Hoje é 07 de junho, Dia da Liberdade de Imprensa, por Luís Carlos Nunes

O Dia da Liberdade de Imprensa, destaca a importância da liberdade de expressão para a democracia, combatendo censura, assédio jurídico e a desinformação

Luís Carlos Nunes – No Brasil, o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa é celebrado em 7 de junho. Esta data não é apenas um marco comemorativo, mas também um momento de reflexão profunda sobre a importância da liberdade de expressão para nossa sociedade. Instituída em homenagem ao manifesto de 1977, assinado por quase três mil jornalistas que se levantaram contra a censura da Ditadura Militar, essa data nos lembra das lutas passadas e das batalhas ainda vigentes pela plena liberdade de imprensa no país.

A liberdade de imprensa é um pilar fundamental da democracia. Sem ela, a fiscalização do poder, a disseminação de informações verídicas e a promoção do debate público são severamente comprometidas. A data de 7 de junho serve, portanto, não apenas para celebrar, mas para alertar sobre a necessidade de constante vigilância contra a censura e outras formas de opressão que buscam silenciar vozes independentes.

A história nos mostra que em tempos de repressão, a imprensa livre é uma das primeiras instituições a ser atacada. Durante a Ditadura Militar, a censura era uma ferramenta cotidiana de controle e manipulação da informação. Jornalistas corajosos enfrentaram ameaças, perseguições e até a morte para garantir que a verdade chegasse ao público. O manifesto de 1977 é um testemunho dessa resistência e um lembrete de que a luta pela liberdade de imprensa é contínua.

Nos dias atuais, os desafios persistem. A intimidação de jornalistas, as tentativas de controle editorial por parte de políticos e empresários, e a propagação de desinformação e fake news representam ameaças modernas à liberdade de imprensa. Além disso, uma forma contemporânea de atacar o jornalismo sério é o assédio jurídico. Este se caracteriza pelo uso abusivo do sistema judicial para intimidar e silenciar jornalistas através de processos judiciais infundados ou exagerados. A intenção por trás do assédio jurídico é sobrecarregar os jornalistas com custos legais e criar um clima de medo, desestimulando a cobertura de temas sensíveis ou polêmicos.

Entretanto, é fundamental destacar que a liberdade de imprensa não pode, em hipótese alguma, ser confundida com o direito de mentir ou disseminar desinformação. A verdadeira liberdade de imprensa está intrinsecamente ligada à responsabilidade e ao compromisso com a verdade. A propagação de fake news e informações distorcidas mina a confiança pública nos meios de comunicação e ameaça a própria essência da democracia que se busca proteger.

Esses problemas exigem nossa atenção e ação para garantir que o jornalismo continue a cumprir seu papel essencial de informar e educar a sociedade. Propomos, então, uma reflexão sobre o valor da liberdade de imprensa em nossa vida cotidiana. Como cidadãos, é nosso dever defender a integridade dos jornalistas e exigir transparência e veracidade nas informações que consumimos. A liberdade de imprensa não é um benefício exclusivo dos jornalistas, mas um direito de toda a sociedade, crucial para a manutenção de uma democracia saudável e funcional.

Neste 7 de junho, ao celebrarmos o Dia da Liberdade de Imprensa, que possamos reafirmar nosso compromisso com a defesa deste direito fundamental. Que reconheçamos a coragem daqueles que, no passado e no presente, dedicam suas vidas à verdade e à informação livre. E que continuemos vigilantes, porque a liberdade de imprensa é, e sempre será, essencial para o exercício da democracia.

Justiça autoriza transfusão de sangue em bebê após pais negarem tratamento por motivos religiosos

Imagem ilustrativa

Decisão judicial levanta questões sobre limites da liberdade Religiosa em situações de emergência médica

Caso de Política com MP-Bahia – Uma decisão judicial recente trouxe à tona um debate delicado sobre os limites da liberdade religiosa diante da preservação da vida. Em Ilhéus, no Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio, um bebê recém-nascido, descrito como pequeno para a idade gestacional, enfrentou uma série de complicações médicas graves, incluindo insuficiência respiratória, problemas cardiológicos e hemorragia digestiva. Em uma corrida contra o tempo, a equipe médica identificou a necessidade urgente de uma transfusão de sangue e hemoderivados para salvar a vida do bebê.

