Governo propõe reajuste de 9% aos servidores da educação em 2025; sindicalistas denunciam proposta como insuficiente

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em um cenário de greves disseminadas pelo país, o governo federal lançou na última sexta-feira (19) uma proposta de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais. A medida, que visa conter os ânimos e promover avanços na categoria, foi anunciada durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária de debate sobre a reestruturação profissional.

Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a proposta contempla um reajuste salarial de 9% a partir de janeiro de 2025, seguido de um acréscimo de 3,5% em maio de 2026. Além disso, o governo já havia formalizado propostas de aumento no auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche para todos os servidores federais em 2024, o que, somado ao reajuste concedido no ano anterior, totalizaria um incremento médio global de mais de 20% para a carreira técnica.

A proposta em questão também visa a verticalização das carreiras, com uma matriz única com 19 padrões, além de reduzir o tempo necessário para progressão por mérito de 18 para 12 meses, e ajustar o tempo decorrido até o topo das carreiras para 18 anos.

Entretanto, a reação dos servidores técnico-administrativos da educação foi de descontentamento. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) classificou a proposta como “irrisória e decepcionante”, alegando que as negociações com o governo não atenderam às expectativas da categoria.

O Sinasefe inicialmente reivindicava uma recomposição salarial que variava entre 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria. Além disso, demandava a reestruturação das carreiras técnico-administrativas e dos docentes, e a revogação de normas que consideram prejudiciais à educação federal, aprovadas em governos anteriores.

Diante disso, o sindicato expressou a intenção de manter a greve, argumentando que a proposta governamental mantém o congelamento salarial até 2024. A decisão final será tomada após consulta às assembleias locais e durante a plenária nacional, ainda a ser convocada pelo Sinasefe.

Dessa forma, a expectativa é que as negociações entre governo e servidores da área de educação continuem em um impasse, enquanto ambas as partes buscam um acordo satisfatório para ambas as partes.

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População de Angico da Malhadinha em Formosa do Rio Preto clama por energia elétrica e transporte Escolar

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No povoado de Angico da Malhadinha, localizado em Formosa do Rio Preto, uma comunidade em desespero lançou um apelo urgente através das redes sociais. Em um vídeo compartilhado amplamente, os moradores expõem sua angústia pela falta de energia elétrica que perdura há mais de 15 anos, deixando-os no escuro literalmente e figurativamente.

“Boa noite, população de Formosa do Rio Preto. Nós estamos aqui no povoado do Angico e a situação aqui é calamitosa. Décadas e mais décadas desse humilde povoado sem energia elétrica, sofrendo sem a possibilidade de ter uma geladeira, de ter um eletroférico, uma televisão”, lamenta um dos moradores no vídeo.

Além da privação de eletricidade, os problemas se agravam com a falta de transporte escolar, deixando os alunos da comunidade sem acesso à educação.

“E agora, para complicar ainda mais, os alunos estão sem transporte. Há um mês que os alunos estão perdendo aula porque o prefeito não tem a humildade de fornecer o ônibus, o transporte escolar para a população daqui, certo?”, desabafa outro residente.

A situação é considerada inaceitável pelos moradores, que destacam a disparidade em relação a outras áreas próximas que desfrutam de energia elétrica.

“Gente, faz uma pergunta para o prefeito aí, qual é a intenção dele de manter vocês no escuro. Por que vocês estão pior do que o pessoal da Cana Brava, pior do que o pessoal de Formosa, pior do que o pessoal da Lagoa, tudo que não é lugar? E aqui não tem. E aqui não tem, moço? Que situação é essa, gente?”

Este apelo destaca não apenas a falta de um serviço básico essencial, mas também revela a ausência de representação e assistência adequada por parte das autoridades locais. A comunidade de Angico da Malhadinha espera que seu clamor seja ouvido e que medidas concretas sejam tomadas para resolver esses problemas urgentes.

