Zito nomeia seu irmão Herbert Barbosa como Chefe de Gabinete e pode ter violentado regras contra o nepotismo

Regra de Ouro contra o nepotismo, estabelece que é vedada a vinculação hierárquica direta entre parentes em cargos em comissão

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A nomeação de Herbert Barbosa, irmão do prefeito Zito Barbosa (UB), para o cargo de Chefe de Gabinete do próprio prefeito, como anunciada em 09 de abril de 2024 no Diário Oficial do município (Edição nº 4137), levanta preocupações significativas em relação ao nepotismo e às regras de governança do serviço público. De acordo com infográfico abaixo, elaborado pela Diretora de Gestão de Pessoas, Herbert, irmão de Zito, se enquadra na condição de 2º grau, – filhos de mesmo pai e mãe – e é proibido de exercer o cargo.

O nepotismo, proibido por uma série de leis e normas, ocorre quando um agente público utiliza sua posição para nomear, contratar ou favorecer parentes em detrimento do mérito e da imparcialidade nas decisões administrativas.

A legislação brasileira é clara quanto à vedação do nepotismo, incluindo dispositivos como:

  • Constituição Federal de 1988: Estabelece os princípios da moralidade, impessoalidade e igualdade no serviço público, os quais são violados pela prática de nepotismo;

  • Lei nº 8.112/1990 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União): Não permite que agentes públicos utilizem sua posição para favorecer parentes;

  • Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal (STF): Determina que a prática de nepotismo é inconstitucional.

  • Decreto nº 7.203/2010: Estabelece diretrizes para evitar o nepotismo no âmbito da administração pública federal.

  • Portaria ME nº 1.144/2021: Define normas para prevenir o nepotismo no Ministério da Economia, que influenciam diretamente as práticas em âmbito municipal.

De acordo com a Portaria ME nº 1.144/2021, por exemplo, o nepotismo é presumido em certas situações, como a nomeação de familiares para cargos em comissão ou funções de confiança. Isso significa que não é necessário comprovar a influência do agente público na contratação do parente para configurar nepotismo e conforme infográfico organizado pela

Um princípio importante (Regra de Ouro), estabelecido é que não deve haver vinculação hierárquica direta entre parentes que ocupam cargos em comissão, garantindo assim a independência e a meritocracia na administração pública.

A nomeação de Herbert de Souza Barbosa para o cargo de Chefe de Gabinete, uma posição estratégica que envolve assessoramento direto ao prefeito e coordenação de atividades administrativas fundamentais, levanta dúvidas sobre a conformidade com as leis de combate ao nepotismo.

É crucial considerar que as vedações ao nepotismo não se aplicam apenas a servidores federais efetivos ou ocupantes de cargos de nível hierárquico mais alto, mas também devem ser observadas em nível estadual e municipal.

Além disso, desde o dia 1º de março de 2021, tornou-se obrigatório que todo agente público preencha a “Declaração de Vínculo Familiar – Nepotismo” no ato da posse, visando a transparência e a prevenção de práticas inadequadas.

Diante dessas considerações legais e éticas, a nomeação de Hebert Barbosa pelo prefeito de Barreiras, Zito Barbosa, um familiar em 2º grau para uma posição-chave na administração pública, requer uma análise judicial, cabendo ao Ministério Público que investigue para uma possível denúncia ao Tribunal de Justiça uma vez que o nepotismo pode configurar improbidade administrativa quando demonstra desvio de finalidade na administração pública, favorecimento indevido de interesses pessoais em detrimento do interesse público ou violação dos princípios constitucionais e legais que regem a administração pública.

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Instituto IGP emite nota de repúdio contra vereadores de Formosa do Rio Preto e presta esclarecimentos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Instituto de Gestão e Preservação (IGP), por meio de sua assessoria jurídica, enviou à Caso de Política na tarde desta segunda-feira (29/04) uma Nota de Repúdio contra vereadores de Formosa do Rio Preto, em resposta a uma denúncia considerada descabida apresentada por estes parlamentares que apresentaram denúncia ao Ministério Público da Bahia.

Na nota, assinada pelo Diretor Presidente Aldo José Sousa Santos, a entidade reafirma sua seriedade e ressalta que prestou serviços a diversos municípios da região, sem que em sua trajetória houvesse qualquer fato ou conduta que a desabonasse.

