Márcio Barzi se une ao PSD de Mauá em um evento histórico para a cidade

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O PSD de Mauá recebeu Márcio Barzi em suas fileiras em um evento que contou com a presença do presidente da sigla na cidade, Caio Carvalho, do Juiz João, pré-candidato a prefeito,  do ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi, do empresário José Lourencini e de diversas lideranças locais. O encontro destacou a relevância da participação de representantes de diferentes setores políticos na tomada de decisões.

Para Caio Carvalho, presidente municipal do PSD em Mauá, a chegada de Márcio Barzi é motivo de alegria:

“Acreditamos que um partido se constrói com pessoas engajadas em fazer políticas públicas que transformem a vida da população. Agradecemos imensamente a mensagem da senadora Mara Gabrilli nesse dia tão importante. Seja muito bem-vindo e vamos juntos em busca de uma sociedade mais acessível para todos!, descatou Caio Carvalho”

A filiação de Márcio Barzi também recebeu os elogios e o apoio da senadora por São Paulo, Mara Gabrilli, por meio de uma mensagem de áudio:

“Hoje é um dia verdadeiramente especial, celebrando a filiação do meu amigo Márcio Barzi ao PSD de Mauá. É fundamental termos lideranças comprometidas com a causa das pessoas com deficiência, que defendem a acessibilidade e inclusão. A presença ativa de pessoas com deficiência na política tem o poder de transformar o cenário político, quebrando inúmeras barreiras e alterando a percepção da sociedade. Assim, expandimos a visão de mundo de todos e, mais importante, melhoramos a qualidade de vida daqueles que não têm deficiência. Márcio, desejo a você muito sucesso, prosperidade e muita luz nessa nova jornada. Seu comprometimento com a inclusão e qualidade é inspirador.”

A adesão de Márcio Barzi ao PSD de Mauá representa não apenas um reforço para o partido, mas também um passo significativo na inclusão e representatividade de diferentes setores da sociedade na esfera política local.

Vereador Paulo César propõe e Câmara aprova projeto para incentivar doação de cabelos a pacientes em tratamento de câncer

A campanha será realizado anualmente durante a semana que antecede o Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância desse gesto de solidariedade

Repórter ABC |Luís Carlos Nunes – Aprovado pela Câmara Municipal da Estância Turística de Ribeirão Pires, o Projeto de Lei N.º 0104/2023, de autoria do Vereador Paulo César Ferreira, traz à tona a instituição da Campanha de incentivo à doação de cabelos para indivíduos afetados pela alopecia decorrente de quimioterapia. Este programa, proposto pelo vereador, será realizado anualmente durante a semana que antecede o Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância desse gesto de solidariedade.

O Projeto, de iniciativa do Vereador Paulo César Ferreira, tem como objetivo criar uma rede de apoio e solidariedade, onde parte do cabelo doado será utilizado por organizações e entidades para a confecção de perucas destinadas a pessoas carentes ou de baixa renda que enfrentam o tratamento de câncer. Este ato visa não somente restabelecer a autoestima dos pacientes, mas também reforçar a importância do apoio mútuo em meio aos desafios desencadeados pela doença.

O câncer é uma enfermidade multifacetada, podendo acometer indivíduos de todas as idades, gêneros e classes sociais. Diversos tipos de câncer são identificados, afetando homens e mulheres de formas distintas. A queda de cabelo, conhecida como alopecia, é uma das consequências mais comuns da quimioterapia, especialmente em tratamentos mais intensos.

Perucas, nesse contexto, representam não apenas uma cobertura física, mas uma forma de resgatar a autoconfiança e a beleza perdida durante o tratamento. Muitas vezes, a aquisição desses acessórios é inviável para pacientes devido aos custos elevados, e é aí que a doação de cabelo se torna um gesto impactante.

Além de incentivar a doação, o Projeto de Lei proposto pelo Vereador Paulo César Ferreira visa conscientizar a população sobre os tipos de câncer mais comuns, seus tratamentos disponíveis pelo SUS e a importância de oferecer suporte a quem enfrenta a batalha contra a doença.

