Auricchio confirma tarifa zero em ônibus de São Caetano a partir desta quarta. Foto: Divulgação

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnio, informou que a tarifa  zero nos ônibus passará a valer a partir desta quarta-feira (01/11). Ele disse que o novo contrato com a concessionária será assinado nesta segunda-feira (30/11). “Vamos conseguir cumprir nosso cronograma”, afirmou o prefeito.

Auricchio disse que empresários da cidade elogiaram a iniciativa da Prefeitura porque vão eles vão economizar com vale-transporte. “Tem um empresário na cidade que nos falou que a economia para a empresa será de R$ 600 mil por ano”, contou o prefeito.

O chefe do Executivo acredita que a medida estimulará as empresas a contratarem moradores da cidade. A tarifa zero só vale para as linhas municipais.

Lei aprovada

A Câmara de São Caetano do Sul aprovou na manhã desta sexta-feira (27/10) o projeto do Executivo para a criação do programa Tarifa Zero, projeto da prefeitura que visa disponibilizar aos usuários do transporte coletivo municipal a gratuidade para o seu uso. A Casa se tornou a primeira Câmara do ABCD a debater matéria que institui a gratuidade no transporte coletivo.

O presidente do Legislativo, vereador Professor Pio Mielo (PSDB), destacou o debate positivo feito pelos vereadores e pontuou a celeridade na apreciação do projeto em plenário, ressaltando que houve tempo para estudo e apresentação de emendas à matéria.

“Não houve toque de caixa, não houve pressa, não houve nada. Todo mundo teve a oportunidade de fazer a discussão para uma sessão extraordinária sexta-feira, às 11 da manhã. Tudo planejado, tudo tranquilo, dentro da vontade política do Executivo e da responsabilidade dos 19 vereadores que compõe esta Casa de Leis”, afirmou o presidente.

Os parlamentares entenderam que a implantação do Tarifa Zero trará diversos benefícios para a população, em especial para a mobilidade urbana da cidade, aprovando o projeto por unanimidade.

O líder do Governo na Casa, vereador Gilberto Costa (Avante), salientou a relevância da iniciativa para o município e a prioridade dada ao tema para se propor tal medida. “Nós priorizamos para chegar neste dia. Por isso, podemos estar aqui e sabemos por que fizemos planejamento, levantamento de custo, fomos assessorados”, disse Costa.

De acordo com a justificativa encaminhada com o texto do projeto de lei, entre os objetivos da proposta está o de garantir “acesso aos meios de locomoção, reduzindo emissões de carbono por meio de veículos automotores e os engarrafamentos no Município de São Caetano do Sul”. O projeto seguiu para sanção do poder Executivo municipal.

Vídeos: Em assembleia, trabalhadores da GM decretam greve após demissões

Presidente do Sindicato diz que número de funcionários dispensados em São Caetano deve chegar a 300; mais de 200 participaram da assembleia realizada neste domingo

ABCD Jornal – Em assembleia realizada na manhã deste domingo (22/10), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, os trabalhadores da General Motors (GM) decidiram entrar em greve a partir desta segunda-feira (22/10). A empresa comunicou a demissão neste sábado (21/10) por meio de telegramas.

Três fábricas paulistas foram atingidas com os cortes: São Caetano no Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. O número de funcionários demitidos não foi informado pela empresa, mas o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Cidão do Sindicato, disse que deve atingir 300 na fábrica dessa cidade. Mais de 200 participaram da assembleia neste domingo.

O dirigente sindical avaliou que a montadora faltou com respeito ao demitir o trabalhador no fim de semana e também por meio de telegrama.

“Lamentavelmente ontem, às 9 horas da manhã, eu fui surpreendido por um telefonema da diretora de relações sindicais da GM informando a atitude que ela estava tomando. Ela nem falou nada, ela simplesmente informou que já estava acontecendo essas demissões via telegrama . Isso foi um ato unilateral com total desrespeito, uma questão completamente antissocial, não respeitou a entidade sindical, não respeitou os trabalhadores e principalmente os seus familiares. A empresa faltou com respeito em tudo”, disse.

assembleia dos funcionários da GM
Em assembleia, trabalhadores da GM decretam greve após demissões. Foto: Gislayne Jacinto

Telegramas serão queimados em fogueira

Uma assembleia foi convocada para esta segunda-feira, às 5h, na porta da GM de São Caetano. “Vamos queimar todos os telegramas” Como que você está em casa e seus familiares , seus filhos e recebe um comunicado de dispensa por telegrama?”, indagou o presidente do sindicato.