No entanto, os pais da criança se recusaram a autorizar o procedimento vital, citando motivos religiosos. Diante dessa recusa, o Ministério Público estadual interveio e apresentou um pedido à Justiça para autorizar a transfusão, alegando que o direito à vida da criança deveria prevalecer sobre as convicções religiosas dos pais. A decisão, tomada em 24 de maio, autorizou não apenas a transfusão, mas também todos os procedimentos médicos necessários para garantir a saúde e o bem-estar do bebê.

Este caso específico levanta questões profundas sobre o equilíbrio entre a liberdade religiosa e a obrigação do Estado de proteger os direitos fundamentais, especialmente quando se trata da vida de uma criança. A decisão judicial, embora tenha sido recebida com apoio de defensores dos direitos da criança, também gerou críticas de grupos religiosos que a veem como uma intrusão na autonomia familiar e na liberdade de crença.

Além disso, este episódio ocorre em meio a um contexto mais amplo, onde a Operação Faroeste, que investiga corrupção e venda de sentenças judiciais na Bahia, tem exposto fragilidades no sistema de Justiça. A combinação desses elementos adiciona uma camada extra de complexidade a esta questão já intrincada, colocando em foco não apenas o destino deste bebê, mas também os princípios éticos e legais que regem nossa sociedade.

À medida que o caso avança, a sociedade é desafiada a refletir sobre o equilíbrio delicado entre liberdade individual e responsabilidade coletiva, entre direitos religiosos e proteção da vida. Esta não é apenas uma batalha legal, mas também uma batalha moral, que pode ter repercussões significativas não apenas para os envolvidos neste caso específico, mas para a sociedade como um todo.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Abraço entre pré-candidatos de Barreiras em Santa Rita de Cássia estabelece exemplo a ser seguido

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na manhã desta terça-feira, 21 de abril, Santa Rita de Cássia foi cenário de um momento marcante na política do oeste baiano. Durante a espera pela comitiva do governador Jerônimo Rodrigues, que estava na cidade para a entrega de diversos equipamentos públicos, os pré-candidatos a prefeito de Barreiras, Tito (PT) e Karlúcia Macedo (MDB), protagonizaram um gesto de grande respeito ao se abraçarem publicamente.

A imagem do abraço entre Tito e Karlúcia, que possivelmente podem se enfrentar nas urnas em lados opostos, rapidamente gerou especulações. Apesar do cenário eleitoral que se aproxima, os dois políticos mostraram que é possível deixar as divergências de lado e promover gestos de respeito e humanização.

Em tempos marcados pela polarização e ataques pessoais entre grupos rivais, a cena de Tito e Karlúcia abraçados fraternalmente é um exemplo significativo para a população. Ambos são figuras de destaque nas esferas estadual e federal, e essa atitude reforça a necessidade de um debate político mais respeitoso, construtivo e focado em melhorias para a vida das pessoas.

Esse gesto de respeito mútuo serve como um lembrete de que a política deve ser um espaço para o diálogo e a cooperação, mesmo entre possíveis adversários. É uma mensagem clara de que, nas eleições que se aproximam, a civilidade e a empatia são essenciais para fortalecer a democracia e promover um ambiente político saudável.

A atitude de Tito e Karlúcia em Santa Rita de Cássia demonstra que é possível competir de forma honrosa, respeitando as diferenças e valorizando o que realmente importa: o bem-estar da população e o progresso das cidades. Esse tipo de comportamento deve ser o norte para eleitores e políticos, reforçando que a empatia e o respeito são fundamentais para a construção de um futuro melhor.

Quem mais se habilita a dar um abraço em seu adversário?

Caso de Política | A informação passa por aqui

Piauí sedia reunião do G20 como exemplo de combate à fome

Mapeamento dos Índices de Desenvolvimento Social”, será lançado nesta segunda-feira (20), em Teresina

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O estado do Piauí está no centro das atenções internacionais esta semana, ao sediar discussões do G20 focadas no combate à fome e à pobreza. O estado, que experimentou profundas transformações sociais nas últimas duas décadas, serve de exemplo graças a iniciativas como o Bolsa Família, que celebra 20 anos em 2023. Este progresso é detalhado no estudo “Mapeamento dos Índices de Desenvolvimento Social”, realizado pelo pesquisador Antônio Claret, cujo lançamento ocorrerá nesta segunda-feira (21), em Teresina.