Dessa forma, a iniciativa solidária proporciona um ciclo de benefícios mútuos, proporcionando esperança, força e autoconfiança tanto para os doadores quanto para aqueles que recebem as perucas. Aprovado pela Câmara Municipal, este projeto, idealizado pelo Vereador Paulo César Ferreira, assume relevância significativa e deve ser avaliado com atenção por todos os envolvidos.

Um conflito letal também para os jornalistas

Por Sergio Ferrari – Nas últimas três semanas de outubro, mais de trinta jornalistas perderam a vida enquanto faziam reportagens na Faixa de Gaza. O conflito, com o corolário de dezenas de milhares de vítimas, não exclui os trabalhadores da imprensa. Para a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), organização com sede em Bruxelas, na Bélgica, que reúne mais de 600 mil comunicadores de 140 países, é essencial que os protagonistas desse novo conflito respeitem o direito à informação (https://www.ifj.org/es/sala-de-prensa/noticias/detalle/category/comunicados-de-prensa/article/palestina-al-menos-veintitres-periodistas-muertos-en-gaza).“Respeitar a segurança dos jornalistas em Gaza”

Durante sua recente visita à Suíça, o jornalista francês Anthony Bellanger, atual secretário-geral da FIJ, confirmou desde Berna, Lausanne e Genebra o apelo feito pela FIJ, em 13 de outubro, à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que também trata das grandes questões relacionadas à informação. “Os trabalhadores da mídia em áreas de conflito armado devem ser tratados e protegidos como civis e ser autorizados a realizar seu trabalho sem interferências”, disse Bellanger. Ele antecipou os esforços que sua organização está fazendo junto à UNESCO para obter um apoio solidário excepcional que permita aos jornalistas palestinos comprar coletes à prova de balas, capacetes e equipamentos de primeiros socorros. O pedido também inclui os meios para estabelecer uma casa de imprensa em Khan Younes, Gaza, para permitir que jornalistas estrangeiros baseados no Cairo e que entrem através de Rafah desempenhem adequadamente suas funções profissionais no terreno.

Há poucos dias, a FIJ instou os protagonistas do conflito “a fazerem todo o possível para proteger jornalistas e profissionais da mídia”. E lembrou que “há um interesse intenso (e uma grande preocupação) em todo o mundo sobre esse conflito; mas que as pessoas só serão capazes de entender o que realmente está acontecendo se os jornalistas tiverem condições de fazer seu trabalho”.

Segundo a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras, Israel “sufoca o jornalismo em Gaza” (https://www.rsf-es.org/palestina-israel-asfixia-al-periodismo-en-gaza/). Seu secretário-geral, Christophe Deloire, condenou o bloqueio midiático que Israel está tentando impor e disse que “o jornalismo é o antídoto para a desinformação que está se espalhando com particular força nessa região”.Face à situação dramática vivida por mulheres e homens da imprensa nessa área do Oriente Médio, a FIJ emitiu, em 2 de novembro, uma nova declaração de posição com a assinatura personalizada de mais de 70 dos seus sindicatos e associações membros de vários continentes. Reitera a “profunda preocupação com a situação de todos os jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação que cobrem o conflito”. E ressalta que essa situação se torna mais premente “depois que Israel anunciou, em 27 de outubro, que não garantiria a segurança dos jornalistas em Gaza” (https://www.ifj.org/es/sala-de-prensa/noticias/detalle/category/comunicados-de-prensa/article/global-call-israel-must-commit-to-protecting-journalists).

“Rejeitamos esta política e exigimos que os ministros e comandantes militares israelitas cumpram o direito internacional”, sublinha a FIJ, lembrando que, desde o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, e no momento em que escrevo, 29 jornalistas palestinos, quatro israelitas e um jornalista libanês foram mortos, e que muitos outros (palestinos e israelitas) ficaram feridos ou desaparecidos.

