Esquema de propina para concessão de licenças ambientais no Oeste da Bahia é alvo da ‘Operação Ceres’

Investigação revela pagamento de R$ 16,5 milhões em propinas a servidores e ex-funcionários do Inema

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Seis pessoas, incluindo servidores e ex-funcionários do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), foram alvos da ‘Operação Ceres’, deflagrada na manhã desta sexta-feira, 19, pelo Ministério Público estadual. A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça de Proteção da Moralidade Administrativa, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Companhia Independente de Policiamento Especializado da Região Sudoeste da Polícia (Cipe Sudoeste) e do Comando de Policiamento Regional do Extremo Sul da Bahia.

Os investigados são acusados de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As investigações indicam que, entre 2019 e 2023, eles participaram de um esquema de pagamento de propinas, totalizando cerca de R$ 16,5 milhões, para facilitar a concessão ilegal de licenças ambientais e autorizações de supressão de vegetação.

Os pagamentos, realizados principalmente por fazendeiros ou empresas relacionadas a empreendimentos rurais no oeste do estado, foram feitos via depósitos bancários nas contas de um dos investigados. Na operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços residenciais nos municípios de Salvador, Camaçari, Guanambi e Riacho de Santana, além de uma empresa em Lauro de Freitas. A 1ª Vara Criminal Especializada da capital também determinou a suspensão das funções de um técnico do Inema e o sequestro de bens dos investigados, a pedido do Ministério Público.

O material apreendido, incluindo documentos, celulares, computadores e jóias, será analisado pelos promotores de Justiça e encaminhado aos órgãos competentes para as medidas cabíveis. A operação foi nomeada ‘Ceres’ em referência à deusa romana da agricultura e da fecundidade da terra.

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TSE divulga limites de gastos para campanhas de prefeito e vereador em 2024; veja os valores por município

Em Barreiras, os candidatos a prefeito poderão gastar até R$ 1.101.830,05, enquanto os candidatos a vereador terão um limite de R$ 61.090,76

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta quinta-feira, 18, os limites de gastos para as campanhas de prefeito e vereador em cada um dos 5.569 municípios do Brasil. As quantias determinadas pela Corte Eleitoral deverão ser rigorosamente seguidas por partidos e coligações nas eleições de outubro.

Para os menores municípios em termos de população, os limites são de R$ 159.850,76 para campanhas de prefeito e R$ 15.985,08 para as de vereador.

Em Barreiras, os candidatos a prefeito poderão gastar até R$ 1.101.830,05, enquanto os candidatos a vereador terão um limite de R$ 61.090,76.

Veja qual é o limite de gastos para as campanhas da sua cidade clicando aqui.

O que são os gastos de campanha?

Conforme o TSE, os limites de gastos abrangem:

  • Contratação de pessoal de forma direta ou indireta
  • Confecção de material impresso de qualquer natureza
  • Propaganda e publicidade por qualquer meio de divulgação
  • Aluguel de locais para promoção de atos de campanha eleitoral
  • Despesas com transporte ou deslocamento de candidatos e pessoal de apoio
  • Despesas com correspondências e postais
  • Instalação, organização e funcionamento de comitês de campanha
  • Remuneração ou gratificação para serviços prestados a candidatos e partidos
  • Montagem e operação de carros de som
  • Realização de comícios ou eventos para promoção de candidaturas
  • Produção de programas de rádio, TV ou vídeo
  • Realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais
  • Criação e inclusão de páginas na internet
  • Impulsionamento de conteúdo
  • Produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda eleitoral

Segundo a Lei Eleitoral, todas as despesas realizadas pelos candidatos e partidos que puderem ser individualizadas serão contabilizadas nos limites de gastos. Além disso, é obrigatório que partidos e candidatos abram uma conta bancária específica para registrar toda a movimentação financeira da campanha.

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Pesquisa eleitoral em Barreiras é anulada por decisão judicial

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Justiça Eleitoral de Barreiras anulou nesta quinta-feira, 18 de julho, a pesquisa eleitoral realizada pelo instituto Painel Brasil Consultoria e Pesquisa de Mercado e Opinião LTDA-ME. O pedido de impugnação foi apresentado pelo Partido Renovação Democrática (PRD) e a decisão foi proferida pelo juiz Gabriel de Moraes Gomes.

