Sábado, dia 16/11 é feriado e parte do comércio não abrirá na região oeste da Bahia

No dia 16 de novembro de 2024, o Dia do Comerciário será celebrado com feriado regional, trazendo importantes conquistas para os trabalhadores do comércio da região oeste da Bahia. Com exceções, as entidades locais reforçam a importância da data e das condições de trabalho previstas na convenção coletiva

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O dia 16 de novembro de 2024, sábado, será o Dia do Comerciário, um feriado regional de grande importância para os trabalhadores do comércio da região oeste da Bahia. A data foi garantida pela convenção coletiva da categoria, assinada por sindicatos dos trabalhadores e empregadores, e representa uma conquista significativa que visa valorizar o trabalho dos comerciários, assegurando direitos como o pagamento em dobro e benefícios como vale-transporte e alimentação.

O Sindicato dos Comerciários de Barreiras e Região Oeste da Bahia (SINDCOB) informou que, conforme o parágrafo 3º da cláusula 19ª da convenção coletiva, o feriado deverá ser respeitado para todos os setores do comércio, com exceção das panificadoras, confeitarias, restaurantes, distribuidoras de gás, frios, açougues, lojas de conveniência, farmácias, cinemas e bares. Esses estabelecimentos poderão funcionar, desde que garantam as condições previstas, como a remuneração extra para os trabalhadores que atuarem no feriado.

A Associação Comercial e Empresarial de Luís Eduardo Magalhães também se manifestou, informando que o SINDCOB realizará fiscalizações nas empresas da cidade, aplicando multas e notificações se necessário. A associação ressaltou que, apesar de algumas entidades não terem participado diretamente das negociações, a convenção coletiva tem força de lei e deve ser seguida.

A CDL de Barreiras, por sua vez, reafirmou que as empresas devem respeitar a convenção coletiva. Embora tenha expressado discordância com alguns termos, reconhece a obrigatoriedade das normas acordadas e o cumprimento das mesmas, de acordo com a legislação.

Assim, o Dia do Comerciário de 2024 será uma data marcante, representando uma importante conquista para os trabalhadores da região. A convenção coletiva, que conta com a assinatura de sindicatos dos trabalhadores e dos empregadores, garante o cumprimento do feriado e assegura as condições de trabalho de forma justa e respeitosa. A fiscalização das entidades será realizada para garantir que os direitos dos comerciários sejam plenamente respeitados, promovendo um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado.

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ExpoCannabis Brasil expande estrutura e se firma como referência na América Latina

Evento atrai 300 expositores, espera 40 mil visitantes em São Paulo e mira mercado global de US$ 105 bilhões até 2026, com foco no uso medicinal da erva

Caso de Política | Luís carlos Nunes – De 15 a 17 de novembro, São Paulo será palco da maior feira de cannabis da América Latina, a ExpoCannabis Brasil 2024, que ocupará 20 mil metros quadrados e deve receber mais de 40 mil visitantes. Com a participação de 300 empresas de setores como medicina, indústria, comércio e tecnologia, o evento reflete o potencial do mercado global de cannabis, que projeta movimentar até US$ 105 bilhões até 2026, e coloca em pauta o avanço da regulamentação no Brasil para o uso medicinal da erva.

O evento contará com uma série de expositores de áreas variadas, desde tabacarias e headshops até bebidas com infusões de terpenos, além de acessórios e produtos para o uso medicinal e veterinário. A CEO da ExpoCannabis, Larissa Uchida, destacou o compromisso da feira em fomentar o diálogo com legisladores e especialistas para avançar na regulamentação:

“Estamos comprometidos em colaborar com legisladores, especialistas e a comunidade para promover um ambiente regulatório favorável que estimule o crescimento sustentável e responsável da indústria no país”, afirmou Uchida.

