Bolsonaro solicita passaporte ao STF para posse de Trump e celebra vitória nas redes

Ex-presidente brasileiro busca liberação de documento retido há um ano e exalta vitória do republicano como “épica”

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) formalizou um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reaver seu passaporte, retido desde fevereiro, com o intuito de viajar aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro de 2025. A apreensão do documento faz parte de uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro já havia solicitado a devolução do passaporte em ocasiões anteriores, mas até o momento, seus pedidos não foram atendidos.

De acordo com informações apuradas pelo Globo, o ex-presidente demonstrou interesse em participar da posse de Trump em Washington, celebrando a recente vitória do republicano, que conquistou 277 delegados na disputa pela presidência dos Estados Unidos. O resultado, embora ainda dependa de apurações finais em alguns estados, foi amplamente comemorado por Bolsonaro e seus aliados nas redes sociais.

Bolsonaro usou a plataforma X para parabenizar Trump, chamando-o de “meu amigo” e destacando o que chamou de “vitória épica, contra tudo e contra todos”. O ex-presidente brasileiro aproveitou para enaltecer a trajetória de Trump, mencionando as adversidades enfrentadas pelo republicano desde o processo eleitoral de 2020.

“Hoje, assistimos ao ressurgimento de um verdadeiro guerreiro”, escreveu Bolsonaro, descrevendo Trump como alguém que, apesar de “uma perseguição judicial sem justificativa”, conseguiu se reerguer “como poucos na história.”

 

Para o ex-capitão, a vitória de Trump representa um símbolo de resistência. A celebração nas redes sociais reflete o estreito alinhamento entre Bolsonaro e o ex-presidente norte-americano, consolidado durante a administração de ambos e reforçado nas mensagens recentes. O pedido de Bolsonaro ao STF, porém, poderá enfrentar novos impasses, já que a possibilidade de viagens internacionais do ex-presidente é vista como um fator que pode interferir no curso das investigações em andamento.

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Trump declara vitória e promete “curar” os EUA com fronteiras fechadas e recuperação econômica

Liderando apuração, candidato republicano anuncia medidas e novo slogan enquanto destaca apoio de Elon Musk em discurso confiante na Flórida

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou com tom de vitória na madrugada desta quarta-feira (6) em Palm Beach, Flórida, apesar de a apuração dos votos ainda não ter sido concluída. Com 267 delegados no Colégio Eleitoral contra 224 da democrata Kamala Harris, Trump se aproximou dos 270 necessários para vencer, levando-o a agradecer apoiadores e prometer uma “era de ouro” para o país.

Em um discurso marcado por promessas firmes, Trump reforçou sua posição em relação ao fechamento das fronteiras, permitindo apenas entradas legais, e declarou que seu governo priorizará uma recuperação econômica robusta. “Vamos ajudar nosso país a se curar. Essa vai ser a era de ouro da América”, disse ele, destacando que seu novo slogan, “Promessas feitas serão cumpridas”, reflete um compromisso de retomada econômica com cortes de impostos e redução do déficit governamental.

Trump também abordou questões pessoais, relatando as recentes tentativas de assassinato durante sua campanha e afirmando ter sido “poupado por Deus” para restaurar a grandeza dos EUA. “Deus salvou minha vida por uma razão: para salvar nosso país”, afirmou.

Ele também dedicou parte do discurso a agradecer Elon Musk, a quem chamou de “supergênio” e elogiou por suas contribuições financeiras e tecnológicas à campanha. O apoio de Musk incluiu sorteios de dinheiro para motivar eleitores, em um gesto que Trump descreveu como crucial para o “maior movimento político de todos os tempos”.

Enquanto os votos seguem sendo contabilizados, Trump já articula o direcionamento de sua possível nova gestão, com uma abordagem de segurança e expansão econômica voltadas para impulsionar os EUA a uma “volta por cima” dos desafios atuais.