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Governo e servidores das universidades buscam solução para greve em encontro marcado para sexta-feira

Caso de Política com Agência Câmara – Em um cenário marcado por tensão e reivindicações, o governo federal prepara-se para negociar com professores e servidores das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Uma reunião crucial está agendada para a sexta-feira (19), na qual ambas as partes esperam alcançar um acordo que ponha fim à greve que já se estende por um período considerável. Os servidores, que se encontram em paralisação, demandam principalmente por uma reestruturação de carreiras e uma recomposição salarial e orçamentária.

Na última terça-feira (16), durante uma audiência realizada na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, Gregório Durlo Grisa, secretário-executivo-adjunto do Ministério da Educação (MEC), assegurou que a reestruturação das carreiras dos cargos técnico-administrativos em educação será uma realidade ainda durante este governo.

“Preferencialmente, este ano, e de preferência com um acordo firmado o mais rápido possível, para que o Parlamento receba o projeto e possa, com a agilidade necessária, encaminhar as alterações na lei das carreiras técnico-administrativas”, enfatizou o secretário.

Grisa ressaltou ainda que a intenção do governo é sentar-se com os servidores em greve para detalhar minuciosamente cada ponto de pauta, explorando tanto as possibilidades quanto as limitações. “A reestruturação é uma prioridade consensual no governo: quanto mais rápida, mais avançaremos no respeito ao servidor público.”

José Celso Cardoso Jr., secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, expressou confiança de que a proposta a ser apresentada pelo governo poderá encerrar a greve que afeta mais de 50 universidades e quase 80 institutos federais. No entanto, ele ponderou que o tema é complexo e não se resolverá no curto prazo, especialmente considerando as dificuldades da base governista no Congresso em promover mudanças significativas.

“A reconstrução deve seguir pelos caminhos de menor resistência legislativa e é incremental, pois não é possível recompor perdas e capacidade administrativa da noite para o dia. Esse é um processo que perpassará todo o terceiro mandato do presidente Lula”, afirmou Cardoso.

Apoio parlamentar – A discussão contou com a participação de diversos deputados, que ressaltaram a importância do diálogo para a resolução do impasse. A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) destacou a relevância do espaço de debate, enquanto a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) defendeu que as reivindicações são justas e que a situação precisa ser resolvida sem que os servidores sejam penalizados devido à greve.

“Os técnicos das universidades e dos institutos federais têm os piores salários do Poder Executivo. Isso é uma realidade para trabalhadores que, em sua maioria, estão endividados, com os cartões de crédito nas mãos dos agiotas”, destacou Portugal.

Por sua vez, a deputada Erika Kokay (PT-DF) enfatizou a necessidade de inversão de prioridades e de um comprometimento do orçamento com projetos nacionais e a inclusão da população brasileira. Para ela, cabe aos servidores, diante das propostas do governo, decidir sobre o fim da greve.

Demandas – Os representantes dos trabalhadores de universidades e institutos federais solicitaram uma recomposição de recursos o mais rápido possível, ainda em 2024.

“Estamos em greve por uma recomposição salarial. De 2013 a 2023, nossas perdas chegam a 40%”, afirmou Sandro Pimentel, coordenador de Educação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical).

Ele expressou sua esperança de que a reunião marcada para o dia 19 não seja apenas mais uma etapa sem resultados, mas sim que o governo apresente propostas concretas e orçamentárias.

O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-Sindicato Nacional), Gustavo Seferian, chamou a atenção para a condição atual dos professores universitários no Brasil e também solicitou que a reunião de sexta-feira vá além de meros gestos de boa vontade.

“Queremos aumento salarial, mas também condições de trabalho dignas. Queremos ter capacidade de desenvolver ensino e pesquisa de maneira digna. Queremos mais concursos para professores, mas que não sejam apenas para preencher vagas”, afirmou Seferian.

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STF oferece 14 cursos gratuitos, com certificado e abertos para toda a sociedade

Conteúdo trata de temas jurídicos, língua portuguesa, liderança institucional e paternidade

O Projeto STF Educa, promovido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), disponibiliza cursos online, gratuitos e abertos para toda a sociedade desde 2020. O ciclo de capacitações de 2024 oferece 14 cursos, que estão disponíveis a partir desta segunda-feira (15/4) até 6 de dezembro.

