Professora Nilza, Presidente do PT de Barreiras, participa de reunião política com o PV e fortalece alianças para as eleições municipais

A parceria com o PV reforça nosso compromisso de trabalhar juntos para que Barreiras cresça respeitando o meio ambiente e promovendo a inclusão social”, Professora Nilza

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Nesta sexta-feira, 17 de maio, a professora Nilza, presidente do PT de Barreiras e pré-candidata a vereadora, participou de uma importante reunião política com representantes do Partido Verde (PV). O encontro contou com a presença de Vanilson Gomes, presidente estadual do PV, e Edson Duarte, ex-ministro do Meio Ambiente.

Durante a reunião, o PV formalizou seu apoio à candidatura de Tito a prefeito de Barreiras, um movimento estratégico que promete fortalecer o projeto coletivo voltado para o desenvolvimento sustentável da cidade.

“Estamos muito felizes com essa aliança. O apoio do PV é crucial para avançarmos com nossas propostas de crescimento sustentável, que buscam gerar emprego, renda e oportunidades para todos os cidadãos de Barreiras”, declarou a professora Nilza.

A professora Nilza destacou a importância da união entre os partidos em prol de uma Barreiras melhor.

“Nossa cidade tem um enorme potencial para se desenvolver de maneira sustentável. A parceria com o PV reforça nosso compromisso de trabalhar juntos para que Barreiras cresça respeitando o meio ambiente e promovendo a inclusão social”, afirmou.

Vanilson Gomes, presidente estadual do PV, também expressou otimismo com a aliança.

“Acreditamos que a candidatura de Tito representa um novo caminho para Barreiras. Estamos confiantes de que, com o apoio do PT e a liderança de Tito, conseguiremos implementar políticas públicas que atendam às necessidades da população e protejam nossos recursos naturais”, disse.

Edson Duarte, ex-ministro do Meio Ambiente, ressaltou a importância de um desenvolvimento sustentável em Barreiras.

“Precisamos pensar em um modelo de crescimento que equilibre progresso econômico com a preservação ambiental. Essa aliança entre o PV e o PT é um passo significativo nessa direção”, comentou.

Para a professora Nilza, a união dos partidos é um reflexo do desejo da população por mudanças.

“Os moradores de Barreiras querem ver nossa cidade prosperar, mas de uma forma que beneficie a todos e preserve nosso patrimônio natural. Com essa aliança, estamos mostrando que é possível unir forças em prol de um objetivo comum”, concluiu.

Com a formalização do apoio do PV à candidatura de Tito, a professora Nilza reafirma seu compromisso com a construção de uma Barreiras mais justa e sustentável, reforçando sua pré-candidatura a vereadora e sua dedicação a projetos que promovam o bem-estar da comunidade.

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MP denuncia prefeito de Barreiras por Crime Ambiental; justiça acolhe pedido e impõe medidas restritivas

Zito está impedido de se ausentar da cidade por mais de 15 dias sem comunicar a justiça

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), apresentou uma denúncia formal contra o Zito Barbosa (UB), prefeito de Barreiras, por crimes ambientais graves. A denúncia, baseada no procedimento investigatório n° 003.0.36169/2019, acusa o prefeito de manter um depósito irregular de lixo, conhecido como “lixão”, que vem causando sérios danos ao meio ambiente e à saúde pública.

Histórico de Irregularidades

Desde 2017, Zito Barbosa tem sido alvo de críticas por não tomar medidas efetivas para resolver as irregularidades no depósito de lixo. O MP-BA em sua denúncia, argumenta que essa negligência resulta em significativa poluição ambiental, afetando diretamente a qualidade de vida dos moradores próximos. Estes incluem crianças e idosos, que dependem do local para seu sustento.

O MP-BA destaca que, desde 2012, um acordo de ajustamento de conduta foi firmado entre a prefeitura e o Ministério Público, impondo várias obrigações para a gestão adequada dos resíduos sólidos. Entre estas, estavam a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos, a criação de um Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e a implementação de coleta seletiva. No entanto, o prefeito não cumpriu esses compromissos, levando o MP-BA a ajuizar uma execução de afazer em 2017, sem que as determinações judiciais fossem atendidas.