O mercado de cannabis medicinal tem avançado rapidamente no Brasil. Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) apontam um aumento de 93% na importação de produtos em apenas um ano, atendendo cerca de 430 mil pessoas até o último levantamento. A expectativa é que esse número cresça com o desenvolvimento da regulamentação e com eventos como a ExpoCannabis, que promovem educação e conscientização sobre os usos terapêuticos da planta.

Programação diversa e atrações culturais e educativas

Além da exposição de produtos e inovações, a feira oferece uma programação ampla, incluindo desfiles de moda, oficinas para fabricação de concreto e papel com cânhamo, e até massagens e sessões de yoga para o público. A Casa Cânhamo, marca brasileira de produção 100% nacional, exibirá itens decorativos feitos de cânhamo, como luminárias, filtros de café e roupas de cama, destacando o uso versátil da planta, que remonta aos tempos das caravelas portuguesas.

A feira também reserva espaço para discussões sobre regulamentação e uso medicinal. Um HUB voltado ao mercado brasileiro de cannabis trará fóruns sobre legislação e negócios, e uma área médica contará com especialistas para orientar o público sobre tratamentos com canabinoides e a emissão da carteirinha digital de cannabis medicinal.

Abertura para novas perspectivas e experiências

A ExpoCannabis promove não apenas o desenvolvimento econômico da indústria, mas também visa desmistificar o uso da cannabis no Brasil, com um enfoque educativo e cultural. O evento oferece uma experiência sensorial completa, com áreas dedicadas a experimentar aromas e conhecer de perto a planta, além de entretenimento com shows e opções de alimentação para um público diverso.

Com quatro palcos e uma extensa programação cultural, a ExpoCannabis Brasil reafirma seu papel como o principal ponto de encontro do setor no país, promovendo a inovação, a educação e o avanço regulatório em uma indústria em rápida transformação.

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Exportações baianas atingem recorde histórico em outubro com alta de 4,5%

Crescimento impulsionado por preços de celulose, ouro e minerais, enquanto importações também registram forte alta

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – As exportações baianas cresceram 4,5% em outubro, atingindo o recorde de US$ 1,14 bilhão, conforme dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan). Esse foi o maior valor registrado para o mês na série histórica, enquanto, em comparação, o mercado nacional apresentou retração de 0,74%. O crescimento baiano foi impulsionado principalmente pelo aumento nos preços de produtos como celulose, ouro, minerais, cacau e café, que subiram em média 6,5%, compensando uma leve queda de 1,8% no volume exportado.

No acumulado de 2024, as exportações do estado somaram US$ 8,62 bilhões, uma alta de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora o segmento da soja — principal item da pauta de exportação da Bahia — tenha enfrentado uma queda de preços devido à entressafra, o aumento médio de 7% nos preços dos produtos exportados ajudou a equilibrar a redução no volume embarcado, que foi de 0,68%.

A China permaneceu como o principal destino dos produtos baianos em outubro, com um aumento de 8,7% nas vendas. O destaque foi a América do Norte, onde as exportações subiram 50,7%, especialmente para os EUA, que registraram crescimento de 39,4%. Já as vendas para a América do Sul caíram 27,4%, enquanto a União Europeia teve alta de 25,6%, com a Espanha registrando um aumento expressivo de 536,2%.

Importações em alta refletem aquecimento econômico

No mesmo período, as importações baianas também apresentaram crescimento, alcançando US$ 955,5 milhões em outubro, uma alta de 39,6% em relação ao ano anterior. Desde o segundo trimestre, as importações mostram tendência de alta, intensificada pela demanda de combustíveis, que avançaram 128,3% em outubro.

No acumulado de 2024, o total importado chegou a US$ 9,29 bilhões, um crescimento de 24,5% — quase quatro vezes o aumento das exportações. Esse resultado foi impulsionado pelo aumento de 35,6% no volume importado, enquanto os preços médios dos produtos caíram 8,2%, indicando que o crescimento está mais associado à demanda por quantidade, refletindo o aquecimento econômico do estado.

