Comitê Técnico Regional será criado no Oeste para controle da Cigarrinha-do-Milho

Presente no primeiro Encontro Técnico Fitossanitário do Milho, realizado nesta quinta-feira (31), em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Sérgio Luz, anunciou, de forma conjunta, a criação do Comitê Técnico Regional do Milho (CTR).

Vamos fazer uma campanha de orientação e de esclarecimento e educação sanitária para os grandes, médios e pequenos produtores de milho do Oeste da Bahia e assim beneficiar a todos com a redução da quantidade e do índice da cigarrinha-do-milho, que tanto causa prejuízo nessa região, com a ampliação do suporte da produção em nível geral”, apresentou o diretor-geral do órgão vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri).

Ainda conforme Luz, foi consenso durante o encontro que o milho tiguera, também conhecido como milho voluntário – planta que surge de forma não sazonal nas lavouras, a partir de grãos de milho presentes no solo – é considerado o principal responsável pelo aumento na população da cigarrinha-do-milho na região.

O encontro, organizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Adab, contou com a participação de produtores rurais, pesquisadores, consultores, gerentes e membros de toda a cadeia produtiva do milho no estado.

Como presidente da Aiba e produtor rural, sou apaixonado pelo milho. A nossa família planta o milho na Bahia há mais de 35 anos e tenho certeza que aumentando as nossas áreas de plantio e a nossa produtividade, esse cultivo terá um futuro brilhante no Oeste da Bahia”, declarou o presidente da Aiba, Odacil Ranzi.

O encontro debateu sobre problemáticas fitossanitárias enfrentados pela cultura nas últimas safras e possíveis soluções e direcionamentos para os grandes desafios do manejo das lavouras na região.

A minha impressão é positiva e torço para que tudo o que a gente discutiu aqui e os investimentos sejam aprimorados, pois aqui tem uma característica única em termos de produção, e dá para implementar tudo o que foi discutido, de maneira que a região vai conseguir suplantar esse problema da cigarrinha dos fechamentos e ter um teto de produção interessante”, destacou a pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Cepaf), Maria Cristina Canale.

A safra total de milho da Bahia 2023/24 foi estimada em 2,95 milhões de toneladas, segundo levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estado ocupa posição estratégica no abastecimento do cereal no Nordeste, devido à sua localização e produção.

Com informações da Ascom/Aiba

Deputado Daniel Almeida propõe projeto para proteger consumidores endividados em apostas online

PL 4130/2024 visa endurecer regulamentação das apostas no Brasil, buscando reduzir impacto financeiro sobre famílias endividadas com jogos e bets online

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A fim de proteger consumidores afetados pelo endividamento excessivo com apostas online, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) apresentou o Projeto de Lei 4130/2024 na Câmara dos Deputados. A proposta pretende estabelecer medidas mais rígidas para o setor de apostas no país, limitando o acesso ao crédito para atividades de apostas e impondo restrições de gastos, com o objetivo de proteger cidadãos em situação financeira vulnerável. As informações são da Agência Câmara.

Segundo Almeida, a crescente adesão aos jogos online e às chamadas bets tem comprometido a saúde financeira de milhões de brasileiros. Ele alerta que a facilidade de acesso às plataformas de aposta, somada a campanhas de marketing agressivas e à ilusão de ganhos rápidos, leva muitos a um ciclo perigoso de dívidas.

“Queremos reduzir os impactos negativos que o vício em apostas causa em milhares de famílias brasileiras, oferecendo um suporte legal que impede o acesso irrestrito ao crédito para este fim e promovendo uma conscientização sobre os riscos do endividamento”, afirma o parlamentar.

Dados recentes do Banco Central destacam a dimensão do problema: apenas em agosto, beneficiários do programa Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em apostas via Pix, sendo que mais de cinco milhões de beneficiários realizaram apostas, com um gasto médio de R$ 100. A análise mostra que 70% dos apostadores são chefes de família, responsáveis por R$ 2 bilhões do total movimentado.

