Brasil retoma exigência de visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália por princípio da reciprocidade

A partir desta quinta-feira (10), viajantes desses países precisam de visto para entrar no Brasil, conforme decreto que visa equiparar tratamento dado aos brasileiros

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A partir desta quinta-feira, 10 de abril, o Brasil volta a exigir visto para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, conforme decreto do Poder Executivo que entra em vigor. A medida, anunciada em maio de 2023, visa aplicar o princípio da reciprocidade, já que esses países não isentam os brasileiros da exigência de visto.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo brasileiro continua negociando acordos de isenção de vistos em bases recíprocas com os países mencionados. O ministro do Turismo, Celso Sabino, reforçou o posicionamento do governo em uma rede social, afirmando que as tratativas para que os EUA isentem os brasileiros da exigência de visto seguem em andamento, permitindo a reciprocidade para os norte-americanos que visitam o Brasil.

Em 2024, o Brasil recebeu 728.537 turistas dos Estados Unidos, 96.540 do Canadá e 52.888 da Austrália, de acordo com dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). A medida pode ter impacto no fluxo turístico desses países para o Brasil.

Os viajantes dos EUA, Canadá e Austrália que chegam ao Brasil por via aérea, marítima ou terrestre devem solicitar o visto online no site eVisa, com uma taxa de US$ 80,90 (aproximadamente R$ 479). A estada desses visitantes no Brasil não poderá exceder 90 dias. O Itamaraty recomenda que a solicitação do visto eletrônico seja feita com antecedência para evitar interrupções de viagem causadas por atrasos ou conexões perdidas.

Apesar do decreto presidencial, o Senado Federal aprovou, em março deste ano, um projeto de lei que suspende a exigência de vistos para cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão a partir de 10 de abril. O texto seguiu para a Câmara dos Deputados, mas ainda não teve tramitação. O projeto de decreto legislativo é de autoria do senador da oposição Carlos Portinho (PL-RJ) e foi relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Vale ressaltar que o Japão não está mais na lista dos países que exigem visto dos cidadãos brasileiros. Em agosto de 2023, os governos do Brasil e do Japão chegaram a um entendimento para a isenção recíproca de vistos de visita para portadores de passaporte comum que viajem por período de até 90 dias. A isenção entrou em vigor em setembro de 2023 e tem validade de três anos.

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Trump recua, elogia Xi Jinping e abre caminho para acordo comercial

Após impor novas tarifas, presidente americano sinaliza trégua na guerra comercial, expressa otimismo em relação a um “bom acordo” com a China e tece elogios ao líder chinês

Caso de política com Reuters – Em uma reviravolta que surpreendeu analistas e investidores, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, amenizou o tom em relação à China nesta quarta-feira (9), sinalizando uma possível trégua na prolongada guerra comercial que tem gerado instabilidade nas economias globais. Em uma coletiva no Salão Oval da Casa Branca, Trump afirmou que não espera novos aumentos de tarifas contra a China, demonstrando otimismo em relação a um futuro acordo comercial.

Vamos fazer um bom acordo com a China, tenho certeza”, declarou o presidente, minimizando o impacto das novas tarifas impostas a produtos chineses. “Não imaginava que a suspensão das tarifas teria todo esse impacto”, disse Trump, indicando que o governo americano está aberto a um entendimento comercial com Pequim.

A postura conciliatória de Trump se estendeu ao presidente chinês, Xi Jinping, que foi alvo de elogios inesperados. “Xi Jinping é uma das pessoas mais inteligentes do mundo”, afirmou Trump, garantindo que o líder chinês “não deixaria o conflito com os EUA escalar além do lado comercial”. O elogio reforça a intenção da Casa Branca de manter as disputas restritas ao âmbito econômico, evitando um agravamento diplomático.

Sobre o aplicativo TikTok, de origem chinesa, Trump afirmou que o acordo com os EUA “ainda está na mesa”.

A China não está muito feliz em assiná-lo agora, mas acredito que eles querem, sim, fechar esse acordo”, disse.

Questionado sobre um possível encontro com Xi Jinping, Trump respondeu:

“Sim, me encontraria normalmente com Xi. Gosto muito dele, o respeito muito”.