Em seu comunicado, a FIJ pede a Israel “que cumpra plenamente o Direito Internacional Humanitário e a legislação internacional sobre os Direitos Humanos e atue para impedir a prática de qualquer crime contemplado no direito internacional sobre DDHH, incluindo os crimes de guerra, os crimes contra a humanidade e o genocídio, bem como a incitação à sua prática”. Recorda que o artigo 79 da Convenção de Genebra estabelece que “em zonas de guerra, os jornalistas devem ser tratados como civis e protegidos como tais, desde que não participem das hostilidades”. A FIJ exige respeito por este artigo, cuja contravenção constituiria um crime de guerra, e exige a normalização dos sistemas de comunicação em Gaza. Especificamente, o acesso à Internet, que, muitas vezes, não está disponível, o que “viola o direito humano fundamental de procurar, receber e transmitir informações e ideias através de qualquer meio e independentemente de fronteiras”.

Uma guerra também informativa

A comunicação de cifras sobre o número de vítimas e o impacto do conflito fazem parte dessa guerra na Faixa de Gaza, que já é tão dramática quanto global. O próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, opinou na polêmica sobre a veracidade dos dados sobre mortes e feridos (https://cnnespanol.cnn.com/2023/10/27/funcionarios-palestinos-publican-nombres-muertos-gaza-trax/). A guerra de informação inerente a esse conflito já se instalou e, sem jornalistas no terreno, desaparecem as fontes verdadeiras e a divulgação de informação objetiva.Na última segunda-feira de outubro, as Nações Unidas informaram que “à medida que a ajuda tão necessária começa a chegar a Gaza, a guerra pela verdade está se intensificando à medida que as mídias sociais alimentam narrativas contraditórias sobre a situação” (https://news.un.org/es/story/2023/10/1525307).A ONU News afirmou que “após os ataques do Hamas em 7 de outubro contra Israel, continua a circular desinformação prejudicial sobre o conflito em curso, o que pode ter consequências perigosas no terreno”. E ressaltou a necessidade de informações de fato verdadeiras: “Embora a desinformação possa ser o resultado da disseminação acidental de falsidades, ela também pode ser o resultado da disseminação intencional por agentes estatais. No caso de um conflito armado, por exemplo, para influenciar a opinião pública ou a política, e pode afetar todas as áreas do desenvolvimento, desde a paz e a segurança até a ajuda humanitária”.Com os olhos de todo o mundo na passagem fronteiriça de Rafah, no Egito, a partir de 22 de outubro, imagens de comboios que finalmente conseguiram entrar em Gaza carregados de ajuda humanitária inundaram as redes sociais. Ao mesmo tempo, diz a ONU News, que a desinformação se multiplicou sobre o que esses caminhões continham e também sobre como essa ajuda chegou ao seu destino, um enclave sitiado de 363 quilômetros quadrados onde vivem 2,3 milhões de pessoas, das quais 1,4 milhão foram deslocadas pelas hostilidades.A própria ONU deu exemplos de mentiras que circularam como informações verdadeiras. Entre outras, ela e algumas de suas organizações subsidiárias na região, como a Agência de Refugiados Palestinos (UNRWA, em inglês), “estavam vendendo sacos de trigo a preços exorbitantes em Gaza”. Nada poderia estar mais longe da verdade, já que a UNRWA continua a fornecer pão aos deslocados em seus abrigos e vem distribuindo gratuitamente farinha de trigo para aumentar a produção em cerca de 16 padarias. Essa agência apoia refugiados palestinos desde 1950 e continua sendo a principal agência de ajuda humanitária das Nações Unidas em Gaza (https://www.unrwa.org/). Por sua vez, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) garantiu farinha gratuita para outras 23 padarias na zona de conflito.”As mentiras viajam muito mais rápido do que os fatos verdadeiros”, disse recentemente Melissa Fleming, subsecretária-geral da ONU para Comunicações Globais. “Mais uma vez”, de acordo com Fleming, “a névoa da guerra está impulsionando a disseminação do ódio e de mentiras na internet, resultando em erros perigosos com consequências reais em tempo real”. A alta funcionária da ONU apontou que, “nesse sentido, o discurso de ódio e a desinformação, já generalizados, inundam as redes sociais, distorcendo percepções e aumentando o risco de mais violência”. E ressaltou “a importância de obter notícias de fontes confiáveis e redobrar os esforços para que as Nações Unidas imponham suas próprias barreiras contra a disseminação de conteúdos nocivos” (https://melissa-fleming.medium.com/a-wartime-case-for-information-integrity-aa35bd2941cf).