Alegações da empresa

Segundo a montadora, o motivo para as demissões foi “a queda nas vendas e nas exportações” que teriam levado a empresa a “adequar seu quadro de empregados”.

Em comunicado, a GM disse que a medida foi tomada após várias tentativas de lay-off  (suspensão temporária do contrato de trabalho), férias coletivas, days off  (dias de folga) e proposta de desligamento voluntário.

“Entendemos o impacto que essa decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, disse a GM.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos também informou que os funcionários ficaram sabendo da demissão por um telegrama enviado pela empresa. “Trabalhadores da General Motors de São José dos Campos foram surpreendidos, neste sábado (21), com comunicados de demissão. Sem prévia negociação com o sindicato e de maneira covarde, a montadora enviou telegramas a diversos metalúrgicos, incluindo operários em lay-off. Assim como os companheiros, o sindicato foi pego de surpresa. A GM não informou o número de demitidos”, disse nota do sindicato.

O sindicato de São José dos Campos informou que vai exigir o cancelamento das demissões e a reintegração dos trabalhadores e que convocou uma assembleia para este domingo para discutir a questão.

O sindicato ressaltou que, ao contrário do que a empresa informa, ela “não passa por uma crise econômica”. “No primeiro trimestre de 2023, por exemplo, a companhia divulgou que teve lucro líquido global de US$ 2,4 bilhões. No Brasil, a empresa teve crescimento de 42% em suas vendas nos três primeiros meses deste ano, se comparado ao mesmo período de 2022”, disse o sindicato, que pretende também cobrar medidas do governo federal para solucionar o problema.

Veja momento em que trabalhadores votaram pela greve:

Gabriel Roncon adverte sobre medidas drásticas na Administração e corte de serviços a população

A dupla penalização da população de Ribeirão Pires

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Em um cenário preocupante, a dívida acumulada da Prefeitura de Ribeirão Pires se tornou uma ameaça iminente para a manutenção dos empregos na cidade. Segundo Gabriel Roncon, do Tribunal de Contas do Estado, os números impressionam e acendem um sinal de alerta.

“Até o momento, Ribeirão Pires já despendeu uma quantia exorbitante, ultrapassando a marca de R$ 458 milhões e arrecadou apenas R$ 36 milhões, deixando uma lacuna abissal de quase R$ 122 milhões em dívidas.” Estes valores, nas palavras de Roncon, por si só, ilustram uma situação financeira crítica e insustentável.

“A administração atual não tem outra alternativa senão adotar medidas drásticas para conter esse desequilíbrio financeiro”, afirmou Gabriel Roncon, que complementou dizendo que a administração emitiu um decreto nesse sentido. O corte de serviços à população torna-se uma realidade inescapável, com impactos diretos na qualidade de vida dos cidadãos.

“Um aspecto que chama atenção é a alarmante desproporção entre os gastos com cargos públicos e a alocação de recursos em despesas supérfluas”, explicou Roncon. Tais práticas financeiras irresponsáveis, conforme o especialista, tornaram a Prefeitura de Ribeirão Pires um exemplo de má gestão, ameaçando a sustentabilidade econômica da cidade.

“Mas como a cidade chegou a esse ponto, onde os gastos superam drasticamente a arrecadação, comprometendo não apenas a qualidade dos serviços públicos, mas também os empregos dos habitantes?” Perguntou Roncon. Ele usou um exemplo simples para ilustrar a situação: “Imagine-se como a cidade, com uma renda mensal de mil reais, mas despendo, mês a mês, mil e trezentos reais.” Roncon explicou que esse déficit de trezentos reais se acumula ao longo do ano, resultando em uma dívida de 3.600 reais, o equivalente a três meses inteiros de despesas além da capacidade de pagamento. “Infelizmente, a Prefeitura de Ribeirão Pires se encaixa nesse padrão”, concluiu.