A coletiva também abordou outros temas da agenda internacional. Trump comentou a situação no Irã, alertando que os Estados Unidos não permitirão que o país desenvolva armamento nuclear.

“O Irã não pode ter uma arma nuclear. Podemos realizar ações militares se for necessário, e Israel estará envolvido nisso também”, afirmou, expressando o desejo de ver o país persa prosperar, desde que respeite os limites nucleares impostos.

Em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, Trump defendeu uma solução diplomática: “Quero que Rússia e Ucrânia façam um acordo. Há escolas sendo bombardeadas, é preciso uma solução”. Questionado sobre a presença de tropas americanas na Europa, respondeu:

“Depende, vamos discutir”.

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China diz que vai transformar “tarifaço” dos EUA em “oportunidade”

Pressão de Trump é oportunidade para novo desenvolvimento, diz China

Agência Brasil | Lucas Pordeus León – Em editorial publicado nesse domingo (6), o jornal porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCCh) – o Diário do Povo – disse que a China está preparada para a guerra de tarifas de Donald Trump e que o “céu não cairá” por causa das novas barreiras comerciais.

Devemos transformar pressão em motivação e encarar a resposta ao impacto dos EUA como uma oportunidade estratégica para acelerar a construção de um novo padrão de desenvolvimento”, afirmou o editorial do principal jornal do PCCh.

O Diário do Povo citou ainda a frase do presidente da China, Xi Jinping, sobre a resiliência do mercado chinês, que pode suportar ventos fortes e tempestades.

“A economia chinesa é um oceano, não um pequeno lago. Tempestades podem virar um pequeno lago, mas não podem virar o oceano”, disse o mandatário chinês citado pelo jornal.

Nessa segunda-feira (7), Trump ameaçou a China com tarifas adicionais de 50% caso Pequim não recue da decisão de impor tarifas recíprocas à Washington.

Resistência

O jornal reconhece que as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos contra a China vão prejudicar o comércio entre as duas maiores potências do planeta.

Terá inevitavelmente um impacto negativo nas exportações da China no curto prazo e aumentará a pressão sobre a economia”, disse.

Por outro lado, o Diário do Povo argumenta que a China tem capacidade de resistir a essa pressão, que o país tem reduzido a dependência em relação à economia dos EUA e aumentado o controle sobre tecnologias chaves.

Construímos ativamente um mercado diversificado e nossa dependência do mercado dos EUA vem diminuindo. As exportações da China para os EUA como parcela do total de exportações caíram de 19,2% em 2018 para 14,7% em 2024”, destacou o jornal.

O Diário do Povo lembra que a guerra comercial com os EUA começou em 2017. “Não importa o quanto os EUA lutaram e nos pressionaram, sempre mantivemos o desenvolvimento e o progresso, demonstrando nossa resiliência de ‘quanto mais pressão enfrentamos, mais fortes nos tornamos’”, acrescentou o editorial.

O jornal do Partido Comunista Chinês acredita que a pressão de Trump forçará o país a acelerar e concretizar “avanços tecnológicos essenciais em áreas-chave”. Além disso, lembra que organizações de todo o mundo confiam na estabilidade da economia chinesa.

Muitas instituições financeiras de Wall Street aumentaram suas previsões para o crescimento econômico do nosso país, estão otimistas sobre o mercado de capitais da China e consideram a ‘certeza’ da China como um porto seguro para se proteger contra a ‘incerteza’ dos EUA”, completou.

Preparados

O editorial do jornal chinês destacou ainda que o Comitê Central do PCCh já previa que os EUA implementariam novas e crescentes rodadas de medidas para contenção econômica da China.

Sabemos o que estamos fazendo e temos estratégias em mãos. Estamos travando uma guerra comercial com os EUA há oito anos e acumulamos uma rica experiência nessa luta. Os planos de resposta também são preparados com antecedência”, disse o periódico.

Mercado interno

A jornal diz que a China se apoiará no seu imenso mercado interno para se contrapor às tarifas dos EUA. Segundo dados oficiais, 85% das empresas que exportam têm negócios no mercado interno. Além disso, o total de vendas no mercado interno representa 75% do total dos negócios.

