Senadora Mara Gabrilli consegue andar com auxílio de exoesqueleto (VÍDEO)

Exoesqueleto Atalante dispensa o uso de andadores e garante mais autonomia e longevidade

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Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Em missão de três dias em Nova York, EUA, senadora conheceu o equipamento e identificou a possibilidade de fortalecer o atendimento de milhões de brasileiros com deficiência motora. Objetivo é efetivação de possível parceria para compartilhamento da tecnologia no Brasil

A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) esteve durante três dias nos Estados Unidos para conhecer uma revolucionária tecnologia voltada para reabilitação de pessoas com deficiência. Trata-se de um exoesqueleto batizado de Atalante que funciona como um suporte para que pessoas com algum tipo de paralisia possam ficar de pé, eretas, e se moverem de maneira multidirecional e com braços livres.

Mara, que ficou tetraplégica aos 26 anos após um acidente de carro, é entusiasta das possibilidades advindas da tecnologia assistiva. A senadora fez muitos anos de fisioterapia e exercícios físicos diários para conseguir, 21 anos depois, a recuperação parcial dos movimentos nos braços. O resultado desta dedicação é a habilidade de pilotar a própria cadeira de rodas sem a necessidade de alguém que a empurre.

O exoesqueleto Atalante que Mara experimentou e caminhou com ele, é um projeto de três estudantes de engenharia fundadores da startup francesa Wandercraft, criada em 2012. O equipamento possibilita a locomoção de pessoas que perderam movimentos do corpo e que precisam aprimorá-los em consequência, por exemplo, de sequelas de AVC (acidente vascular cerebral), lesão medular, Parkinson, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, traumatismo crânioencefálico, entre outros.

A ideia é dar a possibilidade de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida terem uma tecnologia que possibilite movimentos em múltiplas direções. O objetivo é que futuramente, usando o exoesqueleto, os usuários também possam realizar tarefas do dia a dia, como atividades domésticas, permitindo assim mais autonomia e longevidade.

A principal inovação do Atalante é que ele dispensa o uso de andadores. O paciente “veste” o exoesqueleto e uma vez que o robô contém um sistema de controle de equilíbrio, permite maior estabilidade. Isto é, mesmo que o paciente se incline e faça movimentos com o tronco, o robô mantém o equilíbrio sem cair. O equipamento funciona com uma programação de acordo com o objetivo do paciente. Ele pode se inclinar, sentar e levantar, andar de frente, de costas e de lado, além de subir degraus. Essa condição é crucial para que o Atalante seja usado por pessoas com diferentes tipos de comprometimento de mobilidade.

“Não sou a mesma pessoa depois de testar esse equipamento. São 28 anos desafiando a inércia e a gravidade desde que quebrei o pescoço. Sempre trabalhei para resgatar movimentos. Chegar ao momento de andar com o auxílio de uma tecnologia que usa a força do meu próprio corpo é a prova de que todo esforço valeu a pena. É um universo de possibilidades que se abre”, afirmou Mara após testar o exoesqueleto.

A senadora participou do encontro com profissionais de renome mundial em reabilitação e estava acompanhada de Linamara Rizzo Battistela, Professora Titular de Medicina Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, coordenadora da Rede Lucy Montoro de Reabilitação, a maior rede pública de reabilitação do Estado. Linamara coordenou junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) a publicação “Diretrizes para o Fortalecimento da Reabilitação nos Sistemas de Saúde”, documento parâmetro para os países membros da OMS para garantir a saúde e melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, que no mundo somam 1 bilhão.

De acordo com Linamara, que acompanhou os testes a convite de Mara, a possibilidade de trazer o Atalante para o Brasil significaria uma revolução na saúde dos brasileiros, além de inspiração para cientistas, que poderão desenvolver tecnologias de reabilitação genuinamente nacional. “É uma referência importante para criarmos equipamentos que atendam hoje quem não tem acesso a serviços de saúde e reabilitação, pensando num conceito muito mais amplo, que é o de longevidade e qualidade de vida”, afirmou a médica.

