Desinformação médica persiste e lucra nas redes, impulsionada por Big Techs

Sleeping Giants alerta para o aumento de conteúdos falsos sobre saúde, com destaque para o caso de médico que vendia “cura” com testosterona e disseminava fake news na pandemia

Do ICL Notícias, editado por Caso de Política – Apesar do fim da pandemia de Covid-19, a desinformação sobre tratamentos e prevenção de doenças continua a proliferar nas redes sociais, impulsionada por recursos de publicidade das grandes empresas de tecnologia. A denúncia é da Sleeping Giants Brasil (SGBR), que acompanha esses casos e atua para desmonetizar conteúdos falsos e discursos de ódio.

“O autor do conteúdo paga a plataforma para que otimize a exibição, alcançando um público ainda maior, levando, inclusive, a plataforma a se tornar um beneficiário desse conteúdo. As big techs estão, nos últimos dois anos, cada vez mais se tornando permissivas para esse tipo de conteúdo”, explica Humberto Ribeiro, cofundador e diretor jurídico do Sleeping Giants.

Segundo Ribeiro, as plataformas utilizam dados dos usuários para direcionar informações falsas para aqueles mais suscetíveis a serem persuadidos. A organização acompanha a desinformação na saúde pública desde a pandemia, quando atuava contra a divulgação de informações falsas sobre vacinação e tratamentos ineficazes para a Covid-19.

“Existem consequências para a saúde pública, seja com o aumento dos gastos do sistema de saúde pública, seja com a transmissão de doenças infecciosas não tratadas devidamente, como aconteceu durante a crise de saúde pública da Covid-19”, completa Ribeiro.

“Império Masculino” e Fake News

Um dos casos citados pelo diretor do Sleeping Giants é o do médico Alessandro Loiola, que utiliza seu perfil no Instagram para divulgar uma forma de construir o “império masculino”. Nos cursos vendidos por R$ 599, Loiola comercializa supostos protocolos naturais de “otimização de testosterona”.

O médico questiona os níveis considerados saudáveis de testosterona e incentiva os homens a buscarem o valor máximo, mesmo que já possuam níveis normais. Loiola teve o nome citado na CPI da Pandemia por disseminar fake news sobre a Covid-19, criticando o uso de máscaras e as vacinas.

Responsabilização das Plataformas

A Sleeping Giants defende o fim da imunidade das plataformas e sua responsabilização sobre os conteúdos impulsionados. O assunto está em discussão no Supremo Tribunal Federal, que debate o artigo 19 do Marco Civil da Internet.

“Nós defendemos que essa imunidade não pode ser estendida aos conteúdos que a plataforma recomendou ou aos conteúdos que a plataforma permitiu que fossem objetos de publicidade digital. Se a plataforma recebeu um recurso para otimizar, fez um impulsionamento, ou fez um anúncio daquele conteúdo, ela pode ser responsável”, ressalta Ribeiro.

A organização também tem articulado, junto ao governo federal, o envio de um projeto de lei substitutivo ao PL das Fake News, parado na Câmara dos Deputados. “Existe uma omissão legislativa na Câmara”, destaca Humberto.

“O governo pode fazer muito, mas há um medo de isso afetar a popularidade, que é um medo legítimo. Mas, é muito perigoso que esse medo também paralise a Presidência da República e que deixe toda a responsabilidade nas mãos do Congresso.”

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#DesinformacaoNaSaude #FakeNews #BigTechs #SleepingGiants #SaudePublica #ResponsabilidadeDigital #MarcoCivilDaInternet

Barreiras aposta em aumento da arrecadação com IPTU para viabilizar hospital e entregá-lo a uma PPP

Anterior, limita empréstimo a R$ 10 milhões; decisão do STF abre brecha, mas ação do MDB questiona legalidade

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A busca por recursos para a conclusão do Hospital Municipal Edsonnina Neves de Souza Barbosa, em Barreiras, ganha novos contornos, marcados por uma disputa judicial e pela tentativa de ampliar a arrecadação municipal. Apesar de a Lei nº 1.627/2024, de 12 de junho de 2024, ter sido aprovada pela Câmara de Vereadores durante a gestão anterior, liderada pelo ex-prefeito Zito Barbosa, limitando o empréstimo a R$ 10 milhões, a atual gestão, sob o comando de Otoniel Teixeira, intensifica outras frentes para viabilizar a obra.