Devemos adotar a expansão da demanda interna como uma estratégia de longo prazo, nos esforçar para fazer do consumo a principal força motriz e lastro para o crescimento econômico e aproveitar ao máximo as vantagens do nosso mercado de escala supergrande”, afirmou.

Parceiros comerciais

O editorial lembra ainda que os EUA não podem prescindir da China para muitos produtos, tanto de consumo, como de investimentos e intermediários.

A taxa de dependência de diversas categorias ultrapassa 50%, e será difícil encontrar fontes alternativas no mercado internacional no curto prazo”, destacou.

Ao mesmo tempo, o Diário do Povo citou que a China é o principal parceiro comercial para mais de 150 países, o que inclui o Brasil e a maioria dos países da América do Sul.

A cooperação econômica e comercial em mercados emergentes tem enorme potencial e está se tornando cada vez mais uma base importante para estabilizar nosso comércio exterior. Injetaremos mais estabilidade no desenvolvimento econômico global por meio do nosso próprio desenvolvimento estável”, completou o editorial.

Brasil responde à Tarifa de Trump com urgência na Câmara

Diante da imposição de tarifas americanas, deputados agem rápido e aprovam regime de urgência para projeto que visa retaliar sanções comerciais ao país

Caso de Política com Agência Câmara – A Câmara dos Deputados agiu prontamente em resposta ao anúncio de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre a aplicação de tarifas de 10% sobre produtos brasileiros. Em uma demonstração de apoio ao governo, os deputados aprovaram em regime de urgência o Projeto de Lei 2088/23, que concede ao Poder Executivo a prerrogativa de retaliar nações que imponham restrições ao comércio brasileiro, seja através de sobretaxas ou exigências ambientais consideradas excessivas.

O anúncio de Trump, justificado como uma medida para proteger o trabalhador americano e corrigir desequilíbrios comerciais, colocou o Brasil na mira de novas tarifas. Embora o país figure com a menor alíquota na lista de sanções (10%), o governo brasileiro e o Congresso demonstraram preocupação com o impacto potencial sobre a economia nacional e agiram em conjunto para mitigar os efeitos. China (34%) e União Europeia (20%) também serão afetadas pelas novas tarifas.

O Projeto de Lei, já aprovado no Senado, busca proteger os interesses comerciais do Brasil em um cenário global marcado pelo crescente protecionismo. A medida permite ao governo brasileiro taxar importações de países que demandem padrões ambientais mais rigorosos do que os praticados no Brasil.

A aprovação do regime de urgência reflete a convergência de esforços entre o governo e o Congresso. Apesar de divergências pontuais, como a manifestada pelo deputado Gilson Marques (Novo-SC) sobre a extensão dos poderes concedidos ao Executivo, houve um entendimento geral sobre a necessidade de uma resposta rápida e coordenada.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), em gesto de apoio ao agronegócio, um dos setores mais vulneráveis às tarifas americanas, retirou a obstrução do partido, demonstrando o amplo apoio à medida.

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Tecnologia neural chinesa dá salto com chip cerebral em fase de testes humanos

A NeuCyber, de propriedade estatal, tem ambições de fazer um teste ainda maior

PEQUIM (Reuters) – Uma parceria entre um instituto de pesquisa chinês e uma empresa de tecnologia disse na segunda-feira que pretende implantar seu chip cerebral em 13 pessoas até o final deste ano, em um movimento que pode fazer com que ela ultrapasse a Neuralink de Elon Musk na coleta de dados de pacientes.

O Chinese Institute for Brain Research (CIBR) e a NeuCyber NeuroTech, sediados em Pequim, inseriram o Beinao No.1, um chip cerebral sem fio semi-invasivo, em três pacientes no mês passado e têm mais 10 pacientes programados para este ano, disse Luo Minmin, diretor do CIBR e cientista-chefe da NeuCyber.

A NeuCyber, de propriedade estatal, tem ambições de realizar um teste ainda maior.

“No próximo ano, depois de obtermos a aprovação regulatória, faremos testes clínicos formais que incluirão cerca de 50 pacientes”, disse Luo aos repórteres, à margem do Fórum Zhongguancun, voltado para a tecnologia, em Pequim. Ele não entrou em detalhes sobre o financiamento ou a duração dos testes.