O IGP aponta na nota a denúncia feita pelos vereadores como infundada e expressa seu espanto ao se deparar com matérias veiculadas pela imprensa.

Ao veículo Caso de Política, que prima pela democracia, pela isonomia de tratamento, atendendo a interesses públicos, delibara autonomamente o exercício do direito de publicar a nota, a qual segue abaixo em seu inteiro teor:

URGENTE: Zito articula com Câmara um novo pedido de empréstimo de R$ 59 milhões em pleno ano eleitoral

Novo pedido de empréstimo pode entrar na pauta da Câmara nesta terça-feira (29/04); em regime de urgência; especula-se que a ideia do prefeito é fatiar os valores entre diversas instituições financeiras para dificultar possíveis contestações judiciais e uma suposta tentativa de burlar a proibição judicial já proferida

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito de Barreiras, Zito Barbosa (UB), surpreendeu ao decidir não recorrer da decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que negou, na última quinta-feira, 25 de abril, a autorização para o município contrair um empréstimo de R$ 60 milhões.

Diante dessa contrariedade judicial, Zito Barbosa agora se movimenta estrategicamente nos bastidores uma nova autorização da Câmara de Vereadores para um empréstimo no valor de R$ 59 milhões. Uma abordagem hábil nesse novo pedido é a intenção do prefeito em obter autorização para contrair o empréstimo em diversas instituições privadas, talvez como uma forma sutil de contornar a restrição imposta pela decisão anterior.

Nos bastidores da política local, fontes afirmam que “os vereadores da base governista, comentam abertamente a situação e se sentem constrangidos em acolher a solicitação que poderá ser apresentada brevemente”.

A urgência demonstrada pelo prefeito em conseguir esses recursos se revela crítica diante de relatos de fornecedores com pagamentos atrasados entre três e seis meses, ameaçando a continuidade de suas atividades. O risco iminente de interrupção de serviços essenciais adiciona um componente estratégico ao movimento de Zito Barbosa.

É crucial ressaltar que esse pedido de empréstimo ocorre em pleno ano eleitoral, acrescentando uma intrigante dimensão política a essa conjuntura. De acordo com nossos informantes, “dado o estado atual da administração municipal, Zito considera prioritário evitar deixar dívidas para a próxima gestão. Uma eventual reprovação de suas contas pelo Tribunal de Contas representaria uma séria ameaça à sua elegibilidade”.

Há especulações de que o novo pedido de empréstimo possa entrar na pauta da Câmara amanhã, terça-feira (29/04), em regime de urgência, destacando a astúcia e perspicácia do prefeito diante das circunstâncias eleitorais que podem comprometer a sucessão na cadeira de prefeito da cidade.

O Caso de Política acompanha atentamente as movimentações e tão logo hajam novas informações, divulgaremos aos nossos leitores e a sociedade.

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Defesa de ex-diretor da PRF clama por equidade no tratamento Judicial e diz que Bolsonaro também deveria estar preso

Defesa alega que se a justificativa para manter a prisão é evitar interferências na produção de elementos probatórios, então o mesmo critério deveria ser aplicado ao ex-mandatário

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), elevou o tom em seu embate jurídico ao lançar um desafio direto: se Vasques está atrás das grades, por que não o ex-presidente Jair Bolsonaro?

O pedido de revogação da prisão de Vasques foi novamente apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ele ter sido detido desde 9 de agosto do ano passado, com dois requerimentos anteriores de liberdade negados.

Segundo informações da CNN Brasil, os advogados de Vasques não apenas questionaram as bases de sua prisão, mas também lançaram uma comparação direta com a situação de Bolsonaro. Se a justificativa para manter Vasques atrás das grades é evitar qualquer interferência na produção de provas, então, argumentam os advogados, o mesmo critério deveria ser aplicado ao ex-presidente.

“Se o argumento fosse válido, a Polícia Federal teria pedido a prisão do ex-presidente da República pelo mesmo fundamento. Isso porque se o requerente poderia influenciar no ânimo de alguma testemunha, mesmo sendo pobre e um mero servidor público aposentado, com muito mais razão poderia o ex-presidente”, afirmam os advogados na petição, conforme citado pela CNN Brasil.