“Contudo, essa situação vai além dos números; implica em repercussões graves para a economia local”, alertou Gabriel Roncon. Ele destacou que dívidas crescentes se traduzem em mais impostos para a população, onerando ainda mais as finanças dos cidadãos e das empresas. “À medida que os impostos aumentam, as empresas têm menos recursos para operar e crescer, resultando, em última instância, na perda de empregos”, ressaltou Roncon. “Quando a administração pública falha em gerir suas finanças de maneira responsável, a população é duplamente penalizada, arcando com custos adicionais e vendo seus empregos em risco”, enfatizou Roncon. Portanto, nas palavras de Gabriel Roncon, “a crise financeira da Prefeitura de Ribeirão Pires é mais do que um mero problema contábil; é uma ameaça iminente à estabilidade econômica e ao bem-estar de seus cidadãos.” “A solução para este desafio requer medidas enérgicas e a restauração da responsabilidade fiscal”, concluiu o especialista.

Esses R$ 4,2 milhões fazem parte de um total de R$ 400 milhões alocados pelo governo de SP para firmar novos acordos em todo o estado

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O Estado de São Paulo destinou R$ 4,2 milhões para Ribeirão Pires, visando estabelecer novos acordos de melhoria na infraestrutura turística. Este financiamento faz parte de uma alocação mais ampla de recursos, que beneficiará 10 municípios adicionais na Região Metropolitana. Estes incluem as estâncias turísticas de Embu das Artes e Salesópolis, bem como os Municípios de Interesse Turístico (MITs) de Guararema, Juquitiba, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Santa Isabel e São Bernardo do Campo.

Região Metropolitana de São Paulo 
R$ 16.701.720,64
EMBU DAS ARTES  R$ 5.513.034,37
GUARAREMA  R$ 571.081,63
JUQUITIBA R$ 571.081,63
MAIRIPORÃ R$ 571.081,63
MOGI DAS CRUZES R$ 571.081,63
PIRAPORA DO BOM JESUS R$ 571.081,63
POÁ R$ 571.081,63
RIBEIRÃO PIRES  R$ 4.284.797,86
SALESÓPOLIS R$ 2.335.235,37
SANTA ISABEL R$ 571.081,63
SÃO BERNARDO DO CAMPO R$ 571.081,63

Os fundos foram disponibilizados pelo Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), vinculado à Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo (Setur-SP). O Secretário de Turismo, Roberto de Lucena, enfatiza a vantagem da proximidade com a capital, que proporciona um fluxo constante de visitantes durante todo o ano e favorece viagens de curta duração. Ele também destaca a diversidade de atrativos, que abrange desde aspectos religiosos até atividades de ecoturismo. Segundo ele, esses recursos irão impulsionar a vocação natural dos municípios.

Esses R$ 4,2 milhões fazem parte de um total de R$ 400 milhões alocados pelo governo de São Paulo para firmar novos acordos em todo o estado. Esses fundos são direcionados a projetos que visam aprimorar a qualidade e infraestrutura de estâncias, como Salesópolis, localizada a apenas 105 km da capital e considerada o berço do Rio Tietê, bem como municípios turísticos como Pirapora do Bom Jesus, famoso por seu Santuário.

O investimento no setor turístico tem desempenhado um papel crucial no crescimento econômico do estado. De acordo com o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), a movimentação financeira do turismo em São Paulo deve atingir R$ 276,5 bilhões, contribuindo com 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Entre janeiro e setembro, o Dadetur realizou 460 repasses de recursos para convênios de obras em andamento, totalizando R$ 212,6 milhões. Esses repasses beneficiaram 188 municípios, incluindo 121 MITs e 67 estâncias turísticas. Este é o maior volume de repasses já registrado pelo Dadetur nos primeiros nove meses do ano, se comparado a anos anteriores. Além disso, foram inauguradas 75 obras, totalizando R$ 46 milhões em investimentos.

O governo do Estado de São Paulo também lançou uma iniciativa inovadora, o CrediturSP, que é considerado o maior e mais completo serviço de acesso ao crédito turístico no Brasil. Este programa oferece um montante substancial de R$ 4 bilhões em recursos para fomentar o desenvolvimento do turismo em todo o estado, acompanhado de serviços de consultoria e orientação tanto para agentes públicos como privados. Com essa alocação de recursos e iniciativas, o turismo em São Paulo está em ascensão, consolidando seu papel fundamental na economia estadual.