A decisão judicial julgou procedente o pedido formulado, determinando a suspensão do registro e proibindo a divulgação da pesquisa eleitoral de nº BA-00395/2024, conforme o artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil (CPC). A sondagem conduzida pelo instituto Painel Brasil apresentou, segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), erros primários já na sua apresentação formal. A decisão destacou a ausência de qualquer justificativa para tais erros.

Pelas razões expostas, julgo procedente o pedido formulado na petição inicial para suspender o registro e proibir a divulgação da pesquisa eleitoral de nº BA-00395/2024 nos termos do artigo 487, I do CPC”, afirmou o juiz Gabriel de Moraes Gomes.

Com a suspensão, a pesquisa não poderá ser utilizada ou divulgada em qualquer meio de comunicação, reforçando a importância da transparência e conformidade com as normas eleitorais.

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Sob o governo Zito Barbosa dívida de Barreiras cresceu 417% com sete empréstimos bancários

Procurador-Geral de Justiça da Bahia alerta sobre riscos fiscais e economista pede mais cautela com os recursos públicos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito de Barreiras, Zito Barbosa, criticou a oposição durante entrevista à rádio Vale FM, classificando as reclamações sobre as dívidas municipais como “mi-mi-mi”. Zito Barbosa defendeu a necessidade de contrair empréstimos para investir na cidade, destacando a solicitação de R$ 60 milhões para a conclusão do hospital municipal, que foi suspensa pela Justiça após ação das vereadoras Carmélia da Mata (PP) e Beza (PSB).

Segundo o prefeito informou na rádio Vale FM, a dívida do município, quando assumiu a administração em 2017, era de quase R$ 400 milhões somente com INSS. De acordo com o Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Sinconfi), o valor da dívida em 2017 era de R$ 151.710.000,00. A dívida consolidada ao final de 2023 ficou em cerca de R$ 633.110.000,00.

Entre os maiores credores de Barreiras, apenas no período de janeiro a novembro de 2023, o primeiro e maior credor é a Caixa Econômica Federal (empréstimos), o quarto colocado é a Receita Federal, em função das enormes dívidas com o INSS, geradas nesta gestão que não vem recolhendo legalmente os impostos, sofrendo pesadas multas e sanções.

Além dos desafios financeiros, Zito Barbosa é investigado da Operação Kindergarten, conduzida pela Polícia Federal que em 18 de maio de 2023 fez buscas e apreensões na cidade. A Operação Kindergarten investiga desvios de recursos públicos da educação em Barreiras.

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) também apura possíveis irregularidades em licitações de asfalto e recapeamento, enquanto a Justiça Federal investiga a utilização de recursos dos precatórios do FUNDEF  e o Ministério Público baiano apura denúncias de crime ambiental contra o gestor.

Endividamento Municipal

O Portal Caso de Política teve acesso a um levantamento realizado pela assessoria do mandato da vereadora Carmélia da Mata, onde segundo o último Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) de 2023 revelou que a prefeitura de Barreiras fechou o ano de 2023 com uma dívida consolidada de R$ 920.861.980,57, enquanto a receita foi de R$ 828.034.549,56. Em 2024, após uma manobra financeira com as dívidas do INSS, a dívida caiu para R$ 795.778.908,98, segundo o 2º RREO Bimestral.

Zito Barbosa desde que assumiu o seu primeiro mandato como prefeito de Barreiras em 1º de janeiro de 2017, a dívida municipal cresceu aproximadamente 417,31%.