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Licitação para ampliação do aeroporto de Barreiras é remarcada para janeiro de 2025

Ajustes no edital são a principal razão para o adiamento da concorrência, que visa melhorar a infraestrutura do aeroporto, em um projeto que se arrasta há anos.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A licitação para as obras de reforma e ampliação do Aeroporto de Barreiras – Dom Ricardo Weberberger, na Bahia, foi remarcada para 10 de janeiro de 2025. Inicialmente agendada para 17 de dezembro de 2024, a nova data para a abertura das propostas será às 09h30, no portal eletrônico oficial de compras do governo. O adiamento se deve à necessidade de ajustes técnicos no edital, essenciais para viabilizar a execução de um projeto que, embora discutido por anos, continua sendo ajustado para atender às exigências atuais.

O objetivo da licitação é modernizar a infraestrutura do aeroporto, com a reforma da Pista de Pouso e Decolagem (PPD), adequação da taxiway e construção de um novo pátio para aeronaves. Além disso, o projeto inclui melhorias em drenagem e sistemas de balizamento noturno e auxílios à navegação aérea, aspectos cruciais para garantir segurança e eficiência nas operações.

A Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia informou que o adiamento ocorreu devido à necessidade de adequações no edital, como a atualização do Pavement Classification Number (PCN), critério importante para a resistência estrutural da pista. O objetivo é que o aeroporto atenda ao padrão de categoria 4C, o que permitirá operar aeronaves de maior porte, adequando-se ao aumento da demanda e ao crescimento da região.

Com a expectativa crescente pela realização das obras, os moradores de Barreiras e cidades vizinhas aguardam melhorias significativas. O aeroporto é um ponto estratégico para a aviação regional e sua modernização é vista como fundamental para o desenvolvimento econômico da região.

O edital retificado e os documentos relacionados estão disponíveis para consulta nos portais www.gov.br/compras/pt-br/ e www.comprasnet.ba.gov.br. Interessados podem obter mais informações e esclarecer dúvidas pelo e-mail cpl@infra.ba.gov.br ou pelo telefone (71) 3115-2174, de segunda a sexta-feira, das 08h30min às 18h.

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Mega da Virada abre apostas com prêmio recorde de R$ 600 milhões

Sorteio final de ano promete maior premiação da história e não acumula caso ninguém acerte os seis números

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Caixa Econômica Federal iniciou nesta segunda-feira (11) as apostas exclusivas para a Mega da Virada, com prêmio previsto para alcançar R$ 600 milhões, o maior já oferecido na história do concurso especial da Mega-Sena. Marcado para 31 de dezembro, o sorteio promete emoção extra para os apostadores, pois o prêmio não acumula; se ninguém acertar os seis números, o valor será repartido entre aqueles que acertarem cinco dezenas, e assim por diante.

Segundo a Caixa, a premiação total pode ultrapassar R$ 1 bilhão, incluindo as faixas de acertos menores. Caso apenas um ganhador leve o prêmio principal e o aplique na poupança, o rendimento mensal inicial será de aproximadamente R$ 3,4 milhões.

Para participar, é necessário utilizar o volante específico da Mega da Virada, disponível em lotéricas de todo o país, no portal Loterias Caixa e no aplicativo oficial. Clientes Caixa podem também realizar apostas pelo internet banking. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5, enquanto bolões, com até 100 cotas e preço mínimo de R$ 15, estão disponíveis para aumentar as chances de ganhar, tanto nas lotéricas quanto pelo aplicativo da Caixa, com tarifa adicional de até 35% sobre o valor da cota.

O resultado será divulgado no último dia do ano, e poderá ser conferido ao vivo nos canais oficiais da Caixa no YouTube e no Facebook, além de ser publicado no site do banco logo após o sorteio.