A missão da senadora, que aconteceu entre os dias 24, 25 e 26 de abril em Nova York, Estados Unidos, teve como principal objetivo contribuir com a efetivação de uma possível parceria e compartilhamento de tecnologia, para o desenvolvimento de uma pesquisa pioneira no Estado de São Paulo.

Sobre o futuro de como seria o acesso de todos os brasileiros ao Atalante, a senadora aposta na ideia de criar “walk centers”, locais que funcionariam como centros de condicionamento físico ou de ginástica voltados às pessoas com e sem deficiência. “Esses centros seriam vinculados às universidades públicas, que já possuem estrutura tanto de reabilitação quanto para a prática esportiva”, afirmou Mara.

Vale lembrar que a senadora fundou um Instituto que leva seu nome em 1997, alguns anos após o acidente de carro que a deixou tetraplégica. À época, o objetivo inicial do Instituto já era o fomento a pesquisas para a cura de paralisias e apoio ao paradesporto. A organização ampliou sua atuação e hoje é referência em projetos sociais voltados para o resgate da autonomia de pessoas com deficiência.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,4% da população brasileira acima de 2 anos – o que representa 17,3 milhões de pessoas – têm algum tipo de deficiência. Desse contingente, 7,8 milhões, ou 3,8% da população acima de dois anos, apresentam deficiência física.

O que é um exoesqueleto?

Os exoesqueletos são estruturas “vestíveis” que ajudam no suporte e movimento do corpo humano. Eles já são vistos por especialistas como aliados na recuperação física e emocional.

Segundo a Wandercraft, criadora do exoesqueleto, o equipamento já foi usado para tratar mais de 330 pessoas no ano passado.

China é grande rival na corrida por tecnologia, admite presidente da Microsoft

Repórter ABC – A China está avançando rapidamente no desenvolvimento de novos sistemas de inteligência artificial e pode se tornar a maior rival das empresas e organizações de pesquisa dos Estados Unidos, segundo afirmou o presidente da Microsoft, Brad Smith, em entrevista ao jornal japonês Nikkei Asia. Smith, que está no Japão para acompanhar reuniões do G7, ressaltou que as companhias chinesas de tecnologia estão prontas para entrar na competição com as gigantes americanas Amazon, Google e Microsoft, bem como com a OpenAI, startup que criou o ChatGPT.

De acordo com Smith, existem três empresas que estão na vanguarda absoluta do desenvolvimento de inteligência artificial: a OpenAI, a Microsoft e o Google, seguidas de perto pela Academia de Inteligência Artificial de Pequim. No entanto, Smith alertou que a diferença entre quem está na frente e quem está atrás é medida em meses, não em anos.

“Quem está à frente e quem está atrás é algo que pode mudar um pouco de tempos em tempos, mas uma coisa tem sido absolutamente constante: a diferença é quase sempre medida em meses, não em anos. Tudo é muito rápido”, disse o presidente da Microsoft.

A rápida evolução da tecnologia de inteligência artificial na China é uma preocupação crescente para as empresas americanas e para os líderes mundiais que se reúnem no G7. Smith destacou a necessidade de se manter vigilante e atento às ameaças à liderança tecnológica americana, especialmente no campo da inteligência artificial. Com as empresas chinesas prontas para entrar na disputa, a corrida para a liderança em inteligência artificial se intensifica cada vez mais.

Espaçonave da SpaceX, maior do mundo, explode após três minutos de seu lançamento (VÍDEO)

Voo da espaçonave Starship foi interrompido três minutos após a decolagem, com o foguete começando a “girar” antes de explodir sobre o Golfo do México

Repórter ABC, com informações de Sputnik Brasil – Um incidente ocorreu durante o lançamento da espaçonave Starship da SpaceX na tarde desta quinta-feira (20), interrompendo o voo apenas três minutos após a decolagem. Segundo informações dos apresentadores da transmissão SpaceFlight Now, o foguete começou a “girar”, resultando no término do voo em uma “situação anormal”.