A defesa também levantou a questão da aposentadoria de Vasques, mencionando casos anteriores envolvendo coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal que foram libertados com base em suas aposentadorias, alegando não terem influência sobre subordinados. Os advogados argumentam que, da mesma forma, Vasques não teria capacidade de influenciar o curso das investigações estando fora da prisão.

O pedido de revogação da prisão agora aguarda resposta do ministro Alexandre de Moraes, sem um prazo definido para uma decisão. Enquanto isso, Silvinei Vasques permanece detido há quase nove meses, sendo investigado no contexto das operações da PRF durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, especialmente no Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro. Este embate judicial levanta questões sobre a equidade no tratamento de figuras públicas frente à lei e reacende debates sobre a imparcialidade nas investigações e ações judiciais de alto perfil.

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Troca de Alexandre de Moraes por André Mendonça vai mudar correlação de forças no TSE e deve favorecer bolsonarismo

Na imagem, Alexandre de Moraes e André Mendonça discutem em sessão do STF em setembro de 2023

Caso de Política com informações de O Globo – Com o fim do mandato do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 03 de junho, uma reviravolta está a caminho. Essa mudança no tabuleiro pode ter implicações profundas nos julgamentos do tribunal, especialmente em relação às questões sensíveis como o combate às fake news. Com a saída iminente de Moraes, a ministra Cármen Lúcia assumirá a presidência do colegiado, enquanto a vaga será preenchida por André Mendonça, ministro considerado pertencente a uma ala divergente na Corte.

Nos bastidores, especula-se sobre como essa mudança poderá influenciar a dinâmica do tribunal. Atualmente, o placar de 4 a 3 em decisões importantes, frequentemente alinhado com Moraes, pode sofrer alterações. Com a chegada de Mendonça, espera-se que quatro ministros com visões mais “conservadoras” se unam, potencialmente modificando o equilíbrio de forças. Esse cenário poderia favorecer aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro em futuros julgamentos.

Uma das questões cruciais que o TSE terá que enfrentar é o pedido de cassação do senador Sergio Moro (União-PR), anteriormente absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. A mudança na composição do tribunal levanta questões sobre como o novo alinhamento poderá influenciar esse e outros casos. Na avaliação de observadores, a chegada de Mendonça torna a composição do TSE mais favorável a Moro, considerando a postura mais contida do novo ministro em casos de cassação.

Enquanto isso, Jair Bolsonaro, mesmo tendo sido condenado à inelegibilidade por oito anos, continua sendo alvo de múltiplas ações no TSE. Esses processos, relacionados a ataques às urnas eletrônicas e disseminação de desinformação, serão examinados pela nova composição do tribunal. A incerteza sobre o desfecho desses casos paira sobre o cenário político brasileiro.

Além das batalhas jurídicas, a ministra Cármen Lúcia está determinada a manter a luta contra as fake news como uma prioridade do TSE. Sua agenda inclui a implementação de medidas mais rigorosas para combater a desinformação, especialmente às vésperas das eleições municipais de outubro. A recente criação da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação evidencia o compromisso do tribunal em lidar com esse desafio crescente.

Enquanto a transição na presidência do TSE se desenrola, a política brasileira observa atentamente as mudanças que estão por vir. O desafio será manter o equilíbrio entre os interesses políticos e a integridade do processo eleitoral em um momento de grande turbulência e polarização.

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Pesquisa Séculus que aponta intenção de voto em prefeito de Barreiras causa controvérsias e será denunciada à justiça

De acordo com os questionamentos, os dados Séculus destoam de outras diversas pesquisas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Uma investigação pode ser instaurada em relação à pesquisa recentemente divulgada pelo Instituto de Pesquisas Séculus, encomendada e paga pelo Portal Bahia Notícias. O levantamento, focado na intenção de voto dos cidadãos de Barreiras, desencadeou uma onda de questionamentos e incertezas.

De acordo com a manchete veiculada no Bahia Notícias neste domingo, 21 de abril de 2024, a situação política local é sintetizada em letras garrafais: “BN/Séculus: Em Barreiras, ex-deputado federal Tito e Danilo Henrique dividem intenções de voto em todos os cenários“.

Porém, a credibilidade do Instituto Séculus (Séculus Consultoria e Assessoria Ltda ME | CNPJ: 24.374.946/0001-86) está sendo severamente questionada, especialmente em vista de alegações anteriores de manipulação em seus levantamentos eleitorais.