Assista abaixo:

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Como Arthur Lira bloqueou verba de água encanada para Açudina em Santa Maria da Vitória e priorizou o repasse para Alagoas

Imagem da internet

Distrito baiano de Santa Maria da Vitória, que aguardava sistema de abastecimento, vê promessa de recursos cancelada após conflito político na Câmara

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A promessa de água encanada para o distrito de Açudina, em Santa Maria da Vitória, Bahia, desfez-se em meio a um embate político envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Em março, o deputado José Rocha (União Brasil-BA), então presidente da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, anunciou que destinaria R$ 6 milhões para o sistema de abastecimento de água na região. Contudo, após Rocha recusar um repasse elevado solicitado por Lira para Alagoas, o projeto foi subitamente cancelado, frustrando os 3.300 moradores de Açudina.

A manobra ocorreu em junho, logo após Rocha, resistindo à pressão, decidir não destinar R$ 268 milhões à base eleitoral de Lira em Alagoas — valor correspondente a 20% dos recursos da Comissão, sem consulta aos outros 22 membros. Com isso, Lira teria retaliado Rocha, cancelando a emenda que garantiria o abastecimento de água em Açudina, mesmo com o montante já “empenhado”, ou seja, reservado oficialmente para o projeto, um procedimento que só poderia ser revertido em casos excepcionais.

Esse impasse entre os parlamentares revelou fragilidades na gestão das emendas de comissão, uma das principais ferramentas orçamentárias da Câmara. As comissões têm R$ 10,6 bilhões anuais para destinar a projetos locais, mas a decisão final sobre o envio dos recursos cabe exclusivamente aos presidentes das comissões. Em teoria, as emendas de comissão devem responder a prioridades regionais discutidas coletivamente. Na prática, como aponta o caso de Açudina, interesses políticos individuais podem interferir diretamente no destino dos recursos.

Críticas sobre a falta de transparência e a vulnerabilidade do processo de emendas parlamentares intensificaram-se com esse episódio. Instituições como a Transparência Internacional destacaram que, ao concentrar o poder nas mãos de poucos, a dinâmica das emendas favorece manobras políticas que pouco beneficiam as regiões carentes, perpetuando a desigualdade. Para os moradores de Açudina, que aguardavam a chegada de água potável, resta a incerteza sobre quando — ou se — o projeto será retomado, enquanto o embate político continua a definir o acesso a recursos essenciais. Com informações editadas da Revista Piauí de novembro.

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Câmara aprova novas regras para emendas parlamentares; proposta segue ao Senado

Projeto, que agora segue para o Senado, tenta atender às exigências do STF sobre controle e rastreabilidade dos repasses

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (5), o projeto que estabelece novas regras para emendas parlamentares, texto que busca atender às exigências de “transparência, eficiência e rastreabilidade” definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O projeto, de autoria do deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MG) e relatado por Elmar Nascimento (União Brasil-BA), passou com 330 votos favoráveis, 74 contrários e duas abstenções, e segue agora para o Senado. Caso aprovado, irá para sanção presidencial.

As emendas parlamentares, que permitem a congressistas destinar recursos do orçamento público para obras e projetos em suas bases eleitorais, têm sido alvo de críticas, principalmente quanto à fiscalização e clareza sobre o uso desses recursos. Em agosto, o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu os pagamentos de emendas impositivas até que novas regras fossem aprovadas pelo Congresso, com o objetivo de aumentar a transparência.

Principais mudanças no projeto

A proposta aprovada traz ajustes para diferentes tipos de emendas. Entre as novas exigências estão:

Emendas Pix (ou transferências especiais): Esses repasses diretos para estados e municípios agora deverão vir acompanhados de um pré-projeto detalhando o uso dos recursos. Além disso, o estado ou município beneficiado precisará comunicar em até 30 dias o plano de trabalho, cronograma de execução e o valor recebido, com as informações disponibilizadas no site oficial transferegov.com.br.