Para combater a desinformação e promover o que as Nações Unidas chamam de “integridade da informação”, suas agências estão intervindo para fornecer dados verdadeiros e corrigir notícias falsas prejudiciais, entrando em contato diretamente com a mídia e relatando em suas plataformas digitais sobre o que está acontecendo no terreno em Gaza.

A ética acima de tudo

Em 19 de outubro, doze dias após o início do conflito em Gaza, a FIJ lembrou aos jornalistas em geral e seus membros em particular a necessidade de respeitar os princípios profissionais afirmados pela Carta Mundial de Ética para Jornalistas (https://www.ifj.org/es/quien/reglas-y-politica/carta-mundial-de-etica-para-periodistas).

“Informações não verificadas, vídeos sem fontes e imagens de redes sociais: a guerra entre o Hamas e Israel é também uma guerra de comunicação”, denunciou recentemente a Federação Internacional do setor, reiterando que os princípios profissionais do jornalismo devem ser absolutamente respeitados. “O dever do jornalismo”, enfatizou, “é fornecer informações de interesse público”.

Já naquelas primeiras horas do conflito, a FIJ lembrou ao mundo uma verdade dolorosa: que “a guerra da comunicação é intensa e que cada lado defende a sua verdade“. Proibidos de trabalhar na Faixa de Gaza – nada menos do que uma gigantesca prisão a céu aberto para civis palestinos –, muitos jornalistas estrangeiros usam com muita frequência fontes secundárias ou fontes “oficiais” de cada lado, mas sem poder verificar sua veracidade. Segundo a FIJ, “isso acontece em detrimento dos cidadãos, cujo um dos direitos fundamentais é estar bem informado”. “Nenhum outro conflito nos tempos modernos”, conclui a FIJ, “provou ser tão letal para os trabalhadores da mídia em um período tão curto de tempo”.

Tradução: Rose Lima

Vereador Leo Biazi apresenta Projeto de Lei que institui o “Natal sem Fome” em Ribeirão Pires

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Num consenso absoluto, a Câmara Municipal da Estância Turística de Ribeirão Pires ratificou, em 8 de novembro de 2023, o Projeto de Lei N.º 0101/2023, encabeçado pelo incansável defensor das causas sociais, Vereador Leonardo Biazi.

Biazi, conhecido por sua inabalável dedicação aos menos favorecidos, deixa sua marca mais uma vez ao conceber a “Semana Municipal de Doação de Alimentos”, carinhosamente apelidada de “Natal Sem Fome”. A iniciativa visa, sobretudo, proporcionar uma celebração natalina digna para as famílias em situação de vulnerabilidade.

Aprovado no Plenário “Roberto Bottacin Moreira”, o projeto vai além de ser uma resposta à fome, sendo uma extensão da trajetória de Biazi como entusiasta incansável das causas sociais. O Artigo 2º destaca o início antecipado da mobilização, possibilitando um engajamento mais prolongado da comunidade, fomentando a participação ativa.

O comprometimento de Leo Biazi com a causa fica evidente no Artigo 3º, direcionando todas as doações à sede do Fundo Social de Solidariedade, órgão competente do Poder Executivo Municipal. O Artigo 4º, por sua vez, propicia a colaboração de organizações sociais, pessoas físicas e jurídicas, ampliando a rede de apoio para a execução efetiva da iniciativa.

Mais que uma legislação, a proposta de Biazi enfatiza a necessidade de cultivar valores como amor, união, compreensão e perdão durante a época natalina. A campanha não apenas alimenta os necessitados, mas também fortalece os laços sociais cruciais para a coesão da cidade.

A urgência da iniciativa, como destaca a justificativa apresentada por Leo Biazi, ressoa no cenário de inúmeras pessoas enfrentando a fome diariamente, seja nas ruas ou em seus lares. O texto ressalta a demanda por políticas públicas eficazes, uma bandeira levantada incansavelmente pelo vereador em sua notável carreira.

Ao concluir, Leo Biazi conta com a compreensão e apoio dos colegas parlamentares para a apreciação, votação e aprovação do Projeto de Lei. A proposta transcende a celebração do Natal; é um testemunho do comprometimento do vereador em proporcionar uma data mais digna e esperançosa para todos os membros de Ribeirão Pires.