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Suécia escolhe Embraer C-390 para reforçar transporte tático militar

Primeira aquisição do modelo na Europa nórdica destaca reconhecimento internacional da aeronave brasileira

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Ministério da Defesa da Suécia anunciou a aquisição do Embraer C-390 Millennium como nova aeronave de transporte tático, marcando a entrada da fabricante brasileira no mercado militar nórdico e fortalecendo a presença da Embraer entre os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A decisão sublinha o compromisso sueco com a modernização de sua frota, privilegiando tecnologias de ponta que assegurem maior capacidade operacional e eficiência em missões táticas.

Para a Embraer, o acordo com a Suécia representa mais do que um contrato: é uma validação de sua tecnologia no competitivo setor de defesa global. “A Embraer sente-se honrada com a escolha da Suécia. Depois que vários países pertencentes à União Europeia e à OTAN selecionaram o C-390, essa decisão confirma o fato de que nossa aeronave multimissão representa um tremendo avanço de capacidade operacional em relação às aeronaves de transporte tático da geração anterior”, afirmou Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. As palavras de Costa Junior refletem a importância estratégica desse novo mercado, que inclui Forças Aéreas de alto padrão.

A escolha do C-390 pela Suécia, uma das forças aéreas mais bem equipadas da OTAN, consolida a reputação da aeronave brasileira como uma das opções mais versáteis e confiáveis para transporte militar em ambientes desafiadores. “A aeronave está sendo reconhecida, gradualmente, pelas Forças Aéreas mais avançadas do mundo, como a Força Aérea Sueca”, comentou Costa Junior. A afirmação reforça o papel da Embraer na expansão de sua linha de defesa com clientes de alto calibre, estabelecendo o C-390 como uma alternativa de ponta para países que buscam aliar confiabilidade e alto desempenho em operações táticas.

Com esta aquisição, a Suécia se junta a um seleto grupo de nações que já contam com o C-390 em suas frotas, destacando a Embraer como um player competitivo no cenário global.

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A crescente ameaça dos crimes virtuais no Brasil: Regulação da inteligência artificial é urgente

Com mais de 1,5 milhão de vítimas em 2023, o país se vê desafiado pela crescente sofisticação dos criminosos digitais. A regulação da inteligência artificial, com base nos avanços da União Europeia, surge como uma medida urgente para proteger cidadãos e empresas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Brasil enfrenta um aumento expressivo nos crimes virtuais, refletindo uma tendência mundial que desafia as autoridades e exige medidas de regulação urgentes. De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o país viu uma escalada de 50% nos casos de fraudes digitais em 2023, com mais de 1,5 milhão de vítimas, um número alarmante que coloca o Brasil entre os países mais afetados por crimes cibernéticos.

Os crimes virtuais abrangem uma ampla gama de atividades ilegais, desde fraudes financeiras até ataques de ransomware e golpes como phishing. O ransomware, por exemplo, é um tipo de ataque em que os criminosos bloqueiam ou criptografam os dados da vítima e exigem um resgate para liberá-los, frequentemente em criptomoedas, dificultando o rastreamento. Este tipo de crime pode afetar tanto indivíduos quanto empresas, resultando em prejuízos financeiros significativos, além de causar a perda permanente de dados essenciais caso o resgate não seja pago. Já o phishing é uma técnica de engano onde os criminosos se passam por fontes confiáveis, como bancos ou empresas de e-commerce, para induzir as vítimas a fornecer informações pessoais, como senhas e dados bancários, ou a clicar em links fraudulentos. Ambos os tipos de crimes digitais têm se tornado cada vez mais sofisticados, com os atacantes explorando a vulnerabilidade de usuários e empresas para causar danos financeiros e comprometer a segurança dos sistemas.

As vítimas desses crimes, em sua maioria, são pessoas físicas, mas empresas também são alvos constantes. Segundo uma pesquisa realizada pela Kaspersky, mais de 70% dos consumidores brasileiros já foram vítimas de algum tipo de crime virtual, seja diretamente ou por meio de um familiar ou amigo. Essa estatística coloca o Brasil em uma posição vulnerável, principalmente em um contexto onde o acesso à internet e a digitalização dos serviços aumentaram consideravelmente nos últimos anos.