Claret destaca que uma combinação de políticas públicas e a atuação de diversos atores sociais e empresariais foi crucial para o desenvolvimento do estado. “Os investimentos realizados e as políticas públicas de sucesso implementadas no Piauí são o foco do estudo, que visa mostrar como esses modelos podem ser referência global”, afirma o pesquisador.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Piauí, indicador que avalia o bem-estar da população, subiu de 0,48 em 2000 para 0,71 em 2020, um avanço de 48%. Esse progresso coloca o estado na categoria de desenvolvimento humano “alto”, conforme a classificação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A pesquisa resultou de uma cooperação entre a Secretaria de Planejamento do Piauí (Seplan) e o PNUD. Claret explica que a ideia é compartilhar essas experiências bem-sucedidas com outros países em situações semelhantes de desenvolvimento humano.

Crescimento Econômico e Redução da Desigualdade

O aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, a participação do Piauí no PIB nacional e a redução da desigualdade de renda foram fundamentais para a melhoria do IDH. A renda média do piauiense, medida pelo PIB per capita, cresceu 64% entre 2002 e 2022, reduzindo a disparidade em relação à média nacional. Segundo Claret, a universalização de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, foi decisiva nesse processo: “A ampliação da cobertura de programas como o Benefício de Prestação Continuada e o Bolsa Família foi crucial para enfrentar a pobreza e promover o desenvolvimento humano”.

Guaribas, primeiro município do Brasil a receber o programa Fome Zero em 2003, é um exemplo do impacto positivo dessas políticas. O Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, caiu de 0,61 em 2010 para 0,52 em 2021, indicando uma distribuição mais equitativa da riqueza. A pobreza também diminuiu significativamente, com uma redução de 70% no percentual da população em situação de pobreza e extrema pobreza entre 2000 e 2013.

Avanços na Educação

O Piauí também alcançou progressos significativos na educação. A taxa de analfabetismo caiu pela metade entre 2000 e 2021, enquanto a conclusão do ensino fundamental pela população adulta mais que dobrou. Desde 2019, o estado lidera o ranking nacional de crianças na escola, com 97% das crianças de 5 a 6 anos matriculadas. O desempenho dos estudantes melhorou consideravelmente, superando a média da região Nordeste nos anos iniciais do ensino fundamental e acompanhando as projeções do Ministério da Educação nos anos finais.

Saúde: Progresso com Desafios

Na área da saúde, a expectativa de vida no Piauí aumentou seis anos entre 2000 e 2010, mas estabilizou-se posteriormente, com um recuo de 2,5 anos devido à pandemia de Covid-19. A mortalidade infantil caiu 58% entre 2000 e 2019, embora tenha aumentado em 2020 e 2021 devido à pandemia. Claret ressalta a importância da estratégia de saúde da família, que promoveu a atenção básica e o acompanhamento nutricional e pré-natal das mulheres: “A expansão das unidades básicas de saúde e a atuação de equipes multiprofissionais foram fundamentais para o sucesso dessa política, que pode servir de modelo para outros países”.

O Piauí, ao sediar as discussões do G20, demonstra como políticas públicas eficazes podem transformar a realidade de uma região, servindo de inspiração para a luta global contra a fome e a pobreza.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Intolerância Religiosa: MP denuncia mulher que associou tragédia no RS à “macumba”

Michele Dias Abreu é investigada pelo Ministério Público por crime de intolerância religiosa após comentários ofensivos nas redes sociais

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Michele Dias Abreu está sendo denunciada pelo Ministério Público (MP) por um grave crime de intolerância religiosa. A influenciadora digital associou a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana em suas redes sociais. Em uma publicação de 5 de maio, que rapidamente se tornou viral, Michele afirmou:

“O estado do Rio Grande do Sul é o estado com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando algo que iria acontecer devido à ira de Deus. As pessoas estão brincando, misturando aquilo que é santo, e Deus não divide sua honra com ninguém.”

