Porque censurar Monark é patético e sangra a democracia?

Luís Carlos Nunes – A censura é um tema que tem atravessado os séculos e suas implicações nos contextos políticos são cruciais para uma análise conjuntural. Desde tempos antigos até os dias atuais, inúmeros casos de censura têm marcado sociedades ao redor do globo.

Na Grécia Antiga, um caso emblemático foi o do filósofo Sócrates. Condenado à morte por volta de 399 a.C., Sócrates enfrentou a censura por suas ideias inovadoras e questionadoras, sendo acusado de corromper a juventude e desrespeitar os deuses estabelecidos pela polis. Essa condenação representa um ataque à liberdade de expressão e um marco negativo na história da democracia ateniense.

Outro episódio histórico marcante de censura ocorreu durante a Inquisição da Igreja Católica nos séculos XV e XVI. A Inquisição tinha como objetivo controlar e reprimir qualquer forma de pensamento considerada herética ou contrária aos dogmas da igreja. Livros e obras filosóficas eram submetidos à censura prévia e frequentemente queimados publicamente. Essa repressão intelectual e religiosa limitou a liberdade de expressão e perpetuou a intolerância por séculos.

No século XX, regimes totalitários, como o nazismo de Adolf Hitler e o comunismo de Josef Stalin, também usaram a censura como uma ferramenta para consolidar seu poder. Na Alemanha nazista, livros considerados “subversivos” ou contrários à ideologia do partido eram banidos e queimados, enquanto jornais e meios de comunicação eram controlados para disseminar a propaganda oficial. Na extinta União Soviética, artistas, escritores e jornalistas eram censurados e perseguidos pelo Estado, sendo obrigados a se adequar à narrativa governamental sob ameaça de represálias.

Ao analisar a conjuntura política atual, nota-se uma crescente preocupação com o controle da informação e a limitação da liberdade de expressão em diversos países. Regimes autoritários, como a China e a Coreia do Norte, têm aplicado censura de forma recorrente, bloqueando sites, controlando a mídia e reprimindo dissidentes políticos. Mesmo em democracias estabelecidas, como os Estados Unidos, onde a liberdade de expressão é considerada um valor fundamental, há intensos debates sobre os limites dessa liberdade. Exemplos emblemáticos incluem o caso de Edward Snowden, ex-analista de inteligência que revelou práticas de vigilância em massa do governo dos Estados Unidos. Snowden, atualmente preso e perseguido pelas autoridades americanas, suscitou discussões sobre o equilíbrio entre a proteção da segurança nacional e o direito à privacidade, gerando controvérsias sobre a censura e a liberdade de expressão em um país conhecido por sua defesa desses princípios. Além disso, nas redes sociais, empresas privadas têm adotado medidas para moderar conteúdos considerados problemáticos ou falsos, o que tem gerado debates acalorados sobre a influência e o poder dessas plataformas na esfera pública.

No caso específico do youtuber e podcaster Monark, embora suas declarações possam ser consideradas irresponsáveis e desprezíveis, a censura prévia é uma medida altamente questionável. A liberdade de expressão é um pilar fundamental das democracias, e sua limitação deve ocorrer somente quando há clara incitação à violência ou danos à integridade de terceiros. Ações judiciais de censura contra indivíduos como Monark podem gerar um efeito contraproducente, amplificando suas ideias e alimentando um discurso de perseguição.

Apesar de Monark ter ganhado visibilidade nas redes sociais, é válido questionar a real ameaça que ele representa para a democracia. Suas declarações irresponsáveis, como sugerir a admissibilidade de um partido nazista, foram prontamente seguidas de um pedido de desculpas, alegando que estava embriagado durante o episódio. Além disso, sua influência é limitada a um público que busca sua irreverência adolescente e suas piadas com políticos e autoridades.