Emendas de bancada: Passam a ser exclusivas para “obras e ações estruturantes”, e cada bancada estadual poderá apresentar até oito emendas, priorizando projetos de interesse regional com maior impacto social.

Emendas de comissão: Cada colegiado temático da Câmara, Senado ou Congresso deverá definir claramente o destino da verba. As emendas precisarão de aprovação de um líder partidário e votação em até 15 dias no grupo temático correspondente.

Críticas de organizações de transparência

Apesar da aprovação na Câmara, a proposta enfrenta críticas de organizações da sociedade civil. Em nota divulgada na segunda-feira (4), Transparência Internacional, Transparência Internacional – Brasil e Associação Contas Abertas apontaram que o projeto ainda não atende às exigências do STF, destacando falhas em “transparência e rastreabilidade” e apontando que as novas regras não foram suficientes para reduzir os riscos de corrupção. Segundo as ONGs, os mecanismos propostos são insuficientes para evitar desvios, que foram motivo de múltiplos escândalos recentes envolvendo emendas parlamentares.

Com o avanço do texto ao Senado, permanece o debate sobre a necessidade de ampliar a fiscalização e garantir que as emendas cumpram o papel de melhorar a infraestrutura e serviços, sem que a falta de controle sobre os recursos abra caminho para irregularidades.

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Taka Yamauchi solicita transição em Diadema e escolhe Kiko Teixeira para liderar equipe

Prefeito eleito reúne nomes estratégicos e cobra informações para garantir continuidade e planejamento na mudança de gestão

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O prefeito eleito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), oficializou nesta segunda-feira (4) o pedido de criação da comissão de transição com a administração de José de Filippi Júnior (PT). A escolha de Kiko Teixeira, ex-prefeito de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, para coordenar a equipe reflete a intenção de Taka em contar com figuras experientes para conduzir o processo de transição de forma planejada e eficaz.

Também foram indicados para a equipe de transição Bruno Gabriel de Mesquita, que assumirá o papel de secretário, e Marcos Michels, ex-vereador e ex-secretário de Educação, que coordenou a campanha de Taka. Ao lado de Ricardo Souza, Michels terá como função revisar os projetos e identificar aqueles que poderão ser continuados no próximo governo.

Para assegurar que o início de sua gestão ocorra de forma eficiente, Taka solicitou documentos detalhados sobre o estado atual da Prefeitura. A equipe já trabalha na análise das prioridades, visando garantir que as políticas públicas em andamento não sofram descontinuidade. A formação da comissão e a escolha dos profissionais para a transição evidenciam o compromisso do futuro prefeito em manter o ritmo das ações essenciais e alinhar a administração às necessidades de Diadema.

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Deputado Neto Carletto deixa o PP e encaminha filiação ao Avante

Imagem da internet: Ronaldo Carletto, Neto Carletto (ao centro) e Ciro Nogueira

Decisão sela aliança com o tio Ronaldo Carletto e fortalece o Avante, que já conta com expressiva base de prefeitos na Bahia

Caso de Política | Luís carlos Nunes – A saída do deputado federal Neto Carletto do Progressistas (PP) está confirmada com o aval do presidente do partido, senador Ciro Nogueira. A desfiliação abre caminho para que o parlamentar se filie ao Avante, partido presidido na Bahia por seu tio e mentor político, Ronaldo Carletto. A decisão ocorre após meses de especulação sobre o destino de Neto, especialmente desde que Ronaldo assumiu o comando do Avante no estado, em maio de 2023.

Em entrevista, Neto Carletto esclareceu que sua saída foi formalizada com uma carta de liberação emitida por Ciro Nogueira, numa decisão que reconheceu o histórico de Ronaldo Carletto no Progressistas. “É um gesto raro, nenhum partido quer perder um deputado, mas houve uma consideração especial pela trajetória do meu tio, que dedicou mais de duas décadas ao PP”, afirmou Neto, destacando a cordialidade do processo.