Um episódio emblemático ocorreu em 8 de setembro de 2022, quando o jornal Correio da Bahia divulgou um estudo da Séculus prevendo a vitória de ACM Neto no primeiro turno com uma margem expressiva de 57,39% dos votos.

Conforme relato do Correio, sem mencionar nomes, “A vantagem do ex-prefeito de Salvador (ACM Neto) para o segundo colocado é de quase 40 pontos percentuais. O candidato que aparece em segundo lugar apresentou 18,36% das intenções de votos, enquanto o terceiro candidato somou 6,89%.” Todavia, os resultados oficiais divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contaram uma história bem diferente: Em 1º turno, Jeronimo Rodrigues (PT) recebeu 49,45% dos votos, ACM Neto (UNIÃO BRASIL) 40,80%, e João Roma (PL) 9,08%.

Essa disparidade entre as previsões da Séculus, outros Institutos de Pesquisas e os resultados reais das eleições coloca em dúvida a confiabilidade de seus levantamentos. No caso em questão, a pesquisa foi divulgada pouco menos de 30 dias antes do primeiro turno, realizado em 2 de outubro de 2022, potencialmente influenciando o eleitorado de forma significativa. Na Bahia desde as eleições de 2006 que não acontecia 2º turno para governador, e Jeronimo Rodrigues, ante os seus 49,45% de votos válidos recebidos, chegou bem próximo de repetir o feito de vencer com maioria logo em 1º turno.

Um outro caso que chama a atenção, foi noticiado pelo próprio Bahia Notícias em 25 de julho de 2022, quando o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), suspendeu a divulgação de pesquisa da Séculus sobre a disputa sobre o governo da Bahia.

De acordo com fontes próximas consultadas pelo Portal Caso de Política, “este levantamento será contestado judicialmente, dado que diversos levantamentos para consumo interno apresentaram resultados discrepantes em relação aos divulgados nesta pesquisa”.

Print publicação G1

Curiosamente, neste levantamento, aparece o nome do atual prefeito Zito Barbosa (União Brasil), que já concorreu a uma reeleição e está legalmente impedido de concorrer a um terceiro mandato consecutivo. A atual secretária de Desenvolvimento Urbano do Estado, Jusmari Oliveira (PSD), que já foi prefeita da cidade e recebeu expressiva votação em 2022 quando concorreu a uma cadeira para deputada estadual, aparece com irrisórios percentuais. em 2022, ela angariou 9.561 votos (12,38%).

O mesmo pode ser dito sobre Karlúcia Macedo, que foi vice-prefeita de Barreiras, que em 2022, disputando uma cadeira de deputada estadual,  obteve 9.443 votos (12,22%).

Não é de hoje, que determinados Institutos e levantamentos divulgados são alvos da justiça e de questionamentos, exemplo disso é que ao final de 2022, políticos de diversas matizes ideológicas e partidárias se articularam para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar esses levantamentos.

O Jornal A Tarde, já destacou que o referido Instituto Séculus possui histórico de graves erros em pesquisas eleitorais pelo Estado da Bahia, como foi o caso do Município de Itabuna nas eleições de 2020, cujo atual Prefeito Augusto Castro (PSD) foi apontado como terceiro colocado na disputa.

Em uma outra ocorrência, desta vez registrada pela RedeGN, o Juiz Eleitoral da 66ª Zona, Vanderley Andrade de Lacerda, impediu a divulgação de pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Séculus Consultoria e Assessoria Ltda., contratada pelo Bahia Notícias sobre levantamento feito sobre intenção de voto no município de Casa Nova.

Em outra publicação da RedeGN, é estampada a manchete: “Decisão Judicial suspende mais uma vez pesquisa do Bahia Notícias/Instituto Séculus“, sobre levantamento realizado para a cidade de Juazeiro.

O magistrado em sua decisão citou “defeitos insanáveis no seu registro”, demonstrando que “há uma grave falha na pesquisa impugnada”, tendo em vista que a empresa ignora diversos fatores e conclui: “A empresa simplesmente ignorou informações”. A decisão do Juiz é sintética e definitiva: “A divulgação de pesquisas eleitorais deve ser feita de forma responsável devido à repercussão que causa no pleito” e conclui: “que os representados Séculus Consultoria e Assessoria Ltda  Me e Bahia Notícias se abstenham de publicação e divulgar a pesquisa registrada sob nº BA-04154/2020 para o município de Casa Nova – BA, desde a presente data até o julgamento final da representação, sob pena de multa diária no valor de R$10.000,00”.