A questão que se coloca é se a censura prévia é realmente a melhor abordagem para lidar com casos como o de Monark. É compreensível a preocupação com a disseminação de informações falsas e potencialmente prejudiciais, especialmente em um contexto em que a desinformação se tornou uma ameaça global. No entanto, é importante considerar que a liberdade de expressão é um pilar essencial das democracias e deve ser preservada.

Ao censurar um youtuber e podcaster conhecido por suas experiências declaradas com maconha (ou ex-maconheiro, pois não se tem certeza), estamos menos atacando o pensamento e mais tentando conter a ausência de pensamento. É uma investida ridícula que desmoraliza a própria prática de censura, bem como aqueles que a exercem, tanto no presente quanto no passado.

Afinal, a história nos ensina que a censura, quando utilizada como instrumento de controle autoritário, mina a democracia e a liberdade individual. Devemos aprender com os erros do passado e buscar mecanismos mais eficazes para combater a desinformação e promover a educação midiática, capacitando as pessoas a discernir entre informações confiáveis e manipuladas.

Talvez uma boa prática para o combate a desinformação fosse a queda da imunidade parlamentar, desmonetização de canais de políticos e a responsabilização de big techs, isso seria talvez um bom pontapé nesse luta. Há sim figuras e autoridades perigosas incentivando ódio, mentindo descaradamente, escondidos sob o manto da imunidade, garantida por leis que eles mesmos criaram e controlam.

Em vez de restringir a liberdade de expressão, é fundamental fomentar um ambiente de debate público saudável, no qual a diversidade de ideias seja valorizada e a crítica construtiva seja incentivada. Essa abordagem permite um maior engajamento cidadão, fortalece a democracia e ajuda a combater os problemas decorrentes da desinformação.

Portanto, ao enfrentar os desafios contemporâneos relacionados à censura e liberdade de expressão, é necessário encontrar um equilíbrio entre a responsabilidade na disseminação de informações e a preservação dos direitos fundamentais. A liberdade de expressão não deve ser cerceada de maneira arbitrária ou baseada em motivações políticas, mas sim protegida como um valor essencial para uma sociedade democrática e plural.

Juiz João e Gilberto Kassab se encontram em Mauá em clima pré-eleitoral

Juiz João continua sendo uma figura política em franca ascensão na cidade de Mauá e sinaliza a Kassab que deseja ser candidato ao Paço Municipal de Mauá em 2024

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – No último dia 9 de junho, João Veríssimo, mais conhecido como Juiz João e ex-candidato à prefeitura de Mauá, teve um encontro de extrema relevância política com Gilberto Kassab, presidente do Partido Social Democrático (PSD) e ex-ministro, atualmente ocupando o cargo de secretário de Governo na gestão de Tarcísio de Freitas em São Paulo.

O encontro começou de forma informal, em uma padaria local, onde os dois protagonistas trocaram impressões sobre a conjuntura política tanto no âmbito estadual quanto local. Entre um gole de café e outro, abordaram temas de interesse comum e possíveis estratégias para fortalecer suas posições no cenário político.

Posteriormente, dirigiram-se à residência de Juiz João, onde compartilharam um almoço. Durante esse momento, João sinalizou a Kassab seu desejo de concorrer novamente à prefeitura de Mauá nas eleições de 2024, destacando sua intenção de se manter ativo e engajado na política local.

Essa movimentação de Juiz João e seu encontro com Kassab têm despertado grande atenção e gerado especulações no meio político mauaense. A aproximação com uma liderança partidária tão relevante sugere que o ex-candidato está empenhado em articular e planejar sua trajetória política visando às próximas eleições municipais.

Embora não tenha alcançado o segundo turno nas eleições municipais de 2020, Juiz João continua sendo uma figura política em ascensão na cidade de Mauá. Sua persistência e determinação em buscar espaço na política local ficam evidentes com seu desejo de concorrer novamente ao cargo de prefeito.

