilita a salvaguarda dos atributos espeleológicos de importância suprema, ao mesmo tempo em que concilia a presença e as atividades das comunidades locais, as quais poderão continuar suas práticas de agricultura familiar e ampliar suas rendas através do turismo sustentável.

Entre os pontos de interesse do recém-criado Monumento Natural destacam-se:

  • Salão Coliseu: O maior salão de caverna documentado no país, abrangendo mais de 25.000 m², situado na impressionante Garganta do Bacupari.
  • Lago Subterrâneo: O maior lago subterrâneo do Brasil, localizado no Buraco do Inferno da Lagoa do Cemitério, um verdadeiro hotspot de biodiversidade da fauna cavernícola.
  • Sumidouro do João Baio: Apresentando uma variação regular no fluxo de água, este fenômeno é raro em escala global.
  • Outras Belezas Cênicas: Incluindo o Lago Azul, a Gruta do Catão, o Buraco da Sucupira e o Buraco da Sopradeira.

Decreto de Criação publicado no Diário Oficial da União

O Que é um Monumento Natural?

O Monumento Natural constitui uma categoria de Unidade de Conservação de Proteção Integral, destinada à preservação de locais naturais raros, singulares ou de notável beleza cênica. Permite-se a propriedade privada, desde que esta não entre em conflito com os objetivos da unidade. No caso das Cavernas de São Desidério, o propósito é proteger as cavidades naturais, viabilizando atividades como a criação de animais, a agricultura, o turismo, a visitação e a pesquisa.

No Brasil, existem outros cinco Monumentos Naturais federais: os MONAs dos Canyons do São Francisco, dos Pontões Capixabas, das Ilhas Cagarras, das Ilhas Trindade e Martin Vaz, e do Monte Columbia, bem como o MONA do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Destes, os três últimos abrangem ilhas marinhas.

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