Ainda de acordo com o Instituto DataSenado, cerca de 22 milhões de brasileiros participaram de apostas online nos 30 dias anteriores ao levantamento. Desses, 58% relataram dívidas em atraso, o que, segundo Almeida, aponta um impacto econômico significativo, especialmente nas classes mais baixas. Em resposta a esse quadro, o PL 4130/2024 propõe não só restrições ao crédito para apostas, mas também campanhas de conscientização pública sobre os riscos financeiros e de saúde mental associados ao vício em apostas.

“O avanço dessa proposta representa um marco na defesa dos direitos dos consumidores brasileiros, buscando um equilíbrio na relação de consumo e uma proteção mais ampla contra os danos sociais e econômicos causados pelo descontrole nas apostas”, reforça Almeida.

A Câmara dos Deputados deve intensificar o debate sobre o PL 4130/2024 nas próximas semanas, com a expectativa de que projetos de regulamentação das apostas ganhem maior visibilidade e celeridade nas comissões e no plenário.

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Petrobahia anuncia usina de etanol de milho no Oeste baiano e expansão de gás natural na Bahia

Projeto de R$ 1 bilhão visa fortalecer mercado de combustíveis e reduzir dependência externa, com foco no crescimento regional

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em uma participação estratégica no Summit de Negócios Made in Bahia, o CEO da Petrobahia, Thiago Andrade, anunciou um investimento de cerca de R$ 1 bilhão para a construção de uma usina de etanol de milho entre os municípios de Correntina e Jaborandi, na região Oeste da Bahia. O projeto visa fortalecer o setor de biocombustíveis, tornando a Bahia menos dependente de estados vizinhos e promovendo a autossuficiência energética no Nordeste. “Estamos chegando aos 30 anos com uma visão de futuro e renovação, sem esquecer da eficiência operacional”, declarou Andrade.

Além da usina de etanol, Andrade revelou que a empresa inaugurará em Itabuna a primeira unidade de liquefação e compressão de gás natural do Nordeste, que distribuirá o gás para a região Sul e Sudoeste da Bahia. Esse projeto beneficiará especialmente as indústrias de comércio e mineração, ampliando a acessibilidade ao gás natural em áreas menos atendidas. “Nosso Estado é recheado de oportunidades. Esse projeto permitirá uma maior interiorização do gás e eficiência na operação”, afirmou o CEO.

Durante o painel “Energia, óleo e gás: o potente e determinante mercado de energia e o diferencial competitivo na economia baiana”, Andrade debateu com o diretor presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza, e a diretora comercial da Neoenergia, Rita Knop. O trio abordou a importância dos investimentos no setor energético para o desenvolvimento econômico da Bahia, incluindo temas como a substituição do diesel no transporte e a relevância da energia sustentável.

A Petrobahia também marcou presença com um stand, onde sua equipe interagiu com clientes, representantes comerciais e empreendedores locais, reforçando a conexão com o setor produtivo e criativo baiano. Para o superintendente da empresa, Márcio Sales, o evento foi uma “oportunidade essencial para fortalecer laços e expandir o networking com empresários locais.”

Entre os visitantes do stand, o sócio da empresa de transporte Cavalo Marinho, Bernardo Rudge, destacou o evento como um ponto de conexão com parceiros estratégicos. Além disso, o CEO da Rede Dalila, Alcides Neves, formalizou um contrato para a construção de quatro novos postos de combustíveis na Região Metropolitana de Salvador, reforçando a expansão e presença da Petrobahia no mercado.

O Summit de Negócios Made in Bahia cumpriu seu papel de promover o desenvolvimento regional e valorizar iniciativas com o DNA baiano, celebrando tanto os grandes investimentos quanto o empreendedorismo local.

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Preço de enterros triplica após concessão de cemitérios em SP

Quatro empresas assumiram a administração do serviço funerário

Agência Brasil – A concessão da gestão dos cemitérios municipais à iniciativa privada, repassada às administradoras em março do ano passado, elevou os preços dos enterros e cremações na cidade de São Paulo. Levantamento do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) mostrou que os valores de pacotes para realização do funeral mais que triplicaram em cemitérios da cidade após a concessão.

Quatro empresas assumiram a administração do serviço funerário na capital paulista. Ao todo, são 22 cemitérios públicos e um crematório. Os contratos preveem que as concessionárias são responsáveis pela operação dos serviços, gestão, manutenção, exploração, revitalização e expansão das unidades. A vigência do contrato de concessão é de 25 anos.