A aceleração dos testes em humanos pela CIBR e pela NeuCyber pode fazer do Beinao No.1 o chip cerebral com o maior número de pacientes do mundo, destacando a determinação da China em alcançar os principais desenvolvedores estrangeiros do setor.

A empresa norte-americana Synchron, cujos investidores incluem os bilionários Jeff Bezos e Bill Gates, é atualmente a líder global em termos de testes em humanos, com 10 pacientes, seis nos Estados Unidos e quatro na Austrália. A Neuralink, de Musk, tem atualmente três pessoas com seu implante.

A Neuralink está trabalhando em chips cerebrais sem fio que são inseridos dentro do cérebro para maximizar a qualidade do sinal, enquanto seus rivais estão trabalhando em chips semi-invasivos, ou sistemas de interface cérebro-computador (BCI), que são colocados na superfície do cérebro. Embora isso sacrifique a qualidade do sinal, há menos risco de danos ao tecido cerebral e outras complicações pós-cirúrgicas.

Vídeos publicados pela mídia estatal chinesa neste mês mostraram pacientes que sofriam de algum tipo de paralisia usando o chip cerebral Beinao No. 1 para controlar um braço robótico para servir um copo de água, até mesmo transmitindo seus pensamentos para uma tela de computador.

“Desde que a notícia dos testes bem-sucedidos do Beinao No. 1 em humanos foi divulgada, recebemos inúmeros pedidos de ajuda”, acrescentou Luo.

No ano passado, o CIBR e a NeuCyber nem sequer haviam começado os testes em humanos, anunciando que um chip invasivo que haviam desenvolvido, o Beinao No. 2, havia sido testado com sucesso em um macaco, que foi capaz de controlar um braço robótico.

Luo disse que uma versão sem fio do Beinao No.2, semelhante ao produto da Neuralink, estava sendo desenvolvida e ele esperava que fosse testada em seu primeiro ser humano nos próximos 12 a 18 meses.

A Synchron anunciou recentemente uma parceria com a Nvidia (NASDAQ:NVDA) para integrar a plataforma de IA da fabricante de chips aos sistemas de BCI da empresa. Luo disse que, embora a CIBR e a NeuCyber estivessem conversando ativamente com investidores e ansiosas para levantar fundos, as empresas que desejassem fazer parceria com o Beinao precisariam estar “voltadas para o futuro” e não focadas em obter lucro rápido.

“No curto prazo, quando se trata de BCI, o material que pode ser vendido é muito limitado”, disse Luo, acrescentando que o Beinao não tem vínculos com os militares chineses e está focado em ajudar pacientes que sofrem de diferentes tipos de paralisia.

A NeuCyber é de propriedade da Zhongguancun Development Corporation, que gerou mais de 9 bilhões de iuanes (US$1,24 bilhão) em receita em 2023, de acordo com os registros corporativos chineses.

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VÍDEO: União em Hanói: Lula divide mérito da abertura do mercado vietnamita com Câmara e Senado

Diplomacia Suprapartidária: Presidente ressalta o papel fundamental de Hugo Motta e Davi Alcolumbre no avanço das negociações para a exportação de carne bovina brasileira

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em um gesto de reconhecimento à força do diálogo institucional, o presidente Lula atribuiu o sucesso das negociações que resultaram na abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira à colaboração dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre. O anúncio, feito em vídeo divulgado após reunião com o primeiro-ministro vietnamita, celebra um marco histórico para o agronegócio brasileiro. Assista o vídeo aofina da matéria.

Lula, demonstrando um espírito de liderança que valoriza a união de esforços, destacou a importância da presença dos chefes dos poderes legislativos para o êxito da missão.

“Eu estou chegando agora no hotel num dia muito proveitoso para o Brasil. Tivemos uma reunião com o presidente, com o presidente da Assembleia, com o secretário-geral do partido, mas a reunião que nós tivemos agora foi com o primeiro-ministro. E qual foi a alegria que nós estamos aqui? É que depois de muitos anos de tentativa, o primeiro-ministro anunciou que finalmente vai comprar a carne brasileira para o mercado do Vietnã.”