De acordo com um dos apresentadores, “nem todos os motores tiveram tempo para ligar”, o que indica que o problema pode estar relacionado ao funcionamento dos propulsores. Ainda não há informações sobre as causas do incidente, mas a SpaceX deve investigar o ocorrido.

A espaçonave Starship é um importante projeto da SpaceX, que visa tornar viagens espaciais mais acessíveis e viáveis economicamente. O foguete é capaz de transportar até 100 passageiros e pode ser reutilizado diversas vezes, o que reduz significativamente os custos de lançamento.

A SpaceX já havia realizado testes bem sucedidos com a Starship em voos suborbitais, mas ainda não havia conseguido fazer um lançamento orbital completo. O incidente desta quinta-feira pode representar um retrocesso para a empresa no desenvolvimento do projeto, mas ainda é cedo para avaliar as consequências. A SpaceX ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente.

Veja o vídeo:

Explosão do protótipo Starship SN10 da SpaceX em março de 2021

SpaceX’s Starship SN10 explodes after its first successful landing in Texas. (Provided by Everyday Astronaut)

 A aeronave Starship da SpaceX explodiu logo após que o empresário japonês Yusaku Maezawa disse que escolheria oito membros do público para acompanhá-lo na espaçonave para uma viagem ao redor da lua.

A SpaceX, liderada por Elon Musk, lançou o protótipo Starship SN10 do local de teste da empresa em Boca Chica, Texas. Atingiu uma altitude de 10 quilômetros, ficou no ar por um tempo e depois pousou.

Foi o primeiro pouso bem-sucedido da Starship e atraiu aplausos dos espectadores. Musk twittou: “A nave estelar SN10 pousou inteira!” 

Mas em cerca de 10 minutos, o foguete de aço inoxidável explodiu e pegou fogo. 

Microsoft apresenta inteligencia artificial especializada em imagens

Modelo é capaz de resolver quebra-cabeças visuais e passar em testes de QI visual

A Microsoft apresentou na segunda-feira, 3 de abril, o Kosmos-1, um modelo multimodal de inteligência artificial (IA) que é capaz de analisar imagens em busca de conteúdo, resolver quebra-cabeças visuais, realizar reconhecimento visual de texto, passar em testes de QI visual e entender instruções de linguagem natural.

Os pesquisadores da Microsoft acreditam que a inteligência artificial multimodal, que integra diferentes modos de entrada, como texto, áudio, imagens e vídeo, é um passo fundamental para a construção de inteligência geral artificial (AGI) capaz de executar tarefas gerais no nível humano. A percepção multimodal é considerada uma parte básica da inteligência e é uma necessidade para alcançar a inteligência geral artificial em termos de aquisição de conhecimento e fundamentação no mundo real.

Os especialistas em IA apontam para a IA multimodal como um caminho potencial para a inteligência artificial geral, uma tecnologia hipotética que ostensivamente será capaz de substituir os humanos em qualquer tarefa intelectual. AGI é o objetivo declarado da OpenAI, um importante parceiro de negócios da Microsoft no espaço de IA.

O Kosmos-1 parece ser puramente um projeto da Microsoft, sem o envolvimento da OpenAI. Os pesquisadores chamam sua criação de “modelo de linguagem grande multimodal” (MLLM) porque suas raízes estão no processamento de linguagem natural, como um LLM somente de texto, como o ChatGPT.

Para o Kosmos-1 aceitar entrada de imagem, os pesquisadores devem primeiro traduzir a imagem em uma série especial de tokens que o LLM possa entender.

A Microsoft treinou o Kosmos-1 usando dados da web. Após o treinamento, eles avaliaram as habilidades do Kosmos-1 em vários testes. Em muitos desses testes, o Kosmos-1 superou os modelos atuais de última geração, de acordo com a Microsoft.

Embora o Kosmos-1 represente os primeiros passos no domínio multimodal, os pesquisadores acreditam que otimizações futuras possam trazer resultados ainda mais significativos, permitindo que modelos de IA percebam qualquer forma de mídia e atuem sobre ela, o que aumentará muito as habilidades dos assistentes artificiais. A Microsoft diz que planeja disponibilizar o Kosmos-1 para os desenvolvedores.

