Roberto de Sena e Márcia Rasia fazem lançamento de livros na Bienal do Livro de Salvador

Caso de Política | Luís Carlos Nunes, com Mural do Oeste – Na vibrante atmosfera da Bienal do Livro 2024 em Salvador, os renomados escritores barreirenses Roberto de Sena e Márcia Rasia encantaram o público ao lançarem seus mais recentes livros de poesia. Márcia apresentou seu terceiro trabalho poético, intitulado AOS QUATRO VENTOS, enquanto Roberto cativou com seu décimo livro, cujo título provocativo é SE EU ME CALASSE SERIA MUITO PIOR. Ambos são não apenas parceiros na vida, mas também na poesia, sendo membros ativos da Academia Barreirense de Letras (ABL) e enxergam na Bienal uma oportunidade ímpar para destacar a produção literária de Barreiras, reconhecida como a Capital do Oeste Baiano.

O encontro com Oleone Coelho Fontes, uma figura de destaque na literatura baiana, foi particularmente emocionante e significativo para os escritores.

Além dos talentosos escritores, o artista plástico e escritor Inácio Cordeiro, acompanhado de sua esposa Magna Célia, participou ativamente da Bienal, contribuindo para a celebração da arte e proporcionando interações valiosas com artistas de toda a Bahia.

No momento dos lançamentos dos livros, várias personalidades barreirenses ilustres marcaram presença, incluindo a reitora da UNEB, Adriana Mármori, Tyssila Balbino (neta do ex-governador da Bahia, Antonio Balbino, único barreirense a governar o estado até hoje) e o professor da UNEB, Francisco Clayton.

Emoções e Memórias nas Palavras de Roberto de Sena:

Roberto de Sena compartilhou suas emoções ao lançar seu novo livro na presença de amigos queridos, como Ademir, professor da UNEB, e, especialmente, na companhia de sua amada filha, Maria Luiza Bittelbrunn de Sena. Ele revelou que seu livro reflete momentos de tristeza e perda ao longo do ano, mencionando o falecimento de sua tia-mãe Dona Detinha, seu pai Seu Juvenal e seu amado irmão Romildo Fernandes de Sena.

Reflexões e Metáforas em Aos Quatro Ventos por Márcia Rasia:

Márcia Rasia descreveu seu livro AOS QUATRO VENTOS como uma coletânea poética que aborda reflexões sobre a vida, utilizando metáforas relacionadas a ventos, amor e oportunidades.

As obras de Roberto de Sena e Márcia Rasia foram publicadas pela editora Cogito, sob a coordenação de Ivan de Almeida. Agora, os escritores estão entusiasmados para lançar seus livros na próxima Festa Literária Internacional de Barreiras (FLIB) e em outros eventos agendados, levando adiante a riqueza da literatura e da cultura de Barreiras para um público mais amplo.

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4º edição de Prêmio Abapa de Jornalismo será lançada nesta terça-feira (7) com transmissão online

Assessoria de imprensa Abapa | Nádia Borges – O Prêmio Abapa de Jornalismo 2024 será lançado nesta terça-feira (7), às 11h, com a divulgação do regulamento para participação de jornalistas profissionais e estudantes da área. O evento será transmitido online, pela primeira vez, no canal do Youtube da Abapa (https://www.youtube.com/@abapaalgodao). O presidente da entidade, Luiz Carlos Bergamaschi, apresentará o regulamento desta edição e dará como abertas as inscrições da premiação. Serão anunciados na oportunidade as novidades, categorias e os respectivos valores da premiação deste ano.

Nesta 4ª edição, o Prêmio contará com apoios importantes, como a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom) e da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), que se juntam à Abapa na missão de reconhecer a importância dos profissionais e futuros jornalistas na divulgação de conteúdos sobre a produção do algodão da Bahia. Além de Bergamaschi, estarão ao seu lado para apresentar o prêmio o secretário de Comunicação do Estado da Bahia, André Curvello, e o presidente da ABI, Ernesto Marques.