As pesquisas eleitorais desempenham um papel crucial em informar e orientar o eleitorado, permitindo uma compreensão mais clara do cenário político e auxiliando os candidatos a ajustarem suas estratégias de campanha. No entanto, é fundamental que os institutos de pesquisa ajam com transparência, imparcialidade e precisão, respeitando padrões éticos para garantir a integridade do processo democrático e a confiabilidade dos resultados apresentados.

Conforme noticiou Bahia Notícias, o levantamento foi realizado entre os dias 15 e 17 de abril de 2024, foram ouvidos 800 eleitores e possui uma margem de erro de 3,5% para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%. Segundo ainda, a pesquisa está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BA-08779/2024. A pesquisa foi para e encomendada pelo Bahia Notícias e custou R$ 10.000,00, conforme consta em nota fiscal a qual teve acesso o Caso de Política.

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Novo ciclo de investimento da Honda no Brasil promete geração 5 mil novos empregos

O aporte será de R$ 4,2 bilhões entre 2024 e 2030 e concentrado na introdução da tecnologia de veículos híbridos e no desenvolvimento de cadeia de suprimentos-chave para esses modelos

Caso de Política com Agência Gov – Em um encontro estratégico realizado no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu Arata Ichinose, presidente da Honda para a América do Sul. A reunião contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e teve duração aproximada de uma hora.

Durante o encontro, Ichinose apresentou ao presidente Lula um panorama da trajetória da Honda no Brasil. Com mais de 50 anos de atuação no país, a empresa mantém uma fábrica de motocicletas em Manaus, responsável pela produção de mais de 30 milhões de unidades, além de operações de veículos em Sumaré e Itirapina-SP, e um parque eólico em Xangri-La-RS, além de um escritório na cidade de São Paulo. A Honda já possui um investimento robusto de R$ 9 bilhões no Brasil, focado especialmente no setor automotivo.

O presidente da Honda destacou o compromisso da empresa com a transição para energias renováveis até 2050, ressaltando o potencial do etanol como um aliado nessa jornada de descarbonização. Além disso, anunciou a produção no Brasil de um novo modelo híbrido-flex de SUV, previsto para ser lançado em 2025.

Como parte desses esforços, Ichinose anunciou um novo ciclo de investimentos da Honda no Brasil, totalizando R$ 4,2 bilhões entre 2024 e 2030. Esses recursos serão direcionados principalmente para a introdução da tecnologia de veículos híbridos e para o desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos robusta para esses modelos. A expectativa é que esses investimentos gerem 1.700 novos empregos diretos e mais de 3.500 indiretos. A fábrica de Itirapina já se prepara para iniciar o segundo turno de produção a partir da próxima segunda-feira (22).

Vale destacar que híbrido-flex é um veículo que combina duas tecnologias de propulsão: o sistema híbrido, que utiliza tanto um motor elétrico quanto um motor a combustão interna, e a capacidade de utilizar diferentes tipos de combustível, como gasolina, etanol ou uma mistura dos dois.

Esses veículos são projetados para oferecer maior eficiência energética e reduzir as emissões de poluentes, além de proporcionar flexibilidade aos proprietários em termos de escolha de combustível. No caso do Brasil, onde a produção e o consumo de etanol são significativos, os carros híbridos-flex oferecem uma opção ainda mais econômica e sustentável para os consumidores, pois permitem alternar entre o uso de etanol e gasolina conforme a disponibilidade e o preço dos combustíveis.

Essa tecnologia combina as vantagens dos veículos híbridos, que oferecem maior eficiência e menor emissão de poluentes em comparação com os veículos movidos exclusivamente a combustão interna, com a flexibilidade dos veículos flex-fuel, que podem ser abastecidos com diferentes tipos de combustível. Essa combinação faz dos carros híbridos-flex uma opção atraente para os consumidores brasileiros preocupados com o meio ambiente e interessados em economia de combustível.