A lei, que “Autoriza o Poder Executivo Municipal a contratar operação de crédito com o BANCO DO BRASIL S.A., e dá outras providências”, explicita, em seu Art. 1º, o valor de “até R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), nos termos da Resolução CMN nº 4.995”.

A legalidade dessa norma é justamente o ponto central da disputa judicial. O MDB ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), questionando a validade da Lei nº 1.627/2024. O partido argumenta que a proposta violou o devido processo legislativo, por ter sido aprovada de forma apressada e sem debate adequado.

Além disso, o MDB sustenta que a lei não apresenta estudo de impacto orçamentário, como exige o artigo 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

Apesar dos questionamentos, a prefeitura recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que impedia a operação de crédito.

Em decisão moniocrática, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, atendeu ao pedido do município. Barroso argumentou que a suspensão da liminar se justificava para evitar grave lesão à saúde pública, já que a paralisação das obras do hospital comprometeria o atendimento à população. O ministro ponderou que o artigo 113 do ADCT estabelece uma diretriz de sustentabilidade orçamentária, mas entendeu que a lei que autoriza a operação de crédito não cria, por si só, uma nova despesa pública.

Segundo a prefeitura de Barreiras, o futuro hospital municipal deverá ser entregue a uma Parceria Público-Privada (PPP) com investidores da Bolsa de Valores (B3). Conforme publicou o portal Caso de Política, os artigos 28 e 31 da minuta do contrato, disponível para consulta pública no Anexo IV do edital, revelam a possibilidade de cobrança por “atividades acessórias”, abrindo uma brecha para a criação de um “SUS dual”, em que o acesso a determinados serviços (como quartos diferenciados, exames mais rápidos ou acompanhamento especializado) seria condicionado ao pagamento — beneficiando apenas aqueles que podem arcar com os custos. Essa dualidade fere os princípios da igualdade e da universalidade, pilares do SUS.

Especificamente, a Cláusula 28 (Remuneração Contratual) define que a concessionária será remunerada por recursos públicos e pelas “receitas acessórias” geradas. Já a Cláusula 31 (Atividades Acessórias) permite à concessionária explorar comercialmente atividades não essenciais, com aval do Poder Concedente. Essa combinação de fatores acende um alerta sobre o futuro da saúde no município.

Uma alternativa amplamente debatida para o futuro hospital seria transformá-lo em unidade universitária, a exemplo do que ocorre em Paulo Afonso, onde está sendo implantado um Hospital Universitário (HU) sob gestão da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Em Barreiras, a instituição que poderia assumir essa função seria a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Com um HU, Barreiras e toda a região Oeste da Bahia se beneficiariam muito mais de um hospital público bem estruturado, capaz de atender às demandas locais sem a intermediação de interesses privados.

Um hospital universitário federalizado, além de ser sustentado pela União, fortaleceria a rede de ensino e a capacitação profissional, formando médicos e especialistas para atuar na própria região. Do ponto de vista econômico, garantiria estabilidade financeira ao município, evitando gastos excessivos com contratações privadas e assegurando investimentos contínuos. No âmbito social, representaria um salto de qualidade na prestação de serviços de saúde, promovendo atendimento público com mais estrutura e suporte científico.