Como assistir – O evento será transmitido online no canal do Youtube da Abapa (https://www.youtube.com/@abapaalgodao).

Professora Marilde Queiroz da ABL, em entrevista revela detalhes sobre a Academia e projetos culturais em foco

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Nesta segunda-feira, 29 de abril, a professora Marilde Queiroz Guedes, presidente da Academia Barreirense de Letras (ABL), teve uma relevante participação em entrevista que concedeu a Rádio Oeste FM, discutindo diversos aspectos sobre a ABL e seus projetos culturais. A entrevista foi conduzida pelo competente radialista Marcelo Ferraz.

Marilde Queiroz Guedes foi eleita presidente da ABL no final de 2023, assumindo oficialmente o cargo há cerca de dois meses. Ela explicou ao competente radialista Marcelo Ferraz que a sede da ABL está localizada no Centro Histórico de Barreiras, na emblemática Praça Duque de Caxias, mais conhecida como Praça do Coreto.

“A nossa ABL está situada no coração do Centro Histórico de Barreiras, na Praça Duque de Caxias, popularmente conhecida como Praça do Coreto, um local emblemático para todos os barreirenses. O espaço que ocupamos é um prédio histórico que, gentilmente, nos foi cedido pelo prefeito Zito Barbosa, para que a academia pudesse estabelecer-se aqui.”

Ao abordar a atividade literária, a presidente destacou os desafios enfrentados no lançamento de livros em meio à era digital.

“É inegável que o livro eletrônico, além de se disseminar rapidamente, chega ao leitor em tempo recorde. No entanto, ainda existem leitores que valorizam o manuseio, que apreciam as ilustrações e que buscam o prazer tátil do livro físico.”

Questionada sobre a disponibilidade dos livros lançados por membros da academia, a professora explicou que a ABL comercializa obras em sua sede e mantém parceria com a Livraria Irmãos Ribeiro.

“Contamos com a Livraria Irmãos Ribeiro, nossa parceira exclusiva aqui em Barreiras, que acolhe o material dos escritores para comercialização.”

Marilde também esclareceu sobre a composição da academia, que conta com trinta membros efetivos e alguns correspondentes, abrangendo escritores não apenas de Barreiras, mas também de cidades vizinhas e até de outros estados.

“Nossa academia reúne membros efetivos e correspondentes, representando uma variedade de gêneros literários, desde romances até crônicas e literatura científica.”

Durante a entrevista, a presidente mencionou diversas atividades desenvolvidas pela academia, incluindo saraus mensais, cursos de pintura, dança e projetos sociais como “Cartas para a Vida”, que envolve escrever cartas para pessoas em situações vulneráveis.

“Desenvolvemos projetos como ‘Cartas para a Vida’, uma iniciativa que ganhou vida na gestão da professora Ananda.”

A conversa destacou ainda a importância do apoio público à cultura, para viabilizar eventos como a Festa Literária Internacional de Barreiras (FLIB) e garantir o acesso à produção literária local. Marilde encerrou a entrevista incentivando os ouvintes a conhecerem mais sobre a academia, seus membros e suas obras, ressaltando a relevância do estudo e da educação para o desenvolvimento pessoal e coletivo.

A participação da professora Marilde Queiroz Guedes, trouxe à baila não apenas a importância da ABL, mas também o compromisso da instituição em promover a cultura e valorizar os escritores da região, ressaltando a necessidade de investimentos e apoio contínuo para o crescimento cultural de Barreiras.

Para saber mais sobre a presidente da ABL e suas obras literárias, clique aqui.

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ABL convida escritores para lançarem seus livros durante a FLIB 2024

Os interessados têm até o dia 10 de maio para se inscreverem por meio de um formulário online, cujo link está disponível ao final desta matéria

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Academia Barreirense de Letras (ABL) está convocando autores de livros inéditos ou lançados recentemente a participarem dos lançamentos na 7ª edição da Festa Literária Internacional de Barreiras (FLIB/2024), que terá como tema principal ‘Vozes Femininas na Literatura’. Este evento será realizado de 23 a 25 de maio.