De acordo com Metrópoles, a postagem de Michele gerou grande repercussão, alcançando mais de 3 milhões de visualizações. A reação negativa do público foi imediata, levando a influenciadora a privar suas redes sociais. No entanto, o dano já estava feito, e a resposta do Ministério Público foi rápida e contundente.

Repercussão e Ação do Ministério Público

A promotoria enfatizou que as declarações de Michele Dias Abreu são um exemplo claro de intolerância religiosa, um comportamento que não pode ser tolerado em uma sociedade plural e democrática. Associar uma tragédia a práticas religiosas específicas não só fomenta o preconceito como também incita o ódio contra grupos religiosos minoritários.

Impacto da Intolerância Religiosa

As religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, têm uma história longa e rica no Brasil, contribuindo significativamente para a diversidade cultural do país. Infelizmente, seus praticantes ainda enfrentam discriminação e violência devido a preconceitos enraizados na sociedade. Comentários como os de Michele Dias Abreu perpetuam estigmas e fomentam um ambiente de hostilidade e exclusão.

Diversas organizações de direitos humanos e líderes religiosos condenaram as declarações de Michele.

“Essa atitude é inadmissível. Precisamos combater todas as formas de intolerância e garantir que todas as religiões sejam respeitadas,” afirmou Maria das Graças Silva, representante do Centro Nacional de Direitos Humanos.

A denúncia do Ministério Público serve como um alerta sobre a necessidade de promover a educação e a conscientização sobre a importância do respeito à diversidade religiosa. É crucial que a sociedade entenda que a liberdade religiosa é um direito fundamental garantido pela Constituição Brasileira, e qualquer forma de discriminação baseada na crença religiosa é inaceitável.

A atitude de Michele Dias Abreu não é apenas um caso isolado de intolerância religiosa; ela reflete um problema mais amplo que ainda precisa ser resolvido na sociedade brasileira. Condenar e penalizar esses atos é um passo essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todas as pessoas possam praticar suas crenças sem medo de discriminação ou represália.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Professora Nilza, em entrevista fala sobre a necessidade de uma Barreiras mais justa e humanizada

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na noite desta quinta-feira, 16 de maio, a pré-candidata a vereadora Professora Nilza (PT), participou de uma entrevista no podcast Bastidores da Política, onde em um bate-papo com a competente âncora Rose Mota, ofereceu uma visão detalhada sobre sua trajetória de vida e política, além de abordar importantes questões relacionadas ao cenário político local e nacional.

Nilza Martins, reconhecida por seu engajamento em causas de direitos humanos e minorias, mãe, ex-vereadora e vice-prefeita de Barreiras, compartilhou sua origem em Volta Redonda, Rio de Janeiro, e como sua consciência cidadã foi moldada pela Igreja Católica. Sua entrada na política se deu através do Partido dos Trabalhadores (PT), destacando-se por sua atuação como vereadora de oposição e defensora dos direitos dos consumidores, além de experiências marcantes em sua carreira política.

Durante a entrevista, Professora Nilza enfatizou a importância do gestor público se preocupar com toda a sociedade, defendendo a independência da Câmara de Vereadores para fiscalizar melhor o Poder Executivo. Além disso, mencionou os investimentos dos governos Estadual e Federal em Barreiras, como projetos de agronegócio, moradia, educação, reforçando seu compromisso com uma gestão inclusiva e comprometida com as demandas da comunidade.

Um ponto destacado durante a conversa foi a defesa enfática de Tito como pré-candidato a prefeito, visto por ela como uma grande oportunidade para uma Barreiras mais inclusiva e próxima aos governos Estadual encabeçado pelo governador Jerônimo Rodrigues e no plano nacional com o presidente Lula. Nilza ressaltou a importância de uma gestão alinhada com os ideais humanísticos e sociais do PT, buscando uma Barreiras mais justa e participativa.

Ao encerrar, a pré-candidata agradeceu aos apoiadores e reforçou a importância da participação política e da educação para a transformação da sociedade, destacando seu compromisso com uma gestão transparente e voltada para as necessidades da comunidade.