Situação encontrada no “Lixão”

Inspeções realizadas entre 20 e 22 de outubro de 2019 revelaram condições alarmantes no depósito de lixo. As irregularidades incluíam a queima generalizada de resíduos, a presença de crianças e adolescentes trabalhando no local, a falta de cercamento e controle de acesso, e a inexistência de medidas de segurança adequadas. Além disso, o local está situado às margens da BR-242, colocando em risco a visibilidade dos motoristas devido à fumaça dos incêndios frequentes.

Consequências legais

Representados pela Procuradora-Geral de Justiça Adjunta Wanda Valbiraci Caldas Figueiredo e pelo Promotor de Justiça Convocado José Jorge Meireles Freitas, o MP-BA solicita que a denúncia seja recebida e que o prefeito Zito Barbosa seja citado para responder às acusações. A denúncia pede a realização de interrogatório e prosseguimento do processo até a condenação final, incluindo a reparação dos danos ambientais causados.

“A ação destaca a importância de uma gestão ambiental responsável e o compromisso com a saúde pública e a preservação do meio ambiente,” afirmam os representantes do MP-BA. “A manutenção irregular do ‘lixão’ de Barreiras exemplifica a necessidade de cumprimento rigoroso das leis ambientais para garantir um futuro sustentável e saudável para a comunidade.”

Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) impõe medidas rigorosas

Em uma decisão emitida pelo TJ – Bahia (Ação Penal nº 8024599-51.2020.8.05.0000), através da 1ª Câmara Criminal, uma série de medidas foi imposta a Zito Barbosa para a recuperação ambiental em Barreiras. O Desembargador Aliomar Silva Britto determinou que o prefeito cumpra várias condições para melhorar as condições de trabalho dos catadores de materiais recicláveis no município.

Medidas Determinadas

Restrição de deslocamento: Zito Barbosa está proibido de se ausentar da Comarca de Barreiras por mais de 15 dias sem autorização judicial.

Comparecimento ao Juízo: O prefeito deve comparecer quadrimestralmente ao Juízo da Comarca de Barreiras para informar e justificar suas atividades.

Licitação para PRAD: Dentro de 90 dias, deve promover uma licitação para contratar uma empresa especializada para realizar o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). A empresa deve ter uma equipe técnica qualificada e registrada no conselho profissional pertinente.

Execução do PRAD: Após a aprovação do PRAD pelo órgão ambiental competente, Zito Barbosa deve promover a execução de todas as medidas definidas, incluindo a remuneração dos profissionais envolvidos.

Projeto de Engenharia/Arquitetura: No prazo estipulado pelo PRAD, deve ser apresentado um projeto de engenharia ou arquitetura para um galpão de triagem, submetendo-o à aprovação da Secretaria Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos e das associações/cooperativas de catadores de materiais recicláveis de Barreiras.

Compra ou Cessão de Imóvel: Em até 90 dias após a homologação do PRAD, deve ser providenciada a compra ou cessão de um imóvel para a instalação de um galpão destinado aos catadores. Este galpão deve oferecer condições dignas de trabalho, incluindo iluminação e ventilação adequadas, instalações elétricas e hidráulicas completas, e espaço suficiente para todos os catadores cadastrados.

Aquisição de Equipamentos: O local deve ser equipado com os materiais necessários para a atividade de reciclagem, especialmente uma mesa de triagem e uma prensa para papéis e plásticos.

Compra de Caminhão: Após a compra do imóvel, deve ser licitada a compra de um caminhão-baú ou similar, que será cedido à entidade de catadores formada com o apoio da defensoria pública para uso nas atividades de coleta de materiais recicláveis.

Medidas em Caso de Descumprimento

A decisão judicial deixa claro que o cumprimento das condições será monitorado rigorosamente. Em caso de descumprimento de qualquer uma das determinações, o prefeito Zito Barbosa pode enfrentar consequências legais severas, incluindo a possibilidade de prisão.