Os próximos passos de Juiz João e a possibilidade de sua candidatura em 2024 ainda são incertos. No entanto, o encontro com Kassab representa um importante marco em sua trajetória política, mostrando sua habilidade em estabelecer contatos e buscar apoio estratégico.

Nesse sentido, a população mauaense e os atores políticos da região estarão atentos aos desdobramentos dessa aproximação e às movimentações de Juiz João nos próximos meses. Esse encontro pode ter um impacto significativo na configuração política local, abrindo possibilidades de alianças estratégicas e influenciando a dinâmica das eleições que se avizinham em Mauá.

Vereador Sargento Alan busca recursos para implementar Programa Muralha Paulista em Ribeirão Pires

Sargento Alan se destaca por sua atuação incansável na área da segurança pública em Ribeirão Pires e em toda a região do ABC

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O vereador Sargento Alan (PL), de Ribeirão Pires, e o prefeito Guto Volpi se reuniram na manhã da última segunda-feira (06) com o secretário Estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em busca de recursos para implementar o Programa Muralha Paulista na cidade. Essa iniciativa visa o monitoramento de áreas estratégicas, visando a segurança do município. Durante o encontro, o parlamentar foi indicado como interlocutor da Secretaria de Segurança Pública (SSP) na região do ABC Paulista.

Segundo o Sargento Alan, “o programa Muralha Paulista é uma medida de segurança moderna e eficaz que visa proteger nossa cidade e garantir a tranquilidade de nossos cidadãos. Com tecnologia avançada, essa iniciativa permitirá o monitoramento constante de áreas estratégicas, auxiliando as forças de segurança no combate ao crime e na prevenção de atividades ilícitas”.

Alan Bonfim é Sargento da Polícia Militar, especialista em Segurança, com Pós-graduação Lato Sensu em Gestão de Políticas Públicas pelo Instituto Brasileiro de Ensino (IBRA). Durante sua atuação na PM, integrou o Serviço de Inteligência, a Força Tática e as Relações Públicas do 38° Batalhão de Polícia Militar. Atualmente, é vereador e presidente da Comissão de Justiça e Redação da cidade de Ribeirão Pires.

Como parlamentar, o vereador Sargento Alan se destaca por sua atuação incansável na área da segurança pública em Ribeirão Pires e em toda a região do ABC. Ele foi autor de diversos projetos que se tornaram leis na cidade, entre eles o Programa Vizinhança Solidária e o Projeto de Lei que instituiu o aplicativo ANA, voltado para o combate e defesa das mulheres vítimas de violência.

Além disso, apresentou mais de 150 requerimentos solicitando o aumento do policiamento e fez indicações para reforçar a presença policial em toda a cidade, resultando em uma diminuição de até 50% nos índices criminais. Outra iniciativa de destaque é o projeto da Guarda Mirim, que busca retirar crianças acima de 14 anos das ruas.

Sargento Alan vem ganhando reconhecimento pela sua personalidade carismática e vem conquistando cada vez mais credibilidade no cenário político regional. Com uma rede social com mais de 500 mil seguidores, ele é amigo do secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, e tem aparecido em programas de grande audiência, como o “SARGENTO SEM MASSAGEM”.

Fusão entre PTB e Patriota, que resultaria no partido “Mais Brasil”, é contestada na justiça

Objetivo da fusão entre PTB e Patriota é ultrapassar cláusula de barreira

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – A fusão entre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Patriota (Patri), aprovada em 26 de outubro de 2022, para a formação de uma nova legenda chamada “Mais Brasil” e com o número 25 nas urnas, está enfrentando contestações judiciais.

A decisão de fusão do PTB foi confirmada durante uma convenção nacional realizada em Brasília, na qual dos quase 200 filiados, apenas um votou contra a união. Já na reunião do Patriota, a votação foi unânime a favor da formação da nova sigla.