Assista ao vídeo clicando aqui.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Em entrevista, governador do RS insinua que doações de outros estados prejudicam comércio local

Foto: Reprodução / YouTube BandNews

O reerguimento desse comércio fica dificultado, na medida que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares”, disse Eduardo Leite.

Caso de Política com informações da Bande News – Em meio a uma crise devastadora causada por enchentes no Rio Grande do Sul, que já afetaram 446 municípios, resultaram em 149 mortos e deixaram 538.245 pessoas desalojadas, o governador Eduardo Leite (PSDB) fez uma declaração polêmica. Ao agradecer a solidariedade dos brasileiros, Leite insinuou que as doações de outros estados poderiam prejudicar o comércio local.

Quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao estado, há um receio que nós já observamos em outras situações, em outras circunstâncias, sobre o impacto que isso terá no comércio local”, afirmou o governador em entrevista à Rádio Band News FM. “O reerguimento desse comércio fica dificultado, na medida que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares também do país”, pontuou.

A fala de Eduardo Leite pode ser interpretada como uma insensibilidade diante da crise humanitária que assola o estado. Em um momento em que milhares de pessoas perderam tudo e dependem da solidariedade nacional para sobreviver, priorizar o impacto econômico local pode parecer desconectado da urgência da situação. Essa postura pode ser vista como uma tentativa de proteger interesses comerciais em detrimento do bem-estar imediato dos cidadãos mais afetados.

É verdade que a recuperação econômica das áreas afetadas é crucial para o futuro do estado. Pequenos comerciantes e empresários locais estão entre os mais atingidos pelas enchentes e precisam de apoio para se reerguer. No entanto, a sugestão de que as doações físicas possam ser prejudiciais neste momento de crise pode ser considerada míope e inadequada. A prioridade deve ser, acima de tudo, a sobrevivência e o alívio imediato das vítimas.

Adotar uma abordagem humanista significa colocar as necessidades das pessoas em primeiro lugar. A ajuda que vem de outros estados representa um ato de solidariedade e empatia que deve ser valorizado, não desencorajado. As doações são essenciais para garantir que as necessidades básicas dos desabrigados sejam atendidas, proporcionando-lhes dignidade e esperança em um momento de desespero.

Em vez de criticar as doações, o governo poderia focar em maneiras de integrar esse apoio à recuperação econômica local. Parcerias com o comércio local para a distribuição de doações ou a criação de vouchers que permitam às pessoas comprar diretamente dos comerciantes locais são exemplos de medidas que poderiam beneficiar tanto a população necessitada quanto a economia local.

A declaração do governador Eduardo Leite levanta questões importantes sobre como equilibrar a necessidade urgente de ajuda humanitária com a recuperação econômica a longo prazo. No entanto, em um momento de crise tão severa, a ênfase deve ser claramente colocada no apoio às vítimas. A postura do governo precisa refletir uma abordagem mais sensível e integrada, valorizando a solidariedade nacional enquanto busca soluções práticas para revitalizar o comércio local.

Caso de Política | A informação passa por aqui

MP Bahia lança campanha contra abuso sexual de crianças e adolescentes

Evento de lançamento contará com debate sobre os desafios e avanços na proteção integral de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual

MP-BA, editado por Caso de Política – Na próxima sexta-feira, dia 17 de maio, o Ministério Público estadual dará início a uma nova frente de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na Bahia. O evento de lançamento, marcado para as 8h30 no auditório do MP no CAB, trará à tona os desafios e avanços na proteção integral desses jovens vítimas de violência sexual.

A campanha surge em resposta à alarmante estatística que revela um cenário preocupante no estado e no país. Apenas no último ano, a Bahia registrou 5.024 casos de abuso e exploração sexual infantojuvenil, de acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública. A nível nacional, os números são igualmente perturbadores, com uma média de 130 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes sendo reportados diariamente, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Mais preocupante ainda é o fato de que mais de 76% desses casos ocorrem dentro das residências das vítimas, perpetrados por indivíduos próximos, o que torna as denúncias e a proteção ainda mais desafiadoras.