Para além do empréstimo limitado e da batalha judicial, a prefeitura busca alternativas para aumentar a arrecadação municipal. Em reunião recente, o prefeito Otoniel Teixeira (União Brasil) apresentou aos vereadores da atual legislatura dados sobre a realização do georreferenciamento e o planejamento do IPTU para 2025. Segundo o Executivo, a atualização do cadastro imobiliário, que identificou transformações em cerca de 25% dos imóveis da cidade, não visa aumentar o IPTU, mas sim adequá-lo à realidade de cada contribuinte.

De acordo com uma fonte do Caso de Política, que apresentou na prática a proposta do Executivo, “para uma pessoa que atualmente paga R$ 100,00 de IPTU, pelos cálculos da prefeitura, essa pessoa passaria a pagar R$ 2.142,86 anuais”, ou seja, o imposto individual teria um reajuste aproximado de 2.042,86%.

A apresentação aos vereadores [que democraticamente aceitaram ouvir a proposta do executivo] pode ser vista como uma estratégia para obter apoio político às medidas que visam aumentar a receita do município. Com mais recursos as custas de astronômicos reajustes do IPTU, a prefeitura poderia ter maior flexibilidade para investir na conclusão do Hospital Municipal — seja através de novas operações de crédito (dentro do limite da lei), seja por meio da destinação de outras fontes de receita.

Apesar do discurso de adequação e valorização patrimonial, o aumento do IPTU, mesmo que justificado, pode gerar descontentamento na população, que já enfrenta dificuldades econômicas. Além disso, a pendência judicial envolvendo a legalidade da Lei Municipal nº 1.627/2024 lança uma sombra de incerteza sobre o futuro financeiro da cidade.

O desfecho dessa história dependerá da decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) sobre a ADI movida pelo MDB, da capacidade da prefeitura de aumentar a arrecadação sem onerar excessivamente a população e, principalmente, da transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#Barreiras #Bahia #DívidaPública #Empréstimo #STF #FinançasPúblicas #TransparênciaJá #IPTU #GestãoMunicipal #ADI

Com reviravolta no TJ-BA, CPI do MST na ALBA é barrada por 10 a 9

Decisão apertada do Tribunal de Justiça impede a instalação da CPI que investigaria invasões de terra, frustrando deputados que buscavam apurar supostos crimes

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em uma reviravolta que promete acirrar os ânimos no cenário político baiano, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) derrubou a decisão que autorizava a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões de terra no estado. Em sessão tensa nesta quinta-feira (10), a maioria dos desembargadores, por 10 votos a 9, impediu a criação do colegiado na Assembleia Legislativa da Bahia.

A disputa judicial teve início com o deputado estadual Leandro de Jesus (PL), que conseguiu reunir 30 assinaturas de parlamentares para a criação da CPI. No entanto, a procuradoria da Assembleia Legislativa rejeitou o pedido, alegando que temas como reforma agrária são de competência da União. O deputado bolsonarista recorreu ao TJ-BA, argumentando que a CPI investigaria a possível prática de crimes nas invasões, o que estaria dentro da competência estadual.

Inicialmente, o desembargador Cássio Miranda, relator do caso, concedeu liminar determinando a imediata instalação da CPI, levando a presidente da Assembleia, Ivana Bastos, a instalar a Comissão na última semana. No entanto, a decisão foi revista pelo pleno do TJ-BA, que derrubou a liminar e, na prática, deve levar ao arquivamento da CPI.

A decisão apertada, com placar de 10 a 9, demonstra a divisão de opiniões dentro do TJ-BA sobre a questão. A derrota do grupo favorável à instalação da CPI representa um revés para os deputados que buscavam apurar supostos crimes relacionados às invasões de terra e promete gerar novas discussões e debates no cenário político baiano.