Santo André segue Ribeirão Pires e implementa contenção de gastos municipais

RepórterABC | Luís Carlos Nunes – Após o município de Ribeirão Pires adotar medidas de contenção de gastos, agora é a vez de Santo André seguir o mesmo caminho visando garantir a estabilidade entre suas receitas e despesas. Em setembro, o prefeito Guto Volpi (PL) anunciou a congelamento dos salários e a suspensão do pagamento de horas extras, e agora, o prefeito Paulo Serra (PSDB) também implementa tais medidas. Especialistas consideram essas ações das prefeituras como práticas normais, mas ressaltam a importância de manter o controle de gastos durante todo o ano.

Conforme o decreto publicado em Santo André no dia 6 de outubro, as secretarias municipais devem ajustar suas despesas dentro dos limites estabelecidos e efetuar cortes conforme determinado. Isso inclui a revisão de contratos em vigor com uma redução de 25% e a negociação com fornecedores por todas as unidades municipais. Projetos que dependam exclusivamente de recursos do tesouro municipal ou que exijam contrapartida municipal serão suspensos, com exceção dos casos emergenciais. As horas extras também serão eliminadas, com exceção das justificadas e ainda assim com um limite de 50 horas por mês. A contratação de aprovados em concursos públicos também foi suspensa.

De acordo com a Prefeitura, o Artigo 167-A da Constituição Federal prevê a necessidade de ajuste fiscal, e a administração informou que já comprometeu 71% do orçamento anual previsto. A Prefeitura ainda não possui uma estimativa do impacto financeiro desses cortes, afirmando que isso será calculado após o período de 30 dias estabelecido no decreto. Em nota, a Prefeitura assegura que os cortes nas horas extras não afetarão a programação cultural da cidade e que os setores de saúde e educação atenderão aos percentuais mínimos obrigatórios.

É importante destacar que o decreto de Santo André guarda semelhanças com o de Ribeirão Pires. A assessoria do prefeito Guto Volpi justifica essas ações em virtude da redução nos repasses estaduais e federais para a cidade, apontando que a relação entre receitas e despesas correntes nos últimos 12 meses excedeu 95%, de acordo com o Artigo 167-A da Constituição Federal. Esse contingenciamento de gastos visa equilibrar as finanças municipais e prevenir possíveis sanções legais.

Responsabilidade dos Prefeitos na Gestão Fiscal

Segundo Ricardo Balistiero, doutor em economia e professor do curso de Administração do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), medidas de contingenciamento como essas são comuns em todas as esferas de governo. Ele ressalta que, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, essas ações podem ser adotadas quando a receita não atende às expectativas. Para Balistiero, essa é uma responsabilidade dos prefeitos para evitar exceder o orçamento sem a devida autorização da Câmara Municipal.

Sobre a justificativa de redução nos repasses estaduais e federais, o professor da Mauá enfatiza que isso é uma possibilidade que pode afetar as finanças municipais, levando as prefeituras a adotar decretos de contenção de gastos como medida preventiva.

Balistiero destaca a importância de controlar os gastos ao longo do ano e de envolver a população na elaboração do orçamento, para que a sociedade tenha uma visão mais clara do destino dos recursos públicos. Ele ressalta que a renegociação de contratos e a otimização de despesas devem ser uma prática contínua no setor público, sem se limitar a momentos de crise, a fim de evitar abordagens casuísticas.

Algumas cidades da região adotaram medidas menos drásticas ao longo do ano. São Caetano, por exemplo, anunciou que já empenhou 74,48% do orçamento deste ano e implementou um decreto de contingenciamento de 5,5% em janeiro. São Bernardo, por sua vez, emitiu três resoluções ao longo de 2022 tratando de contingenciamento e vedação na execução orçamentária, garantindo que nenhum serviço essencial foi prejudicado por essas medidas.

TCE faz nova notificação ao governo Guto Volpi sobre irregularidades e agravamento nas Contas Públicas

Gestão Guto Volpi enfrenta grandes desafios para garantir a saúde financeira do município nos próximos anos

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) emitiu uma nova notificação alarmante para o Município de Ribeirão Pires, referente ao período de agosto de 2023. O prefeito, Guto Volpi, e sua gestão estão sob escrutínio devido a várias questões críticas identificadas nas contas públicas.

O relatório, sob o comando do Conselheiro Dimas Ramalho, aponta para uma situação desfavorável no que diz respeito à execução orçamentária. Houve um déficit nas despesas, que não alcançaram a meta de arrecadação, sinalizando um possível desequilíbrio financeiro e recomenda vigilância rigorosa e implementação de ajustes imediatos.