O lançamento será presidido pelo procurador-geral de Justiça, Pedro Maia, e pela promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca). Um dos destaques da programação será um debate sobre os obstáculos e progressos do MP na defesa dos direitos desses jovens vulneráveis.

A campanha será disseminada por diversos canais midiáticos, incluindo televisão, rádio, jornais, outdoors e mídias digitais, além das redes sociais e site oficial do Ministério Público. Seu objetivo principal é conscientizar a sociedade sobre a importância de estar atenta a sinais de alerta de alterações comportamentais em crianças e adolescentes, promovendo assim sua proteção e responsabilização dos agressores. Contando com o respaldo de veículos de comunicação e parceiros, a iniciativa busca mobilizar toda a sociedade para essa causa crucial.

A promotora Ana Emanuela Rossi enfatiza a necessidade da vigilância e ação coletiva da família, comunidade e instituições públicas para proteger esses jovens. Ela ressalta que é dever de todos garantir que sejam preservados de qualquer forma de violência e exploração. Rossi também destaca a importância da busca por ajuda profissional e denúncia imediata em casos de violência sexual, enfatizando a necessidade de acolhimento e proteção adequada para as vítimas.

No evento, também marcarão presença os promotores de Justiça Adalto Araújo, coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim); Adriano Freire de Carvalho, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (Ceduc); Aurivana Curvelo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis, Fundações e Eleitorais (Caocife); Rocío Garcia Matos, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau); e Rogério Queiroz, coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (Caodh). A presença desses representantes reforça o compromisso do Ministério Público em promover a justiça e a proteção dos direitos fundamentais da infância e adolescência.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Fonte: Ministério Público da Bahia

General protesta contra fake news: ‘É desleal e atrapalha todo o trabalho’

Em reunião da Sala de Situação instalada no RS, o o General de Brigada Marcelo Zucco também participou da apresentação de balanço das mais de mil horas de voo para ações de resgate

Desde o início das operações de socorro à população atingida pelas fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul já foram realizadas mais de mil horas de voo. A informação foi divulgada durante a 9ª reunião da Sala de Situação, coordenada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta segunda-feira (13).

O trabalho de domingo a domingo das equipes federais no estado, com profissionais atuando por 24 horas, segue sob a coordenação do comando militar do Sul, o general de Brigada Marcelo Zucco, destacou que as notícias falsas, fabricadas de modo enganoso para viralizar em redes sociais, têm colocado em risco a proteção e o salvamento de vidas. O assunto já foi tratado em reunião na semana passada e voltou a ser destacado.

As fakes news acabam atrapalhando muito, porque paramos de fazer o que estamos fazendo para tentar responder a um vídeo montado de forma a tentar enganar a população. Quando botes, viaturas param para abastecer, eles filmam para dizer que os equipamentos estão parados. Isso é desleal, lamentável e atrapalha todo o trabalho”, sinalizou o general.

Em resposta, o ministro Rui Costa voltou a destacar que o Governo Federal já tomou providências, e reforçará o combate às notícias mentirosas. “Vamos dar sequência ao conjunto de ações individualizando essas pessoas. Não adianta apelo por educação, apelo humanitário, porque esses propagadores não entendem isso. Querem exatamente promover o caos e vão ser responsabilizados por tamanha irresponsabilidade”, afirmou Costa.

O 14º dia desde que os temporais começaram no Rio Grande do Sul é de mais alerta. Os dados meteorológicos apresentados na Sala de Situação alertam para mais chuvas na noite desta segunda, seguindo pela madrugada de terça-feira. As condições climáticas foram discutidas na reunião e os órgãos do Governo Federal seguem monitorando o tempo todo para avaliar eventuais ações a serem adotadas in loco.

Planos emergenciais

No Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, foram apresentados e aprovados 179 planos de trabalho pelos municípios atingidos, que representam o repasse de R$ 124 milhões. Estão em análise, até o momento desta publicação, outros 67 planos, que têm custo de R$ 97 milhões. A determinação do Governo Federal é analisar esses documentos em 24horas. Ao todo, 147 municípios enviaram planos e estes já foram aprovados.