As ofertas estão dentro de temas jurídicos, língua portuguesa, liderança institucional e paternidade.

Os alunos podem se inscrever em quantos cursos quiserem e possuem 90 dias para finalizar as aulas a partir da data de inscrição. Acesse a página de inscrição neste link.

O STF Educa tem como objetivo democratizar o acesso à capacitação de qualidade, além de aproximar o Tribunal da sociedade. Desde o início do projeto, em 2020, mais de 40 mil cidadãos foram capacitados.

Cursos

O ciclo de cursos de 2024 tem duas novas capacitações: “Tutela jurisdicional dos direitos fundamentais” explica aspectos da teoria de direitos fundamentais, com ênfase em análise crítica da jurisprudência constitucional brasileira. E o curso “Liderança inovadora” relaciona o papel do gestor com a cultura de inovação nas organizações.

Todos os cursos têm 1.000 vagas, com exceção do curso sobre “Tutela jurisdicional dos direitos fundamentais”, com 3.000 vagas.

Para obter o certificado é necessário atingir 70 pontos nas atividades e estudar as aulas. Também é obrigatório preencher a avaliação de reação ao final do curso.

Lista completa de cursos do ciclo de 2024

Tutela jurisdicional dos direitos fundamentais: expõe teoria dos direitos fundamentais e analisa efetivação jurisdicional de direitos sociais. Não há pré-requisito de inscrição.

Liderança inovadora: discute mudanças no ambiente de trabalho e atitudes dos gestores para criação de uma cultura organizacional inovadora. Não há pré-requisito de inscrição.

Lições de concordância verbal: define conceitos de sujeito e verbo. Estuda concordância verbal em variados casos de sujeito. Necessário ter ensino médio completo ou em andamento.

Introdução ao Processo Coletivo Constitucional: explica a teoria do Processo Coletivo. Estuda ações direta e declaratória de inconstitucionalidade, habeas corpus e mandados de segurança coletivos. Necessário ter conhecimento básico de Direito Constitucional.

Lições de crase: explica conceito de crase, regras de uso e compara-a com demais classes gramaticais. Necessário ter ensino médio completo ou em andamento.

Habeas Corpus: jurisdição constitucional e principais temas tratados no STF. Estuda a história do habeas corpus e hipóteses de cabimento da medida, especialmente em casos de prisão cautelar e Lei das Drogas. Destinado a estudantes ou profissionais do Direito.

Aplicação da inteligência artificial ao Direito: explica atual aplicação da inteligência artificial no Direito, possíveis mudanças e debate desafios do cenário. Destinado a estudantes ou profissionais do Direito.

Controle de Constitucionalidade da Legislação Local: relaciona o controle de constitucionalidade à manutenção do federalismo. Estuda tutela constitucional das normas estaduais, distritais e municipais. Destinado a cidadãos interessados, estudantes ou profissionais do Direito.

Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade: explica conceitos básicos do direito constitucional, separação de poderes e controle de constitucionalidade. Não há pré-requisito de inscrição.

Repercussão geral: origens, inovações e sua aplicação ao Supremo Tribunal Federal. Discute aspectos históricos e aplicações do instrumento de repercussão geral. Necessário ter conhecimento básico de Direito.

Atualização gramatical: estuda atualizações do acordo ortográfico e aplicações da sintaxe na língua portuguesa. Necessário ter ensino médio completo ou em andamento.

Emprego da vírgula em 4 lições: explica uso correto da vírgula em diferentes orações. Necessário ter ensino médio completo ou em andamento.

Caminhos da pontuação: entenda as orações adjetivas. Diferencia frase, oração e período. Explica características da construção oracional. Necessário ter ensino médio completo ou em andamento.

Quando nasce um pai: orientações básicas sobre paternidade responsável. Orienta noções de cuidado parental, alimentação infantil e desenvolvimento psicomotor. Não há pré-requisito de inscrição.