Os interessados têm até o dia 10 de maio para se inscreverem por meio de um formulário online, cujo link está disponível ao final desta matéria. Os lançamentos serão realizados de forma presencial, organizados por uma comissão designada pela ABL, e serão distribuídos ao longo da programação da FLIB 2024, de acordo com os gêneros textuais e literários.

Todos os lançamentos ocorrerão na sede da academia, localizada no Centro Histórico, dentro do perímetro do festival literário. A comissão organizadora destaca que cada autor pode lançar mais de um título e sugere que, para cada obra lançada durante o evento, o autor faça a doação de um a dois exemplares para integrar o acervo da ABL.

É relevante destacar que a academia estabeleceu sua sede no antigo Paço Municipal em maio de 2022 e, desde então, mais de 50 obras já foram lançadas neste espaço, que se tornou referência para atividades artísticas e culturais na cidade.

Os interessados em participar deste importante evento literário e contribuir para o enriquecimento do cenário cultural de Barreiras podem acessar o formulário de inscrição através deste link.

Preparem suas obras e participem desta celebração literária!

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Escritores barreirenses brilham na Bienal do Livro em Salvador e lançam seus mais novos livros

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No próximo domingo, 28 de abril, a Bienal do Livro, que acontecerá no Centro de Convenções em Salvador, será palco de um evento especial protagonizado pelo casal de escritores barreirenses, Roberto de Sena e Márcia Razia. Ambos lançarão simultaneamente suas obras mais recentes, prometendo encantar o público presente.

O escritor e jornalista, Roberto de Sena apresentará seu mais novo livro, “Se Eu Me Calasse Seria Muito Pior”, uma obra poética carregada de sentimentos e reflexões profundas. Enquanto isso, Márcia Razia lançará sua terceira obra poética, intitulada “Aos Quatro Ventos”, ambas publicadas pela renomada Cogito Editora.

O destaque para Roberto de Sena não se limita apenas à sua produção literária. Ele foi o primeiro colocado em um edital promovido pela Prefeitura de Barreiras, voltado para o incentivo à cultura através da Lei Paulo Gustavo. Roberto é o idealizador de um projeto documental que visa resgatar a memória do renomado multi-instrumentista barreirense Alcyvando Luz.

Esse documentário, que está em processo avançado de gravação, conta com o apoio da Lei Paulo Gustavo e já se tornou uma referência cultural na região. A direção está a cargo de Son Araújo, com produção de Gabriel Sena e fotografia de Otonriki Castro. A equipe já realizou entrevistas com familiares, amigos, jornalistas e empresários que conviveram com Alcyvando Luz. Além disso, estão programadas entrevistas com grandes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil e Caetano Veloso, que reconhecem a importância de Alcyvando Luz em suas trajetórias artísticas.

Roberto de Sena destaca a genialidade de Alcyvando Luz e sua contribuição para a música brasileira: “Alcyvando Luz foi um gênio de Barreiras, comparável ao talento de João Gilberto, e sua história merece ser preservada e reverenciada”. Ele ressalta ainda a importância das canções de Alcyvando, gravadas por diversos artistas renomados, tanto no Brasil quanto no exterior.

A participação na Bienal do Livro Bahia será uma oportunidade única para os escritores barreirenses compartilharem suas obras com um público diversificado e ávido por novas experiências literárias. O evento, que acontece sob o lema “Mas que histórias a Bahia nos conta?”, promete ser um momento de celebração da cultura e da literatura, reunindo autores, personalidades e leitores em um ambiente propício para o encontro e a troca de ideias.

A Bienal do Livro de Salvador 2024 promete ser um marco na história da literatura baiana e brasileira, reafirmando o papel fundamental da Bahia como berço de grandes talentos e narrativas inspiradoras.