“Diante da concordância manifestada pelo acusado (id. 28192526) com relação aos termos da proposta de suspensão condicional da ação penal e, em face do preenchimento dos requisitos legais previstos no artigo 89 da Lei nº 9.099/1995, observadas as peculiaridades da legislação ambiental, notadamente o artigo 28 da Lei nº 9.605/1998, SUSPENDO A AÇÃO PENAL PELO PRAZO DE 02 (DOIS) ANOS, submetendo o acusado a período de prova” é destaque na decisão proferida pelo Desembargador Aliomar Silva Britto.

Acompanhamento e Cumprimento

A conclusão do processo dependerá do cumprimento integral das medidas impostas ou da ocorrência de qualquer descumprimento. O Desembargador Aliomar Silva Britto, que assinou a decisão, enfatiza a importância de cada etapa para a recuperação ambiental e a melhoria das condições de trabalho dos catadores em Barreiras.

Esta decisão marca um passo significativo na luta pela sustentabilidade e justiça social em Barreiras, garantindo que as áreas degradadas sejam recuperadas e que os catadores de materiais recicláveis tenham melhores condições de trabalho.

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Às vésperas dos 133 anos de Barreiras, Emerson Cardoso enfatiza a importância do acesso à água potável e do tratamento de esgoto

Investimento em saneamento básico pode economizar em Saúde Pública, afirma o vice-prefeito

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Emerson Cardoso (Avante), vice-prefeito de Barreiras e pré-candidato a prefeito, divulgou um vídeo comemorativo pelo 133º aniversário da cidade, celebrado em 26 de maio. No vídeo, Cardoso destaca as potencialidades e os desafios enfrentados pela gestão pública municipal, com ênfase especial na questão do saneamento básico.

Cardoso iniciou a mensagem ressaltando a importância da data e a relevância do tema abordado:

“Dia 26 de maio, nossa querida cidade de Barreiras completa 133 anos. Vamos bater um papo com vocês sobre várias potencialidades e desafios da nossa gestão pública municipal. Especificamente, o nosso papo de hoje é sobre saneamento básico.”

O vice-prefeito sublinhou os benefícios econômicos e de saúde pública que o investimento em saneamento básico pode trazer, citando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a OMS, a cada R$ 1 investido em saneamento básico, economiza-se R$ 4 em saúde pública, um ponto que Cardoso fez questão de destacar. Ele também mencionou metas importantes do Marco Legal do Saneamento:

“Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada R$ 1 investido em saneamento básico, nós conseguimos economizar R$ 4,00 em saúde pública. De acordo com o Marco Legal do Saneamento, até 2033, toda a população brasileira deverá ter acesso 99% a água potável e de qualidade e 90% com tratamento de esgoto.”

Cardoso enfatizou a importância do acesso à água potável e do tratamento de esgoto para a qualidade de vida e a redução de riscos à saúde pública:

“O acesso a água de qualidade e potável, além do tratamento da rede de esgoto, é fundamental para que qualquer pessoa possa ter qualidade de vida e diminuir os riscos da saúde pública.”

Além dos aspectos de saúde, o vice-prefeito também destacou o impacto ambiental positivo do saneamento básico, comprometendo-se a ampliar a cobertura de saneamento na cidade. Ele prometeu que, até o final do ano, 80% de Barreiras estará saneada, e reiterou seu compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente:

“Além disso, é respeito ao meio ambiente e sustentabilidade também para a nossa cidade. Até o final desse ano, 80% da nossa cidade estará toda saneada. O meu compromisso com você, em parceria com o Governo do Estado e com o Governo Federal, é ampliar o acesso ao saneamento básico em todo o território da nossa querida cidade de Barreiras.”

A mensagem de Emerson Cardoso reforça seu comprometimento com o desenvolvimento de Barreiras, evidenciando a importância do saneamento básico como uma prioridade em sua gestão e em suas propostas para o futuro da cidade.

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Parte da tragédia no Rio Grande do Sul foi causada por ação humana

Entre as ações, pesquisador cita construções em áreas de alagamento

Agência Brasil – O professor Roberto Reis, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), disse, nessa quarta-feira (15), que parte da tragédia que atingiu 446 municípios gaúchos foi causada pela ação do homem, que construiu em locais onde não deveria construir, em áreas de alagamento, e não fez as manutenções corretas nos diques de contenção e nas barreiras anti-alagamento. Acrescentou que essas obras, feitas nos anos 1970, nunca receberam manutenção adequada.