Informações de bastidores indicam que o Patriota, que terá um maior número de parlamentares, fez algumas exigências para que a fusão acontecesse. O partido solicitou como garantia que nem Roberto Jefferson, presidente de honra do PTB, nem sua filha, Cristiane Brasil, assim como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, façam parte da nova legenda.

A proposta de fusão das legendas estava sendo discutida desde antes desse episódio. As negociações tiveram início logo após o primeiro turno das eleições deste ano, quando ambos os partidos perceberam que, separadamente, não alcançariam a chamada cláusula de barreira, que exige a eleição de um número mínimo de parlamentares ou de votos em todo o Brasil para que os partidos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de rádio e televisão.

Em 2018, o PTB elegeu três deputados federais e dois senadores, enquanto o Patriota teve cinco deputados federais eleitos. O objetivo agora é que, quando o partido “Mais Brasil” seja oficializado, a nova legenda já conte com pelo menos cinco representantes na Câmara dos Deputados. Nas eleições do dia 2 de outubro, o PTB elegeu apenas um deputado federal (Bebeto, pelo Rio de Janeiro), enquanto o Patriota conquistou quatro vagas na Câmara Federal.

A ação que tenta impedir a fusão entre o PTB e o Patriota foi movida por cinco dirigentes do PTB e alega que a convenção nacional do partido no ano passado foi fraudada, o que prejudicaria o processo de fusão. Segundo eles, a convenção que aprovou a fusão com o Patriota foi conduzida por Marcus Vinicius de Vasconcelos Ferreira, genro de Roberto Jefferson e presidente nacional do PTB, que deveria estar afastado do cargo na época por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ferreira é alvo do inquérito das fake news e era suspeito de usar dinheiro do fundo partidário para financiar atos antidemocráticos.

Os autores da ação destacam que, além da suposta ilegalidade da convenção, a nova executiva do partido “Mais Brasil” foi eleita durante esse encontro, elevando o presidente afastado do PTB ao cargo de tesoureiro do novo partido no primeiro biênio e a presidente nacional no segundo biênio. Para eles, isso demonstra um completo desrespeito às decisões judiciais.

A petição foi enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em nome de cinco dirigentes do PTB: Gean Prates, secretário nacional de planejamento e estratégia; Eduardo Lucena, primeiro-secretário de mobilização; Jefferson Homrich, tesoureiro; Flavio Ricardo Beall, ex-secretário-geral; Caio Dantas, vice-presidente da juventude do partido; e José Vargas, outro membro da executiva.

A ação busca impugnar o pedido de registro de criação do partido “Mais Brasil” e destaca as irregularidades ocorridas durante a convenção conjunta entre PTB e Patriota. Os dirigentes contestam a legitimidade do processo de fusão, argumentando que as decisões tomadas foram influenciadas por indivíduos envolvidos em investigações criminais e que desrespeitaram determinações judiciais.

Agora, cabe ao Tribunal Superior Eleitoral analisar os argumentos apresentados na ação e decidir se a fusão entre PTB e Patriota será efetivamente concretizada ou se será necessário reavaliar todo o processo. A disputa jurídica em torno da fusão coloca em xeque o futuro político dos vereadores de Ribeirão Pires e mantém em suspense a configuração do cenário partidário para as eleições de 2024.

Aprovação de Projeto da vereadora Márcia Gomes propõe controle social dos recursos do FUNDEB

Portal da transparência será criado para disponibilizar informações financeiras mais detalhadas sobre o FUNDEB

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Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – A Câmara Municipal da Estância Turística de Ribeirão Pires aprovou nesta quinta-feira (1º/06), o Projeto de Lei N.º 0022/2023, de autoria da vereadora Márcia Gomes, da Coletiva de Mulheres. O projeto, intitulado “Transparência dos Recursos Provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) no âmbito municipal e outras providências”, visa garantir maior transparência na aplicação dos recursos do FUNDEB, além de promover o controle social.