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#TJBA #CPI #MST #InvasãoDeTerra #AssembleiaLegislativa #Bahia #Justiça #Política

PF investiga desvio de R$ 60 milhões na saúde e mira prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga

Operação Copia e Cola cumpre mandados de busca e apreensão em cidades de SP e BA, incluindo a prefeitura de Sorocaba e a casa do prefeito, em investigação sobre desvios de recursos da saúde

Caso de Politica com Polícia Federal – A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a Operação Copia e Cola, com o cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo e da Bahia. A investigação tem como alvo uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos destinados à saúde, com ramificações que atingem a Prefeitura de Sorocaba e seu polêmico prefeito, Rodrigo Manga (Republicanos), conhecido por sua atuação nas redes sociais.

Entre os alvos da operação estão a sede da Prefeitura de Sorocaba, a Secretaria Municipal de Saúde, o gabinete e a residência do próprio Rodrigo Manga, o Diretório Municipal do partido Republicanos e a casa do ex-secretário da Saúde, Vinicius Rodrigues. Mais de 100 policiais federais participaram da ação, que cumpriu mandados em diversos municípios, incluindo Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo, Osasco e Vitória da Conquista, na Bahia.

A Operação Copia e Cola tem como foco o combate a fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) responsável por administrar serviços de saúde em Sorocaba. A investigação foi iniciada em 2022, após indícios de irregularidades nesse processo de contratação. A PF apura suspeitas de lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e transações imobiliárias suspeitas.

Além dos mandados, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores que totalizam R$ 20 milhões, além da proibição de que a OS investigada seja contratada pelo poder público. Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, contratação direta ilegal e frustração do caráter competitivo da licitação.

Rodrigo Manga, que ganhou popularidade nas redes sociais, especialmente no TikTok, ao divulgar projetos da administração municipal com vídeos considerados “engraçadinhos”, enfrenta agora as consequências de suas ações. Por trás do marketing digital, o prefeito acumula investigações criminais e já teve bens bloqueados pela Justiça.

Em maio de 2023, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) bloqueou os bens de Manga, do então secretário de Educação, Marcio Carrara, e da empresa Carthago, por supostas irregularidades em uma licitação para a compra de kits de robótica destinados a alunos do ensino fundamental. O MP afirmou que “tudo indica o ajuste de vontades entre prefeito, secretário da Educação, o dono da empresa Carthago e outros de sangrar os cofres públicos, notadamente as verbas da educação, para financiar um grupo com interesses escusos”.

Em 2024, Manga voltou a ser investigado em outro processo envolvendo a Lei de Licitações, com a Prefeitura de Sorocaba pretendendo adquirir kits educacionais de uma marca específica, no valor de R$ 13,2 milhões.

No mesmo ano, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a segunda fase da Operação Sepsis, que apura suspeitas de fraude em licitações, desvio de recursos públicos, uso de laranjas para ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro, com estimativa de R$ 60 milhões desviados.

Além das investigações por corrupção, Rodrigo Manga foi acusado de racismo após publicar um vídeo que simulava uma abordagem da Guarda Civil Municipal (GCM), no qual apenas jovens pardos e negros eram detidos. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público de São Paulo e está sob investigação.

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#RodrigoManga #Sorocaba #Corrupção #PolíciaFederal #Fraude #DesvioDeDinheiro #Saúde #OperaçãoCopiaeCola #TikTok

Brasil retoma exigência de visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália por princípio da reciprocidade

A partir desta quinta-feira (10), viajantes desses países precisam de visto para entrar no Brasil, conforme decreto que visa equiparar tratamento dado aos brasileiros

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A partir desta quinta-feira, 10 de abril, o Brasil volta a exigir visto para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, conforme decreto do Poder Executivo que entra em vigor. A medida, anunciada em maio de 2023, visa aplicar o princípio da reciprocidade, já que esses países não isentam os brasileiros da exigência de visto.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo brasileiro continua negociando acordos de isenção de vistos em bases recíprocas com os países mencionados. O ministro do Turismo, Celso Sabino, reforçou o posicionamento do governo em uma rede social, afirmando que as tratativas para que os EUA isentem os brasileiros da exigência de visto seguem em andamento, permitindo a reciprocidade para os norte-americanos que visitam o Brasil.