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A 3ª Guerra Mundial já começou, afirma um dos maiores analistas de política externa da Rússia

Sputnik Brasil, editado por Repórter ABC – Um renomado analista de política externa russo, Fyodor Lukyanov, lançou uma assertiva afirmação que ecoa como um alerta global: a Terceira Guerra Mundial já está em andamento. Lukyanov, diretor de pesquisa do prestigioso Clube Valdai de Discussões Internacionais, destacou que a retomada de antigas rivalidades e a ausência de mecanismos internacionais eficazes para a resolução de conflitos estão moldando o atual colapso da ordem mundial, e, de acordo com sua análise, mais confrontos estão por vir.

Lukyanov, que também ocupa a presidência do think tank Conselho de Política Externa e de Defesa (SVOP) e é editor-chefe da influente revista Russia in Global Affairs, apontou para a nova escalada de tensões no Oriente Médio, o impasse contínuo entre Ucrânia e Rússia, e as hostilidades em Nagorno-Karabakh como exemplos representativos dos conflitos que compõem essa nova guerra global.

No entanto, ele ressaltou que esses conflitos diferem substancialmente das duas guerras mundiais do século XX, uma vez que as armas nucleares ainda desempenham o papel de forças de dissuasão cruciais. Lukyanov observou: “Esperamos instintivamente que a guerra comece da mesma forma que a Grande Guerra ou a Segunda Guerra Mundial. Mas essas guerras provavelmente não acontecerão mais — afinal, existem armas nucleares, que ainda dissuadem muitos atores.”

A análise de Lukyanov lança luz sobre a complexa dinâmica geopolítica contemporânea, reforçando a necessidade de esforços diplomáticos e negociações internacionais eficazes para evitar um agravamento ainda maior desse cenário de conflito global.

MST planeja enviar 100 toneladas de alimentos para Faixa de Gaza

Repórter ABC com Brasil de Fato – Após uma primeira remessa de ajuda humanitária enviada ontem, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está se preparando para encaminhar um impressionante total de 100 toneladas de alimentos à Faixa de Gaza, como parte de um esforço solidário em apoio ao povo palestino. A iniciativa envolve famílias assentadas de todo o Brasil, que contribuem com alimentos essenciais para as vítimas da região.

A primeira remessa já transportou duas toneladas de arroz, farinha de milho e leite em pó em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O MST tem colaborado estreitamente com o Ministério das Relações Exteriores para viabilizar esse primeiro envio, com planos de continuar enviando várias toneladas de alimentos nas próximas etapas. O objetivo é atingir a impressionante marca de 100 toneladas, o equivalente a 100 mil quilos de alimentos doados pelas famílias da reforma agrária ao povo de Gaza.

Cassia Bechara, membro da direção nacional do MST, enfatizou o compromisso do movimento com essa ação solidária. Famílias assentadas de todo o Brasil estão mobilizadas para contribuir, e entre os alimentos enviados nesta segunda-feira estão caixas de leite Terra Viva, da Cooperoeste (Santa Catarina); arroz da Cooperativa Terra Livre e da Cooperavi (ambas do Rio Grande do Sul); e farinha de milho Terra Conquistada, do Ceará.

O MST também está envolvido em campanhas internacionais de arrecadação de fundos para apoiar as famílias camponesas de Gaza, em parceria com a União de Trabalhadores Agrícolas da Palestina, uma organização integrante da Via Campesina Internacional. Além disso, o movimento faz um apelo urgente para a abertura de um corredor de ajuda humanitária para Gaza.

As condições em Gaza são críticas, com a população enfrentando não apenas os efeitos dos bombardeios, mas também a escassez de água potável e alimentos. O MST destaca a importância de exigir um cessar-fogo imediato e garantir a solidariedade com o povo de Gaza, que enfrenta desafios humanitários significativos.

Peritos identificam graves violações dos direitos humanos em penitenciárias de São Paulo

Peritos do Mecanismo Nacional de Combate à Tortura (MNPCT) realizaram inspeções surpresa durante o mês de outubro em diversas instituições prisionais no estado de São Paulo, revelando sérias violações aos direitos humanos. Os resultados preliminares foram apresentados na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) na última sexta-feira (27), enquanto o relatório completo, abordando em detalhes as constatações e recomendações, está previsto para ser divulgado daqui a dois ou três meses.

