Atentado terrorista em Brasília acirra tensão e encerra debate sobre anistia aos golpistas do 8 de janeiro

Viaturas policiais em frente ao STF após explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília 13/11/2024 (Foto: REUTERS/Tom Molina)

Após explosões nos arredores do STF, ministros se posicionam contra qualquer proposta de anistia, enquanto mensagens do responsável pelo ataque expõem motivações extremistas e conexões golpistas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na noite de quarta-feira (13), um atentado abalou a Praça dos Três Poderes em Brasília, elevando o alerta entre as autoridades e levando o Supremo Tribunal Federal (STF) a endurecer sua posição contra a anistia a participantes de atos golpistas. Em um recado claro ao Congresso, ministros do STF declararam “tolerância zero” para qualquer tentativa de retomar o debate sobre anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. O recado foi transmitido com urgência aos parlamentares, sinalizando que as explosões foram uma linha vermelha que não pode ser cruzada.

As explosões ocorreram em sequência, com um intervalo de 20 segundos entre elas, causando alarme e reforçando a percepção de ameaça às sedes dos Três Poderes. O primeiro artefato foi detonado em um veículo estacionado próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados, e a segunda explosão, mais próxima do STF, tirou a vida de Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina. Identificado como o homem-bomba, Francisco tentava acessar o STF no momento da explosão, após ser barrado por seguranças. O carro utilizado no ataque estava em seu nome, e a Polícia Federal (PF) já assumiu as investigações, com o ministro Alexandre de Moraes como relator.

A gravidade do episódio gerou uma resposta rápida do STF, que determinou o isolamento da área e a intensificação das medidas de segurança na Esplanada. Em resposta à crescente ameaça de atentados, ministros e forças de segurança avaliam reforçar a proteção dos prédios públicos para prevenir novos ataques. Em conversas na noite do atentado, ministros manifestaram repúdio e enviaram a mensagem de “tolerância zero” ao Congresso. Fontes ligadas ao STF indicaram que qualquer menção de anistia é vista como um “absurdo” diante dos riscos que esses atos representam para a democracia.

Ideais extremistas e convocações golpistas

Francisco Wanderley Luiz mantinha um perfil ativo nas redes sociais, onde incitava militares a um golpe de Estado e utilizava linguagem bélica para convocar apoiadores à sua “causa”. A escolha da data para o ataque, próxima à Proclamação da República, levanta suspeitas entre os investigadores da PF sobre uma tentativa de simbolismo por parte do extremista. Suas mensagens eram repletas de insinuações contra autoridades e chamamentos para uma “revolução”. Em uma de suas publicações, ele escreveu: “Te levanta, caserna! Mostrem seu valor!”, acompanhada por emojis de caveira, em clara provocação aos militares.

Em mensagens analisadas pela PF, Francisco fazia referência a uma “data especial” — 15 de novembro de 2024 —, sugerindo que o ataque poderia marcar o início de uma nova proclamação da República. Em uma outra publicação, alertou sobre o possível “fim do jogo” em 16 de novembro. A tentativa de inspirar um golpe de Estado foi clara ao chamar os generais do Exército a escolherem o lado do “povo”, sob ameaça de que a “inteligência entrará em ação”. Esse apelo expôs a radicalização e o nível de organização de alguns grupos, levando a PF a investigar vínculos do homem-bomba com acampamentos golpistas, onde Francisco aparecia trajando indumentárias militares e exaltando símbolos nacionais.

Escalada de tensão e revisão da segurança

A tentativa de invasão ao STF e o uso de explosivos próximo ao coração do Judiciário brasileiro intensificaram o alerta para possíveis novos ataques. Autoridades da segurança pública agora buscam desvendar se Francisco Wanderley Luiz agiu isoladamente ou se teve apoio de grupos extremistas. Sua ex-esposa relatou à PF que ele participava de manifestações em frente a quartéis, exaltando a ideia de um golpe e, segundo ela, chegou a realizar ameaças. As investigações buscam identificar financiadores e outros potenciais envolvidos, enquanto dispositivos eletrônicos de Francisco foram apreendidos para análise.

A intensificação da segurança e a declaração de “tolerância zero” à anistia são respostas diretas à ameaça representada por Francisco e por outros simpatizantes da ideia de um golpe de Estado. O episódio de quarta-feira não apenas encobre de vez a possibilidade de qualquer indulgência para os golpistas, mas também desafia a segurança da democracia e das instituições brasileiras, que se mantêm vigilantes diante de novos desafios extremistas.