A proposta surge em decorrência da Emenda Constitucional (EC) nº 108/2020, que torna o FUNDEB permanente, substituindo o caráter transitório que possuía anteriormente. Com essa mudança, a distribuição dos recursos para a educação básica passa a ser feita de forma mais eficiente, levando em consideração o número de matrículas em cada nível de ensino, independentemente dos tributos arrecadados por cada ente federativo.

Para garantir a fiscalização e controle dos recursos do FUNDEB, a vereadora propõe a criação de um ícone chamado “FUNDEB transparente” no site da Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires, no campo “Portal da transparência”. Nesse espaço, serão disponibilizadas informações detalhadas sobre a execução orçamentária e financeira dos recursos, visando a transparência e o controle social.

O relatório do “FUNDEB transparente” será atualizado mensalmente e divulgado nos murais de aviso de cada escola, na sala Pedagógica da Prefeitura Municipal e no site oficial da Prefeitura. Essa medida tem como objetivo assegurar o acesso às informações aos servidores, pais e/ou responsáveis, bem como à comunidade escolar, garantindo a transparência e o controle social sobre a execução orçamentária e financeira dos recursos do FUNDEB.

O site eletrônico deverá conter informações detalhadas e atualizadas mensalmente sobre a receita e a efetiva aplicação dos recursos do FUNDEB, especificando os percentuais utilizados em cada área de aplicação, de acordo com a legislação vigente.

A justificativa para o projeto de lei destaca a importância da fiscalização e do controle dos recursos e gastos públicos, tanto como um direito quanto um dever dos cidadãos e da administração pública. Além disso, menciona a Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor em 2012, e destaca a necessidade de inclusão das informações sobre a educação no portal da transparência, como forma de fortalecer a efetiva aplicação dos recursos e ampliar o escopo da cidadania.

Dessa forma, o projeto de lei proposto pela vereadora Márcia Gomes busca promover a transparência, o controle social e a efetiva aplicação dos recursos do FUNDEB, contribuindo para o cumprimento das metas do Plano Municipal de Educação e garantindo que a comunidade tenha conhecimento sobre o montante de recursos e sua destinação na área da educação.

Leia abaixo a íntegra da Propositura aprovada:

marcia gomes fundeb 01062023

Lau Almeida sobe o tom e ameaça revelar lambanças de Andreza Araújo (VÍDEO)

“Ela precisa trabalhar de verdade pelo povo. E há muitas coisas acontecendo, sabe, secretária? Estou investigando a fundo”, disse Lau Almeida

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Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O vereador Lau Almeida está em conflito com a secretária de meio ambiente de Ribeirão Pires, Andreza Araújo. Do púlpito, o parlamentar expressou toda sua indignação com Andreza:

“Acredito que essa secretária tenha algum problema comigo, porque eu a pressiono constantemente. Ela precisa trabalhar de verdade pelo povo. E há muitas coisas acontecendo, sabe, secretária? Estou investigando a fundo.”

Ainda direcionando-se à secretária de meio ambiente, o vereador declarou:

“Você pode perseguir meus amigos, mas vou mostrar para a cidade o que está acontecendo de errado aqui dentro. Um abraço a todos e podem sempre contar comigo, vereador.”

De acordo com Lau Almeida, sua revolta se deve a uma fiscalização realizada no Jardim Caçula, que resultou no fechamento de um pequeno comércio e em multas aplicadas ao estabelecimento duas vezes no mesmo dia.

“Não houve notificação para que ele fechasse o comércio. Quando cheguei lá, ele já não estava mais. Às nove da noite, voltaram e aplicaram outra autuação, e no sábado voltaram novamente e autuaram mais uma vez”, desabafou indignado. “Na minha opinião, se eles foram fechar esse comércio na cidade, deveriam dar um prazo, pois o dono não conhece as leis. Ele deveria ter tempo para recorrer e resolver os problemas relacionados à documentação e à sua adega. Portanto, fazemos aqui o nosso pedido à secretária, que a fiscalização é necessária, mas não com a truculência que seus fiscais estão demonstrando.”