A principal questão é o valor do serviço que aumentou muito. Essa é a principal denúncia que existe, os preços são exorbitantes. E é facilmente comprovado pela tabela que eles próprios [empresas] divulgam”, disse o secretário de assuntos jurídicos do Sindsep, João Batista Gomes. Ele avalia que a alta nos preços está diretamente ligada à concessão das unidades. O levantamento contempla as duas empresas que disponibilizam os valores no site, cujas concessões abrangem 11 cemitérios.

Ele relatou que a privatização prejudicou também o encaminhamento de denúncias, já que todos os servidores municipais foram deslocados e substituídos por funcionários das empresas. “Esses trabalhadores até tem sindicato, mas é muito frágil a relação [de trabalho] deles. Então o pessoal tem medo de denunciar”, disse Gomes.

O vereador Hélio Rodrigues afirma que, desde o início da concessão, recebeu inúmeras denúncias sobre os cemitérios e as cobranças indevidas realizadas pelas concessionárias. Ele reiterou a relação entre a privatização e o encarecimento do serviço.

“Sem dúvida, esses reajustes são consequência da concessão. Também existem muitos relatos de cobranças de valores diferentes do que consta nas tabelas oficiais e falta de transparência em relação aos valores praticados”, relatou.

Também tivemos muitas denúncias dos trabalhadores, como é o caso dos jardineiros e empreiteiros autônomos que prestam serviços nos cemitérios e estão regulamentados por uma portaria do município, mas sofrem assédio frequente das concessionárias que dificultam seu acesso aos locais, abordagem a famílias e a realização de seus trabalhos. Nosso mandato conseguiu a renovação da autorização de trabalho até dezembro de 2024”, acrescentou.

Os encaminhamentos do parlamentar incluem ofício para a Secretaria Nacional dos Direitos do Consumidor noticiando a cobrança indevida de diversos serviços, como a tanatopraxia (um tipo de limpeza do corpo) em duplicidade, e representações ao Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre auditoria nos cemitérios.

O TCM reconheceu a falta de informações divulgadas pelas empresas acerca da gratuidade e dos preços dos funerais aos munícipes. O tribunal reconheceu também o descumprimento de uma comunicação visível e de fácil acesso aos munícipes informando que não são obrigados a contratar o serviço de jardinagem e manutenção dos jazigos diretamente com a concessionária, e que eles têm a livre escolha de contratação de profissionais autônomos.

Até janeiro deste ano, as concessionárias atuaram com acompanhamento do Serviço Funerário do Município de São Paulo, como parte da fase de implementação. A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo (SP Regula) é responsável pela fiscalização e gestão contratual das concessões.

Prefeitura

A prefeitura de São Paulo informou, em nota, que a qualidade dos serviços e o cumprimento de todas as cláusulas contratuais da concessão são monitoradas periodicamente pela SP Regula. “É fundamental que os munícipes formalizem as reclamações ou sugestões por meio da Ouvidoria Geral do Município, do site da SP Regula ou pelos canais de atendimento SP156. Todos os casos são rigorosamente apurados”, diz a nota.

O funeral social (pacote mais barato comercializado hoje) custa R$ 566,04, ou seja, 25% mais barato do que o pacote ‘Jasmim’, que era o mais barato antes da concessão (R$ 754,73). Os demais pacotes mantiveram os preços de 2019, com apenas a correção prevista no primeiro ano de contrato”, acrescentou a prefeitura.

A nota diz ainda que “desde o início da concessão, houve avanços na qualidade dos serviços, com a implementação de padrões mínimos para urnas funerárias e cinerárias, definição do tempo de velório e monitoramento do corpo”.

Celso Vitor Souza, de 61 anos, disse que a concessionária do cemitério Vila Nova Cachoeirinha não presta informações que esclareçam sobre as antigas concessões de uso de jazigo, feitas antes da concessão dos cemitérios à iniciativa privada. Este é o caso de sua família, que está sendo cobrada em R$ 20 mil para renovação da concessão de uso. No local, foram enterrados os pais e irmão de Celso.