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Assim falou Yuri Ramon: “Em terra de bajuladores, quem fala a verdade é visto como inimigo”

Em meio à fervorosa transição de poder na Câmara de Barreiras, o vereador Yuri Ramon destilou críticas e expôs o ambiente de intrigas entre os colegas, sem papas na língua e sem mencionar nomes, revelando a tensão nos bastidores do legislativo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Barreiras vive um momento de mudança na Câmara, e a recente sessão do dia 12 de novembro trouxe à tona um cenário de intrigas e conflitos latentes. O vereador Yuri Ramon, em discurso inflamado, desabafou sobre o que chamou de “puxa-saquismo” e “fofocas” na Casa. Suas palavras, cheias de insinuações e críticas, foram disparadas contra os colegas sem que nomes fossem revelados, mas o tom de reprovação soou claro. Em um contexto de sucessão e articulações para o próximo comando, o discurso de Yuri Ramon parece mais um movimento estratégico que revela as fragilidades políticas em jogo.

Com o mandato em reta final e a nova composição da Câmara de Barreiras já se desenhando, o pronunciamento de Yuri Ramon soa quase como uma advertência maquiavélica.

“Em terra de bajuladores, quem fala a verdade é visto como inimigo,” disse, arrematando um discurso que destoou pela franqueza.

Durante a sessão, o vereador fez questão de sublinhar sua reputação de lealdade aos compromissos firmados ao longo dos anos, mencionando sua postura de apoio aos diferentes presidentes eleitos e reforçando que não pratica o “puxa-saquismo” que critica. As entrelinhas de seu discurso parecem direcionadas a opositores que, segundo ele, “não cumpriram a palavra.”

Desabafo ou estratégia?: nunca vi uma câmara de vereadores puxa-saco igual a essa”

Para além do tom pessoal e emotivo, o discurso de Yuri Ramon parece ter também um propósito estratégico. Ao referir-se à Câmara como um espaço onde “nunca vi uma câmara de vereadores puxa-saco igual a essa,” ele estabelece uma linha divisória entre sua postura e a dos demais, destacando-se como alguém que não compactua com o que enxerga como a mediocridade política do “puxa-saquismo.” Ele detalha uma série de compromissos políticos passados, pontuando, “quando eu dei a palavra para a Karlúcia Macedo, que votava com ela, fui até o final com ela,” em uma tentativa de se diferenciar dos colegas que, segundo ele, prometem e não cumprem.

Esse tom de defesa pública de sua integridade soa como uma jogada para se posicionar como alguém de princípios em meio à transição de poder na Casa. Ramon reforça sua postura independente, quando afirma: “não sei puxa-saco ser ninguém,” e ainda, “se tem uma coisa que eu não faço, é escondido,” insinuando que muitos ali recorrem a conchavos ocultos. A fala passa a impressão de que ele se apresenta como uma força contra uma estrutura desgastada pelos jogos de interesse e pelas alianças de conveniência.

A Corrida pela presidência: articulações e choques

Com a aproximação da eleição para a presidência da Câmara, as palavras de Yuri deixam entrever um cenário de disputas veladas e antecipam possíveis alinhamentos estratégicos. Ao expor um lado mais pessoal, comentando que colegas usaram sua ausência para fazer fofocas enquanto enfrentava problemas familiares, Ramon joga luz sobre as rivalidades internas e o que considera um uso oportunista do momento por parte de alguns vereadores.

Ele reforça que não se intimida com a disputa, deixando claro: “não sou vereador, estou vereador,” uma frase que, além de indicar sua visão temporária sobre o cargo, parece alfinetar aqueles que, segundo ele, estariam dispostos a qualquer coisa para se manter no poder.

A tensão se acentua ao Yuri mencionar os supostos rumores sobre sua aproximação com a oposição, uma especulação que ele nega veementemente. Porém, o fato de levantar essa questão já é, por si só, uma revelação da batalha que se desenrola nos bastidores. A quem interessaria disseminar tais rumores? O que ganhariam aqueles que, como afirma o vereador, “tentam falar mal de mim aqui na Câmara”? Essas perguntas ecoam em um ambiente onde alianças são construídas e desfeitas ao sabor das conveniências e da busca pelo controle.