A culpa da enchente é do planeta. Mas a culpa da tragédia é dos administradores do estado e das cidades”.

Em entrevista à Agência Brasil, Reis afirmou que Porto Alegre é área de várzea, de confluência de rios na beira do Lago Guaíba, que alaga sempre que tem enchente.

É natural. A gente é que não deveria ter construído na área que alaga periodicamente”.

Segundo o professor, a cada dois ou três anos há alagamentos em Porto Alegre só que, desta vez, foi extremamente severo. “Nunca foi tão alto”. Ele explicou que não há como evitar que haja cheias no Guaíba.

Mas que haja enchente, há como evitar, fazendo bem feito os diques de contenção e tudo o mais”. A manutenção ou reconstrução dos diques e barragens nos rios do estado é a saída apontada pelo professor da PUCRS para evitar que novas tragédias voltem a ocorrer.

Reis lembrou que em setembro do ano passado, o estado enfrentou grande enchente.

Aí se viu que as comportas e parte dos diques não estavam funcionando. Era hora de ter arrumado. Foi uma mega-enchente. A grande veio agora. Deveríamos ter arrumado tudo de setembro para cá. Espero que desta vez aprendam, porque o custo está sendo muito alto”.

Na avaliação de Roberto Reis, chuva em excesso, causada por mudança climática, é fenômeno natural. “A cada tempo, há chuvas extremas que causam enchentes”, completou. Desta vez, contudo, ocorreu no estado a enchente mais forte de toda a história, que ele atribui, em parte, à mudança climática causada pelo excesso de gás carbônico na atmosfera. “Essa é a parte natural do evento”. O resto, para ele, é ação do homem.

Volume de chuvas

De acordo com o professor Rodrigo Paiva, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o que está provocando a grande cheia no Lago Guaíba é, basicamente, um volume muito grande de chuvas que cai na bacia do Guaíba desde o final de abril e início de maio. Essa precipitação atingiu níveis recordes, registrando, em alguns locais, até 800 milímetros.

O professor Paiva explicou à Agência Brasil que, no primeiro momento, houve cheias bem rápidas nos rios da serra, onde existem vales mais encaixados em que os volumes de água correm rapidamente e os rios se elevam com rapidez e grande amplitude.

Há casos de 20 metros de elevação em menos de um dia. Isso causou muita destruição, por exemplo, no Vale do Taquari, de novo”.

Essa região sofreu grandes enchentes em setembro de 2023.

Rodrigo Paiva acrescentou que esse volume de água chega depois à região de planície, onde se espalha pelas várzeas e escoa mais lentamente. “Por isso, demora alguns dias entre a chuva na bacia hidrográfica e todo esse escoamento chegar a Porto Alegre, ao Lago Guaíba”. Desde o dia 5 de maio, observou-se um nível muito elevado do rio, atingindo recorde de 5,3 metros.

Além do corpo d’água bem grande do Lago Guaíba, tem a Laguna dos Patos, destacou o professor da UFRGS. Pelo fato de esses corpos d’água terem área superficial grande, eles estão sujeitos aos ventos.

Quando a gente tem um vento sul, isso ainda pode promover um represamento dessa água e uma elevação da ordem de 20 centímetros, ou até mais, se o vento for muito forte. Isso também ajuda um pouco na cheia do Lago Guaíba, embora o fator principal seja o grande volume das chuvas”.

Duração

Outra característica do evento é a duração, disse Rodrigo Paiva. A longa duração para baixar o nível do lago é associada à dificuldade de a água escoar nesses rios de planície, o Jacuí especialmente. “A água fica muito parada naquelas várzeas”. O professor do IPH comentou que, por outro lado, é interessante porque, se não houvesse as várzeas, o volume de água que vem das montanhas chegaria muito mais rapidamente à Grande Porto Alegre e, talvez com mais força e mais amplitude.