As consequências desses crimes são devastadoras. Além de prejuízos financeiros diretos, a exposição de dados pessoais pode gerar danos irreparáveis à reputação das vítimas, além de comprometer a segurança de sistemas e a confiança em plataformas online. Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que as empresas brasileiras gastaram mais de R$ 10 bilhões com tentativas de ciberataques em 2023, refletindo o impacto econômico da vulnerabilidade digital. Para o cidadão comum, as consequências podem se estender por anos, com a necessidade de refazer documentos, enfrentar fraudes bancárias ou ter sua identidade digital comprometida.

Esse cenário exige uma reflexão sobre a necessidade de uma regulação da inteligência artificial (IA) no combate aos crimes virtuais. Enquanto o Brasil ainda debate como lidar com as inovações tecnológicas e os riscos que elas impõem à sociedade, a União Europeia já avança com a implementação do Regulamento Geral sobre a Inteligência Artificial (AI Act), um marco que visa garantir que a IA seja usada de maneira ética e segura. O AI Act, aprovado em 2023, estabelece diretrizes para o uso responsável de IA, com ênfase na proteção de dados e na transparência dos algoritmos, além de definir níveis de risco associados a diferentes usos de IA. O modelo europeu serve como referência para outras nações, mostrando que a regulação não só protege os consumidores, mas também impulsiona a inovação tecnológica responsável.

Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, a necessidade de regulamentar a IA para proteger a sociedade contra o avanço dos crimes virtuais nunca foi tão urgente. As tecnologias estão cada vez mais sofisticadas, e os criminosos também. As empresas, por sua vez, devem adotar práticas mais rigorosas de segurança digital, e os cidadãos precisam estar mais atentos aos riscos do ambiente virtual. Sem uma ação coordenada e eficaz, as vítimas continuarão a ser cada vez mais numerosas, e o Brasil poderá ver um agravamento dos impactos desse fenômeno global.

Em um mundo cada vez mais digital, a regulação da IA não é apenas uma questão de segurança, mas de preservação da confiança no ambiente virtual, sem o qual as sociedades modernas correm o risco de perder o controle sobre o próprio futuro digital.

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Paz, justiça e sustentabilidade: a urgência de um compromisso global contra a fome e as mudanças climáticas

A fome, os conflitos e as mudanças climáticas são reflexos de escolhas políticas e econômicas que perpetuam a desigualdade; enfrentar esses desafios exige um compromisso global com paz, justiça social e sustentabilidade

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Num mundo cada vez mais fragmentado por crises, a fome e as mudanças climáticas são mais do que apenas desafios técnicos: são espelhos das escolhas políticas e econômicas que perpetuam a exclusão, a vulnerabilidade e a desigualdade. Frente ao agravamento desses problemas, emergem como um imperativo global a paz, a justiça social e o compromisso com a sustentabilidade. Quando se discutem temas tão essenciais para a dignidade humana, como o acesso a alimentos e um ambiente estável, as nações não podem ignorar os impactos que suas decisões – ou omissões – geram na vida de milhões.

Fome e desigualdade econômica

Os números sobre a fome no mundo são alarmantes. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2023, cerca de 735 milhões de pessoas enfrentavam insegurança alimentar, um número que vem crescendo continuamente devido a fatores como a pandemia, conflitos e mudanças climáticas. Esse dado reflete uma triste realidade: apesar de avanços tecnológicos e do aumento na produção agrícola, as desigualdades estruturais e a má distribuição de renda continuam a privar milhões do direito básico de acesso a alimentos.