As investigações abrangeram cinco penitenciárias, dois centros de atendimento ao adolescente, um centro de detenção provisória (CDP) e um serviço de cuidados prolongados em álcool e drogas do estado. Os peritos do MNPCT, órgão que faz parte do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, conduziram as vistorias em busca de possíveis abusos e irregularidades nas instalações prisionais.

Entre as principais preocupações constatadas, destacam-se a escassez de comida em determinadas unidades prisionais, com destaque para a Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira (Venceslau 2) em Presidente Venceslau, e a deficiência nos cuidados médicos. Um detento na Penitenciária Desembargador Adriano Marrey, em Guarulhos, foi encontrado com uma grave gangrena no pé, enquanto na Penitenciária Adriano Aparecido de Pieri, em Dracena, outro detento apresentava uma infecção séria nos dedos dos pés.

Carolina Barreto Lemos, perita e coordenadora adjunta do MNPCT, enfatizou a gravidade da situação ao relatar: “Em Guarulhos há um detento com o pé em estágio avançado de necrose. Essa pessoa precisou amputar o dedo devido a uma infecção que agora está se espalhando pelo pé inteiro, com risco de septicemia e morte”. A perita destacou ainda a necessidade de ações imediatas e o direito básico do acesso à assistência médica adequada.

Além disso, as vistorias revelaram deficiências na prestação de cuidados médicos, com a presença de médicos em algumas unidades prisionais que não conseguem atender aos detentos de maneira humana e eficaz. “Mesmo quando há a equipe médica, não se acessa a equipe. Não basta ter médico na unidade, é preciso ter o acesso a esses profissionais”, ressaltou Carolina Barreto Lemos.

No que diz respeito à alimentação dos detentos, os peritos identificaram que a Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira (Venceslau 2) em Presidente Venceslau oferece refeições insuficientes e carentes em valor nutricional. Segundo o relatório parcial, a unidade prisional gasta apenas R$ 8 por dia para fornecer três refeições diárias aos presos. Carolina Barreto Lemos enfatizou a inviabilidade de oferecer uma alimentação adequada com esse orçamento limitado.

A perita também apontou deficiências na gestão de recursos da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, destacando que cada unidade prisional é responsável por realizar sua própria licitação para a compra de alimentos aos presidiários, o que, segundo ela, resulta em custos mais altos e uma gestão menos eficiente desses recursos.

Os estabelecimentos prisionais vistoriados incluem a Penitenciária Zwinglio Ferreira (Venceslau 1) e a Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira (Venceslau 2) em Presidente Venceslau, a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, a Penitenciária Adriano Aparecido de Pieri em Dracena, a Penitenciária Desembargador Adriano Marrey (Guarulhos 2) em Guarulhos, o Centro de Detenção Provisória Feminino de Franco da Rocha, a Associação Assistencial Adolpho Bezerra de Menezes – unidade hospitalar em Presidente Prudente, o Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente Chiquinha Gonzaga em São Paulo, o Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente Casa em São Paulo e o Serviço de Cuidados Prolongados Álcool e Drogas Boracea em São Paulo.

Em resposta às revelações do MNPCT, a Secretaria de Administração Penitenciária declarou que ainda não recebeu o relatório e, portanto, não fará comentários sobre as alegações no momento. A nota divulgada também reiterou o compromisso da secretaria com o aprimoramento contínuo do sistema prisional paulista e com o respeito aos direitos fundamentais dos detentos.

As conclusões do relatório final do MNPCT serão aguardadas com expectativa, visto que destacam a importância da supervisão e da reforma do sistema prisional, com foco na melhoria das condições de detenção e na garantia dos direitos humanos dos presos em São Paulo.

Servidor que denunciou Assédio Moral na DPFauna pode ter mentido

A recente polêmica que agitou as manchetes nesta semana, com alegações de assédio e homofobia na DPFauna, ganhou um novo capítulo que poderia facilmente ser descrito como um enredo de conto de fadas moderno.