Em 2024, o Brasil recebeu 728.537 turistas dos Estados Unidos, 96.540 do Canadá e 52.888 da Austrália, de acordo com dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). A medida pode ter impacto no fluxo turístico desses países para o Brasil.

Os viajantes dos EUA, Canadá e Austrália que chegam ao Brasil por via aérea, marítima ou terrestre devem solicitar o visto online no site eVisa, com uma taxa de US$ 80,90 (aproximadamente R$ 479). A estada desses visitantes no Brasil não poderá exceder 90 dias. O Itamaraty recomenda que a solicitação do visto eletrônico seja feita com antecedência para evitar interrupções de viagem causadas por atrasos ou conexões perdidas.

Apesar do decreto presidencial, o Senado Federal aprovou, em março deste ano, um projeto de lei que suspende a exigência de vistos para cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão a partir de 10 de abril. O texto seguiu para a Câmara dos Deputados, mas ainda não teve tramitação. O projeto de decreto legislativo é de autoria do senador da oposição Carlos Portinho (PL-RJ) e foi relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Vale ressaltar que o Japão não está mais na lista dos países que exigem visto dos cidadãos brasileiros. Em agosto de 2023, os governos do Brasil e do Japão chegaram a um entendimento para a isenção recíproca de vistos de visita para portadores de passaporte comum que viajem por período de até 90 dias. A isenção entrou em vigor em setembro de 2023 e tem validade de três anos.

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#VistoBrasil #Turismo #Reciprocidade #EUA #Canadá #Austrália #Viagem #Itamaraty #Embratur

PF combate invasão de terras e crimes ambientais em operação no oeste da Bahia

Operação Esplanada mira invasão de terras no Projeto de Assentamento Reunidas Esplanada, em Santa Rita de Cássia, e cumpre mandados de busca e apreensão para coibir crimes ambientais e ameaças a assentados

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (9/4), a Operação Esplanada, com o objetivo de investigar e coibir crimes ambientais, invasão de terras e ameaças contra os assentados do Projeto de Assentamento (PA) Reunidas Esplanada, localizado em Santa Rita de Cássia, no Oeste da Bahia. A ação visa proteger o meio ambiente e garantir a segurança dos moradores do assentamento, que têm sido alvo de criminosos. As informações são do Info São Desidério e PF.

Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, visando à apreensão de armas, equipamentos eletrônicos e outros elementos utilizados na prática dos delitos. A PF busca também evidências que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos e a identificação de todos os envolvidos no esquema criminoso.

Paralelamente aos mandados de busca, foram deferidas duas medidas cautelares diversas da prisão. O objetivo é garantir a preservação das provas e evitar a continuidade dos ilícitos durante o curso do inquérito. Essas medidas visam impedir que os investigados continuem a praticar os crimes e a ameaçar os assentados.

A Operação Esplanada tem como foco a atuação de indivíduos suspeitos de invadir e desmatar ilegalmente áreas de reserva legal, furtar bens e ameaçar a integridade física dos moradores do assentamento. A atuação coordenada dos órgãos envolvidos demonstra o compromisso da Polícia Federal no combate aos crimes que atentam contra o meio ambiente e a segurança da população.

Os investigados serão interrogados e as diligências continuarão a fim de identificar eventuais colaboradores e ampliar o conjunto probatório contra os responsáveis, garantindo a efetiva aplicação da lei e a proteção dos direitos dos assentados. A Polícia Federal reafirma seu compromisso com a defesa da ordem jurídica e a proteção dos bens jurídicos coletivos, intensificando as ações de fiscalização e repressão a práticas que causam danos irreparáveis ao meio ambiente e à sociedade.