Outro alerta sério refere-se às despesas com pessoal. Devido a excessos já apontados anteriormente, o município agora está sujeito a regras rigorosas estabelecidas pela Lei Complementar n.º 101/2000. A falta de conformidade com as regras de recondução ao limite legal resultou na aplicação de regras adicionais.

Além disso, o município superou o limite estabelecido pelo artigo 167-A da Constituição Federal de 1988, em relação à relação entre receita corrente arrecadada e despesa corrente liquidada.

De acordo com o documento, no período foram arrecadados R$ 435.201.066,88 contra uma despesa de R$ 437.939.824,65.

O Decreto nº 7.426 fundamento no artigo 167-A da Constituição Federal, determina a adoção de medidas de ajuste fiscal quando a relação entre despesas correntes e receitas correntes ultrapassa 95% durante um período de 12 meses, como um farol que indica o perigo à frente. O impacto dessas medidas se assemelha a uma série de punições impostas à cidade, como um fardo que se torna cada vez mais pesado: suspensão de pagamento de férias e licenças-prêmio, proibição de horas extras para servidores (exceto em serviços essenciais), congelamento de novas contratações de estagiários, além de restrições à aquisição de bens e despesas financiadas pelo Tesouro Municipal, cursos, capacitações e treinamentos, entre outros, como um cerco que aperta ao redor. Neste último relatório, a gestão encontra-se com 100,63% sendo que no alerta anterior, Ribeirão Pires foi apontado com 97,46% em seu percentual de gastos.

Mesmo diante deste cenário caótico, Guto Volpi está obrigado a manter investimentos mínimos nas áreas de Educação e Saúde Municipal, como uma última esperança de manter o barco à tona.

Em conclusão, o Tribunal de Contas adverte enfaticamente que o município deve cumprir rigorosamente todas as exigências legais para evitar possíveis sanções administrativas e penais devido às irregularidades identificadas.

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Ribeirão Pires à beira do abismo financeiro. Guto Volpi admite crise sem precedentes

O alerta ignorado: O TCE apontou a situação financeira precária de Ribeirão Pires

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Em meio a uma reviravolta política que nos faz refletir sobre a complexidade do jogo, o prefeito Guto Volpi, do Partido Liberal (PL), viu-se forçado a reconhecer o que muitos suspeitavam há tempos: a Prefeitura de Ribeirão Pires enfrenta uma crise financeira alarmante, como uma peça de dominó que finalmente caiu. O anúncio veio com o estrondo do Decreto Municipal nº 7.426, datado de 13 de setembro de 2023, que traz consigo uma série de medidas urgentes e restrições orçamentárias, como a tempestade que se abate sobre uma cidade desprotegida.

Este capítulo sombrio na política local já estava prenunciado, como uma tragédia grega que se desenrola diante de nossos olhos. Em 16 de agosto, o Repórter ABC lançou uma reportagem intitulada “Guto Volpi desrespeita limites orçamentários: alerta de possível responsabilidade criminal emana do TCE“, que já dava indícios do drama que se desenrolaria, como um enredo previsível de um romance clássico.

O ex-prefeito Clovis Volpi, em sua entrevista recente, argumentou que “todo governo que não tem planejamento está fadado ao fracasso“, como se estivesse pintando um quadro sombrio. E, em relação à gestão de seu filho em Ribeirão Pires, declarou:

“Olha, eu tenho dito aqui que o Guto é melhor do que eu, ele é o mais arrojado do que eu, né? Ele é arrojadíssimo, né? Eu tenho que às vezes conversar com ele para conter, né? Olha, bota o pé no freio, bota. Porque ele é um baita trabalhador, trabalha 14, 16 horas por dia, eu dou bronca, é verdade, eu dou bronca porque ele cansa a equipe, vai esgotando a equipe, às vezes fazendo coisas que não há necessidade de fazer naquele momento, e fica se desgastando com isso. Então, essa coisa dele ser melhor do que eu, porque ele é mais arrojado do que eu. Eu talvez tenha sido no passado, quando era mais jovem, próximo disso. Mas não chego nem aos pés dele. Eu tomo mais cuidado à medida que envelheço, vai ficando mais ponderado, mais cauteloso, como um vinho que amadurece com o tempo.”