Desde 2017, foram aprovadas sete leis na Câmara que autorizaram a gestão de Zito Barbosa a contrair empréstimos totalizando R$ 261.060.000,00:

Economista apresenta sugestões para a futura gestão

George Lélis, mestre em economia e professor da Universidade Federal do Oeste (UFOB), ressaltou a necessidade do próximo prefeito de Barreiras buscar recursos estaduais, federais e internacionais para projetos de desenvolvimento sustentável, saúde, educação e infraestrutura. Em entrevista à rádio Oeste FM, Lélis afirmou:

“Um bom administrador deve primeiro buscar recursos, pois sem recursos não se consegue gerir nada. Este administrador precisa buscar recursos dentro do estado, do governo federal e também fora do país. Muitas agências internacionais estão disponíveis para financiar projetos voltados para o desenvolvimento sustentável, saúde, educação e infraestrutura. É essencial que o próximo gestor esteja atento a essas oportunidades.”

Lélis também sugeriu a criação de escritórios de prospecção de recursos em cada cidade: “Os municípios não apresentam projetos para buscar esses recursos, demonstrando incompetência em buscar recursos junto aos governos estaduais e federais. A falta de prioridade na elaboração de projetos impede que essas verbas sejam captadas.”

Procurador-Geral de Justiça da Bahia alerta sobre risco de dano ao patrimônio público devido a riscos fiscais

O Ministério Público alertou que a Prefeitura de Barreiras pode enfrentar uma crise financeira severa, com riscos de atrasos salariais e paralisação de serviços públicos essenciais. A dívida acumulada do município já alcança R$ 920.861.960,57, comprometendo quase 95% da receita corrente, conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional.

O Procurador Geral de Justiça, Aquiles Siquara Filho, analisou um agravo contra um empréstimo de R$ 60 milhões solicitado pelo prefeito Zito Barbosa (UB). O Ministério Público indicou “indícios robustos de perigo de dano ao patrimônio público” e alertou sobre o risco do município não honrar seus compromissos financeiros, impactando negativamente os serviços públicos.

A vereadora Carmélia da Mata (PP), uma das autoras da ação popular contra o empréstimo, criticou na ocasião a celeridade e falta de transparência na aprovação do mesmo pela Câmara de Vereadores, composta por 19 membros. Carmélia destacou a ausência de um plano de ação detalhado para o uso dos R$ 60 milhões, suspeitando que o dinheiro seria utilizado para pagar fornecedores e denunciando atrasos nos contratos geridos pela Prefeitura.

Carmélia teme que a situação financeira do município se agrave ainda mais, prejudicando até mesmo os salários dos servidores. “Nesse ritmo, até os servidores vão ficar sem receber”, concluiu a vereadora.

As informações sobre o posicionamento do Procurado Geral foi obtida em primeira mão pelo Portal Caso de Política após o pronunciamento do ex-secretário de finanças de Barreiras, José Roberto, na rádio Oeste FM. José Roberto fez ataques ao economista George Lélis, da Universidade Federal do Oeste (UFOB), e aos ex-prefeitos Jusmari Oliveira (PSD) e Antônio Henrique, além do ex-deputado federal Tito, pré-candidato a prefeito de Barreiras.

Segundo fontes, a rádio Oeste FM aguardava a participação do prefeito Zito na entrevista realizada em 11 de julho, mas José Roberto se prontificou a falar sobre a dívida municipal, que, com juros e correções, poderá chegar a R$ 1 bilhão.

Por outro lado, a recente entrevista concedida pelo prefeito Zito Barbosa na rádio Vale FM acirrou ainda mais o debate político em Barreiras, com a população questionando a gestão financeira do atual prefeito e a necessidade dos empréstimos solicitados. As investigações em curso e as críticas à administração destacam a complexa situação fiscal da cidade e os desafios que o próximo gestor enfrentará. Com todos os recursos que entraram nos cofres públicos municipais, o prefeito não conseguiu entregar o novo Hospital, a terceira ponte e o estádio Geraldão, a cidade não oferece acessibilidade para portadores de necessidades especial, por exemplo.

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Bolsonaro é indiciado no caso das joias; Leia a íntegra do relatório

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 aliados por envolvimento em um esquema de desvio de presentes recebidos por autoridades estrangeiras. A decisão foi revelada após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo do relatório na última segunda-feira (8.jul.2024).