Em julho deste ano, a família foi realizar a exumação [do meu irmão] e foram impedidos. Os agentes funerários alegaram que a concessão venceu e era necessário o pagamento de R$ 20 mil. Procurei a Defensoria Pública, que exigiu as informações por escrito. Só então foi permitida a exumação. No entanto, até o momento continuo sem saber quais são os meus direitos com relação ao túmulo da família”, relatou Celso.

DPVAT em 2025: Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Bahia e Sergipe retomam cobrança do imposto

Governadores aprovam volta do seguro obrigatório; decisão visa garantir indenizações para vítimas de trânsito, mas enfrenta resistência em outros estados

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Cinco estados brasileiros – Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Bahia e Sergipe – aprovaram a retomada da cobrança do DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres) para o próximo ano, após a extinção do seguro em 2020. A medida visa restaurar o pagamento de indenizações para vítimas de acidentes de trânsito e seus familiares, ressarcindo em casos de morte, invalidez ou despesas médicas.

O retorno, no entanto, não é uma decisão unânime: outros governadores afirmaram que não pretendem aderir à cobrança, avaliando que o novo DPVAT pode pressionar o orçamento da população. Nesses estados, motoristas terão que emitir o boleto diretamente, pois o imposto não estará incluído nos processos de licenciamento e IPVA locais.

Entre os governadores que aprovaram a volta do DPVAT estão Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo; Carlos Brandão (PSB), do Maranhão; João Azevêdo (PSB), da Paraíba; Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia; e Fábio Mitidieri (PSD), de Sergipe.

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Mudanças no FGTS e Seguro-Desemprego levam Marinho a ameaçar demissão e coloca ajuste fiscal do governo Lula em xeque

Ministro do Trabalho endurece discurso e coloca em risco aliança com equipe econômica em meio à pressão por cortes no seguro-desemprego, abono salarial e FGTS

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, deixou claro nesta quarta-feira (30) que sua permanência no governo depende da preservação de benefícios trabalhistas essenciais, como a multa rescisória do FGTS e o seguro-desemprego. O posicionamento firme surge em resposta à possibilidade de cortes na área social, medida que está sendo avaliada pela equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como parte de um pacote para equilibrar as contas públicas.

Questionado sobre sua reação caso as mudanças avancem, Marinho afirmou:

“Se eu for agredido, é possível [que eu saia]. Uma decisão sem minha participação em um tema meu é uma agressão”.

A fala expressa o incômodo do ministro com os estudos conduzidos pela equipe econômica, dos quais ele diz não ter participado, e destaca a tensão entre o Ministério do Trabalho e a Fazenda. A equipe econômica estaria considerando reformulações no seguro-desemprego e no abono salarial, além de revisar a multa do FGTS em casos de demissão sem justa causa.

Em uma entrevista sobre os dados do Caged, Marinho enfatizou que a proposta não foi levada ao conhecimento dos ministros.

“As áreas técnicas têm a obrigação de estudar, mas não é de bom comportamento vazar estudos não autorizados pelo ministro titular”, criticou, ao mencionar que qualquer alteração nesses temas trabalhistas exigiria seu aval, e não descartou entregar o cargo caso os cortes se concretizem sem sua aprovação.

Marinho, aliado de longa data de Lula desde os tempos de sindicalismo em São Bernardo do Campo, reforçou que só permanecerá no governo caso a integridade dos benefícios trabalhistas seja mantida. “Se nunca discutiu comigo, [a mudança] não existe. Eu sou o responsável pelo tema de trabalho no governo, a não ser que o governo me demita”, enfatizou.

Enquanto o governo de Lula enfrenta o desafio de conter o aumento das despesas obrigatórias para alcançar o prometido déficit zero em 2024, setores do mercado financeiro pressionam por medidas fiscais mais incisivas. Entre as ações em análise pela equipe econômica estão a reformulação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e cortes nos subsídios, e até o momento, o único eixo confirmado foi o pente-fino nos programas sociais, que espera recuperar R$ 26 bilhões. Restam ainda três eixos pendentes, que envolvem integração de políticas públicas, modernização das vinculações e revisão de subsídios da União, medidas que esbarram em forte resistência dos aliados do presidente Lula.