Ao menos 48 universidades e 71 institutos federais estão em greve

Os motivos das paralisações incluem demandas por reestruturação de carreira. (Foto: Reprodução)

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Ao menos 48 universidades e 71 institutos federais (IFs), além de um campus do Colégio Pedro II, estão em greve. Nos protestos, professores e servidores fazem diversas reivindicações, como reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos dos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Os níveis de paralisação variam, e em algumas instituições, tanto professores quanto técnicos-administrativos aderiram à greve. Em outros casos, apenas os professores ou apenas os técnicos estão paralisados.

O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) afirmou, por meio de nota, que, embora se reúna com o Governo Federal desde 2023, nenhuma proposta que atenda às reivindicações dos servidores foi apresentada. Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) não respondeu aos questionamentos.

O Ministério da Educação declarou que vem buscando alternativas para valorizar os servidores da educação, participando de mesas de negociação sobre as condições de trabalho. Abaixo, veja a situação das instituições pelo país.

Confira abaixo a lista de instituições que seguem em greve:

Norte

  • Acre: Greve nos servidores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Instituto Federal do Acre (Ifac).
  • Amapá: Greve nos servidores do Instituto Federal do Amapá (IFAP) e da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).
  • Pará: Greve nas federais do Pará (UFPA), do Oeste do Pará (Ufopa), Federal Rural da Amazônia (Ufra), Instituto Federal do Pará (IFPA) e na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
  • Rondônia: Paralisação na Universidade Federal de Rondônia (Unir) e no Instituto Federal de Rondônia.
  • Tocantins: Um campus do Instituto Federal do Tocantins está em greve.

Nordeste

  • Alagoas: Greve tanto na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) quanto no Instituto Federal de Alagoas (IFAL).
  • Bahia: Paralisação em 17 campi do Instituto Federal da Bahia.
  • Ceará: Greve na Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (UFCA), Universidade Federal da Integração Luso-Afro Brasileira (Unilab) e no Instituto Federal do Ceará (IFCE).
  • Maranhão: Técnicos e professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) aderiram à paralisação.
  • Paraíba: Greve nos técnicos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), além de professores e técnicos do Instituto Federal da Paraíba (IFPB).
  • Pernambuco: A greve afeta pelo menos a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
  • Piauí: Dois campi do Instituto Federal do Piauí e a Universidade Federal do Piauí (UFPI) Campus Teresina estão em greve.
  • Rio Grande do Norte: Paralisação no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) e na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
  • Sergipe: Estão paralisados o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Sul

  • Rio Grande do Sul: A Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e três campi do Instituto Federal do RS estão paralisados.
  • Paraná: A greve atinge a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR).
  • Santa Catarina: Paralisação dos servidores da Universidade Federal de SC (UFSC), da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), do Instituto Federal Catarinense (IFC) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Sudeste

  • Espírito Santo: Greve tanto no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) quanto na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
  • Minas Gerais: Paralisação na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cetef), em quatro campi do Instituto Federal de Minas Gerais e no Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM).
  • Rio de Janeiro: Os técnicos-administrativos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) estão em greve; no Colégio Pedro II, os professores também estão paralisados.
  • São Paulo: Paralisação nos seis campi do Instituto Federal de São Paulo e na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
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UFOB disponibiliza vagas de monitoria para estudantes em Pré-Enem

A Pró-Reitoria de Extensão, por meio da Coordenação Geral selecionada para o UPT – UFOB,   está com chamada de seleção interna aberta para composição de equipe de Monitores do Pré-vestibular/Pré-Enem “Universidade Para Todos” (UPT – UFOB). São 17 vagas disponíveis para os campi de Barra (5), Luís Eduardo Magalhães (6) e Santa Maria da Vitória (6). Além disso, os selecionados poderão atuar, de maneira remota ou em aulões esporádicos, no UPT da cidade de Cristópolis.

Para concorrer, é preciso ser estudante regularmente matriculado na UFOB, estar cursando a partir do segundo semestre e ter Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) igual ou superior a 5. As inscrições devem ser feitas via formulário eletrônico até esta sexta-feira (12).