A organização da Bienal do livro de Salvador 2024 anuncia:

  • +150 AUTORES E PERSONALIDADES
  • +100 HORAS DE CONTEÚDO
  • +150 MARCAS EXPOSITORAS
  • +90 MIL VISITANTES
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Documentário sobre a vida e obra de Alcyvando Luz se encaminha

Equipe viajará para Saldor para entrevistas com familiares, Gilberto Gil e Caetano Veloso

Mural do Oeste – Começou a ser feita a edição do documentário sobre a vida do gênio da música brasileira Alcyvando Luz. Todas as entrevistas coletadas até agora estão tendo um tratamento especial na Cine 7. O documentário foi idealizado pelo escritor e jornalista barreirense Roberto de Sena que também orientou toda a narrativa sobre a trajetória de Alcyvando Luz. A direção é de Son Araújo, produção Gabriel Sena e fotografia de Otonriki Castro. Foram entrevistados familiares, amigos, jornalistas, empresários que conviveram com Alcyvando Luz. A equipe está tentando ainda uma entrevista com Gilberto Gil e Caetano Veloso, artistas que se referem a Alcyvando como “meu mestre”. Dentre em breve, a equipe vai a Salvador entrevistar filhos, amigos e parentes de Alcyvando para concluir o documentário.

Alcyvando Luz foi um gênio de Barreiras, que tocava diversos instrumentos, tinha um talento a altura de João Gilberto (o Papa da Bossa Nova) e precisa ser referenciado em Barreiras. Tem canções belíssimas gravadas pelo próprio João Gilberto, por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zizi Possi, Fafá de Belém, Emílio Santiago, por artistas norte americanos e europeus e é um orgulho para todos nós, que temos conhecimento que Barreiras tem um artista deste nível e precisa ser valorizado a altura do seu talento e da sua capacidade.

Roberto de Sena, o idealizador do projeto disse que conheceu Alcyvando em Salvador, na Barraca do Aloísio, na Boca do Rio.

“Eu estava andando de praia em praia, vendendo um dos meus primeiros livros chamado ‘POR INCRESÇA QUE PARÍVEL’, quando vi dois homens sentados na barraca tomando cerveja. Eram Alcyvando e o saudoso cantor Luís Melodia. Me apresentei, ofereci o livro, disse que era de Barreiras, Alcyvando com aquele seu jeito cordial e amigo foi logo me dizendo: “Nego veio, você é de Barreiras? Da minha terra. Senta aqui e vamos tomar uma e bater um papo. Me apresentou a Luís Melodia e passamos o resto daquela inesquecível tarde juntos. Depois, ele veio Barreiras por algumas vezes e a gente sempre se encontrava para falar de música e poesia. Eu havia planejado escrever um livro sobre a vida deste genial barreirense, mas quando surgiu o Projeto Paulo Gustavo de Incentivo a Cultura, fiz a minha inscrição e, para minha surpresa, fui o primeiro colocado. Agora estamos focados no trabalho”, disse Roberto de Sena.

Sena elogia também a Prefeitura de Barreiras, através da Secretaria de Cultura pela forma transparente, ágil e rápida como tudo foi feito.

“Estão de parabéns pela transparência e pela valorização da cultura de Barreiras. Isso é muito importante e vai incentivar muitos outros artistas a também apresentarem seus trabalhos nas próximas edições do projeto. Barreiras é muito rica em cultura e isso precisa ser mostrado. Está aí o exemplo do nosso gênio maior que é Alcyvando Luz, que jamais poderá ser esquecido e pode ser, se bem trabalho, um fator até mesmo de atração turística para Barreiras. A obra dele tem essa mágica de atrair as pessoas de outros lugares e até de outros países. Sugiro até uma campanha. VENHA CONHECER BARREIRAS: A CIDADE DE ALCYVANDO LUZ”, finalizou Sena.

Alcyvando Luz em destaque

Imagem do Facebook – https://www.facebook.com/alcyvandoluz/

Alcyvando Liguori da Luz, também conhecido como Coré-Coré, era um verdadeiro virtuoso da música, tendo sido engenheiro de som da UFBA. Foi um arranjador, cantor, violonista, trompetista, compositor e maestro brasileiro. É tido como um dos mais originais violonistas da Bahia.