Relatório Completo

O relatório da PF está disponível para consulta em oito partes:

Parte 1 (26 MB)

Parte 2 (38 MB)

Parte 3 (15MB)

Parte 4 (12 MB)

Parte 5 (14 MB)

Parte 6 (12 MB)

Parte 7 (8 MB)

Parte 8 (1 MB)

Esquema e Valores Envolvidos

De acordo com a investigação, Bolsonaro teria recebido R$ 6,8 milhões em dinheiro vivo pela revenda das joias nos Estados Unidos. Esse valor foi utilizado para cobrir despesas do ex-presidente durante seu período de residência no país após a derrota nas eleições presidenciais de 2022. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou em 2016 que todos os bens recebidos por presidentes devem ser incorporados ao patrimônio da União, exceto itens de natureza personalíssima ou de consumo próprio, como alimentos e perfumes.

Lista dos Indiciados e Crimes

Além de Bolsonaro, outros 11 indivíduos foram indiciados. Os principais envolvidos e os crimes atribuídos são:

Jair Bolsonaro: Associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

Fabio Wajngarten: Associação criminosa, lavagem de dinheiro.

Mauro Cesar Barbosa Cid: Associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

Mauro Cesar Lorena Cid: Associação criminosa, lavagem de dinheiro.

Frederick Wassef: Associação criminosa, lavagem de dinheiro.

Bento Albuquerque: Associação criminosa, apropriação de bens públicos.

Marcos André dos Santos Soeiro: Associação criminosa, apropriação de bens públicos.

Julio Cesar Vieira Gomes: Associação criminosa, lavagem de dinheiro, apropriação de bens públicos e advocacia administrativa.

Marcelo da Silva Vieira: Associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

José Roberto Bueno Júnior: Associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

Osmar Crivelati: Associação criminosa, lavagem de dinheiro.

Marcelo Costa Câmara: Lavagem de dinheiro.

Próximos Passos

A Procuradoria Geral da União (PGR) tem até 15 dias para analisar as provas coletadas pela PF e decidir os próximos passos. As opções incluem arquivar o caso, solicitar mais investigações ou denunciar os envolvidos. Caso a PGR opte por denunciar, a denúncia será analisada pelo STF, que decidirá se aceita a denúncia, transformando os envolvidos em réus, ou se arquiva o caso. O Supremo também pode remeter o caso para a 1ª Instância.

A revelação do relatório intensificou o debate político no Brasil, com implicações significativas para a imagem do ex-presidente e seus aliados.

A Presidência a Serviço do Crime: Bolsonaro espionou adversários ilegalmente; investigados por “Abin Paralela” sugeriram “Tiro na Cabeça” de Moraes

Abin Paralela de Bolsonaro espionou 8 parlamentares, 4 ministros do STF e um Podcast

Caso de Política | Luís Carlos Nunes –

Pouco tempo após a revelação do esquema de apropriação indevida de joias da União pelo então presidente Jair Bolsonaro, o Brasil se depara com mais um capítulo sombrio de sua gestão. Desta vez, surgem detalhes de uma operação criminosa de espionagem clandestina, comandada por Bolsonaro e seus aliados dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

De acordo com a coluna de Juliana Dal Piva, no portal ICL Notícias, Bolsonaro mobilizou servidores públicos para proteger seus filhos, acusados de crimes, e espionar adversários políticos, além de criar e disseminar informações falsas contra aqueles considerados inimigos. Políticos de oposição, autoridades do Judiciário e jornalistas foram monitorados pelos arapongas do governo, sob a coordenação do então chefe da Abin, Alexandre Ramagem, agora deputado pelo PL-RJ.

Entre os detalhes mais sórdidos, está a revelação de que membros da “Abin paralela” sugeriram um “tiro na cabeça” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A troca de mensagens, obtida pela Polícia Federal (PF), ocorreu em agosto de 2021, após Moraes afastar um delegado que investigava um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os investigados, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues, discutiram alternativas que variavam de um ataque direto à abertura de um processo de impeachment contra Moraes.