Sobre UPT-UFOB

O UPT é um programa do governo do estado da Bahia que visa o fortalecimento das aprendizagens e a preparação dos estudantes concluintes e egressos da rede estadual para os processos seletivos de ingresso ao ensino superior e sua execução ocorre por meio de parcerias com as Universidades do estado.

Na UFOB, a parceria está em fase final de assinatura de contrato para atuação nos municípios de Barra, Cristópolis, Luís Eduardo Magalhães e Santa Maria da Vitória. Todo o projeto será custeado com recursos financeiros fornecidos pelo Governo da Bahia.

Toda a documentação referente à seleção está disponível aqui.

Baiano, líder religioso afro-brasileiro recebe Título de Doutor Honoris Causa da UNIFESP

Tata Nkisi Katuvanjesi (Walmir Damasceno) é a primeira liderança de Candomblé reconhecida por uma universidade pública federal no estado de São Paulo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) prepara-se para homenagear uma figura marcante na preservação e disseminação dos saberes africanos no Brasil. Tata Nkisi Katuvanjesi, também conhecido como Walmir Damasceno, líder do Terreiro Inzo Tumbansi em Itapecerica da Serra, será agraciado com o título de Doutor Honoris Causa no próximo dia 10 de maio. Este será um momento histórico, pois será a primeira vez que uma liderança de religião de matriz africana receberá tal reconhecimento de uma universidade pública federal em São Paulo.

Nascido nos porões da Fazenda Liberdade, na zona rural de Barra do Rocha, no sul da Bahia, em 1963, Tata Nkisi Katuvanjesi é uma figura multifacetada: líder comunitário, político e religioso. Reconhecido nacional e internacionalmente como guardião dos saberes africanos, ele é aclamado por sua contribuição como embaixador desses conhecimentos ancestrais. Este título concedido pela UNIFESP o tornará o quarto doutor honoris causa da instituição, ao lado de nomes como Davi Kopenawa, Amelinha Teles e o educador Paulo Freire (in memoriam).

A cerimônia contará com a presença de ilustres personalidades do universo africano e afro-brasileiro, incluindo o rei Mwatchisenge-wa-Tembo, soberano Lunda Tchokwe, da República de Angola. A indicação de Tata Nkisi Katuvanjesi foi aprovada por aclamação durante uma reunião do Conselho Universitário da UNIFESP em novembro de 2023.

Ana Maria do Espírito Santo Slapnik, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UNIFESP, destaca a trajetória de lutas de Tata em prol dos direitos das populações de matriz africana no Brasil, bem como sua dedicação à preservação da cultura e dos saberes Bantu. Sua atuação incansável na articulação entre lideranças políticas, religiosas e culturais é reconhecida como fundamental para a aproximação entre os saberes tradicionais e acadêmicos.

Além de suas contribuições religiosas, Tata Katuvanjesi é um ativo defensor da democracia, dos direitos humanos e da luta antirracista. Ele dirige o Terreiro Inzo Tumbansi e representa o Brasil no Centro Internacional de Civilizações Bantu (CICIBA), promovendo a reafricanização e a revisão linguística e litúrgica para uma maior conexão com as raízes kongo-angola.

Sua atuação transcende as fronteiras do Brasil, consolidando e difundindo as práticas associadas às tradições Bantu não só em terras brasileiras, mas também em outros países da América Latina e África. O título de Doutor Honoris Causa é um reconhecimento merecido de sua dedicação e contribuição inestimável para a preservação e promoção da cultura afro-brasileira e africana.

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Emerson Cardoso participa de diálogo com estudantes de arquitetura na UFOB

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na noite desta terça-feira, 8 de abril, Emerson Cardoso marcou presença na Universidade Federal do Oeste (UFOB), no evento “2ª Semana de Engenharia Civil” onde teve um encontro com os estudantes do curso de arquitetura. Antes de entrar na sala para o encontro com os estudantes, Emerson foi recepcionado calorosamente por professores e servidores da universidade, evidenciando o clima acolhedor que permeava o ambiente acadêmico.