Sua composição mais famosa, “É Preciso Perdoar”, em parceria com Carlos Coquejo, foi eternizada na voz de João Gilberto.

Em 1962, foi aprovado em concurso público para o cargo de 2º Piston da Orquestra da UFBA, marcando o início de sua carreira musical.

Além de compositor e músico, Alcyvando atuou como pesquisador de músicas folclóricas e afro-brasileiras na Secretaria de Turismo de Salvador.

Ele era um multi-instrumentista talentoso, dominando uma variedade de instrumentos, desde bateria e piano até sax e tabla indiana, demonstrando sua versatilidade e genialidade musical.

Nascido em 30 de setebro de 1.937 na cidade de Barreiras, faleceu em 22 de abril de 1998, na capital Salvador.

Formosa do Rio Preto anuncia inscrições para o Concurso de Miss e Mister Vaquejada

Caso de Política com Portal do Cerrado – O município de Formosa do Rio Preto, na Bahia, está prestes a sediar um dos eventos mais aguardados do ano: o concurso de Miss e Mister Vaquejada. Com a divulgação do edital nesta segunda-feira (15) pela Prefeitura Municipal, a corrida pelo título de beleza já está oficialmente aberta. O certame, que faz parte das celebrações do Parque de Vaquejada Major Leopoldo, ocorrerá entre os dias 30 de maio e 2 de junho.

Destinado aos jovens de 16 a 24 anos, nascidos ou residentes em Formosa do Rio Preto há, pelo menos, dois anos, o concurso promete ser um verdadeiro espetáculo de charme e elegância. Contudo, candidatos que já conquistaram o primeiro lugar em edições anteriores não poderão concorrer na edição de 2024.

As inscrições permanecerão abertas até o dia 30 de abril, das 8h às 14h, na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Eventos, localizada na Praça da Matriz. Para aqueles que sonham com a coroa, este é o momento de se preparar e garantir seu lugar no palco.

Os prêmios para os vencedores são igualmente atrativos: R$ 3.000 para o primeiro colocado, R$ 1.500 para o segundo e R$ 1.000 para o terceiro, em ambas as categorias. O edital completo está disponível para consulta online.

Além da competição de beleza, o evento promete agitar as noites formosenses com a presença de atrações musicais de renome nacional. Na quinta-feira (30), Nadson, O Ferinha e Mara Pavanelly tomarão o palco para iniciar as festividades. Na sexta-feira (31), o público poderá curtir o som de Zezo e a tão aguardada volta de Tarcísio do Acordeon.

Já no sábado, o arrocha contagiante de Pablo promete embalar os corações apaixonados, enquanto Solange Almeida trará sua voz marcante e carisma ao pavilhão de shows, que tem capacidade para receber até 10 mil pessoas. Com uma programação repleta de atrações e a disputa pelo título de Miss e Mister Vaquejada, a cidade de Formosa do Rio Preto se prepara para receber um público diversificado em uma celebração de tradição, beleza e entretenimento.

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Primeiro indígena imortal, Ailton Krenak toma posse na ABL

Foto: AFP

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O escritor Ailton Krenak tomou posse na noite desta sexta-feira (5) na Academia Brasileira de Letras (ABL). A cerimônia foi realizada na sede da instituição centenária, no Petit Trianon, no Rio de Janeiro.

O ambientalista é a primeira pessoa indígena a ocupar uma cadeira na ABL. Krenak ocupará a Cadeira 5, que pertencia ao historiador José Murilo de Carvalho, que morreu em agosto do ano passado.

Ao chegar à sede da ABL, Krenak destacou o simbolismo de sua eleição como uma representação do “aqui e agora”. Para ele, essa conquista representa uma “virada de página” na história da Academia e sua relação com os povos originários.

“Eu venho para cá, um espaço da lusofonia, trazendo as línguas indígenas. Torço para que haja uma mudança na ABL e outras diversidades étnicas que temos no Brasil também possam ganhar espaço”, disse.