Além disso, o Relatório sobre a Riqueza Global de 2023 do Credit Suisse apontou que 1% da população mundial detém mais de 45% da riqueza global, enquanto metade da população possui apenas 1%. Essa disparidade revela a concentração de recursos nas mãos de poucos, deixando na margem aqueles que mais precisam de suporte.

Impacto dos conflitos e custos da violência

O contexto de conflitos e guerras agrava esse quadro. Em regiões devastadas por guerras, como o Iêmen e a Síria, o acesso a alimentos, saúde e segurança se torna uma luta diária. Um relatório da ONU estima que em 2023, conflitos e violência foram responsáveis por deslocar cerca de 108 milhões de pessoas em todo o mundo. Em lugares onde a paz é constantemente ameaçada, fundos que poderiam estar sendo investidos em áreas como saúde, educação e combate à fome são desviados para despesas militares.

Os custos da violência extrapolam os campos de batalha, reverberando nas vidas das populações deslocadas, nos orçamentos apertados e no meio ambiente. Segundo o Instituto de Economia e Paz, o custo econômico da violência no mundo em 2022 foi estimado em 12,4% do PIB global, ou aproximadamente US$ 5,6 trilhões. Enquanto bilhões são destinados a armamentos e estratégias militares, falta financiamento para garantir o básico em comunidades destroçadas por essa violência. O redirecionamento de verbas da guerra para programas de desenvolvimento sustentável é, portanto, mais do que uma opção ética; é uma necessidade prática.

Mudanças climáticas e segurança alimentar

As mudanças climáticas ampliam ainda mais a urgência de uma resposta coordenada. Eventos climáticos extremos, como secas, enchentes e incêndios, tornam-se mais frequentes e intensos, devastando plantações e minando a segurança alimentar. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as temperaturas globais aumentaram cerca de 1,1°C desde a era pré-industrial, e a tendência de aquecimento pode ultrapassar 1,5°C até 2030. O impacto disso sobre a segurança alimentar é direto: a irregularidade das chuvas e o aumento das temperaturas comprometem a produção agrícola e, por extensão, a sobrevivência de milhões de pessoas, especialmente nas regiões mais vulneráveis, onde a agricultura de subsistência é o alicerce das economias locais.

Diante desses desafios, propostas concretas surgiram em encontros internacionais, destacando possíveis caminhos para uma transformação real. Entre as medidas mais defendidas está a criação de um imposto global sobre grandes fortunas, que poderia financiar programas de segurança alimentar e iniciativas sustentáveis. Estudos do Banco Mundial indicam que uma taxa de apenas 1% sobre a fortuna dos bilionários do mundo poderia gerar US$ 255 bilhões por ano, recursos suficientes para ajudar a erradicar a fome e implementar práticas agrícolas regenerativas.

Além disso, especialistas sugerem a criação de uma Aliança Global contra a Fome e as Mudanças Climáticas, reunindo países dispostos a investir em um fundo de apoio para a promoção de práticas agrícolas sustentáveis e mitigação dos efeitos climáticos. Essas propostas visam garantir que as ações sejam sustentáveis e justas, combatendo a fome e as mudanças climáticas em sua raiz.

A transformação estrutural necessária para enfrentar a fome, a pobreza e a crise climática exige mais do que discursos: exige um compromisso genuíno de reconfigurar o sistema político e econômico global. A paz é fundamental, não apenas como ausência de guerra, mas como uma estrutura que permita a redistribuição de recursos, políticas inclusivas e o respeito aos direitos humanos. A mudança não pode ser adiada: governos e grandes corporações precisam ir além de promessas simbólicas, adotando medidas práticas que priorizem a vida e a dignidade humana.

Se o mundo se comprometer com ações que promovam a paz, a justiça social e a sustentabilidade, poderá construir um futuro onde a fome, a exclusão e a degradação ambiental não sejam realidades persistentes. A oportunidade de transformar o curso da história ainda está ao nosso alcance – o que falta é a vontade de agir.