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#OperacaoEsplanada #PoliciaFederal #CrimesAmbientais #InvasaoDeTerras #Bahia #SantaRitaDeCassia #Desmatamento #Assentamento

Após fala odiosa, deputado bolsonarista Gilvan da Federal se acovarda e pede desculpas por desejar a morte de Lula

Em atitude desumana e repugnante, deputado bolsonarista destilou ódio contra o presidente, mas recuou diante da pressão social e das possíveis consequências legais de sua fala irresponsável

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Diante da avalanche de críticas e da ameaça de sanções legais, o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) tentou se retratar, pedindo desculpas por ter expressado o desejo de morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, a retratação não atenua a gravidade do seu ato inicial: um discurso de ódio que fomenta a violência e a intolerância na sociedade brasileira.

Ao declarar “Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o ‘quinto dos inferno’ (sic). É um direito meu. Nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer… Tomara que tenha uma taquicardia. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso País. E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele ande com seus seguranças desarmados.”, Gilvan da Federal não apenas atacou a figura do presidente, mas também desumanizou um indivíduo, incitando seus seguidores a reproduzir o mesmo sentimento de ódio.

A fala irresponsável do deputado ecoa em uma sociedade já polarizada, alimentando a intolerância e abrindo caminho para atos de violência.

Especialistas alertam para o perigo de normalizar discursos como o de Gilvan da Federal.

“A impunidade em casos de incitação ao ódio pode levar à legitimação da violência como ferramenta política”, afirma a cientista política Maria Silva. “É preciso que a sociedade e as instituições reajam de forma contundente para evitar que a intolerância se torne a norma no debate público”, completa.

A fala de Gilvan da Federal representa uma grave afronta aos princípios democráticos e aos direitos humanos.

Ao incitar a violência contra Lula, o deputado bolsonarista demonstra total desprezo pela vida humana e pelos valores fundamentais do Estado Democrático de Direito. Sua atitude irresponsável não apenas coloca em risco a integridade física do presidente, mas também contribui para a degradação do debate público e para a disseminação do ódio e da intolerância na sociedade brasileira.

As medidas tomadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Advocacia-Geral da União (AGU), bem como a representação apresentada pelo PT no Conselho de Ética da Câmara, são importantes para responsabilizar Gilvan da Federal por suas palavras e para enviar um sinal claro de que a apologia à morte e a incitação ao ódio não devem ser toleradas no Brasil.

No entanto, a punição individual do deputado não é suficiente para combater o problema do discurso de ódio na política brasileira. É preciso um esforço conjunto da sociedade, das instituições e da mídia para promover a cultura do respeito, da tolerância e do diálogo. É fundamental que os líderes políticos de todas as correntes ideológicas condenem de forma veemente qualquer forma de incitação à violência e que se comprometam a promover um debate público civilizado e construtivo.

A sociedade brasileira precisa superar a polarização e o ódio para construir um futuro mais justo, igualitário e democrático. O discurso de Gilvan da Federal é um retrocesso nesse caminho, mas a reação da sociedade e das instituições demonstra que ainda há esperança de construir um Brasil mais tolerante e respeitoso.

Gilvan da Federal (PL-ES), que pediu a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara na terça-feira (8), foi condenado no mês passado a um ano e quatro meses de reclusão, em regime aberto, por violência política de gênero contra a deputada estadual capixaba Camila Valadão (PSOL).

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#GilvanDaFederal #Lula #Bolsonarismo #ÓdioNão #ViolênciaPolítica #Democracia #Respeito #Paz #IntolerânciaNão #DiscursoDeÓdioÉCrime

PF decifra planilha da Overclean e identifica mais de 100 suspeitos em desvio de R$ 1,4 bilhão

Investigação da PF revela teia de corrupção em contratos do DNOCS, com suspeitas de desvio de R$ 1,4 bilhão e envolvimento de políticos e empresários

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal (PF) avança na investigação sobre o desvio de R$ 1,4 bilhão em contratos públicos, identificando mais de 100 suspeitos de envolvimento no esquema após a apreensão de uma planilha durante a Operação Overclean, deflagrada em dezembro de 2024. A informação, que representa um marco crucial na apuração, consta em decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou uma série de medidas para aprofundar o inquérito em 20 de março de 2025. As informações são de O Globo.