A operação da PF, realizada na quinta-feira (11 de julho), cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo. Os mandados foram expedidos pelo STF. Os alvos de busca e apreensão incluíram Mateus de Carvalho Sposito, José Matheus Sales Gomes, Daniel Ribeiro Lemos, Richards Dyer Pozzer, Rogério Beraldo de Almeida (foragido), Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues. Além disso, foram decretadas prisões preventivas e o afastamento dos cargos públicos de Mateus de Carvalho Sposito, Richards Dyer Pozzer, Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues.

O esquema de espionagem ilegal conduzido pelos membros da Abin durante o governo Bolsonaro envolveu autoridades dos Três Poderes, além de jornalistas, agências de checagem e perfis críticos ao governo nas redes sociais. Os ministros do STF monitorados foram Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. No Legislativo, os alvos incluíam o atual presidente da Câmara, Arthur Lira, e senadores da CPI da Covid, como Alessandro Vieira, Omar Aziz, Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros.

A Abin paralela foi responsável por criar perfis falsos nas redes sociais e divulgar informações falsas sobre jornalistas e integrantes dos Três Poderes. Também acessou ilegalmente computadores, telefones e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos. As provas apresentadas pela Polícia Federal indicam um uso sistemático da máquina pública para fins criminosos e de perseguição política.

Com essas revelações, Bolsonaro se aproxima da punição, evidenciando o uso da Presidência para conduzir atividades ilegais. A robustez das provas indica que o ex-presidente pode enfrentar consequências severas por seus atos, marcando um capítulo inédito e sombrio na história da República.

URGENTE: MP vê ‘perigo de dano ao patrimônio público devido a riscos fiscais

O Procurador de Justiça do Estado aponta riscos de Barreiras não honrar compromissos financeiros, afetando serviços públicos na cidade

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O nível alarmante de endividamento da Prefeitura de Barreiras pode mergulhar o município numa crise financeira severa, resultando em atrasos salariais para funcionários e paralisação dos serviços públicos essenciais. Esta é a conclusão do Ministério Público, divulgada ontem.

O Procurador Geral de Justiça, Aquiles Siquara Filho, emitiu o alerta ao analisar um agravo de uma ação popular contra um empréstimo de R$ 60 milhões solicitado pelo prefeito Zito Barbosa (UB). De acordo com o Ministério Público da Bahia, com base nos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida acumulada do município já alcança R$ 920.861.960,57, uma cifra que revela uma “precária situação fiscal”.

A Prefeitura de Barreiras possui o maior nível de endividamento do estado, com despesas comprometendo quase 95% da receita corrente, o que deixa o município à beira de uma crise financeira.

Na análise do agravo, o Ministério Público alertou para “indícios robustos de perigo de dano ao patrimônio público” e para o risco de que o município não consiga honrar seus compromissos financeiros, impactando negativamente a prestação de serviços públicos.

A vereadora Carmélia da Mata (PP), uma das autoras da ação popular e crítica contundente dos empréstimos realizados pela gestão Zito Barbosa, relembrou que foi um dos dois votos contrários ao empréstimo de R$ 60 milhões. “Aprovaram tudo em 10 minutos”, afirmou Carmélia, destacando a rapidez e falta de transparência na aprovação do empréstimo pela Câmara, composta por 19 vereadores.

Para Carmélia, a ausência de um plano de ação detalhado para o uso dos R$ 60 milhões, destinados genericamente à “infraestrutura”, levanta suspeitas. “Eu penso que o dinheiro era para pagar fornecedores”, disse a vereadora, denunciando atrasos nos contratos geridos pela Prefeitura.

A parlamentar teme que a situação financeira do município se agrave ainda mais, prejudicando até mesmo os salários dos servidores. “Nesse ritmo, até os servidores vão ficar sem receber”, concluiu Carmélia.

As informações foram obtidas em primeira mão pelo Portal Caso de Política, logo após o pronunciamento do ex-secretário de finanças de Barreiras, José Roberto, em entrevista à rádio Oeste FM. Em seu discurso, José Roberto fez questionáveis ataques ao mestre em economia da Universidade Federal do Oeste (UFOB), George Lélis, utilizando retórica política que beirava a paixão pelo atual prefeito da cidade, Zito Barbosa. José Roberto ainda atacou os ex-prefeitos, Jusmari Oliveira (PSD) e Antônio Henrique, além do ex-deputado federal Tito que é pré-candidato a prefeito de Barreiras.