A fala de Yuri Ramon sugere um embate crescente pelo comando da Casa, uma luta entre interesses individuais e a projeção de novas lideranças. A questão que fica é se a Câmara está preparada para uma gestão que leve em conta a voz dissonante de quem se posiciona contra o jogo de interesses. Estarão os vereadores dispostos a ultrapassar o limite do desgaste público para conquistar uma cadeira na presidência da Casa? O discurso de Yuri, além de desabafo, parece ser um alerta, demonstrando que ele, ao menos, não se curvará a esse jogo.

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Justiça Eleitoral nega anular votos e garante diplomação de vereadoras eleitas pelo Republicanos em Barreiras

Pedido de suspensão de diplomação dos eleitos pelo Republicanos em Barreiras é negado por falta de provas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Justiça Eleitoral da 70ª Zona de Barreiras, por decisão do juiz Gabriel de Moraes Gomes nesta quarta-feira (13), indeferiu o pedido de tutela de urgência em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o partido Republicanos. A ação, movida por Carlos Roberto Martins de Alcântara, acusa o partido de fraude de gênero nas eleições de 2024, alegando que duas candidatas foram registradas apenas para cumprir o percentual mínimo legal exigido.

Na denúncia, Carlos Roberto apontou que as candidatas Silmara Alves dos Santos e Roselândia Cavalcante Damasceno, que receberam 1 voto e 39 votos, respectivamente, não realizaram campanhas e não tiveram apoio financeiro. Diante disso, pediu a suspensão da diplomação das eleitas do partido, incluindo Thaislane Sabel, com 1.953 votos (2,30%), e Irmã Silma, com 1.381 votos (1,63%).

Em sua decisão, o juiz considerou que “a concessão de tutela de urgência está condicionada à presença dos requisitos previstos no art. 300 do Código de Processo Civil, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo”. Para ele, apesar de indícios, faltam provas robustas para caracterizar a fraude. Ele reforçou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme a Súmula nº 73, exige provas concretas para que a fraude de gênero seja comprovada.

Ainda, o juiz Gabriel Gomes ressaltou que uma decisão de suspender a diplomação dos eleitos precisaria de extrema cautela, por seu impacto no resultado das eleições. Citando precedentes do TSE, ele afirmou que “a cassação de diploma de todos os candidatos eleitos por determinada coligação, em decorrência do reconhecimento de fraude na cota de gênero, deve ser imposta em ação própria, com a observância do devido processo legal”.

Assim, o pedido de urgência foi negado, e a audiência de instrução foi marcada para 31 de janeiro de 2025, às 10h, na qual as acusadas e testemunhas serão ouvidas. A decisão garante o direito à diplomação das eleitas do Republicanos enquanto o processo está em andamento, assegurando o amplo contraditório e o devido processo legal.

Leia a íntegra da decisão clicando aqui.

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Oeste baiano em ebulição: a hercúlea batalha eleitoral rumo à assembleia em 2026

O triângulo Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério desponta como palco de uma disputa intensa, com candidatos de peso e um cenário repleto de incertezas, alianças estratégicas e a missão de unir o eleitorado em torno de nomes locais

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Faltando pouco menos de dois anos para as eleições de 2026, o oeste baiano se prepara para uma acirrada disputa por cadeiras no parlamento estadual. No centro desse embate, o triângulo que conecta Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério revela-se como o palco principal, com ao menos oito figuras de peso político cotadas para a disputa, criando um cenário efervescente de expectativas, alianças estratégicas e rivalidades em potencial. Os candidatos não terão apenas que buscar seu próprio fortalecimento político, mas também abraçar uma campanha de pauta única: conscientizar o eleitorado oestino sobre a importância de apoiar nomes da própria região, frente a candidatos de fora que certamente buscarão votos.

Entre os prováveis candidatos, a ex-prefeita de Barreiras e atual secretária de Desenvolvimento Urbano do Estado, Jusmari Oliveira, aparece como uma forte concorrente para uma reeleição. No entanto, essa posição não está garantida em um cenário onde a rivalidade local e as novas alianças ganham força.

O atual deputado estadual Antônio Henrique Júnior (Toinho) é outro nome de peso, mas a possibilidade de Carmélia da Mata, vereadora de Barreiras, lançar-se como candidata estadual ao lado do prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá que pretende uma vaga federal, gera novas movimentações. Essa provável dobradinha força Toinho a reavaliar suas estratégias, especialmente se quiser manter seu espaço no cenário político local.