O presidente Lula saudou os novos investimentos da Honda no Brasil, destacando o papel fundamental da indústria automobilística no desenvolvimento econômico do país. Ele ressaltou a importância de um ambiente de investimentos estável e propício, com destaque para a estabilidade jurídica, econômica, fiscal e social. Lula também enfatizou a necessidade de oferecer modelos de custo acessível para atender à crescente demanda da classe média brasileira, e destacou o potencial de exportação de veículos produzidos no Brasil para outros países da América Latina.

Por fim, o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin celebraram o novo ciclo de investimentos da Honda no Brasil, assinando uma placa comemorativa que simboliza o compromisso mútuo com o desenvolvimento econômico e a geração de empregos no país.

Este é mais um passo significativo rumo a um futuro mais sustentável e próspero para o Brasil, onde a indústria automotiva desempenha um papel crucial no cenário econômico e ambiental.

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Corrupção leva CNJ a avaliar plano de intervenção no Judiciário da Bahia

Com base em reportagem de Robson Bonin, publicada na coluna Radar da Revista Veja e dados dos arquivos de O Expresso

Do Jornal OExpresso – A explosiva delação do empresário Walter Horita junto à Procuradoria Geral da República(PGR) sobre o desenrolar da Operação Faroeste, no Oeste baiano, levou o Conselho Nacional de Justiça a analisar a possibilidade de intervenção no Judiciário baiano, tanto são os envolvidos na trama de compra de sentenças e grilagem de terras.

Os primeiros envolvidos antes da delação premiada de Horita

Investigação cita “cooptação dos agentes do sistema de justiça” pelo crime; fazendeiro fechou acordo com a PGR e admitiu ter comprado decisões dos magistrados baianos. Horita, um dos quatro mentores e financiadores da conspiração, apontou, na delação ainda em segredo de justiça, todo o esquema de corrupção.

O Conselho Nacional de Justiça vai focar, nas próximas semanas, num grande escândalo da magistratura. Investigações da Polícia Federal e do próprio órgão revelam um quadro institucionalizado de corrupção ainda vigente no Judiciário da Bahia. Há possibilidade de intervenção no tribunal, algo extremamente grave para os padrões decisórios do CNJ.

Em 2019, a PF desmontou um esquema de venda de sentenças no TJ-BA. Desembargadores, juízes, advogados e empresários foram presos. O fazendeiro Walter Horita fechou acordo com a PGR, até hoje sigiloso, em que confessa ter comprado decisões de magistrados baianos. O Radar teve acesso ao caso. Horita pagou 30 milhões de reais para se livrar das acusações de corrupção.

“O investigado confessou formal e circunstanciadamente a prática delitiva no curso da investigação. O compromissário atuou comprando decisões numa ambiência profissional de mercancia judicial pelo Tribunal.”

Além de corromper magistrados, o esquema envolvia o Ministério Público e a Secretaria de Segurança da Bahia. Quem não era comprado, era ameaçado de morte.

Ainda nesta semana, o STJ aceitou novas denúncias contra magistrados investigados por venda de decisões judiciais. Apesar de afastados, eles continuam recebendo salários. O número de magistrados envolvidos continua a ser atualizado frente à delação e novas denúncias.

STJ mantém desembargadora afastada do TJ-BA e recebe nova denúncia ligada à Operação Faroeste

Caso de Política – A Operação Faroeste, que desvelou um intricado esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), especialmente em disputas de terras no oeste do estado, continua a revelar desdobramentos significativos. Nesta quarta-feira (17), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deliberou sobre uma nova denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra alvos da força-tarefa.

Por unanimidade, os ministros tornaram réus a desembargadora do TJ-BA, Maria do Socorro Barreto Santiago, e o ex-juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além disso, cinco outras pessoas também foram alvo da denúncia, incluindo o casal de empresários Adailton Maturino dos Santos e Geciane Souza Maturino dos Santos, identificados pelo MPF como os líderes do esquema.

A desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago permanecerá afastada de suas funções por mais um ano, conforme decisão do STJ, enquanto o ex-juiz Sérgio Humberto teve sua prisão domiciliar revogada em março, embora já tenha sido condenado à aposentadoria compulsória pelo TJ-BA.

Esta nova denúncia se soma a outras ações penais e inquéritos derivados da Operação Faroeste, todos evidenciando a complexidade do esquema investigado pelo MPF.