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, já indicou que um “alinhamento” entre governo e Congresso será essencial para garantir o reequilíbrio fiscal, mas a necessidade de cortar despesas sociais para alcançar tal meta coloca o governo em um dilema: acomodar as exigências do mercado financeiro sem desagradar sua base de apoio popular. Como resposta, Marinho avisa que está preparado para defender seu território, ainda que isso signifique romper com a equipe econômica.

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Conta de luz ficará mais barata em novembro após redução de tarifa pela Aneel

Melhora no volume de chuvas e gestão termelétrica influenciaram na mudança para bandeira amarela

Caso de Política – A conta de luz dos brasileiros ficará mais barata em novembro, com a adoção da bandeira tarifária amarela, que implica um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ocorre após dois meses sob a bandeira vermelha, a mais onerosa, que em outubro acrescentou R$ 7,877 por 100 kWh consumidos. A mudança foi motivada pela melhora nas condições de geração de energia, impulsionada pelo aumento das chuvas, embora a previsão de vazões nos reservatórios hidrelétricos ainda esteja abaixo da média.

Essa variação nas tarifas acompanha a dinâmica das bandeiras tarifárias, criadas em 2015, que refletem os custos variáveis da produção de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). Durante os últimos meses, o país enfrentou uma sequência de ajustes tarifários em resposta à escassez hídrica e ao aumento da geração termelétrica, mais cara. Em outubro, a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada devido a uma combinação de seca severa e ondas de calor, elevando o custo da energia ao seu nível mais alto desde agosto de 2021.

A transição para a bandeira amarela, portanto, marca um alívio nas contas, mas mantém a cobrança adicional necessária para compensar a geração por usinas termelétricas, que continua essencial para atender à demanda do SIN. As bandeiras tarifárias desempenham um papel educativo, segundo a Aneel, permitindo ao consumidor ajustar seu uso de energia de acordo com o custo da produção, o que pode resultar em economia quando a bandeira está em níveis mais altos.

Mesmo com a melhora nas chuvas, a geração termelétrica ainda é necessária para cobrir as regiões onde o volume dos reservatórios não recuperou os níveis ideais. Essa realidade é particularmente sensível em localidades isoladas do SIN, principalmente no Norte do país, onde o abastecimento de energia depende de usinas a óleo diesel, de custo mais elevado.

Assim, enquanto a bandeira amarela vigora em novembro, o cenário ainda exige atenção dos consumidores, que podem adotar medidas de economia de energia para mitigar o impacto das oscilações tarifárias nos próximos meses.

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Rússia propõe criação de bolsa de grãos para o Brics

Plano visa reduzir interferências externas e criar alternativa ao mercado ocidental de commodities

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Rússia sugeriu a criação de uma bolsa de negociação de grãos entre os países do Brics, durante a 16ª cúpula do grupo, realizada em Kazan, Rússia. A proposta faz parte de um esforço mais amplo para construir alternativas às instituições financeiras ocidentais, como a CBOT, uma das maiores bolsas agrícolas do mundo, sediada nos Estados Unidos.

O presidente russo, Vladimir Putin, destacou que a iniciativa busca proteger os mercados nacionais de interferências externas, especulações e da criação artificial de escassez alimentar. Além disso, mencionou a possibilidade de expansão da bolsa para outras commodities essenciais, o que poderia fortalecer a autonomia do bloco em um cenário global de multipolaridade econômica.

O Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, reforça sua aposta em consolidar um contraponto à influência das economias ocidentais, em especial dos EUA, União Europeia e Reino Unido. O grupo, ampliado em 2023 com a inclusão de novos membros como Egito, Etiópia e Arábia Saudita, agora delibera sobre a entrada de outros países, como Vietnã, Turquia e Nigéria, reafirmando seu papel crescente na geopolítica mundial.

Putin também citou a criação de uma plataforma de investimentos mútuos entre os membros, que impulsionaria o desenvolvimento econômico das nações do Sul Global. O encontro reforçou o apelo por reformas nas instituições de Bretton Woods, com maior representação de países em desenvolvimento e emergentes nas posições de liderança.

A proposta russa, entretanto, ocorre em um contexto de desafios para o grupo, como a decisão do Brasil de vetar a entrada da Venezuela e Nicarágua no bloco. A busca por novas alternativas segue como uma resposta direta à crescente pressão das economias ocidentais sobre países não alinhados ao seu modelo econômico.