Ainda no triângulo do oeste, destaca-se Zé Carlos, atual prefeito de São Desidério, que recentemente emplacou seu sucessor com larga vantagem. Mas será que sua força local se traduzirá em uma candidatura estadual consolidada?

Outro nome cotado é o de Túlio Viana, ex-procurador-geral e atual vice-prefeito eleito de Barreiras. Ungido por Zito Barbosa, que deve buscar uma cadeira federal, Túlio se destaca como um político bem articulado, inteligente e um orador respeitado. Seu jogo de cintura e capacidade de articular alianças podem ser grandes trunfos em sua candidatura, mas a questão permanece: será que Túlio conseguirá consolidar sua imagem como candidato independente, ou será constantemente visto como a extensão de Zito Barbosa? A sua capacidade de se desvincular da sombra de seu padrinho político será determinante para o seu sucesso nas urnas.

Entre os nomes que geram expectativa está também Emerson Cardoso, atual vice-prefeito de Barreiras pelo Avante, que, em franca expansão no estado, enxerga nele um potencial nome para a disputa estadual. No entanto, a confirmação de sua candidatura ainda é vista com cautela pela cúpula do partido.

O coronel reformado Camilo Uzêda é outra possibilidade que ainda está por se firmar. Após sua candidatura a vice-prefeito, ele mantém uma base voltada para temas de segurança, o que pode ampliar seu apelo, mas que dependerá de confirmação nos próximos meses.

Já o vereador João Felipe, contando com o respaldo do deputado federal Daniel Almeida, representa outro provável concorrente. Com apoio partidário, João Felipe tentará firmar sua base local para ter chances reais de se eleger na Assembleia, enfrentando nomes mais estabelecidos.

Outro nome aguardado é o do ex-deputado estadual Pablo Barrozo, nascido na região. Embora não tenha anunciado sua intenção de disputar, sua possível entrada poderia trazer um elemento novo à já disputada arena política do oeste.

Assim, além de cada um articular sua própria campanha, os candidatos enfrentam a tarefa coletiva de estimular o eleitorado a priorizar nomes locais, evitando dividir votos com representantes de fora. Em um caldeirão político onde as alianças são estratégicas e as rivalidades, históricas, as incertezas sobre o futuro político da região se intensificam.

Ao final, a pergunta permanece: com tantos candidatos de peso, será que o eleitorado do oeste conseguirá eleger todos os representantes locais, ou as surpresas de 2026 redesenharão o mapa político no oeste baiano?

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Barreiras se prepara para a eleição dos “titãs” com cinco candidatos de peso no páreo para 2026

Com nomes experientes e influentes, o cenário eleitoral entre Barreiras e Luís Eduardo Magalhães promete uma disputa acirrada, pautada por antigos interesses, desafios regionais e rivalidades históricas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O oeste da Bahia se prepara para uma disputa eleitoral histórica em 2026, que já se desenha como uma verdadeira batalha de titãs. Com uma população de 998.259 habitantes – 7,1% da população do estado da Bahia – e 35 municípios, a região, situada na margem esquerda do rio São Francisco, reúne Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério como seus centros mais influentes e conta com uma área de cerca de 117 mil km². No entanto, uma questão se apresenta como incógnita: será que o eleitorado da região pode realmente apoiar cinco candidatos de peso?

Oziel Oliveira, com sua experiência consolidada, entra no cenário político com um repertório extenso. Ex-prefeito de Luís Eduardo Magalhães por três mandatos e ex-deputado federal, ele já atuou em posições estratégicas, como diretor da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e coordenador-geral no Ministério da Agricultura. Oziel traz para sua candidatura uma aliança de longa data com o agronegócio, assim como um histórico de serviços prestados à região, sendo, portanto, um candidato que pode canalizar o voto daqueles que valorizam uma representação experiente e voltada ao desenvolvimento agrícola e ambiental.

Carlos Tito representa o peso político de Barreiras. Ex-deputado federal e vereador por quatro mandatos, Tito tornou-se popular pela força com que defende a região na esfera federal, recebendo a maior votação da história local. Atuou em comissões como a de Agricultura e Meio Ambiente, além de ter liderado projetos que visam a melhoria da infraestrutura e transporte, consolidando sua imagem como um defensor da cidade de Barreiras. Tito foi vereador de Barreiras por quatro mandato sendo por duas vezes presidente da Câmara Municipal.