Uma investigação minuciosa conduzida pelo Repórter ABC, respaldada por uma abundante documentação, revela que a prática conhecida como “Disciplina Consciente” – uma espécie de ritual de iniciação entre os membros da DPFauna – é muito mais comum do que se pensava inicialmente. Na verdade, registros dessas experiências podem ser encontrados em profusão nas redes sociais.

É importante salientar que Tales, o denunciante, foi demitido após revelar a conduta de seus colegas de trabalho, parece ter estado longe de ser um estranho a essa brincadeira peculiar. Ele demonstrou sua afinidade com a prática em postagens nas redes sociais, chegando ao ponto de elogiar, um mês antes dos eventos em questão, Celso Gatti como “o veterinário mais gato de Ribeirão Pires”. Isso sugere que Tales estava à vontade com a situação e mantinha uma relação íntima com seus colegas de trabalho.

“Hahaha, só para completar o vet mais gato de Ribeirão kkkkk”, disse Tales em complento

No entanto, a demissão de Tales foi justificada sob um manto de polêmica, com a empresa alegando que ele estava aproveitando sua posição de servidor público para obter vantagens pessoais. De acordo com a empresa, Tales estava envolvido em um caso legítimo de assédio e importunação, o que levou à elaboração de um Boletim de Ocorrência para proteger a privacidade dos envolvidos. A denúncia surgiu após ter sido reportada a um vereador local.

Ouça o áudio abaixo:

Diante da revelação do suposto ato de corrupção, Thales chegou a pedir desculpas, alegando que não tinha a intenção de prejudicar ninguém e questionando se poderia continuar a visitar a base e os animais.

“Luh, gosto muito de você. De verdade. Passando para te pedir desculpas. Eu acabei de chegar na Soborina. Eu jamais te prejudicaria. Bom, mais uma vez desculpas por ter ido com a viatura. Jamais quis desapontar você e perder sua confiança.”

Em outra mensagem de WhatsApp, Thales mencionou o vídeo do banho:

“Luh, você postou o meu vídeo. Ainda não. Está guardado… Postei o do Danilo. Blz. Se não estiver bom, repetimos.”

A prática controversa da “Disciplina Consciente” aparentemente é vista como uma forma de confraternização e camaradagem entre os membros da DPFauna. Isso ficou evidente durante um Curso de Manejo e Cuidados com Animais Peçonhentos ministrado para Agentes Ambientais de Mauá e Santo André, no qual os participantes passaram por aulas teóricas e práticas, culminando em um “banho de batismo” ao final.

No caso de Tales, que denunciou a suposta discriminação, ele aparece de forma descontraída e trajando seu fardamento. Conforme revelado em um vídeo, ele foi encorajado a participar do ritual, embora aparentemente não tenha provocado nenhum tumulto. No entanto, a controvérsia persiste, já que Tales parecia acreditar que era seu dever participar desse ritual, tornando-o um elemento central nesse intrigante quebra-cabeça.

Em resumo, o caso da demissão de Tales e a polêmica “Disciplina Consciente” praticada pela DPFauna lançam luz sobre um cenário complexo, onde a linha que separa a brincadeira da tradição e do assédio parece ser tênue. À medida que novos detalhes emergem e as opiniões se dividem, esse episódio continuará a alimentar discussões e debates na comunidade e na esfera pública. Mais um episódio curioso e intrigante da vida real, que nos faz questionar até onde vai o limite da camaradagem no ambiente de trabalho.

Rabino pacifista em Israel apela à não comparação entre Judeus e Sionistas em busca da paz

Jerusalém, Israel – Em um pronunciamento marcante, um grupo de rabinos ortodoxos e pacifistas, identificados pelo perfil TorahJudaism na plataforma social X (anteriormente conhecida como Twitter), fez um apelo veemente pela não comparação entre judeus e sionistas. O grupo tem utilizado sua presença online para expressar duras críticas ao sionismo e atribuir ao governo liderado por Benjamin Netanyahu a responsabilidade por episódios de violência envolvendo palestinos e cidadãos israelenses.

“Queremos paz e tranquilidade para que judeus e muçulmanos possam coexistir em harmonia”, declarou o rabino pacifista, enfatizando a importância da convivência pacífica entre as comunidades religiosas na região.