O presidente enfatizou o caráter estratégico da conquista, que representa uma oportunidade de expandir as exportações brasileiras para um mercado com mais de 100 milhões de habitantes e consolidar o Vietnã como um parceiro comercial chave no Sudeste Asiático.

Ainda em sua fala, Lula não hesitou em dividir os créditos pelo avanço nas negociações, sublinhando que o apoio do Congresso Nacional foi determinante para convencer as autoridades vietnamitas sobre o potencial do Brasil.

“Eu acho que o que causou essa aceitação do ministro foi a presença do presidente do Senado e do presidente da Câmara, que mostrou a força da amizade que nós queremos ter com o Vietnã. Eu acho que foi uma viagem extraordinária. Já vamos embora amanhã, mas eu volto feliz para o Brasil porque o Brasil estava há mais de 20 anos tentando vender carne aqui, não conseguia, e nós estamos tentando ainda vender os aviões da Embraer porque é um avião extremamente importante para a defesa.”

Ao final da gravação, em clima de celebração, Lula cumprimentou efusivamente os presidentes da Câmara e do Senado, selando o momento de união e reconhecimento.

Com população de mais de 100 milhões, a abertura do mercado vietnamita representa uma oportunidade significativa para os produtores brasileiros, que agora poderão atender à demanda crescente por carne bovina no país, que importa cerca de 300 mil toneladas anualmente. O Vietnã já é o quarto maior destino das exportações agropecuárias brasileiras, atrás apenas de China, União Europeia e Estados Unidos.

Além do impacto imediato nas exportações de carne, o acordo tem um objetivo estratégico de longo prazo. O presidente Lula expressou o desejo de transformar o Vietnã em “uma plataforma de exportação para o Sudeste Asiático”, consolidando a posição do país como um parceiro comercial estratégico para o Brasil na região. O governo brasileiro também busca expandir a colaboração com o Vietnã em outros setores, como a produção de café.

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De Hanoi para a Bahia: Lula e Jaques Wagner abençoam posse de Wilson Cardoso na UPB e defendem novo refis da Previdência

Em mensagem direto do Vietnã, o presidente Lula e o senador Jaques Wagner saudaram a posse de Wilson Cardoso na presidência da UPB, reiterando o apoio do governo federal aos municípios baianos e a importância da aprovação da PEC 66, que trata do parcelamento de dívidas previdenciárias

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Wilson Paes Cardoso, atual prefeito de Andaraí, assume nesta sexta-feira (28) a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) para o biênio 2025-2026, com o desafio de fortalecer a representação dos municípios baianos e defender as pautas municipalistas em todas as esferas políticas. A posse, que marca o início de uma nova fase para a UPB, recebeu o apoio do presidente Lula e do senador Jaques Wagner, que enviaram mensagens de incentivo direto de Hanoi, capital do Vietnã, onde cumprem agenda oficial.

Em sua mensagem, o senador Jaques Wagner destacou a importância da posse de Wilson Cardoso e Sivaldo (que assume na Federação) para o fortalecimento do municipalismo na Bahia, reiterando o compromisso do governo federal em auxiliar os municípios baianos, em parceria com o governador Jerônimo Rodrigues e o ministro Rui Costa.

“Olá, amigas e amigos da UPB. Olá, meu amigo Wilson Cardoso, que está tomando posse hoje como presidente. […] É um presente que eu quero mandar para você e desejar muita sorte para você, muito trabalho. […] E dizer a todos que eu tenho certeza que vocês vão fazer um belo trabalho junto com o nosso governador Jerônimo, ministro Rui Costa e eu evidentemente aqui sempre ajudando. […] A PEC 66 já passou no Senado, só está faltando passar na Câmara com a concordância do presidente Lula”, afirmou Jaques Wagner.

O presidente Lula, por sua vez, desejou boa sorte a Wilson Cardoso e reforçou o compromisso do governo federal em atender às demandas dos prefeitos baianos.