Segundo fontes do Caso de Política, a produção da rádio Oeste FM aguardava confirmação da assessoria do prefeito Zito para participar de  entrevista que foi realizada nesta quinta-feira, 11 de julho, mas estranhamente José Roberto se prontificou a comparecer a emissora para tratar da milionária dívida municipal.

Barreiras tem aproximadamente R$ 920 milhões em dívida, valor este que com juros e correções poderá chegar a casa de R$ 1 bilhão.

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Promotoria Eleitoral de Barreiras Alerta para Condutas Vedadas no Pleito Eleitoral de 2024

Caso de Política – No último dia 14 de junho, a 1ª Promotoria de Justiça de Barreiras, por meio do promotor eleitoral Dr. Rodolfo Fontenele, emitiu uma Recomendação Ministerial enfatizando condutas vedadas aos agentes públicos do município para o ano eleitoral em curso. Um dos pontos centrais da recomendação é a proibição da distribuição de benefícios sociais, incluindo objetos provenientes de doações pela CODEVASF, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba. A medida visa prevenir práticas que possam comprometer a igualdade de oportunidades entre os candidatos e a liberdade de escolha dos eleitores, impactando a normalidade e a legitimidade do processo eleitoral.

Considerações sobre as Condutas Vedadas

A Recomendação destaca a preocupação com o abuso do poder econômico e político, bem como o uso impróprio de bens doados, incluindo aqueles providos por entidades públicas como a CODEVASF, ou desvios de finalidade no manejo de recursos públicos. Tais práticas são vistas como potenciais ameaças à democracia, comprometendo a lisura do pleito.

Recomendações da Promotoria Eleitoral

A Promotoria Eleitoral orientou todos os agentes públicos de Barreiras, incluindo prefeito, secretários municipais, vereadores, servidores públicos e outros, a suspenderem imediatamente e evitarem durante o pleito eleitoral de 2024 as seguintes condutas:

Distribuição de bens, serviços ou execução de obras por meio de doações, convênios ou acordos, especialmente aqueles envolvendo a CODEVASF, salvo exceções previstas em lei.

Realização de promoção pessoal ou divulgação vinculada a qualquer pessoa, especialmente candidatos a cargos eletivos deste ano, utilizando bens recebidos de entidades públicas. Isso inclui exposição de nomes, imagens, voz, entre outros, em redes sociais, sites ou outros meios de comunicação.

Elogios, agradecimentos ou pronunciamentos que exaltem políticos ou pré-candidatos, promovendo seus nomes de forma a influenciar o eleitorado, especialmente em relação a benefícios provenientes de parcerias com entidades como a CODEVASF e emendas parlamentares.

Advertências e Consequências

O não cumprimento das recomendações pode resultar em representação por parte do Ministério Público Eleitoral, conforme previsto na legislação. Além disso, tais condutas podem configurar atos de improbidade administrativa, sujeitando os agentes públicos às sanções legais pertinentes.

A Recomendação Ministerial visa não apenas informar e orientar, mas também evidenciar a possibilidade de responsabilização caso as diretrizes não sejam seguidas, reforçando o compromisso da Promotoria Eleitoral com a integridade do processo democrático em Barreiras.

Esta ação preventiva busca assegurar que as eleições municipais transcorram dentro dos princípios democráticos e legais, preservando a equidade entre os candidatos e a autonomia de escolha dos eleitores.

Para conferir a íntegra das recomendações, clique aqui.

Estudo mostra uso de inteligência artificial na detecção de fake news

Agência Brasil – Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal Fluminense (UFF) desenvolveu um método para detecção de notícias falsas, as chamadas fake news, nas redes sociais, com o uso de inteligência artificial (IA). A técnica é fruto de estudo desenvolvido pelo engenheiro de telecomunicações Nicollas Rodrigues, em sua dissertação de mestrado pela universidade.