A presença de Zito Barbosa e Júnior Marabá na disputa reforça o caráter regional do embate, uma vez que ambos estão atualmente à frente das prefeituras de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, respectivamente. O engenheiro Zito Barbosa, prefeito em final de mandato em Barreiras, traz um histórico de gestão voltado ao urbanismo, enquanto Marabá, prefeito reeleito de Luís Eduardo Magalhães, simboliza uma liderança jovem, voltada ao progresso acelerado que sua cidade vem experimentando, mas ambos carregam o peso de suas administrações e o desafio de manter o apoio de suas cidades de origem.

Davi Schmidt, por sua vez, representa a força do setor privado e do agronegócio, setores vitais para a economia regional. Jovem empresário de sucesso e ex-presidente de entidades rurais, ele disputou a prefeitura de Barreiras em 2024 e retornará agora à disputa com o apoio daqueles que buscam uma gestão voltada à eficiência econômica e à representação direta do setor produtivo.

Diante de um quadro tão amplo e diversificado, cabe ao eleitorado da região, formado por uma população espalhada em uma vasta área, decidir se é viável ou mesmo desejável sustentar a presença desses cinco nomes de peso na disputa eleitoral. Poderá a densidade populacional e o perfil demográfico do oeste baiano sustentar tal diversidade de candidatos e interesses?

Este dilema promete apimentar a campanha eleitoral de 2026, enquanto os cinco candidatos buscam angariar votos em uma região de forte conexão com o agronegócio e profundas raízes comunitárias. Alianças, antigas rivalidades e o equilíbrio entre Barreiras e Luís Eduardo Magalhães surgem como temas centrais, com cada candidato precisando demonstrar não apenas sua capacidade de liderança, mas também sua habilidade em articular interesses locais e regionais para vencer a “disputa dos titãs” que se desenha no oeste da Bahia.

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Davi Schmidt confirma candidatura a deputado federal pelo partido NOVO em 2026

Em entrevista ao programa Impacto, Schmidt destaca sua trajetória e o convite do partido. Coronel Uzeda, ex-companheiro de chapa, cogita disputar uma vaga como deputado estadual em possível dobradinha para as próximas eleições

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em entrevista ao programa Impacto, transmitido pela rádio Oeste FM na tarde desta quarta-feira (13), Davi Schmidt anunciou sua pré-candidatura a deputado federal pelo partido NOVO nas eleições de 2026. Acompanhado pelo radialista Marcelo Ferraz, Schmidt destacou seu compromisso com o oeste da Bahia e a confiança depositada pelo partido para representá-lo na Câmara Federal. O convite veio após as eleições municipais, nas quais ele disputou a prefeitura de Barreiras, e foi reforçado em um encontro recente com a legenda, confirmando a sintonia entre seus ideais e os interesses do partido.

“O Novo entrou em contato comigo no dia seguinte… e sim, eles têm interesse que a gente represente o Novo para deputado federal aqui no oeste da Bahia. Então, Davi Schmidt possivelmente eu saia candidato a deputado federal. (…) O cargo não é nada mais do que continuar fazendo o que eu já faço, só que com o poder de ter a caneta na mão,” afirmou Schmidt.

Durante a conversa, Schmidt mencionou os projetos que já realiza para o setor agrícola, como a parceria com a Embrapa para capacitar pequenos produtores e apoiar a agricultura familiar. Um mandato federal, segundo ele, ampliaria suas condições de apoiar diretamente o desenvolvimento regional.

A entrevista também contou com a presença do Coronel Uzêda, que foi candidato a vice-prefeito ao lado de Schmidt nas últimas eleições. Sem ser questionado diretamente sobre seu futuro político, Uzêda demonstrou grande admiração pelo parceiro de chapa e sugerindo nas entrelinhas a sua disposição para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado, formando assim uma dobradinha com Schmidt em 2026. Para Uzêda, o aprendizado ao lado de Schmidt e o apoio da população tornam essa trajetória uma possibilidade concreta.

“Foi um aprendizado muito grande… quem sabe, seguir à frente e aprender um pouquinho mais. E agradeço a todos que nos acompanharam. E estamos aqui acompanhando essa trajetória do nosso amigo e promissor Davi Schmidt,” declarou Uzêda, indicando sua disposição para contribuir com a política local ao lado de Schmidt.