“Wilson, um abraço, boa sorte. Eu posso dizer para vocês que agora, como você vai ser presidente de todos os prefeitos da Bahia, que você pode contar com o governo federal, pode levar a demanda do prefeito, porque lá na presidência você vai ter um amigo dos prefeitos do Brasil. Boa sorte, que Deus te ajude e você trate de ajudar o Jerônimo também, porque o Gerônimo é o nosso companheiro de sempre. Um abraço!”, disse Lula.

A posse oficial de Wilson Cardoso como novo presidente da UPB está marcada para o dia 28 de março

Wilson Cardoso, eleito pela chapa “União de Verdade”, traz para a presidência da UPB uma sólida trajetória de liderança política, empresarial e municipalista. Com quatro mandatos como prefeito de Andaraí, Cardoso se destacou pelo fortalecimento do municipalismo e pela defesa dos consórcios públicos, tendo presidido o Consórcio Chapada Forte e a Federação dos Consórcios Públicos do Estado da Bahia (FECBAHIA).

Ao assumir a presidência da UPB, Wilson Cardoso tem como prioridade a aprovação da PEC 66, que institui um novo Refis da Previdência para os municípios.

“Nós assumimos com o compromisso com pautas municipalistas muito importantes, como a PEC 66, que é o novo Refis da previdência. O sistema previdenciário virou uma bola de neve inviabilizando muitas administrações de pequenos municípios. Nós vamos pra cima agora, junto com os nossos deputados, para aprovação da PEC 66 e também para a redução, para que a alíquota do INSS retorne para os 8% nos municípios de pequeno porte”, declarou Wilson Cardoso em publicação na página da UPB.

A PEC 66, já aprovada no Senado, visa abrir um novo prazo de parcelamento especial de débitos dos municípios com seus Regimes Próprios de Previdência Social dos Servidores Públicos e com o Regime Geral de Previdência Social, oferecendo condições mais favoráveis para que os municípios regularizem suas dívidas previdenciárias e possam investir em outras áreas prioritárias.

Com essa nova liderança e o apoio do governo federal, a UPB se prepara para continuar sua missão de representar e fortalecer os municípios baianos, promovendo um trabalho conjunto e eficaz para um estado mais justo e próspero.

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Bayer é condenada a pagar US$ 2,1 bi por herbicida ligado a câncer

A Bayer incorporou o Roundup ao seu portfólio ao adquirir a empresa americana Monsanto por US$ 63 bilhões em 2018

Veredito nos EUA impõe multa bilionária à farmacêutica alemã, que recorrerá da decisão e defende segurança do produto Roundup

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A farmacêutica alemã Bayer foi condenada a pagar cerca de US$ 2,1 bilhões a um homem que alegou ter desenvolvido câncer pelo uso do herbicida Roundup. O veredito foi proferido por um júri na Geórgia, nos Estados Unidos, e representa mais um revés para a companhia, que já desembolsou cerca de US$ 10 bilhões em processos semelhantes.

A decisão inclui US$ 65 milhões em danos compensatórios e US$ 2 bilhões em danos punitivos, segundo os escritórios de advocacia Arnold & Itkin LLP e Kline & Specter PC, que representam o autor da ação. As informações são da agência Reuters.

A Bayer afirmou que discorda da sentença e que recorrerá. Em outros casos, a empresa conseguiu reduzir valores estabelecidos pelos júris em até 90%. A companhia também reiterou que o Roundup é seguro e informou que pretende levar o caso à Suprema Corte dos EUA.

O grupo farmacêutico alemão adquiriu o Roundup como parte de sua aquisição de US$ 63 bilhões da empresa agroquímica norte-americana Monsanto em 2018.

O glifosato pode ser banido no Brasil?

O glifosato é um princípio ativo desenvolvido na década de 1950 para a fabricação de produtos químicos, inicialmente utilizado na indústria farmacêutica. Tornou-se amplamente conhecido nos anos 1970, quando a Monsanto – atualmente parte da Bayer – lançou um herbicida à base dessa molécula. A popularidade do produto cresceu nos anos 1990, com o lançamento das sementes transgênicas Roundup, resistentes ao glifosato.