Emerson Cardoso foi recebido calorosamente por professores e servidores da UFOB

Com uma sólida formação em administração e gestão, acumulando mais de uma década de experiência no Sebrae ministrando cursos e fornecendo informações para o aprimoramento de processos, Emerson compartilhou sua perspectiva sobre a importância da arquitetura no desenvolvimento social e econômico.

Durante o diálogo, Emerson enfatizou que “a arquitetura passa a ser um viés fundamental de desenvolvimento para nossa cidade. Então vocês têm papel fundamental, seja na questão da estruturação desses resíduos, mas seja também na formulação de políticas estratégicas para identificar, através da racionalidade, através da razão, qual é realmente os caminhos e os vectores de desenvolvimento da nossa cidade. Então, essas as minhas contribuições para a noite de hoje. Agradecer pelo convite, quero parabenizar pelos 15 anos da UFOB, em especial aqui da engenharia”.

A presença de Emerson Cardoso proporcionou aos estudantes uma reflexão sobre o papel crucial que a arquitetura desempenha no crescimento das comunidades, destacando a necessidade de abordagens estratégicas e racionais para orientar o desenvolvimento urbano. Sua experiência no Sebrae e seu conhecimento em gestão agregaram valor ao debate, oferecendo aos alunos uma visão abrangente e prática sobre os desafios e oportunidades que se apresentam na área da engenharia e arquitetura.

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Senar reinaugura Centro de Capacitação Regional do Oeste

O foco será a formação e qualificação de mão de obra para o agropecuário

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No próximo dia 20 de abril, uma nova era se inicia para a formação e qualificação de mão de obra no mercado agropecuário com a reinauguração do Centro de Capacitação Regional do Oeste, uma unidade vital do Senar Bahia. Este centro desempenha um papel crucial ao oferecer cursos, treinamentos e palestras essenciais para o aprimoramento profissional dos trabalhadores do setor.

A cerimônia de reinauguração, marcada para as 18h, contará com a presença de figuras destacadas do cenário agropecuário. Entre os convidados figuram o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e o diretor-geral do Senar Central, Daniel Carrara, que farão uma visita exclusiva à região para participar deste evento significativo. Também estarão presentes o presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda, a vice-presidente da Faeb, Carminha Missio, e a presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM), Greice Kelli Fontana, além de autoridades, produtores rurais e alunos beneficiados pelo Centro.

Além da celebração pela reinauguração do Centro de Capacitação, o evento também marcará o 23º aniversário do SPRLEM, a unidade de classe mais antiga do município. Após a cerimônia, os participantes serão agraciados com um jantar festivo e poderão desfrutar de um animado baile dançante, encerrando a noite em clima de comemoração.

Para facilitar a cobertura jornalística do evento, o Sistema Faeb/Senar disponibilizará traslado para jornalistas interessados, partindo de Barreiras até Luís Eduardo Magalhães e retornando ao destino inicial. O limite é de dois profissionais por veículo de comunicação, e as confirmações devem ser realizadas através do e-mail: catiane.magalhaes@senarbahia.org.br ou pelo Whatsapp: (71) 99105-2819.

Serviço:

O que: Reinauguração do Centro de Capacitação Regional do Oeste

Quando: 20 de abril de 2024, às 18h.

Onde: Centro de Capacitação do Senar Bahia – Rua Sergipe, 985, APM R4- Lot. Mimoso D’oeste – Luís Eduardo Magalhães – BA.

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Direito ao sonho | por Luís Carlos Nunes | 1.999

Causa-me espanto que algumas pessoas – profissionais, inclusive – esperem que as crianças de primeiro grau se expressem “livremente”, sem que um clima anterior de discussão seja estabelecido. Sem que um repertório de leitura seja oferecido.