Durante a cerimônia, o escritor foi recebido pela acadêmica Heloísa Teixeira, que ressaltou a importância histórica do momento.

No dia em que foi eleito, Krenak expressou seu desejo de criar na ABL uma plataforma semelhante à sua Biblioteca Ailton Krenak, que abriga centenas de imagens, textos, filmes e documentos.

“Poderíamos fazer isso com todas as línguas nativas. Teria tudo a ver com a Academia Brasileira de Letras incluir mais umas 170 línguas além do português. A ideia é priorizar a oralidade, e não o texto. O que ameaça essas línguas é a ausência de falantes”, afirmou.

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Baiano, líder religioso afro-brasileiro recebe Título de Doutor Honoris Causa da UNIFESP

Tata Nkisi Katuvanjesi (Walmir Damasceno) é a primeira liderança de Candomblé reconhecida por uma universidade pública federal no estado de São Paulo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) prepara-se para homenagear uma figura marcante na preservação e disseminação dos saberes africanos no Brasil. Tata Nkisi Katuvanjesi, também conhecido como Walmir Damasceno, líder do Terreiro Inzo Tumbansi em Itapecerica da Serra, será agraciado com o título de Doutor Honoris Causa no próximo dia 10 de maio. Este será um momento histórico, pois será a primeira vez que uma liderança de religião de matriz africana receberá tal reconhecimento de uma universidade pública federal em São Paulo.

Nascido nos porões da Fazenda Liberdade, na zona rural de Barra do Rocha, no sul da Bahia, em 1963, Tata Nkisi Katuvanjesi é uma figura multifacetada: líder comunitário, político e religioso. Reconhecido nacional e internacionalmente como guardião dos saberes africanos, ele é aclamado por sua contribuição como embaixador desses conhecimentos ancestrais. Este título concedido pela UNIFESP o tornará o quarto doutor honoris causa da instituição, ao lado de nomes como Davi Kopenawa, Amelinha Teles e o educador Paulo Freire (in memoriam).

A cerimônia contará com a presença de ilustres personalidades do universo africano e afro-brasileiro, incluindo o rei Mwatchisenge-wa-Tembo, soberano Lunda Tchokwe, da República de Angola. A indicação de Tata Nkisi Katuvanjesi foi aprovada por aclamação durante uma reunião do Conselho Universitário da UNIFESP em novembro de 2023.

Ana Maria do Espírito Santo Slapnik, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UNIFESP, destaca a trajetória de lutas de Tata em prol dos direitos das populações de matriz africana no Brasil, bem como sua dedicação à preservação da cultura e dos saberes Bantu. Sua atuação incansável na articulação entre lideranças políticas, religiosas e culturais é reconhecida como fundamental para a aproximação entre os saberes tradicionais e acadêmicos.

Além de suas contribuições religiosas, Tata Katuvanjesi é um ativo defensor da democracia, dos direitos humanos e da luta antirracista. Ele dirige o Terreiro Inzo Tumbansi e representa o Brasil no Centro Internacional de Civilizações Bantu (CICIBA), promovendo a reafricanização e a revisão linguística e litúrgica para uma maior conexão com as raízes kongo-angola.

Sua atuação transcende as fronteiras do Brasil, consolidando e difundindo as práticas associadas às tradições Bantu não só em terras brasileiras, mas também em outros países da América Latina e África. O título de Doutor Honoris Causa é um reconhecimento merecido de sua dedicação e contribuição inestimável para a preservação e promoção da cultura afro-brasileira e africana.

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Direito ao sonho | por Luís Carlos Nunes | 1.999

Causa-me espanto que algumas pessoas – profissionais, inclusive – esperem que as crianças de primeiro grau se expressem “livremente”, sem que um clima anterior de discussão seja estabelecido. Sem que um repertório de leitura seja oferecido.