O decreto, que emergiu no Diário Oficial na última sexta-feira (22), expôs uma situação financeira crítica que a administração municipal tentava esconder a todo custo, como uma sombra que cresce na escuridão. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) havia soado o alarme em julho deste ano, ao comparar a receita corrente arrecadada e a despesa corrente líquida, apontando que Ribeirão Pires havia ultrapassado o limite de 85% entre receita e despesa.

Mas os números agora revelados são verdadeiramente estarrecedores, como um pesadelo que se torna realidade: entre julho de 2022 e julho de 2023, a Prefeitura utilizou incríveis 97,46% da receita, com a arrecadação atingindo a cifra de R$ 436 milhões e as despesas liquidadas alcançando os preocupantes R$ 424,9 milhões, como uma tempestade que devasta uma cidade despreparada.

O Decreto nº 7.426 fundamenta-se no artigo 167-A da Constituição Federal, que determina a adoção de medidas de ajuste fiscal quando a relação entre despesas correntes e receitas correntes ultrapassa 95% durante um período de 12 meses, como um farol que indica o perigo à frente. O impacto dessas medidas se assemelha a uma série de punições impostas à cidade, como um fardo que se torna cada vez mais pesado: suspensão de pagamento de férias e licenças-prêmio, proibição de horas extras para servidores (exceto em serviços essenciais), congelamento de novas contratações de estagiários, além de restrições à aquisição de bens e despesas financiadas pelo Tesouro Municipal, cursos, capacitações e treinamentos, entre outros, como um cerco que aperta ao redor.

Mesmo diante deste cenário caótico, Guto Volpi está obrigado a manter investimentos mínimos nas áreas de Educação e Saúde Municipal, como uma última esperança de manter o barco à tona.

Mas como a cidade chegou a esse ponto? Desde que assumiu a prefeitura definitivamente após a eleição suplementar em dezembro de 2022, Guto Volpi parece não ter poupado esforços para gastar recursos públicos, como um marinheiro que ignora os sinais de uma tempestade iminente. Em menos de um ano de gestão, ele submeteu à Câmara Municipal dois projetos de lei em busca de empréstimos, como um jogador que aposta alto. Primeiro, solicitou R$ 30 milhões à Caixa Econômica Federal, seguido por uma audaciosa demanda de R$ 50 milhões através da Desenvolve SP, a agência de fomento do Estado de São Paulo. O que chama a atenção é que essas iniciativas ocorreram após seu antecessor, Clovis Volpi, ter assegurado um empréstimo de R$ 30 milhões com a Caixa, como se estivesse tentando superar a aposta anterior.

Guto ofereceu tributos como garantia para obter esses recursos, comprometendo o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), como se estivesse hipotecando o futuro.

Além disso, a Prefeitura de Ribeirão Pires figurou como a maior gastadora com cargos públicos em todo o Estado de São Paulo durante dois quadrimestres consecutivos (no terceiro de 2022, quando Guto estava como prefeito interino, e no primeiro de 2023), de acordo com um relatório do TCE-SP. Enquanto a cidade de Pirapora do Bom Jesus ocupou o segundo lugar, Ribeirão Pires exibiu percentuais surpreendentes de 105,6% e 105,5%, muito acima do limite legal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que fixa um teto de 54% para gastos com cargos em relação à arrecadação, como um sinal de alerta que ninguém deu a devida atenção.

Na oportunidade, Guto Volpi alegou ao TCE que houve um erro nos sistemas da Prefeitura e da Audesp (Divisão de Auditoria Eletrônica de São Paulo), mas a gravidade da situação permanece inalterada, como um mistério que ainda precisa ser desvendado.

Agora, a questão transcende o âmbito administrativo; paira a ameaça de possíveis consequências criminais, como um filme de suspense que se desenrola diante de nós. O TCE-SP alertou que ultrapassar os limites orçamentários não é apenas uma infração administrativa, mas pode desencadear uma série de sanções, tanto administrativas quanto penais, como uma sombra que se aproxima lentamente. As reposições salariais de todos os servidores públicos estão em xeque, e os investimentos em áreas cruciais como saúde, educação e assistência social podem ser seriamente prejudicados, como uma luta pela sobrevivência.

Ribeirão Pires enfrenta uma crise sem precedentes, com um futuro mais incerto do que uma rota sem mapa. É imprescindível que se encontrem soluções para restaurar a saúde financeira do município e garantir um caminho mais seguro para seus cidadãos, como uma jornada épica em busca da luz no fim do túnel.