A Operação Overclean, conduzida em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), mira no desvio de recursos provenientes de emendas parlamentares destinadas ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS), autarquia federal responsável por projetos de infraestrutura hídrica em regiões áridas e semiáridas do país. A investigação aponta para um sofisticado esquema de corrupção, com ramificações em contratos milionários e suspeitas de superfaturamento, que lesaram os cofres públicos e comprometeram a execução de obras essenciais para o desenvolvimento regional.

Durante a deflagração da operação, a PF cumpriu 17 mandados de prisão preventiva, atingindo figuras-chave do esquema, como o vereador Francisquinho Nascimento (União), o ex-chefe do DNOCS na Bahia, Lucas Lobão, e diversos empresários com contratos públicos em prefeituras baianas. As prisões representaram um duro golpe na organização criminosa, mas a identificação de mais de 100 suspeitos, a partir da análise da planilha apreendida, sinaliza a extensão e a complexidade do esquema.

Na decisão que autorizou as novas medidas de investigação, o ministro Kassio Nunes Marques expressou preocupação com o risco de os investigados coagirem testemunhas, alertando para a possibilidade de obstrução da justiça. O ministro destacou que a PF está empenhada em “gradativamente decifrar dezenas de codinomes mencionados nas planilhas apreendidas”, o que demonstra o caráter sigiloso e intrincado do esquema de corrupção.

Além das prisões, a Operação Overclean resultou na apreensão de mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo, evidenciando o enriquecimento ilícito dos envolvidos. Parte do dinheiro, cerca de R$ 700 mil, foi encontrado em posse de um empresário, enquanto o restante estava com o vereador Francisquinho, que tentou se desfazer de parte do valor arremessando uma sacola pela janela. Os investigadores também encontraram uma planilha com a relação de contratos e valores que somam mais de R$ 200 milhões em contratos suspeitos nos estados do Rio de Janeiro e do Amapá, ampliando o escopo da investigação para outras unidades da federação.

De acordo com a CGU, o grupo investigado celebrou contratos no valor de R$ 825 milhões apenas em 2024, com indícios de “superfaturamento parcial” superior a R$ 8 milhões em contratos do DNOCS. Os valores superfaturados, desviados para o enriquecimento ilícito dos envolvidos, poderiam ter sido utilizados para a execução de projetos de infraestrutura hídrica, beneficiando milhares de pessoas em regiões afetadas pela seca.

A investigação também revelou a ligação política de alguns dos envolvidos no esquema. Francisquinho Nascimento, vereador preso na operação, é primo do deputado federal Elmar Nascimento (BA), ex-líder do União Brasil na Câmara dos Deputados. Antes de ser vereador, Francisquinho atuou como secretário-executivo da Prefeitura de Campo Formoso (BA), administrada pelo irmão de Elmar, o prefeito Elmo Nascimento (União). A relação familiar entre os investigados levanta suspeitas sobre a influência política no esquema de corrupção e o possível direcionamento de recursos públicos para beneficiar o grupo.

Até o momento, todos os citados na investigação, incluindo o deputado Elmar Nascimento, negam qualquer irregularidade na aplicação ou uso de recursos públicos. A prefeitura de Campo Formoso afirma que “conduz suas contratações dentro das melhores práticas”. No entanto, a PF e a CGU seguem investigando o caso, buscando aprofundar as provas e identificar todos os envolvidos no esquema de desvio de recursos do DNOCS.