O apelo do grupo ressalta a distinção entre o judaísmo e o sionismo, argumentando que o sionismo não pode ser considerado uma representação fiel dos judeus ou do judaísmo como religião. Essa diferença fundamental é fundamental para compreender o ponto de vista desses rabinos.

De acordo com eles, os sionistas frequentemente tentam integrar a Torá em questões relacionadas ao Estado de Israel, embora muitos deles sejam considerados irreligiosos. Os rabinos afirmam que essa associação é uma fachada que empresta uma aura de santidade a todas as ações de Israel.

Além disso, os rabinos destacaram a crença de que os judeus não têm o direito de estabelecer um Estado em qualquer parte do mundo, inclusive em terras desabitadas, devido a proibições religiosas antigas. Eles argumentam que esta proibição persiste como parte central da fé judaica.

O pronunciamento desses rabinos pacifistas evidencia as tensões e debates em curso dentro da comunidade judaica em Israel em relação ao sionismo e sua relação com a religião. Em meio a um cenário de conflitos persistentes, esses líderes religiosos buscam uma abordagem pacífica e uma compreensão mais profunda das complexidades envolvidas na questão do sionismo em Israel.

Ribeirão Pires lança campanha do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

No mês da criança, conscientização contará com palestras na rede municipal de educação e equipamentos da Assistência Social

Cerca de 100 crianças das escolas municipais João Midolla e Francisca Ferreira Santiago participaram, na manhã desta sexta-feira (06/10), no CEU Quarta Divisão, do lançamento oficial da campanha do PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, promovido pela Prefeitura de Ribeirão Pires, por meio das secretarias de Assistência, Participação e Inclusão Social e de Educação e Cultura.

Com o apoio do Departamento de Comunicação, a Prefeitura apresentou a profissionais da rede pública as peças da campanha do PETI. Com o mote ‘Trabalho infantil não é brincadeira: é crime’, materiais como flyers, outdoor, cartazes e cartilhas e conteúdos para redes sociais serão divulgados por toda a cidade em outubro, mês da criança.

“O combate ao trabalho infantil é assunto sério e é pauta recorrente da cidade. Estamos intensificando as ações de prevenção, levando às famílias, aos estudantes e às comunidades informações com canais de denúncia e serviços que integram a rede de proteção às crianças e adolescentes, a exemplo do Conselho Tutelar e das equipes da Prefeitura”, destacou o prefeito Guto Volpi.

Nesta sexta-feira (6), a partir de intervenção lúdica realizada por Emerson Ribeiro, orientador de Arte da Prefeitura, os estudantes aprenderam mais sobre o que é o trabalho infantil e como levar a mensagem para dentro de suas casas.

Durante todo o mês, estão programadas ações junto à Secretaria de Educação e Cultura, principalmente reunião de pais, para a disseminação do conteúdo de conscientização sobre a erradicação do trabalho infantil, assim como nos equipamentos da Assistência Social. Confira a programação de atividades do PETI:

  • – 6 de outubro, a partir das 15h – Reunião de Pais na E.M. Tia Mariinha (Av. Ribeirão Píres, 851 – Vila Nova Suíssa)
  • – 6 de outubro, a partir das 16h – Reunião de Pais na E.M. Maria Siqueira de Paula (Av. Santa Clara, 1889 – Pilar Velho)
  • – 10 de outubro, a partir das 14h – Reunião das Famílias PAIF no CRAS Ouro Fino (Rua Eduardo Valeriano Nardelli, 367 – Ouro Fino)
  • – 19 de outubro, a partir das 14h – Reunião das Famílias PAIF no CRAS Quarta Divisão (Estrada do Sapopemba, 5055 – Quarta Divisão)
  • – 20 de outubro, horário a definir – Reunião de Pais na E.M. Prof. Sebastião Vayego de Carvalho (Av. Ver. Rubens Maziero, 100 – Ouro Fino)
  • – 24 de outubro, a partir das 10h – Reunião das Famílias PAIF no CRAS Centro (Rua Batista Lion, 108-A – Centro)
  • – 27 de outubro, a partir das 9h – Encerramento da Campanha do PETI na Praça Central da Vila do Doce (R. Boa Vista, s/n – Centro)