Opinião

O avanço tecnológico e a inovação no campo da inteligência artificial são, sem dúvida, pontos positivos que promovem o progresso da humanidade. Entretanto, é importante que se discuta os impactos políticos e econômicos que essas mudanças podem trazer para a sociedade.

No texto em questão, é possível perceber que a Microsoft apresentou o Kosmos-1, um modelo multimodal de inteligência artificial que é capaz de substituir postos de trabalho. É evidente que essa substituição representa um risco iminente para a população, especialmente em um momento em que o desemprego já é um problema grave em muitos países.

Além disso, a concentração de poder nas mãos de poucas empresas de tecnologia, como a Microsoft, também representa um problema político e econômico. A falta de regulação e controle pode permitir que essas empresas tomem decisões que afetem diretamente a vida das pessoas, sem que elas tenham qualquer participação nesse processo.

Por fim, é importante ressaltar que a busca pela inteligência artificial geral pode ter consequências imprevisíveis para a humanidade. Se essa tecnologia for capaz de substituir completamente o trabalho humano em todas as áreas, pode haver uma crise sem precedentes no sistema econômico mundial, já que a produção e a distribuição de bens e serviços seriam controladas exclusivamente por máquinas.

Portanto, é necessário que haja um debate amplo e aberto sobre as implicações políticas e econômicas da inteligência artificial e que sejam criadas políticas públicas que possam proteger a população dos riscos envolvidos nesse processo de inovação tecnológica.

Luís Carlos Nunes

Visita de Lula à fábrica da Huawei inicia série de encontros com empresas chinesas

Acordos visam promover pequenas e médias empresas dos dois países

Repórter ABC, com informações do Governo Federal – Uma comitiva do governo federal brasileiro, liderada pelo presidente Lula, visitou o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Huawei em Xangai na quinta-feira, 13. O grupo foi recebido pelo CEO da empresa, Liang Hua, que mostrou soluções tecnológicas desenvolvidas pela fabricante. Durante o encontro, a Huawei reforçou seu compromisso de trabalhar com o Brasil em parcerias de longo prazo para o desenvolvimento sustentável, com foco em conectividade, inclusão digital, educação, saúde e reindustrialização.

Segundo o governo, a empresa destacou projetos de conectividade digital em áreas remotas da Amazônia e ações para conectar escolas públicas e interligar setores de segurança. O 5G também foi tema do debate, como afirmou o presidente Lula em rede social.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, destacou a importância de visitar empresas globais como a Huawei para aproximar o setor de telecomunicações brasileiro das grandes empresas. O MCom ainda anunciou a assinatura de um Memorando de Entendimento com a China para o intercâmbio de informações sobre políticas, regulamentos e padrões técnicos de telecomunicações.

Além disso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) assinará três memorandos para cooperação industrial, economia digital e facilitação e promoção comercial. Esses acordos visam promover as pequenas e médias empresas dos dois países e proporcionar a troca de visões sobre as principais pautas de tecnologias da informação e da comunicação nos foros internacionais como União Internacional de Telecomunicações (UIT) e G20.

Durante a visita, está prevista a assinatura de cerca de 20 acordos bilaterais entre Brasil e China, incluindo a construção do CBERS-6, um satélite construído em parceria entre os dois países. O objetivo é monitorar biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens. Em março, uma comitiva de empresários brasileiros já havia visitado a China para firmar parcerias em apoio a startups e medidas para facilitar transações bancárias entre os países.

Brasil lança primeiro satélite nacional de observação da Terra

Primeiro satélite de observação da Terra e coleta de dados projetado pela indústria nacional é lançado da base de lançamento de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos

Repórter ABC, com informações da Embraer – A Visiona Tecnologia Espacial, empresa brasileira em joint-venture entre a Embraer e a Telebras, lançou neste sábado (16) o VCUB1, seu primeiro nanossatélite de Observação da Terra e Coleta de Dados. O lançamento aconteceu na Base de Lançamento de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, pelo foguete Falcon 9, dentro da missão Transporter 7, que colocará em órbita diversos pequenos microssatélites e nanossatélites para clientes comerciais e governamentais.