Mil dificuldades são usadas como argumento para justificar a falta de repertório e a precariedade de expressão das novas gerações no Brasil. As famílias estão cada vez mais pobres, o sistema escolar destroçado, os professores são mal preparados, mal remunerados, desmotivados para promover a leitura em seu mais amplo sentido.

Tudo isso é verdade. É verdade também que só com uma decidida vontade política esses problemas estruturais serão resolvidos. Acontece que, da mesma maneira que o baixo padrão aquisitivo não elimina a vontade de comer, também a ausência de estímulo oficial não impede a necessidade de sonhar, de falar, de comentar a realidade em que se vive.

O ideal seria que todas as famílias convivessem com livros e contassem histórias para suas crianças. O ideal seria também, que todas as manifestações artísticas fossem de fácil acesso à população e que essas fossem discutidas em seus lares. Conheço famílias cujos integrantes só conhecem na infância e na adolescência um único livro não escolar, “A Bíblia”, lida em sermões familiares, aberta a esmo em busca de conselhos nas horas mais difíceis.

Todas essas pessoas se tornaram leitores no dia em que a vida lhes ofereceu esta oportunidade. Longe de mim querer discutir a importância religiosa ou literária da principal obra de referência da fé cristã. Não pretendo também abranger todo um universo de leitores a partir de casos específicos. Apenas arrisco uma hipótese, ressalvada qualquer pretensão: sendo a Bíblia – e, como ela, outros livros fundadores das grandes religiões, que a humanidade conhece, um grande elenco de histórias a respeito do sofrimento e dos limites da condição humana, o fato de ela ser lida para crianças no seio da família e da comunidade religiosa, por si só, já estimula o gosto pela leitura. E mais, favorece a interpretação.

A principal vantagem de se aprender de pequeno, tudo que os mais velhos têm a ensinar sobre a beleza na vida e na arte, é que se cresce um adulto mais exigente. Esta é uma herança importante para se deixar aos filhos. Por que aceitar uma vida, além de dura, feia? Cidades destruídas pela ganância de uns e a incompetência de outros, escolas tediosas, serviços públicos de baixa qualidade, uma lista infindável de pequenos, médios e grandes desrespeitos ao cidadão? O adulto capaz de interpretar o que vê a sua volta e que considera o seu prazer e a beleza tão vitais como o seu direito à comida e à moradia, tem mais dificuldade de suportar este estado de coisa.

A insatisfação vem daí e é muito positiva. Da insatisfação surge o desejo de mudança, a esperança de mudar. Afinal o que seria de nós, “Cristãos”, sem a esperança de dias melhores com a ressureição em Jesus Cristo.

A família que forma um leitor, forma, também, alguém com mais chances de estar convencido do seu direito de usufruir do prazer da beleza. Não é pouca coisa.

Aqueles que se acostumam a aceitar passivamente tudo a sua volta, os que não têm acesso à fantasia, à interpretação, à esperança, correm um risco muito maior de se acomodarem e, o que é pior, serem mortos-vivos. Estou convencido de que só se luta pelo que se conhece.

E pelo que se reconhece como direito seu. É difícil para alguém, que nunca teve direito a comida, diversão e arte, compreender a importância de lutar por essas coisas. A tendência das pessoas é garantir apenas o essencial à sobrevivência quando ela não tem uma memória de prazeres mais abstratos. O direito a sonhar parece supérfluo aqueles que não foram ensinados a lidar com a fantasia e o lúdico. Muito é triste um mundo em que tantos são privados desse prazer fundamental.

Se não fosse a esperança de, um dia, ver esta situação modificada, a vida se tornaria insuportável.

Não acredito que a leitura, no seu sentido mais amplo, seja uma garantia de felicidade ou de sucesso. É impossível para qualquer família, para qualquer adulto responsável por uma criança, ter controle sobre as circunstâncias do futuro. O que eleva e o que abate um ser humano em sua trajetória não é previsível, pertence a esfera do imponderável. Por este motivo, escrevi acima que a vida é muito dura, sempre, mas um ser humano, capaz de refletir o prazer e a beleza, terá mais chances de encontrá-los em seu caminho.