O ministro relator da ação no STJ, Og Fernandes, enfatizou que os fatos apresentados nesta denúncia são distintos das investigações anteriores. Segundo ele, o MPF demonstrou indícios concretos de movimentações financeiras entre os envolvidos, que seriam evidências dos pagamentos feitos aos magistrados em troca de decisões judiciais favoráveis.

A denúncia aponta para a fraude na efetivação de duas escrituras de imóveis no oeste baiano, supostamente obtidas mediante a compra de decisões judiciais. Os pagamentos teriam sido realizados por Adailton e Geciane Maturino dos Santos, utilizando técnicas de lavagem de dinheiro e “laranjas”, totalizando milhões de reais.

As defesas dos acusados contestaram a denúncia, argumentando sua inépcia e a fragilidade dos elementos apresentados pelo MPF para comprovar as condutas criminosas.

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Divulgar pesquisa eleitoral sem registro e enquetes pode gerar pesada multa e prisão

Multas variam de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00. Já a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime e pode gerar prisão de seis meses a um ano

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No último dia 1° de março, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou uma série de 12 resoluções que definiram quais serão as regras para o pleito deste ano. Entre essas determinações, está a Resolução TSE n° 23.727/2024, que trata das pesquisas eleitorais. O texto altera trechos da Resolução TSE n° 23.600/2019, que disciplina o assunto.

A norma aprovada manteve a data de 1° de janeiro do ano da eleição para que as entidades e empresas registrem, no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle), até cinco dias antes da divulgação, as pesquisas de opinião pública realizadas. O registro e a complementação de informações no PesqEle poderão ser efetivados a qualquer hora do dia, independentemente do horário de expediente da Justiça Eleitoral.

O registro deverá apresentar informações sobre quem contratou a pesquisa e quem pagou – com os respectivos números no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) – o valor e a origem dos recursos, a metodologia utilizada e o período de realização do levantamento.

Além disso, outros dados necessários são: o plano amostral; a ponderação quanto a gênero, idade, grau de instrução e nível econômico do entrevistado; o nível de confiança e a margem de erro da pesquisa; o questionário completo aplicado; e o nome do profissional estatístico responsável pela pesquisa.

A partir do dia em que a pesquisa puder ser divulgada e até o dia seguinte, a empresa ou o instituto deverá enviar o relatório completo com os resultados, contendo dados referentes ao período de realização da coleta de dados, o tamanho da amostra, a margem de erro, o nível de confiança, o público-alvo, a fonte pública dos dados utilizados para a amostra, a metodologia, quem contratou a pesquisa e a origem dos recursos. A disponibilização dos relatórios completos com os resultados de pesquisa ocorrerá depois das eleições, com exceção de casos em que houver determinação contrária da Justiça Eleitoral.

Vale registrar que a Justiça Eleitoral não realiza nenhum controle prévio sobre o resultado das pesquisas, nem gerencia ou cuida da divulgação. Pesquisas realizadas em data anterior ao dia das eleições poderão ser divulgadas a qualquer momento, inclusive no dia das eleições, desde que respeitado o prazo de cinco dias definido na resolução. O novo texto estabeleceu que a divulgação de levantamento de intenção de voto realizado no dia das eleições somente poderá ocorrer a partir das 17h do horário de Brasília.

Ministério Público, candidatas e candidatos, partidos, coligações e federações partidárias poderão acessar o sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados das entidades e das empresas que divulgarem pesquisas eleitorais. A solicitação de acesso deverá ser enviada à Justiça Eleitoral.

Caso seja comprovada irregularidade e perigo de dano, a Justiça Eleitoral poderá conceder liminar para suspender a divulgação dos resultados da pesquisa impugnada ou, ainda, determinar que sejam incluídos esclarecimentos na divulgação dos resultados, com aplicação de multa em caso de descumprimento da determinação.

De acordo com o novo texto aprovado na resolução, pesquisa é diferente de enquete ou sondagem. Estes dois últimos se caracterizam pelo levantamento de opiniões sem plano amostral nem utilização de método científico para a realização. A enquete que for apresentada à população como pesquisa eleitoral será reconhecida como pesquisa de opinião pública sem registro na Justiça Eleitoral.

A divulgação de pesquisa sem o registro prévio das informações constantes da resolução sujeita os responsáveis a multa que varia de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00. Já a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com multa – também estipulada nos mesmos valores citados anteriormente –, além de detenção de seis meses a um ano.

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