Se não houvesse essas várzeas, que já atuam como um reservatório natural que atenua as cheias, talvez o nível da água tivesse subido em Porto Alegre muito mais e mais rápido também”.

As consequências seriam também piores, admitiu o professor. Porque a região metropolitana de Porto Alegre está em área muito baixa, afetando cidades como Eldorado e Canoas.

As consequências seriam maiores. A inundação é grande, a profundidade, em alguns locais, atinge um metro ou dois metros, mas não há tanta velocidade da água. Já no vale, no Rio Taquari, como a profundidade é maior e é mais inclinado, a ação da água é mais destrutiva, capaz de destruir residências, arrastar coisas”, salientou Paiva.

Senado aprova PL sobre adaptação a mudanças climáticas

Modificado, texto segue para nova avaliação na Câmara dos Deputados

Caso de Política com Agência Senado – Em meio à tragédia que atinge o Rio Grande do Sul, o Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o projeto de lei que estabelece regras gerais para a formulação de planos de adaptação às mudanças climáticas (PL 4.129/2021). O projeto prevê que o governo federal elabore um plano nacional de adaptação à mudança do clima em articulação com estados e municípios e aponta algumas diretrizes. Como foi aprovado na forma de um texto alternativo, o projeto retorna à Câmara dos Deputados.

De iniciativa da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o projeto foi aprovado pela manhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após acordo negociado entre o governo e a oposição no Plenário na terça-feira (14).

Diferentemente da terça-feira (14), o projeto avançou sem intensas discussões nesta quarta. A votação foi simbólica. Líder do Governo no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) foi o relator do projeto na CCJ e autor do texto final aprovado. Antes, a proposta passou pela Comissão de Meio Ambiente (CMA).

Pode-se afirmar que o evento catastrófico que observamos no Rio Grande do Sul é resultado da responsabilidade compartilhada entre os maiores emissores de GEE [gases do efeito estufa] mundiais, sobretudo a partir de combustíveis fósseis, ao longo da série histórica desde o início do período industrial. Seria ingênuo acreditar que esse desastre foi causado apenas pela ação humana dentro do território brasileiro”, disse no parecer.

Contrário à proposta, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apontou que “o projeto não traz efeito prático”.

“É uma elaboração de diretrizes. [..]. Vendo aqui a redação final, a gente entende a boa intenção da autora. Acho que não há o efeito prático que alguns estão esperando. A discussão mais profunda sobre as coisas concretas que nós podemos fazer para avançarmos nessa linha de adaptação e convivência com essas condições climáticas extremas que acontecem em alguns locais pode ficar para outro projeto,” disse.

O que prevê o texto

Pelo projeto, as medidas de adaptação à mudança do clima serão elaboradas por órgão federal competente em articulação com as três esferas da Federação (União, estados e municípios) e os setores socioeconômicos, garantida a participação social dos mais vulneráveis aos efeitos adversos dessa mudança e dos representantes do setor privado.

Uma emenda do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi aprovada na CCJ para “garantir efetiva participação do setor empresarial na formulação e implementação do plano nacional de adaptação”.

O plano e suas ações e estratégias deverão ter como base “evidências científicas, análises modeladas e previsões de cenários, considerando os relatórios científicos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)”.

Planos locais

A proposta prevê que o plano nacional deverá indicar diretrizes para a elaboração de planos estaduais e municipais, assim como estabelecer ações e programas para auxiliar os entes federados na formulação dos seus próprios documentos. Essa implementação poderá ser financiada pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A medida foi uma das sugestões incluídas pelo relator na Comissão de Meio Ambiente (CMA), Alessandro Vieira (MDB-SE).

O texto alternativo também estabelece que as ações deverão ser avaliadas, monitoradas e revisadas a cada quatro anos. No projeto original, esse prazo era de cinco anos. Os planos deverão ainda ser integrados à Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608, de 2012) e à Estratégia Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas. 

Apesar da existência de um Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, o país carece de uma legislação que estabeleça diretrizes gerais a todos os entes da Federação para a elaboração e revisão de seus planos de adaptação, além de incentivá-los a elaborar e implementar tais planos”, apontou Alessandro ao recomendar a aprovação do texto.