Com a confirmação de Schmidt e o respeito mútuo entre os dois, a dupla se posiciona para fortalecer sua atuação em níveis estadual e federal, numa potencial parceria nas eleições de 2026 para representar e valorizar o oeste baiano.

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PSD declara apoio a Davi Alcolumbre para presidência do Senado

Apoio da maior bancada praticamente assegura vitória de Alcolumbre; PSD mira postos-chave no Senado

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O PSD anunciou nesta terça-feira (12) seu apoio ao senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado, fortalecendo a candidatura do aliado do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Com 15 senadores, o PSD é a maior bancada da Casa, o que coloca Alcolumbre em posição favorável para suceder Pacheco, já que também conta com o apoio oficial do PDT, PSB, PP e PL, enquanto PT e Republicanos devem se unir ao bloco em breve.

O PSD, por sua vez, mira ocupar posições estratégicas na estrutura do Senado. A sigla espera garantir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, com Otto Alencar (PSD-BA) sendo o nome indicado. Para a primeira-secretaria da mesa diretora, conhecida como “prefeitura” do Senado, o partido deverá indicar a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB).

O líder do PSD, Otto Alencar (PSD-AM), também comunicou que a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) decidiu retirar sua pré-candidatura em favor da unidade partidária. A senadora agradeceu o apoio que recebeu, mas reconheceu a decisão coletiva do PSD em prol de Alcolumbre, destacando seu agradecimento ao presidente do partido, Gilberto Kassab, pelo suporte ao longo de sua campanha.

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ExpoCannabis Brasil expande estrutura e se firma como referência na América Latina

Evento atrai 300 expositores, espera 40 mil visitantes em São Paulo e mira mercado global de US$ 105 bilhões até 2026, com foco no uso medicinal da erva

Caso de Política | Luís carlos Nunes – De 15 a 17 de novembro, São Paulo será palco da maior feira de cannabis da América Latina, a ExpoCannabis Brasil 2024, que ocupará 20 mil metros quadrados e deve receber mais de 40 mil visitantes. Com a participação de 300 empresas de setores como medicina, indústria, comércio e tecnologia, o evento reflete o potencial do mercado global de cannabis, que projeta movimentar até US$ 105 bilhões até 2026, e coloca em pauta o avanço da regulamentação no Brasil para o uso medicinal da erva.

O evento contará com uma série de expositores de áreas variadas, desde tabacarias e headshops até bebidas com infusões de terpenos, além de acessórios e produtos para o uso medicinal e veterinário. A CEO da ExpoCannabis, Larissa Uchida, destacou o compromisso da feira em fomentar o diálogo com legisladores e especialistas para avançar na regulamentação:

“Estamos comprometidos em colaborar com legisladores, especialistas e a comunidade para promover um ambiente regulatório favorável que estimule o crescimento sustentável e responsável da indústria no país”, afirmou Uchida.

O mercado de cannabis medicinal tem avançado rapidamente no Brasil. Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) apontam um aumento de 93% na importação de produtos em apenas um ano, atendendo cerca de 430 mil pessoas até o último levantamento. A expectativa é que esse número cresça com o desenvolvimento da regulamentação e com eventos como a ExpoCannabis, que promovem educação e conscientização sobre os usos terapêuticos da planta.

Programação diversa e atrações culturais e educativas

Além da exposição de produtos e inovações, a feira oferece uma programação ampla, incluindo desfiles de moda, oficinas para fabricação de concreto e papel com cânhamo, e até massagens e sessões de yoga para o público. A Casa Cânhamo, marca brasileira de produção 100% nacional, exibirá itens decorativos feitos de cânhamo, como luminárias, filtros de café e roupas de cama, destacando o uso versátil da planta, que remonta aos tempos das caravelas portuguesas.

A feira também reserva espaço para discussões sobre regulamentação e uso medicinal. Um HUB voltado ao mercado brasileiro de cannabis trará fóruns sobre legislação e negócios, e uma área médica contará com especialistas para orientar o público sobre tratamentos com canabinoides e a emissão da carteirinha digital de cannabis medicinal.

Abertura para novas perspectivas e experiências

A ExpoCannabis promove não apenas o desenvolvimento econômico da indústria, mas também visa desmistificar o uso da cannabis no Brasil, com um enfoque educativo e cultural. O evento oferece uma experiência sensorial completa, com áreas dedicadas a experimentar aromas e conhecer de perto a planta, além de entretenimento com shows e opções de alimentação para um público diverso.