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#OperacaoOverclean #CorrupcaoNoDNOCS #DesvioDeRecursos #PoliciaFederal #CGU #STF #ImprobidadeAdministrativa #FraudeEmLicitacoes

Operação Overclean: PF aponta consulta de ACM Neto em indicação de Barral para secretaria em BH

Investigações da Polícia Federal indicam que ACM Neto foi consultado por empresário sobre indicação de secretário de Educação em Belo Horizonte

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, voltou a ser mencionado na Operação Overclean, desta vez em investigações relacionadas à terceira fase da operação.

Segundo a Polícia Federal, o vice-presidente nacional do União Brasil teria sido consultado pelo empresário Marcos Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”, sobre a indicação de Bruno Barral para a secretaria de Educação de Belo Horizonte durante a gestão do falecido prefeito Fuad Noman.

De acordo com as investigações, Marcos Moura insistiu na indicação de Bruno Barral, que também ocupou o cargo de secretário de Educação durante a gestão de ACM Neto em Salvador. Fuad Noman, ainda em vida, teria resistido aos pedidos, chegando a oferecer o comando de outra pasta, como a de Combate à Fome.

Um trecho da decisão do ministro do STF, Kássio Nunes Marques, relator do caso que deu seguimento à investigação, detalha a suposta articulação:

“Durante a negociação, Fuad Noman pede que Marcos Moura ‘abra mão’ do governo, ao que Marcos solicita tempo para consultar Antônio Rueda (presidente do União Brasil) e ACM Neto, demonstrando a articulação política de alto nível do grupo. A conversa encerra-se em 3 de dezembro de 2024, com Marcos Moura solicitando uma reunião presencial com o prefeito.”

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#ACMNeto #Overclean #PolíciaFederal #BeloHorizonte #Corrupção #UniãoBrasil #Política #Investigação

Ministros entregam a Motta o texto da PEC da Segurança Pública

Motta afirma que há unanimidade entre os líderes da Câmara quanto à urgência do tema

Agência Câmara | Luiz Gustavo Xavier – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recebeu nesta terça-feira (8) o texto da proposta de emenda à Constituição que estabelece novas diretrizes sobre segurança pública. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, participaram de um café da manhã com líderes partidários na residência oficial da presidência da Câmara para apresentar e entregar a proposta.

Os principais pontos da proposta são:

  • confere status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), instituído em 2018 por lei ordinária;
  • prevê maior integração entre a União e os entes federados na elaboração e execução da política de segurança pública;
  • inclui na Constituição o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, composto por representantes do governo federal, dos Estados e do Distrito Federal e dos municípios, além da sociedade civil; e
  • deixa explícito no texto constitucional que as novas atribuições concedidas à União em relação à segurança pública não excluem as competências comum e concorrente dos demais entes federados, ou seja, não retira poderes dos estados de atuar na segurança pública.

Hugo Motta afirmou que há convergência e unanimidade entre os líderes da Casa quanto à urgência do tema. “A Câmara não faltará para dar a resposta que a sociedade nos cobra. Nós vamos dar o remédio que for preciso para enfrentar o tema, e essa será a pauta prioritária de nossa gestão”, disse.

O ministro Ricardo Lewandowski também afirmou que a segurança pública é um tema urgente, tal como educação e saúde.

“Fizemos várias reformas estruturantes, e a mais importante foi a tributária. Agora, tanto o Executivo quanto o Legislativo devem tratar desse tema da segurança pública”, disse.

Gleisi Hoffmann afirmou que a proposta estrutura e organiza o sistema nacional de segurança. Segundo ela, a receptividade por parte dos líderes foi proveitosa, e há muitas concordâncias sobre o tema. A ministra também afirmou que as dúvidas existentes sobre a autonomia dos entes federados foram dissipadas.

Acredito que vai ter uma boa tramitação, vai ser um bom debate para o Brasil e vai ser complementada com outras ações do governo”, afirmou Gleisi Hoffmann.

#PECSegurançaPública #SegurançaPública #HugoMotta #RicardoLewandowski #GleisiHoffmann #CâmaraDosDeputados #SUSP #ReformaConstitucional #BrasilSeguro