Esse herbicida é aplicado nas folhas de plantas daninhas, impedindo sua capacidade de absorver nutrientes. Além disso, pode ser utilizado como dessecante. Sua eficácia é superior à de outros herbicidas, controlando mais de 150 espécies de plantas invasoras em diversas culturas. No entanto, ele não costuma ser empregado durante o ciclo de produção, exceto no cultivo da soja transgênica, que é resistente ao agrotóxico.

Com o tempo, ervas daninhas têm desenvolvido resistência ao glifosato, o que tem levado à sua combinação com outros herbicidas para manter a eficiência. No Brasil, seu uso é autorizado no plantio de diversas culturas, como algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, milho, soja, trigo e uva.

Proibição em outros países

O glifosato foi proibido na Áustria e na Alemanha. Na França, o governo anunciou, em dezembro de 2020, que concederia auxílio financeiro a agricultores que deixassem de usá-lo. No México, o governo determinou que o uso do herbicida será eliminado até 2024, substituindo-o por alternativas consideradas mais sustentáveis.

Nos Estados Unidos, embora o produto seja amplamente utilizado, ele tem sido alvo de processos judiciais contra a Bayer, sob alegações de que o Roundup pode causar câncer. Em junho de 2020, a empresa firmou um acordo bilionário para encerrar diversas ações judiciais no país.

Regulamentação no Brasil

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter o uso do glifosato com restrições. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União em dezembro de 2020, encerrando uma reavaliação iniciada em 2008.

Em 2019, a Anvisa já havia concluído que o glifosato “não apresenta características mutagênicas e carcinogênicas” e “não é um desregulador endócrino”, ou seja, não interfere na produção de hormônios. No final de 2020, o órgão determinou que, para aplicação do defensivo nas lavouras, os agricultores devem utilizar tecnologias que reduzam em 50% a dispersão das gotas do agrotóxico para áreas vizinhas. Para doses acima de 3,7 mil gramas por hectare, a Anvisa exige uma margem de segurança de cinco metros entre a lavoura e áreas próximas a moradias ou escolas.

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Queda livre de Elon Musk: Tesla derrete, Starlink perde contratos e X desmorona em valor

Empresas de Elon Musk enfrentam crescente “backlash” por posicionamentos políticos controversos, resultando em perdas bilionárias e reavaliações de contratos

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O império de Elon Musk enfrenta uma tempestade perfeita. Após os boicotes à Tesla e perdas significativas em valor de mercado, a Starlink vê contratos ameaçados e o X (antigo Twitter) perde mais de 70% de seu valor desde a aquisição pelo bilionário. A atuação política controversa de Musk, somada a decisões radicais na gestão de suas empresas, parecem cobrar um preço alto.

A Tesla, carro-chefe do império Musk, viu suas ações despencarem 15% recentemente, acumulando uma perda de mais da metade de seu valor nos últimos 80 dias. A fabricante de carros elétricos atingiu o pico histórico de US$ 480 por ação em dezembro, mas agora amarga a marca de US$ 222, com o valor de mercado da empresa derretendo mais de US$ 700 bilhões, situando-se em US$ 696 bilhões.

A crise se estende à Starlink, a rede de internet via satélite de Musk, que enfrenta o cancelamento de contratos e a reavaliação de parcerias importantes. O primeiro-ministro de Ontário já anunciou o fim dos contratos com a empresa, em retaliação às tarifas de Trump contra o Canadá. Além disso, a Starlink pode perder negócios com governos da Polônia e da Itália, países que questionam o posicionamento de Musk em relação à Ucrânia e à OTAN.

A Itália, por exemplo, avaliava um contrato de US$ 1,5 bilhão para utilizar a Starlink como principal meio de comunicação de seus diplomatas, servidores e militares no exterior. No entanto, o negócio enfrenta obstáculos políticos após Musk ter criticado o presidente italiano, Sergio Mattarella, no X.

A Polônia, que financia a maioria dos terminais Starlink em operação na Ucrânia, também está reavaliando a continuidade dos serviços da empresa. Enquanto isso, a Europa busca alternativas à Starlink, com a Eutelsat, concorrente franco-britânica, surgindo como uma forte candidata. As ações da Eutelsat dispararam 390% na última semana, impulsionadas pelo plano da União Europeia de reforçar seus investimentos em defesa.