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Mais de 1,1 milhão de MEIs podem ser excluídos do Simples Nacional por causa de dívidas

As notificações foram enviadas entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Receita Federal notificou mais de 1,8 milhão de empresas enquadradas no Simples Nacional para que regularizem suas dívidas, sob o risco de serem excluídas do regime simplificado de pagamento de impostos a partir de janeiro de 2025. Entre as notificadas, estão 1.121.419 Microempreendedores Individuais (MEIs) e 754.915 microempresas e empresas de pequeno porte, com um montante total de débitos que alcança R$ 26,7 bilhões. As informações são da Receita Federal.

As notificações foram enviadas entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro, por meio do Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional e MEI (DTE-SN). As empresas que receberam o termo de exclusão devem regularizar seus débitos, seja através de pagamento à vista ou parcelado, em até 30 dias a partir da data de visualização do documento.

Caso o empreendedor deseje contestar o termo, é necessário entrar com um pedido junto ao Delegado de Julgamento da Receita Federal, por meio de protocolo realizado pela internet. A Receita considera que o contribuinte tomou ciência da notificação assim que acessa o termo, e se ele não o fizer dentro de 45 dias, o prazo para pagamento começará a ser contado automaticamente.

Como regularizar as dívidas

Para evitar a exclusão do Simples Nacional, a empresa deve quitar todas as dívidas mencionadas no Relatório de Pendências, que acompanha o termo de exclusão. Uma vez efetuado o pagamento integral dentro do prazo de 30 dias, o termo será cancelado automaticamente, sem necessidade de comparecimento a uma unidade da Receita ou realização de procedimentos adicionais.

O não pagamento das pendências levará à exclusão automática da empresa do regime do Simples Nacional a partir de 1º de janeiro de 2025. Isso também se aplica aos MEIs, que serão desenquadrados do SIMEI, caso não regularizem seus débitos.

Orientações para MEIs

Os Microempreendedores Individuais devem ficar atentos às suas obrigações fiscais para evitar complicações. Além da necessidade de regularizar as pendências, há outras mudanças a serem observadas, como o novo valor de contribuição mensal previsto para 2024 e a obrigatoriedade do uso da plataforma federal para emissão de notas fiscais.

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Bahia ganha destaque no agronegócio nacional com seis municípios entre os maiores produtores

São Desidério e Formosa do Rio Preto impulsionam o oeste baiano

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Dados do IBGE, divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, mostram que seis municípios da Bahia estão entre os 100 maiores produtores agrícolas do Brasil em 2023. São Desidério, na segunda posição, lidera o grupo baiano com R$ 7,8 bilhões em valor de produção, enquanto Formosa do Rio Preto, em sétimo, contribuiu com R$ 5,7 bilhões. Esses municípios somam, ao todo, R$ 23,1 bilhões, representando 2,9% do valor total da produção agrícola do país, que alcançou R$ 814,5 bilhões.

Além de São Desidério e Formosa do Rio Preto, Barreiras (25º), Luís Eduardo Magalhães (32º), Riachão das Neves (48º) e Jaborandi (62º) também figuram entre os maiores produtores, reforçando a importância do oeste baiano no cenário do agronegócio nacional.

A Bahia se destaca especialmente na produção de algodão e soja. São Desidério é responsável por 9,7% do valor total da produção de algodão no Brasil, enquanto Formosa do Rio Preto participa com 1,2% do valor da soja produzida. Essas duas culturas, junto a outras como milho e cana-de-açúcar, são pilares da economia agrícola baiana.

Em nível nacional, a produção agrícola de 2023 alcançou R$ 814,5 bilhões, e os 100 maiores municípios concentraram 31,9% desse valor, somando R$ 260 bilhões. A Bahia, com seus seis municípios no ranking, reafirma seu papel estratégico no agronegócio brasileiro, especialmente na região oeste, que se consolida como um polo de modernização e expansão agrícola.

A diversidade de culturas e o aumento da produtividade demonstram o crescimento sustentável da Bahia no setor, fortalecendo sua posição no mercado agrícola brasileiro.

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