O principal objetivo da missão é validar a arquitetura do satélite e o seu software embarcado, de forma a poder usá-los em satélites de maior porte. O VCUB1 também permitirá a qualificação no espaço da câmera OPTO 3UCAM, a primeira câmera reflexiva projetada e produzida no Brasil. A missão também é histórica para a indústria aeroespacial brasileira, porque coloca o país em um seleto grupo de nações que dominam todo o processo de desenvolvimento de satélites e nos capacita para voos ainda maiores.

A Visiona implementou e testará no VCUB1 todo software que integra o computador de bordo, incluindo o sistema de controle de órbita e atitude, inédito no país. A empresa também validará o software de comunicação do satélite, importante para implementação dos serviços finais e para garantir a segurança das comunicações e do controle do equipamento, elemento fundamental para a nossa soberania no espaço.

Após o lançamento, o VCUB1 deverá ser levado à sua órbita final de forma precisa pelo veículo de transferência orbital ION, da D-Orbit, e passará por um período de estabilização e testes preliminares. Em seguida, serão realizados os testes de validação das tecnologias embarcadas no satélite, sua missão principal, para que entre em operação definitiva na prestação de serviços de sensoriamento remoto e coleta de dados pela Visiona.

A Visiona tem sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos e é uma joint-venture voltada para a integração de sistemas espaciais, criada em 2012 para atender os objetivos do Programa Espacial Brasileiro. A empresa foi responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC, lançado em 2017. Em 2018, a Visiona anunciou o programa do primeiro satélite projetado integralmente pela indústria nacional, o VCUB1.

Interesse internacional por avião cargueiro militar da Embraer aumenta após feira de defesa no Rio

Países como Suécia e Colômbia manifestaram interesse em adquirir o KC-390, que já conta com encomendas da Força Aérea Brasileira, Portugal, Hungria e Holanda. Ministério da Defesa destaca que certificação pela Otan pode abrir portas para a Europa

Repórter ABC com imformações da Reuters – Durante a Laad, feira do setor de defesa no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que diversos países manifestaram interesse na compra do avião cargueiro militar KC-390, fabricado pela Embraer. Segundo Múcio, Suécia e Colômbia estão entre os países que discutiram a aquisição do avião em reuniões bilaterais realizadas na feira.

“Muitos países (falaram do KC-390). Evidentemente que essas vendas precisam ser planejadas, estudadas e avaliadas, ter fonte de financiamento, garantia. Mas o conceito do KC-390 é muito grande com todos os países”, disse o ministro à Reuters.

“A própria Suécia falou do KC-390, outros também falaram e ele é um grande sucesso. A Suécia ficou de dar uma posição, a Colômbia também interessada em fazer aquisição”, acrescentou.

Além da Suécia e da Colômbia, outros países já firmaram acordos para adquirir a aeronave, como Portugal, com cinco unidades, e Hungria, com duas. A Força Aérea Brasileira (FAB) também já encomendou 19 unidades do cargueiro.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a Áustria enviou uma delegação à Laad deste ano e está em conversas com a Embraer para uma potencial compra. Além disso, a Embraer assinou um memorando de entendimento com a Saab para oferecer o avião à Suécia.

Bosco da Costa Júnior, presidente da unidade de Defesa e Segurança da Embraer, afirmou que a companhia tem como objetivo em 2023 materializar sua internacionalização, com foco especialmente no aumento das vendas do KC-390. Durante a feira, Costa Júnior reiterou que “vários países” estavam em conversas para possíveis compras do cargueiro, embora não tenha especificado quais.

Múcio avaliou que a certificação do cargueiro pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode abrir portas para a Europa e outros países. “A produção em Portugal é importante porque já atende pré-requisitos da Otan. Fabricando aqui para vender lá tem pré-requisitos que não são preenchidos. A partir daí, a Embraer vai fazer com todas exigências da Otan”, disse o ministro.