Diretrizes

O PL 4.129/2021 abrange as diretrizes gerais a serem seguidas pelos órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) nos planos para reduzir a vulnerabilidade do país em relação à mudança do clima. O objetivo é complementar a Lei 12.187, de 2009, que estabeleceu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

Entre as diretrizes gerais para o enfrentamento das mudanças climáticas estão “o enfrentamento dos efeitos atuais e esperados das alterações climáticas; a criação de instrumentos econômicos, financeiros e socioambientais que permitam a adaptação dos sistemas naturais, humanos, produtivos e de infraestrutura; e a integração entre as estratégias locais, regionais e nacionais de redução de danos e ajuste às mudanças”.

Além disso, as ações de adaptação devem estar ligadas aos planos de redução de emissão dos gases de efeito estufa. A proposta também torna obrigatório o alinhamento dessas estratégias ao Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, assinado em 1992.

Prioridades

A proposta prioriza as áreas de infraestrutura urbana e direito à cidade e de infraestrutura nacional. Nesses campos, estão inclusos a segurança alimentar e hídrica, a saúde, a educação e estruturas de comunicações, energia, transportes e águas.

No setor agropecuário, o texto prevê estímulos à adaptação do setor ao Plano ABC, que integra a PNMC e é voltado à economia de baixa emissão de carbono na agricultura. Tais estímulos deverão envolver investimentos em pesquisa ou na implementação de práticas e tecnologias ambientalmente adequadas.

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80 milhões de brasileiros estão expostos a crises como do RS, diz ministra do Meio Ambiente

Caso de Política com informações do Canal Meio A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em uma entrevista reveladora ao canal Meio, alertou para a situação crítica enfrentada por 80 milhões de brasileiros, que representam cerca de 37,89% da população do país, vivendo em 1.942 municípios sob constante ameaça de eventos climáticos extremos.

Marina descreveu a magnitude do desafio enfrentado, destacando a necessidade de um plano abrangente de prevenção para essas áreas vulneráveis, que ela comparou a uma “UTI climática”. No entanto, ela ressaltou que a implementação efetiva desse plano requer um esforço conjunto e um novo paradigma jurídico, enfatizando a importância do diálogo com o Congresso Nacional.

A ministra também abordou o impacto devastador das enchentes no Rio Grande do Sul, destacando que esses eventos trágicos têm potencial para despertar uma consciência renovada sobre a urgência das mudanças climáticas. Marina caracterizou essa experiência como uma “pedagogia do luto”, enfatizando as perdas de vidas, econômicas e simbólicas associadas a esses desastres.

Além disso, Marina destacou a gravidade das fake news durante esses eventos catastróficos, salientando como a disseminação de informações falsas prejudicou os esforços de socorro e apoio às vítimas. Para ela, as fake news representam não apenas uma distorção da verdade, mas um roubo da decência e da confiança.

Enquanto o governo federal toma medidas para auxiliar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, incluindo ajuda financeira e a suspensão temporária do pagamento da dívida do estado com a União, a situação continua crítica, com o nível do rio Guaíba atingindo novos recordes e tremores de terra sendo sentidos em algumas regiões devido às fortes chuvas e enchentes.

Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestruturas e a Agência Nacional de Águas, o nível do Guaíba voltou a atingir o patamar dos cinco metros nesta segunda-feira (13/05), chegando a 5,05 metros. A projeção da Defesa Civil é chegar a 5,6 metros nos próximos dias, batendo um novo recorde. A máxima das cheias no Guaíba ocorreu no domingo, quando a água atingiu 5,33 metros, ultrapassando os 4,75 metros da enchente de 1941.

A entrevista completa entre Marina Silva e os representantes do canal Meio oferece insights valiosos sobre os desafios enfrentados e a necessidade urgente de ações coordenadas para lidar com os impactos crescentes das mudanças climáticas no Brasil.