Com quatro palcos e uma extensa programação cultural, a ExpoCannabis Brasil reafirma seu papel como o principal ponto de encontro do setor no país, promovendo a inovação, a educação e o avanço regulatório em uma indústria em rápida transformação.

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Avenida Enock Ismael: Reparo ou “remendo”? Prefeitura de Barreiras volta a refazer o que já devia estar concluído

Imagem: PMB

Será que estamos progredindo? Mesmo com recursos próprios, a obra da avenida enfrenta refazimentos e ajustes essenciais, e, enquanto isso, a população continua esperando por uma obra verdadeiramente segura e funcional

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Divulgado hoje (12), o release da Prefeitura de Barreiras tenta convencer a população de que, finalmente, a obra da Avenida Enock Ismael está avançando, com a promessa de melhorias como a transferência da rede elétrica para o canteiro central e a estabilização dos taludes. Mas fica a dúvida: estamos mesmo vendo progresso, ou apenas mais uma tentativa de refazer o que já deveria estar concluído?

Com a chegada das chuvas, é preocupante que só agora se fale em “consolidação das tubulações” e “guia de meio-fio para condução de águas pluviais.” Quem mora nas proximidades já sofreu com inundações e problemas de erosão antes. Por que a estrutura não foi devidamente preparada desde o início? A cada novo anúncio, a população tem a sensação de que a prefeitura está “remendando” a obra, em vez de entregar uma solução eficaz e duradoura.

Segundo o secretário de Infraestrutura, João Sá Teles, o objetivo é “garantir a segurança do investimento público”. Mas o que a população realmente precisa é de uma obra que garanta a segurança das pessoas! Uma via pública não pode ser um canteiro de obras interminável, ainda mais quando estamos falando de mobilidade urbana. O prefeito Zito Barbosa enaltece o projeto como um marco para a cidade, mas de que adianta um “marco” que ainda apresenta riscos e falhas recorrentes?

A população de Barreiras merece muito mais do que isso: merece uma avenida segura, funcional e, acima de tudo, uma gestão que trate a segurança das pessoas com a mesma prioridade como supostamente trata os recursos públicos.

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PSD na Bahia pode se distanciar da base de Jerônimo Rodrigues e buscar candidatura própria em 2026

Partido de Kassab estreita conversas com União Brasil, Avante, PP, Republicanos e outras siglas, vislumbrando protagonismo nas eleições federais e estaduais

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O PSD na Bahia, liderado pelo senador Otto Alencar, passa por uma reconfiguração estratégica que pode impactar sua atuação política nos próximos anos. A sigla, que possui a maior bancada na Assembleia Legislativa e obteve expressivo desempenho nas eleições municipais, pode se distanciar da base aliada ao governo de Jerônimo Rodrigues. Tradicionalmente vinculado ao grupo de apoio do governador petista, o partido agora busca se reposicionar e já articula candidaturas próprias para o governo estadual e para a presidência da República em 2026.

No cenário nacional, o PSD, presidido por Gilberto Kassab, se consolida como uma das principais forças do centro e centro-direita. O partido está ampliando suas alianças com siglas como União Brasil (UB), Avante, PP, Republicanos e outras, com o objetivo de fortalecer sua posição para as eleições de 2026. Embora as primeiras negociações com o União Brasil fossem mais imediatas, hoje elas visam uma aliança estratégica de longo prazo, consolidando o PSD como uma alternativa viável para os cargos executivos federal e estadual.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), emerge como uma figura central nesse cenário. Com o apoio do PSD em 2024, Tarcísio se fortalece como uma das principais apostas do partido para 2026. Apesar de Gilberto Kassab ter sugerido que o governador paulista deve focar na reeleição estadual, a possibilidade de uma candidatura presidencial também está em aberto. O PSD reconhece em Tarcísio uma liderança incontestável da direita e um aliado importante nas disputas nacionais.

A movimentação do PSD, ao buscar maior independência em relação ao governo baiano e fortalecer suas alianças, reflete a ambição da sigla em se consolidar como uma alternativa sólida no cenário político nacional. O partido não apenas pretende alavancar a carreira de Tarcísio de Freitas, mas também projetar nomes locais para as disputas estaduais. Em especial na Bahia, onde já se observa um distanciamento de Jerônimo Rodrigues e a preparação para uma candidatura própria ao governo, o PSD se posiciona para disputar os rumos da política nacional e estadual nos próximos anos.

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