O estudante e seu orientador, Diogo Mattos, professor do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Redes de Nova Geração da UFF, desenvolveram uma ferramenta de IA capaz de diferenciar fatos de notícias falsas, a partir da análise de palavras e estruturas textuais, com precisão de 94%.

Ou seja, a cada 100 notícias analisadas, a ferramenta conseguia acertar se era fato ou boato em 94 situações. No total, foram analisadas mais de 30 mil mensagens publicadas na rede social X (antigo Twitter).

Testamos três metodologias e duas tiveram sucesso maior. A gente indica, no final dos resultados, a possibilidade de utilizar ambas em conjunto, de forma complementar”, explica Rodrigues.

A primeira metodologia consistiu em abastecer um algoritmo com notícias verdadeiras e o treinaram a reconhecê-las. Aquelas que não se encaixavam no perfil aprendido, eram classificadas como fake news.

A outra abordagem é semelhante à primeira no que se refere à análise textual, mas em vez do uso de algoritmo, foi utilizada metodologia estatística, que analisa a frequência em que determinadas palavras e combinações de palavras aparecem nas fake news.

Os resultados do trabalho podem se transformar em ferramentas úteis para o usuário da internet identificar notícias que apresentam indícios de fake news e, assim, ter cautela maior com aquela informação.

Pode-se transformar a ferramenta em um plugin [ferramenta que apresenta recursos adicionais ao programa principal] compatível com algumas redes sociais. E, a partir do momento em que você usa a rede social, o plugin vai poder indicar não que a notícia é falsa, de maneira assertiva, mas que ela pode ser falsa, de acordo com alguns parâmetros, como erros de português. Também existe a possibilidade de fazer uma aplicação na própria web, onde você cola o texto da notícia e essa aplicação vai te dizer se aquilo se assemelha ou não a uma notícia falsa”, explica Rodrigues.

Restrições para candidatos a cargos públicos nas eleições municipais 2024 entram em vigor neste sábado (06)

As medidas buscam garantir a lisura e a equidade no processo eleitoral, evitando o uso da máquina pública em benefício de candidaturas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A partir deste sábado (6), faltando exatos três meses para o primeiro turno das eleições municipais de 2024, entram em vigor diversas proibições para os candidatos, especialmente aqueles que ocupam cargos públicos. As restrições estão previstas na Lei nº 9.504/1997, que regula o pleito eleitoral. As principais vedações são:

  • Contratação de Shows Artísticos: Está proibida a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos para inaugurações de obras públicas ou divulgação de serviços públicos.
  • Presença em Inaugurações: Candidatos não podem comparecer a inaugurações de obras públicas.
  • Veiculação de Nomes, Slogans e Símbolos: Sites, canais e outros meios oficiais de comunicação não podem exibir nomes, slogans, símbolos, expressões ou imagens que identifiquem autoridades, governos ou administrações cujos cargos estão em disputa.
  • Transferência de Recursos: Servidores e agentes públicos não podem realizar transferência voluntária de recursos da União para estados e municípios e dos estados para municípios, com exceções para situações de emergência, calamidade pública ou quando há obrigação formal preexistente.
  • Publicidade Institucional e Pronunciamento: Pronunciamentos em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito são proibidos, exceto em casos urgentes, conforme decisão da Justiça Eleitoral. Também é vedada a publicidade institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, salvo em situações de grave e urgente necessidade pública.
  • Nomeação ou Exoneração: Está vedada a nomeação, contratação, remoção, transferência ou exoneração de servidores públicos, exceto para cargos comissionados e funções de confiança. Nomeações de aprovados em concursos homologados até 6 de julho são permitidas.
Cessão de Funcionários

Órgãos e entidades da administração pública direta e indireta podem ceder funcionários à Justiça Eleitoral a partir deste sábado, mediante solicitação dos tribunais eleitorais. Esta cessão é válida até 6 de janeiro de 2025 para regiões com apenas o primeiro turno das eleições municipais e até 27 de janeiro de 2025 para locais com segundo turno.

Estas medidas buscam garantir a lisura e a equidade no processo eleitoral, evitando o uso da máquina pública em benefício de candidaturas.

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