O fortalecimento do Avante na Bahia ocorre em um momento de expansão significativa do partido. Atualmente, a legenda possui 60 prefeituras no estado, representando 44% de todas as administrações municipais do Avante no Brasil. Esse crescimento vertiginoso evidencia a nova fase da sigla, que consolidou uma forte base municipal nas eleições de 2024, elegendo prefeitos em municípios importantes, como Brumado, Camamu, Guanambi e Valente, posicionando-se como a segunda maior legenda no estado em número de prefeitos.

A liderança de Ronaldo Carletto à frente do Avante na Bahia tem sido um dos motores dessa expansão, transformando a sigla em uma das maiores potências municipais da política baiana. Além disso, o presidente do partido já sinaliza sua disposição para possíveis disputas eleitorais em 2026, não descartando a candidatura a cargos como deputado federal ou senador. “Meu nome está à disposição, e quem está na política precisa estar preparado para novos desafios”, comentou Ronaldo, reforçando o comprometimento com os rumos do Avante.

Com a adesão de Neto Carletto, o Avante passa a contar com um quadro forte e bem articulado, ampliando sua representatividade na Bahia e consolidando um projeto político de longo prazo que visa impulsionar o partido tanto no cenário estadual quanto nacional.

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Quem será enganado: PT ou PL? Acordo com Hugo Motta para presidência da Câmara gera expectativa de traição

Imagem: Edição Caso de Política

Apoio simultâneo ao nome de Hugo Motta pelo PT e PL levanta suspeitas sobre promessas divergentes feitas para agradar ambos os lados; expectativa por desfecho revela disputa de interesses na Câmara dos Deputados

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O cenário na Câmara dos Deputados ganhou novos contornos com a decisão do União Brasil de apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) como candidato à presidência da casa. Com a retirada de Elmar Nascimento, principal concorrente, o caminho ficou aberto para Motta consolidar alianças com o PL, PP, MDB, Republicanos, Podemos e PT, que juntos somam 312 votos – bem acima dos 257 necessários para garantir sua vitória.

A surpresa é o alinhamento entre PT e PL em torno de Motta, apesar das suas divergências históricas. Esse apoio mútuo nos leva a considerar a possibilidade de que promessas de bastidores estejam em jogo, e que uma das partes pode sair “enganada”. Para o PL, a aposta parece estar na aprovação de pautas sensíveis, como o PL da Anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de estado no dia 8 de janeiro de 2022, o que explica a confiança expressa pela deputada Caroline De Toni (PL-SC) no futuro presidente. Por outro lado, o PT, com o aval de sua presidente Gleisi Hoffmann, demonstra segurança de que o projeto de anistia não será levado adiante, assegurando o compromisso dos votos petistas ao nome de Motta.

É evidente que Arthur Lira, atual presidente da Câmara, exerce controle firme sobre as articulações internas e figura como peça fundamental no avanço de Motta. A aliança improvável entre PL e PT, aparentemente costurada com promessas diferentes para ambos, expõe as complexidades da governabilidade e a tensão latente sobre quem, ao final, será verdadeiramente beneficiado caso Motta assuma a presidência.

O desfecho revelará qual das legendas sairá satisfeita – e qual delas se verá traída – com o resultado dessa costura pragmática.

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Possível filiação de Rui Costa ao Avante gera especulações sobre estratégia para 2026

Imagem: arquivo Caso de Política

Movimento beneficia Carletto, que vislumbra espaço político na Bahia com um partido que busca protagonismo no jogo de poder

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A possível filiação do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), ao Avante, antes cogitada como estratégia para a corrida ao Senado em 2026, foi declarada “improvável” por interlocutores de ambos os partidos. A troca de sigla, que teria como objetivo reduzir o peso do PT na chapa majoritária baiana, enfrenta resistência interna e externa, mas ainda é vista com interesse pelo presidente estadual do Avante, Ronaldo Carletto. Carletto, que se projeta como suplente caso Rui concorra ao Senado, enxerga na movimentação uma chance de fortalecer o Avante na política baiana e nacional.