Magnata da telefonia rompe contrato com Elon Musk após provocações no X

O magnata mexicano Carlos Slim, empresário considerado a pessoa mais rica da América Latina, com fortuna estimada em US$ 93 bilhões — e apelidado de ‘Midas’, em referência ao mito grego do rei da Frígia, que transformava tudo que tocava em ouro, por sua habilidade de “transformar atividades decadentes em lucrativas” — anunciou um rompimento de contrato entre a América Móvil (AMX), sua empresa de telecomunicações, e a Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk.

O rompimento veio em forma de retaliação a um ataque pessoal de Musk ao bilionário e CEO da AMX, principal operadora telefônica da América Hispânica e responsável, no Brasil, pela Claro — que incorpora Embratel e Net.

No dia 23 de janeiro, Musk compartilhou uma publicação acusatória na rede social X, antigo Twitter, que dizia:

“Carlos Slim é um bilionário mexicano com fortuna de mais de US$ 70 bilhões. Ele é o maior acionista em ações negociadas publicamente do The New York Times.

Ele também é conhecido por ter laços significativos com os cartéis de drogas no México. Você não se torna bilionário no México sem fazer parte da rede que é controlada e protegida.

O NYT sabe com quem seus donos estão conectados e está promovendo a narrativa que apoia os interesses comerciais de Carlos Slim e seus parceiros.”

Em outro golpe para Musk, o X foi alvo de um grande ataque cibernético que deixou a rede social instável. Musk atribuiu o ataque a um grupo coordenado ou a um país, mencionando endereços IPs da Ucrânia, embora a origem exata seja difícil de rastrear. O ataque foi reivindicado pelo grupo Dark Storm Team, que defende causas pró-Palestina.

A situação do X é particularmente preocupante. Desde a aquisição por Musk em outubro de 2022, a rede social perdeu 71,5% de seu valor de mercado. A empresa de investimentos Fidelity avalia o X em apenas 5,3 bilhões de dólares, uma fração dos US$ 44 bilhões pagos por Musk. A desvalorização é reflexo das ações polêmicas do CEO, incluindo demissões em massa, mudanças radicais na política de verificação e transformações na plataforma.

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Real lidera valorização global e registra maior alta frente ao dólar em 29 meses

Moeda brasileira supera 32 divisas internacionais após decisão de Trump adiar tarifas sobre importados, enquanto mercado reage à retomada pós-feriado e à redução de incertezas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O real registrou na quarta-feira (5) a maior valorização global frente ao dólar, encerrando o dia com alta de 2,72% e cotado a R$ 5,755. A queda da moeda norte-americana representou o maior recuo percentual em 29 meses, desde outubro de 2022, quando o dólar caiu 4,03% em meio ao período eleitoral.

O movimento ocorre após dias de forte oscilação no mercado financeiro. Antes do feriado de Carnaval, na sexta-feira (28), o dólar havia atingido R$ 5,918, no maior patamar desde janeiro, acumulando alta semanal de 3,25% e avanço de 1,39% no mês. O cenário começou a mudar com a decisão do governo de Donald Trump de adiar em um mês as tarifas sobre carros importados do México e do Canadá, reduzindo pressões sobre moedas emergentes, incluindo o real.

A reversão da tendência de alta do dólar também reflete a retomada do apetite por risco no mercado. Operadores voltaram a investir em ativos brasileiros, impulsionados pelo alívio nas tensões comerciais e pela reabertura da Bolsa após o feriado. Especialistas destacam que, apesar da valorização expressiva, a volatilidade cambial permanece como um fator de atenção, uma vez que o câmbio segue influenciado por fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos.

A desvalorização do dólar tem efeitos diretos sobre a economia brasileira, reduzindo os custos de importação e aliviando pressões inflacionárias em setores dependentes de insumos estrangeiros. No entanto, economistas alertam que o movimento pode ser temporário, dependendo dos próximos desdobramentos da política econômica global e das sinalizações do Federal Reserve sobre os juros nos EUA.

Com o real assumindo a liderança entre 32 moedas globais, o cenário abre espaço para novos ajustes no câmbio, enquanto investidores monitoram os desdobramentos no cenário externo e suas repercussões no Brasil.

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