Hospitais de Campanha

O número de atendimentos nos 8 Hospitais de Campanha instalados no estado já passa de 1.800. A maior parte das pessoas atendidas nas instalações montadas pelo Governo Federal foi na unidade que está no município de Estrela, com mais de 676 atendimentos já realizados.

Doações internacionais

As doações internacionais podem ser entregues nos consulados, embaixadas ou delegações oficiais. Contudo, para países que fazem fronteira com o Brasil, o caminho de doações de pessoas físicas pode ser através de Alfândegas e Inspetorias da Receita Federal na fronteira terrestre, órgãos que cuidarão do encaminhamento desses suprimentos.

Por Casa Civil

Viaturas anfíbias, caminhões e navio da Marinha com 160 toneladas de alimentos estão no RS para apoiar população

Operação Humanitária da Marinha chega em grande escala ao Rio Grande do Sul

Caso de Política com informações da Marinha do Brasil – Em resposta às recentes enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul, uma operação em larga escala liderada pela Marinha do Brasil desembarcou neste sábado, 11 de maio na região trazendo consigo uma variedade de recursos essenciais para apoiar a população afetada.

Conforme já noticiou o Caso de Política, “O maior navio de guerra da América Latina ancora no Rio Grande do Sul para operação humanitária”.

Uma caravana composta por veículos do Corpo de Fuzileiros Navais, incluindo dois poderosos Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), chegou neste sábado para auxiliar nos esforços humanitários. Esses veículos, conhecidos por sua capacidade de navegar tanto na água quanto em terra, serão cruciais para operações de resgate e apoio logístico em áreas de difícil acesso.

Partindo do Rio de Janeiro na quarta-feira (8), uma frota composta por dez caminhões e carretas transportou equipamentos pesados, como retroescavadeiras, pás carregadeiras, geradores e viaturas leves. Estes recursos serão coordenados pelo Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, visando a remoção de escombros, desobstrução de vias e assistência logística.

Fuzileiros Navais baseados em Rio Grande (RS) auxiliam pessoas em Porto Alegre – Imagem: Marinha do Brasil

Desde o início da crise em 30 de abril, a Marinha do Brasil mobilizou cerca de dois mil militares, 70 viaturas, 11 aeronaves e 50 embarcações para mitigar os danos e cooperar com as autoridades locais. O destaque ficou por conta da chegada do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, a maior embarcação de guerra do país, também neste sábado.

O Comandante da Operação, Almirante Marcos Silva Rodrigues, enfatizou a importância da ação coordenada.

“Estamos comprometidos em fornecer toda a assistência necessária ao povo gaúcho durante este momento desafiador”, afirmou o Almirante. A Operação “Taquari 2” visa ampliar a capacidade da Marinha de atuar na região.

Escala da Resposta Humanitária

Além dos esforços já em andamento, outros contingentes e recursos estão a caminho. Os Fuzileiros Navais baseados em Rio Grande e integrantes do Grupamento Operativo de Apoio à Defesa Civil estão realizando resgates e entregas de suprimentos essenciais. O total de 300 militares, 38 viaturas e 17 embarcações está mobilizado para ações críticas, incluindo a desobstrução de vias e o transporte de mantimentos.

Navios adicionais, como o Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Amazonas” e o Navio Hidrográfico Balizador “Comandante Varella”, estão envolvidos na distribuição de água mineral e doações. No total, mais de 160 toneladas de suprimentos estão sendo transportadas por essas embarcações, fortalecendo a resposta humanitária.

Hospital de Campanha em Guaíba, Marinha e Exército unem forças

O cenário também inclui iniciativas específicas, como a instalação de um Hospital de Campanha em Guaíba, que oferece consultas médicas diárias em várias especialidades. A Marinha está intensificando suas operações desde que o estado de calamidade pública foi declarado, expandindo suas frentes de atuação com apoio aéreo, navios de maior porte e equipes especializadas.

A resposta conjunta entre a Marinha e as autoridades locais visa aliviar a pressão sobre a infraestrutura existente e fornecer apoio direto às comunidades afetadas. O compromisso com a segurança e o bem-estar dos cidadãos gaúchos permanece no centro dessas operações.

Assista ao vídeo e veja imagens do comboio:

Caso de Política | O informação passa por aqui