Nos bastidores, a possibilidade de Rui ingressar no Avante mantém-se atraente para ambos os lados. A manobra poderia abrir espaço tanto para o ministro quanto para Carletto, que, integrando uma chapa com Rui Costa, aumentaria sua visibilidade e influência, especialmente se Rui for reconduzido a um ministério em uma eventual nova gestão de Lula. Ainda que Rui e aliados neguem oficialmente a troca de partido, analistas políticos avaliam que a ideia permanece em aberto, enquanto o Avante mantém portas abertas para alianças estratégicas, sugerindo que a legenda busca fortalecer sua presença diante do eleitorado baiano.

De acordo com apuração do Bahia Notícias, integrantes do Avante enxergam a possibilidade de Carletto assumir o posto de suplente caso Rui seja eleito senador. Nesse cenário, Carletto teria proximidade com o núcleo do governo federal, caso Rui retornasse ao ministério — um contexto que historicamente beneficia suplentes, impulsionando suas trajetórias políticas.

Embora Rui negue interesse em deixar o PT, fontes próximas ao ministro afirmam que a troca de legenda “não está fora da mesa”. Com uma aliança adequada, a mudança seria uma estratégia segura para angariar apoio em sua tentativa de conquistar o Senado. Como diz o ditado político:

“em ano eleitoral, quem não avança, perde terreno.”

Para Rui e Carletto, a chance de consolidar novas alianças e fortalecer bases eleitorais é atraente, mesmo que cautela seja a postura oficial. Na prática, o Avante vê no possível candidato um trampolim político que, combinado ao apoio de Lula, ampliaria a influência da legenda no estado. Rui Costa, embora filiado ao PT, desponta como figura que, ao alinhar interesses com os de Carletto, promete impactar a política da Bahia e as alianças para 2026.

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Valdemar Costa Neto recua após chamar condenados de 8 de janeiro de “golpistas”

Declaração gerou reações negativas entre apoiadores de Bolsonaro, e líder do PL tentou esclarecer fala sobre ato de extremistas em Brasília

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, causou polêmica ao se referir aos participantes dos atos de 8 de janeiro como “golpistas” em entrevista, mas logo recuou após a repercussão negativa entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um comunicado oficial, Costa Neto alegou que o termo foi utilizado por influência de jornalistas presentes e que não refletia sua posição pessoal sobre os acontecimentos.

Durante a entrevista à GloboNews, a jornalista Andréia Sadi questionou Costa Neto sobre o apoio do PL, que detém a maior bancada da Câmara, ao projeto de anistia para os condenados dos atos de 8 de janeiro — votação prevista para esta terça-feira (29) — e a possível relação com a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Ao responder, o presidente do PL usou a palavra “golpistas” para se referir aos participantes dos atos, destacando:

“Eu entendo que não há como incluir o (Jair) Bolsonaro. Seria só aos golpistas. O processo do Bolsonaro nem foi julgado ainda.”

A reação entre a base bolsonarista foi imediata, com críticas e manifestações nas redes sociais. Em resposta à repercussão, Costa Neto divulgou uma nota em que negou a intenção de qualificar os eventos como um golpe e explicou que sua fala buscava apenas refletir a descrição utilizada na conversa com repórteres. O PL, por sua vez, publicou em seus perfis oficiais que o partido considera os atos como “ações desordenadas” e que as sentenças aplicadas foram “desproporcionais”.

Em sua retratação, Costa Neto defendeu que os eventos não configuraram uma tentativa de golpe de Estado, reiterando:

“Foi um momento de ações desordenadas que culminou em penas duríssimas, como 17 anos de prisão, algo que considero excessivo e mencionei na entrevista como sendo desproporcional. Peço desculpas pelo mal-entendido.”