De acordo com o artigo 167-A da Constituição Federal, quando a relação entre despesas correntes e receitas correntes ultrapassa 95% durante um período de 12 meses, diversos órgãos governamentais têm a prerrogativa de aplicar um mecanismo de ajuste fiscal para controlar os gastos públicos, como se estivessem desvendando um enigma. Essas medidas incluem restrições a reajustes salariais, criação de novos cargos e concessão de incentivos fiscais, entre outras ações, como uma dança cuidadosamente coreografada para evitar o desastre financeiro.

Vereador Lau Almeida apresenta projeto de lei para garantir transparência no abastecimento de água

A proposta exige que a Sabesp instale um equipamento eliminador de ar na tubulação antes do hidrômetro dos imóveis

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O vereador Lau Almeida está na vanguarda da defesa dos interesses dos moradores de Ribeirão Pires ao apresentar o Projeto de Lei nº 060/2023. Este projeto, se aprovado, trará mudanças significativas no serviço de abastecimento de água da cidade, visando mais justiça e transparência.

A proposta exige que a Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água na região, instale um equipamento eliminador de ar na tubulação que precede o hidrômetro dos imóveis, sempre que um consumidor solicitar. É fundamental ressaltar que os custos relacionados à compra e instalação deste equipamento ficarão a cargo do consumidor.

A legislação também determina que a Sabesp informe a todos os consumidores sobre essa regulamentação por meio de descrições detalhadas do equipamento eliminador de ar. Essas informações serão impressas nas contas mensais de água e nos materiais de divulgação da empresa.

Após receber uma solicitação documentada de um consumidor, a Sabesp terá um prazo máximo de 30 dias para concluir a instalação do equipamento eliminador de ar na tubulação antes do hidrômetro do imóvel. Isso garantirá uma resposta ágil às necessidades dos consumidores.

Justificativa do Projeto

Lau Almeida argumenta que a motivação para este projeto de lei surge das numerosas queixas dos consumidores de água em Ribeirão Pires. Muitos cidadãos têm enfrentado situações injustas, em que suas contas de água aumentam mesmo quando o abastecimento é insuficiente, devido à detecção de ar nas tubulações, detectada pelo movimento nos hidrômetros. Essa cobrança por recursos não utilizados é considerada manifestamente injusta, pois os consumidores estão sendo cobrados pelo ar, quando deveriam pagar apenas pela água que consomem.

O vereador enfatiza que este projeto de lei visa corrigir essa injustiça, tornando obrigatório que a Sabesp entregue somente água e não ar aos consumidores. A instalação dos equipamentos eliminadores de ar garantirá que o ar não seja indevidamente contabilizado pelo hidrômetro, resultando em uma cobrança mais precisa e justa.

O Projeto de Lei nº 060/2023 está agendado para votação na próxima sessão da Câmara, marcada para quinta-feira, 21 de setembro. Os moradores de Ribeirão Pires aguardam com expectativa a decisão dos vereadores sobre esta iniciativa crucial.

Projeto de Lei Federal: Uma Atualização Necessária

Além disso, vale ressaltar que, a nível federal, existe um projeto de lei desde 2015 que aborda a instalação de equipamentos eliminadores de ar nas tubulações de abastecimento de água em todo o país. No entanto, a última movimentação desse projeto ocorreu em novembro de 2019. Dada a importância dessa questão para os consumidores em todo o Brasil, é imperativo que haja um esforço para retomar e atualizar esse projeto de lei a nível federal, de forma a estender os benefícios alcançados em Ribeirão Pires a todos os brasileiros.

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TCESP abre concurso para área de Tecnologia da Informação, salários de até R$ 16.882,07

As inscrições já estão abertas desde o dia 1º de setembro e encerrarão às 16h do dia 5 de outubro de 2023

Repórter ABC – O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) anunciou a abertura de um aguardado concurso público, oferecendo uma oportunidade única para profissionais da área de tecnologia da informação. O certame visa preencher seis vagas para o cargo de Agente da Fiscalização – Informática e mais três vagas para Auxiliar Técnico da Fiscalização – Informática, com remunerações que podem chegar a até R$ 16.882,07.

Para o cargo de Agente da Fiscalização – Informática, é exigido um nível superior na área de computação e informática, incluindo formações como Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Sistemas de Informação, ou habilitação legal equivalente. Além disso, os candidatos devem apresentar pelo menos dois anos de experiência comprovada na área. Por outro lado, para o cargo de Auxiliar Técnico da Fiscalização – Informática, é necessário possuir um certificado de conclusão de curso de nível médio, com habilitação em informática.