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Governo Federal contempla Barreiras com 30 ônibus elétricos

No estado da Bahia, serão 2798 contemplando 18 cidades com população acima de 150 mil habitantes

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Barreiras e outras 17 cidades baianas estão sendo contempladas pelo Novo PAC Seleções, que investirá na aquisição de 2.364 ônibus elétricos, 370 veículos Euro 6 e 64 veículos sobre trilhos para a região metropolitana entre Salvador e Lauro de Freitas. A modalidade Renovação de Frota integra eficiência energética e baixo consumo de combustível para melhorar o atendimento à população, contribuindo para a redução das emissões de CO2 e para a qualidade de vida nas cidades brasileiras. A diminuição da idade média de veículos de transporte urbano também contribui para o fortalecimento da produção de veículos e componentes na indústria nacional.

A classificação de Barreiras foi divulgada pelo Ministério das Cidades na semana passada e reportada em primeira mão pelo Portal Caso de Política.

Acompanhe abaixo a relação de cidades contempladas

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Novo aumento do rio Guaíba pode superar pico anterior, prevê hidrologia

Projeção aponta nível de até 5,50 metros, 20 centímetros acima

Agência Brasil – Os cenários previstos neste domingo (12) pelo Instituto de Ciências Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) confirmam o repique da cheia do Rio Guaíba, com nova elevação de níveis para acima de 5 metros (m). O valor do nível máximo a ser atingido entre segunda e terça-feira (14) depende de ocorrência das chuvas adicionais previstas e do vento sul forte, podendo alcançar em torno de 5,50 metros, o que supera o pico de 5,30 metros registrados na semana passada. Às 9h deste domingo, os níveis do Guaíba continuavam elevados, em torno de 4,65 m.

O recorde de 5,30 metros ocorreu no último domingo (5). Desde então, foi iniciada redução lenta na quarta-feira (8) até 4,56 m no sábado (11). Entre o sábado (11) e este domingo (12), o Rio Guaíba apresenta sinal de repique com elevação de 10 centimetros.

De acordo com o instituto da UFRGS, até sexta-feira (10), os rios afluentes do Guaíba apresentavam lenta redução em níveis elevados (Jacuí, Sinos, Gravataí) ou moderados (baixo Taquari). Nas últimas 24 e 48 horas, ocorreu precipitação significativa de 100 milímetros (mm) ou mais em grande região, cobrindo grande parte das bacias do Taquari, Sinos, Caí e Jacuí. A resposta com subida para níveis elevados é observada no Taquari, Cai, Sinos e Jacuí. Há previsão de mais de 100 mm em ampla faixa na metade norte do Rio Grande do Sul, cobrindo essas bacias, principalmente nas próximas 24 horas.

Além disso, a previsão é de vento sul mais intenso, podendo chegar a 50 quilômetros por hora (km/h) na Lagoa dos Patos na segunda (13) e terça-feira (14).

Áreas de risco

Tendo em vista a elevada duração prevista da cheia, bem como seu repique, o Instituto de Ciências Hidráulicas recomenda a manutenção do estado de atenção a todas as áreas de risco, incluindo aquelas em que a inundação teve redução; atenção especial à população afetada; e ações imediatas para reestabelecimento de infraestruturas e manutenção de serviços essenciais, como o saneamento básico.

A previsão foi liderada pelos professores Fernando Fan e Rodrigo Paiva e pelo mestrando Matheus Sampaio do Instituto de Pesquisa Hidráulicas (IPH) da UFRGS em conjunto com a empresa RHAMA Analysis.

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Surtos de dengue têm ligação com aumento de temperatura de oceano; entenda

Um recente estudo publicado na revista Science destaca uma preocupante correlação entre o aumento da temperatura do oceano Índico e o aumento de surtos de dengue em diferentes partes do mundo. Os pesquisadores analisaram dados de casos de dengue e registros de temperatura oceânica ao longo de três décadas, identificando uma associação direta entre o aquecimento das águas e o aumento da incidência da doença.

A pesquisa, liderada por Huaiyu Tian, do Centro para Mudança Global e Saúde Pública da Universidade Normal de Pequim, ressalta a importância de compreender como as mudanças climáticas podem influenciar a propagação de doenças transmitidas por vetores, como a dengue. Tian observa que, dada a falta de vacinas amplamente eficazes e tratamentos específicos para a dengue, a modelagem e a pesquisa de previsão desempenham um papel crucial no combate à doença.