A revisão pública da fala de Costa Neto reflete a cautela que o líder do PL tenta adotar para manter o apoio da base de Bolsonaro enquanto lida com a pressão sobre o partido para apoiar o projeto de anistia aos envolvidos. Ao mesmo tempo, a declaração inicial lança luz sobre as tensões internas quanto ao posicionamento do PL diante do julgamento dos atos extremistas e o papel que os parlamentares pretendem assumir no cenário pós-Bolsonaro.

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Impasse eleitoral deixa prefeitos sub judice em 40 cidades brasileiras

Decisões judiciais pendentes afetam resultados do pleito e podem atrasar início de novas gestões.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um dia após as eleições municipais, os resultados para prefeito permanecem incertos em pelo menos 40 municípios brasileiros. Nessas localidades, os candidatos mais votados aguardam decisões da Justiça Eleitoral que definirão se serão confirmados como vencedores. O estado de São Paulo concentra o maior número de casos, com 17 municípios nessa situação, seguido por Minas Gerais, com seis, e Rio de Janeiro, com quatro cidades.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o termo “sub judice” refere-se a processos que estão sob análise judicial e cujo resultado ainda depende de parecer definitivo. Entre os casos mais expressivos está o de Gustavo Martinelli (União Brasil), que venceu o segundo turno para a Prefeitura de Jundiaí (SP), mas aguarda um veredito devido a uma condenação por improbidade administrativa em 2018, quando presidia a Câmara de Vereadores local. Martinelli foi acusado de autorizar um pagamento irregular de R$ 24 mil em horas extras para o procurador jurídico da Casa. Se a situação não for resolvida até 31 de dezembro, a prefeitura será provisoriamente comandada pelo presidente da Câmara até uma definição do Judiciário.

A situação sub judice também impacta outras cidades como Aquidabã (SE), Bonito de Minas (MG), Itaguaí (RJ), e Vitória da Conquista (BA), onde os eleitores observam com atenção o andamento dos processos que decidirão o futuro político local. Em casos de indeferimento definitivo das candidaturas, o TSE deverá determinar se novas eleições serão convocadas ou se o segundo colocado assumirá o cargo.

Lista de municípios com resultados pendentes de decisão judicial:

  • Aquidabã (SE)
  • Amparo do Serra (MG)
  • Aramina (SP)
  • Auriflama (SP)
  • Bequimão (MA)
  • Bocaina (SP)
  • Bonito de Minas (MG)
  • Cabo de Santo Agostinho (PE)
  • Cachoeira do Arari (PA)
  • Colina (SP)
  • Eldorado (SP)
  • Figueirópolis (TO)
  • General Maynard (SE)
  • Goiana (PE)
  • Guapé (MG)
  • Guará (SP)
  • Guzolândia (SP)
  • Ingaí (MG)
  • Itaguaí (RJ)
  • Jacupiranga (SP)
  • Jundiaí (SP)
  • Mongaguá (SP)
  • Mirante do Paranapanema (SP)
  • Natividade (RJ)
  • Neves Paulista (SP)
  • Óbidos (PA)
  • Panorama (SP)
  • Presidente Kennedy (ES)
  • Reginópolis (SP)
  • Ruy Barbosa (BA)
  • Sales Oliveira (SP)
  • São Gabriel do Oeste (MS)
  • São João Evangelista (MG)
  • São José da Varginha (MG)
  • São Sebastião da Grama (SP)
  • São Tomé (PR)
  • Silva Jardim (RJ)
  • Três Rios (RJ)
  • Tuiuti (SP)
  • Vitória da Conquista (BA)

A expectativa é que o TSE resolva a maioria dos casos nas próximas semanas, mas as cidades seguem em compasso de espera, com impactos que podem interferir no início da gestão pública em 2025.

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