Mil dificuldades são usadas como argumento para justificar a falta de repertório e a precariedade de expressão das novas gerações no Brasil. As famílias estão cada vez mais pobres, o sistema escolar destroçado, os professores são mal preparados, mal remunerados, desmotivados para promover a leitura em seu mais amplo sentido.

Tudo isso é verdade. É verdade também que só com uma decidida vontade política esses problemas estruturais serão resolvidos. Acontece que, da mesma maneira que o baixo padrão aquisitivo não elimina a vontade de comer, também a ausência de estímulo oficial não impede a necessidade de sonhar, de falar, de comentar a realidade em que se vive.

O ideal seria que todas as famílias convivessem com livros e contassem histórias para suas crianças. O ideal seria também, que todas as manifestações artísticas fossem de fácil acesso à população e que essas fossem discutidas em seus lares. Conheço famílias cujos integrantes só conhecem na infância e na adolescência um único livro não escolar, “A Bíblia”, lida em sermões familiares, aberta a esmo em busca de conselhos nas horas mais difíceis.

Todas essas pessoas se tornaram leitores no dia em que a vida lhes ofereceu esta oportunidade. Longe de mim querer discutir a importância religiosa ou literária da principal obra de referência da fé cristã. Não pretendo também abranger todo um universo de leitores a partir de casos específicos. Apenas arrisco uma hipótese, ressalvada qualquer pretensão: sendo a Bíblia – e, como ela, outros livros fundadores das grandes religiões, que a humanidade conhece, um grande elenco de histórias a respeito do sofrimento e dos limites da condição humana, o fato de ela ser lida para crianças no seio da família e da comunidade religiosa, por si só, já estimula o gosto pela leitura. E mais, favorece a interpretação.

A principal vantagem de se aprender de pequeno, tudo que os mais velhos têm a ensinar sobre a beleza na vida e na arte, é que se cresce um adulto mais exigente. Esta é uma herança importante para se deixar aos filhos. Por que aceitar uma vida, além de dura, feia? Cidades destruídas pela ganância de uns e a incompetência de outros, escolas tediosas, serviços públicos de baixa qualidade, uma lista infindável de pequenos, médios e grandes desrespeitos ao cidadão? O adulto capaz de interpretar o que vê a sua volta e que considera o seu prazer e a beleza tão vitais como o seu direito à comida e à moradia, tem mais dificuldade de suportar este estado de coisa.

A insatisfação vem daí e é muito positiva. Da insatisfação surge o desejo de mudança, a esperança de mudar. Afinal o que seria de nós, “Cristãos”, sem a esperança de dias melhores com a ressureição em Jesus Cristo.

A família que forma um leitor, forma, também, alguém com mais chances de estar convencido do seu direito de usufruir do prazer da beleza. Não é pouca coisa.

Aqueles que se acostumam a aceitar passivamente tudo a sua volta, os que não têm acesso à fantasia, à interpretação, à esperança, correm um risco muito maior de se acomodarem e, o que é pior, serem mortos-vivos. Estou convencido de que só se luta pelo que se conhece.

E pelo que se reconhece como direito seu. É difícil para alguém, que nunca teve direito a comida, diversão e arte, compreender a importância de lutar por essas coisas. A tendência das pessoas é garantir apenas o essencial à sobrevivência quando ela não tem uma memória de prazeres mais abstratos. O direito a sonhar parece supérfluo aqueles que não foram ensinados a lidar com a fantasia e o lúdico. Muito é triste um mundo em que tantos são privados desse prazer fundamental.

Se não fosse a esperança de, um dia, ver esta situação modificada, a vida se tornaria insuportável.

Não acredito que a leitura, no seu sentido mais amplo, seja uma garantia de felicidade ou de sucesso. É impossível para qualquer família, para qualquer adulto responsável por uma criança, ter controle sobre as circunstâncias do futuro. O que eleva e o que abate um ser humano em sua trajetória não é previsível, pertence a esfera do imponderável. Por este motivo, escrevi acima que a vida é muito dura, sempre, mas um ser humano, capaz de refletir o prazer e a beleza, terá mais chances de encontrá-los em seu caminho.