Os dados analisados abrangem casos anuais de dengue em 46 países do Sudeste Asiático e do continente americano, bem como informações mensais de incidência da doença em 24 países, incluindo o Brasil, entre 2014 e 2019. Os resultados revelam que o aumento das temperaturas oceânicas está correlacionado com um aumento nos casos de dengue, com destaque para o Índice do Aumento da Temperatura do Oceano Índico (IOBW), que mostrou uma influência significativa nos surtos.

Ao contrário de estudos anteriores que se concentraram principalmente nas temperaturas locais, esta pesquisa adotou uma abordagem mais ampla, considerando as mudanças climáticas globais e seu impacto nas temperaturas locais em várias regiões do mundo. Isso é fundamental para entender melhor os padrões de propagação da dengue e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e resposta a surtos.

A análise ressalta que o aquecimento do oceano Índico tem um impacto global nas dinâmicas climáticas locais, criando condições favoráveis para a reprodução e propagação dos mosquitos transmissores da dengue. Essa descoberta é particularmente relevante para regiões tropicais, como o Brasil, onde a dengue é endêmica e onde a incidência da doença pode aumentar significativamente em resposta ao aquecimento das águas.

Embora os resultados do estudo forneçam insights valiosos, os pesquisadores destacam a necessidade de validar essas conclusões e considerar outros fatores, como medidas de controle de vetores e vacinação em massa, para aprimorar a capacidade preditiva do modelo e garantir uma resposta eficaz a futuros surtos de dengue.

DCM

Deputado alerta para riscos ambientais na Bahia e rompimento de barragens comparando drama vivido hoje pelo Rio Grande do Sul

Estamos testemunhando um aumento de chuvas fora do padrão, o que reforça a importância de implementarmos estratégias preventivas eficazes”, disse Arimatéia

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na última quarta-feira (8), em uma reunião informal da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o ex-presidente da comissão, deputado José de Arimateia (Republicanos), lançou um alerta contundente sobre os perigos iminentes de desastres ambientais na Bahia, comparando-os aos desafios enfrentados no Rio Grande do Sul em decorrência das recentes chuvas na região.

Arimateia expressou sua inquietação:

“Estou profundamente preocupado com a necessidade urgente de adotarmos medidas preventivas contra desastres ambientais, incluindo a manutenção adequada das barragens. Estamos testemunhando um aumento de chuvas fora do padrão, o que reforça a importância de implementarmos estratégias preventivas eficazes.”

O deputado lembrou suas ações enquanto presidia a Comissão entre março e dezembro de 2019, quando realizou inspeções rigorosas nas 15 barragens baianas, alertando as autoridades responsáveis para tomarem medidas corretivas. Mesmo após cinco anos dessas inspeções, ele enfatizou a necessidade de monitoramento contínuo:

“Não podemos esperar por uma tragédia para começar a agir.”

Além disso, Arimateia chamou a atenção para a persistente falta de quórum nas reuniões da comissão, o que tem prejudicado o avanço das discussões e das atividades importantes. Segundo o deputado, é fundamental fortalecer medidas preventivas, investir em infraestrutura, promover a conscientização ambiental e adotar práticas sustentáveis.

“Que a calamidade no RS nos motive a agir com determinação e urgência na prevenção de desastres. Que a solidariedade e a empatia guiem as ações do poder público para construirmos uma Bahia mais resiliente”, enfatizou.

Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Ambiental, Arimateia protocolou um ofício junto ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), solicitando o Relatório de Segurança das Barragens da Bahia (RSB) referente a 2023. Ele pretende que a ALBA possa acompanhar e colaborar proativamente nas ações necessárias para prevenir desastres. “Diante das chuvas atípicas na Bahia, é nosso dever contribuir.”

Esta abordagem jornalística amplia o impacto das preocupações expressas pelo deputado Arimateia, destacando não apenas os desafios iminentes, mas também os esforços proativos necessários para salvaguardar o meio ambiente e a população baiana.

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