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Parlamentos do G20 se unem para enfrentar desigualdade e crise climática em abertura do P20

Fotos: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Em evento na Câmara dos Deputados, lideranças políticas destacam a necessidade de soluções colaborativas e ações conjuntas para enfrentar os desafios globais, como fome, desigualdade e mudanças climáticas, com foco na igualdade de gênero e no desenvolvimento sustentável

Caso de Política com Agência Câmara – Na manhã desta quinta-feira (7), a 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20) foi aberta com um apelo por respostas conjuntas aos problemas globais, como fome, desigualdade e crise climática. O evento, que ocorre no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados, reúne autoridades políticas de diversos países para discutir soluções urgentes para crises interconectadas que afetam o planeta.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que assumiu a liderança do P20 em outubro do ano passado, durante a presidência indiana, fez questão de ressaltar a importância do papel dos parlamentos no enfrentamento dessas questões. “Devemos promover medidas que aumentem a presença feminina nas esferas de poder, assegurando que a diversidade se reflita nas decisões globais,” destacou Lira. Ele também reafirmou o compromisso do Legislativo brasileiro com a transição energética e a regulamentação do mercado de carbono, priorizando uma agenda verde.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), compartilhou da visão de que os desafios globais são tão amplos que exigem uma abordagem coletiva. “A fome, a pobreza, a transição energética e as mudanças climáticas são questões indissociáveis. Devemos tratá-las de forma integrada para garantir soluções eficazes,” afirmou. Ele reforçou que a governança global e a cooperação entre países são fundamentais para superar as crises contemporâneas.

Tulia Ackson: Parlamentos devem buscar o desenvolvimento sustentável

Tulia Ackson, presidente da União Interparlamentar (UIP), também reforçou a necessidade de ação conjunta frente aos problemas transnacionais. Para ela, a população mundial vive um momento decisivo, com as metas de desenvolvimento sustentável da ONU para 2030 cada vez mais distantes. “A pandemia e a crise climática agravaram a situação, empurrando milhões para a pobreza extrema e ampliando a fome no mundo,” disse, destacando que, em 2023, a crise climática afetou um bilhão de pessoas, aumentando sua vulnerabilidade social e econômica.

Ackson defendeu que os parlamentos devem ser agentes de mudança, pressionando por um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo. A preocupação com a igualdade de gênero também foi um ponto central das discussões. A presidente da UIP pediu uma maior participação das mulheres nas tomadas de decisão e, para isso, sugeriu que futuras edições do P20 incluam reuniões dedicadas exclusivamente às parlamentares.

Em 2023, essa proposta ganhou forma com a realização da primeira reunião de mulheres parlamentares do P20, realizada em Maceió (AL), que gerou a “Carta de Alagoas”. A iniciativa, inédita, sublinha o comprometimento com a igualdade de gênero e com o avanço das questões sociais e ambientais de forma integrada.

Lira, Pacheco e Ackson também destacaram a necessidade de que os parlamentos cumpram um papel fiscalizador sobre os governos de seus países, garantindo maior transparência nas ações e criando um ambiente de estabilidade e paz para a implementação das mudanças necessárias. A solenidade contou ainda com a presença da secretária-geral das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, que enfatizou a relevância do trabalho colaborativo entre parlamentos para enfrentar os desafios globais de forma eficaz.

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Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 200 milhões; veja as dezenas

Sem ganhadores no último sorteio, próximo concurso pode premiar com valor histórico

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Nenhuma aposta acertou as seis dezenas no concurso 2794 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira, 7 de novembro. Com isso, o prêmio acumulou, e o próximo sorteio, marcado para sábado, terá uma estimativa de R$ 200 milhões.

As dezenas sorteadas foram: 03 – 09 – 14 – 20 – 28 – 52.

O próximo concurso da Mega-Sena promete um dos maiores prêmios dos últimos meses, com expectativa de alta procura nas lotéricas e apostas online até o fechamento do sorteio.

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