As remunerações oferecidas são atrativas, com o cargo de Agente da Fiscalização – Informática oferecendo uma remuneração máxima de R$ 16.882,07, enquanto o cargo de Auxiliar Técnico da Fiscalização – Informática conta com uma remuneração de R$ 7.691,61. Ambos os cargos preveem uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

Para participar do concurso, os candidatos devem estar atentos às taxas de inscrição, que são de R$65,00 para o cargo de nível médio e R$ 80,00 para o de nível superior. No entanto, é importante observar que o edital prevê casos de isenção e redução de 50% dessas taxas. As inscrições já estão abertas desde o dia 1º de setembro e encerrarão às 16h do dia 5 de outubro de 2023.

A validade do concurso será de 24 meses, contados a partir da homologação dos resultados, com a possibilidade de prorrogação por igual período. É relevante destacar que, em consonância com a Resolução TCESP nº 4/2022, 20% das vagas oferecidas serão destinadas a candidatos negros, além de 5% das vagas reservadas para Pessoas com Deficiência (PcD), conforme estabelecido pela Lei Complementar estadual nº 1.115/2010.

As provas serão conduzidas pela Fundação Getúlio Vargas, preferencialmente na cidade de São Paulo, em uma única etapa. Os exames compreenderão um total de 80 questões de múltipla escolha, abrangendo conhecimentos gerais e específicos, de caráter eliminatório e classificatório.

A divulgação das informações sobre o concurso ocorreu no Diário Oficial Eletrônico da Corte no dia 29 de agosto de 2023.

Para acessar o cronograma detalhado do certame, bem como obter informações adicionais, os interessados podem visitar a página oficial do concurso em https://conhecimento.fgv.br/concursos/tcesp23 ou entrar em contato por meio do telefone 0800-2834628 ou do e-mail concursotcesp23@fgv.br. Esta é uma oportunidade imperdível para aqueles que desejam ingressar no serviço público na área de tecnologia da informação, então, não deixe de se inscrever e se preparar para essa grande chance.

Brasil pode retornar ao grupo das 10 maiores economias do mundo em 2023, Indica Austin Rating

Na imagem, oPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia comemorativa de 18 anos de criação do Programa Agroamigo e de 25 anos do Programa Crediamigo, na sede do Banco do Nordeste. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

A previsão se baseia em projeções elaboradas a partir de dados do FMI

Repórter ABC – Segundo um recente estudo da Austin Rating, uma agência brasileira de classificação de risco de crédito, o Brasil está trilhando o caminho para recuperar sua posição entre as 10 maiores economias do mundo já no ano de 2023. Essa previsão se baseia em projeções elaboradas a partir de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), conforme reportagem do G1. A Austin Rating, pioneira na concessão de ratings no país, é a responsável por essa análise.

Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 0,9% durante o segundo trimestre deste ano, marcando o oitavo trimestre consecutivo de resultados positivos para o indicador.

De acordo com Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, caso não haja grandes turbulências no cenário econômico global e o Brasil mantenha seu atual ritmo de crescimento econômico, as perspectivas de voltar ao seleto grupo das 10 maiores economias mundiais são bastante favoráveis. Agostini destaca a importância contínua das reformas econômicas, como o novo marco fiscal e a reforma tributária, além da manutenção da trajetória de redução das taxas de juros e da demonstração de estabilidade institucional para recuperar a confiança dos empresários e investidores.

A agência de classificação de risco projeta um crescimento ainda mais otimista de 2,4% para o PIB brasileiro neste ano, superando as estimativas do FMI. Agostini acrescenta que, se o crescimento econômico for ainda mais vigoroso do que o previsto (2,4%) e o real se valorizar, o Brasil poderá até mesmo alcançar a 8ª posição no ranking das maiores economias mundiais até 2023, algo que não ocorre desde 2017.

É importante observar que as projeções do FMI, divulgadas em julho, indicavam um crescimento de 2,1% na economia brasileira para o ano corrente, não considerando os resultados positivos do segundo trimestre fornecidos pelo IBGE. Em contraste, o mercado financeiro esperava um crescimento mais modesto, de apenas 0,3% em relação ao trimestre anterior.