Assista o vídeo:

Após GAECO, TCE passa a investigar Guto Volpi por possível irregularidade em licitação

Imagem: Divulgação

O objetivo dos questionamentos do TCE é apurar possíveis irregularidades em licitações de serviços de digitalização, tratamento arquivístico, guarda e/ou custódia de documentos 

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Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Treze dias após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Mauá realizarem operação com o apoio da Polícia Militar, visando repressão a atos de improbidade, que cumpriu mandados judiciais no âmbito de investigações para apurar fraude em procedimentos licitatórios envolvendo a Câmara Municipal de Mauá, Osasco, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) encaminhou a Prefeitura de Ribeirão Pires, documento direcionado ao prefeito Guto Volpi (PL), questionando sobre possíveis irregularidades em licitações de serviços de digitalização, tratamento arquivístico, guarda e/ou custódia de documentos. 

De acordo com o documento assinado pelo Conselheiro Dimas Ramalho, Guto Volpi tem o prazo de cinco dias úteis para que: 

  • Forneça a relação de todos os processos/procedimentos administrativos que tratem de licitações para a contratação de serviços de digitalização, tratamento arquivístico, guarda e/ou custódia de documentos, ou outros serviços semelhantes; 
  • Informe se já foi formalizado contrato administrativo, empenho de verbas e pagamentos ao contratado de cada um dos procedimentos/processos relacionados; 
  • Informe se houve instalação de sindicância ou processo disciplinar para apuração das possíveis irregularidades. 

O processo do TCE, de número 00004572.989.23-4 é datado de 25 de maio de 2023. 

Como já informado anteriormente, Ribeirão Pires foi alvo de operação do GAECO e do Ministério Público em 12 de maio, operação esta que visa apurar a participação de agentes públicos e privados, de acordo como informou o MP.

O objetivo do TCE como também do GAECO, entre outras coisas, é combater a corrupção e investigar possíveis irregularidades no caráter competitivo de licitações.

Repórter ABC – A informação passa por aqui

Leia a íntegra do documento:

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“Governo Guto Volpi afronta a justiça”, diz vereadora Márcia sobre ocupação no Jardim Serrano

Prefeitura de Ribeirão Pires afixou faixa na ocupação e é acusada de intimidar moradores com a presença de caminhões e GCM mesmo sem decisão judicial

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Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – A vereadora Márcia Gomes da Coletiva de Mulheres (PT), fez um duro pronunciamento contra ações que estão sendo tomadas pelo Governo do prefeito Guto Volpi (PL), através da Secretária de Meio Ambiente e Habitação, Andreza Araújo, no caso que envolve ocupação de terra no Jardim Serrano, em região que faz divisa com a cidade de Mauá.

Da Tribuna, durante sessão Legislativa ocorrida na tarde desta quinta-feira (25), a parlamentar denunciou o desrespeito da prefeitura para com o processo judicial em curso e que trata da demanda, da pressão sob os moradores e de uma faixa em espaço privado afixada pela administração municipal.

… “ontem, nós recebemos uma foto de uma faixa é colocada na ocupação do Jardim Serrano, pela prefeitura. Uma faixa que vai na contramão do processo judicial que está em curso, uma faixa preconceituosa, desrespeitosa, gerando instabilidade nos moradores e moradoras do local.”, disse Márcia.

Segundo ainda a vereadora, o seu mandato acompanha o caso desde o ano de 2020 e nas recentes incursões ameaçadoras do Governo Guto Volpi, a prefeitura jamais apresentou ordem judicial para que essas famílias fossem desocupadas.

… “com a pandemia, essas famílias ficaram sem condições financeiras, para o custeio das suas moradias, e ocuparam essa área para terem onde colocarem suas famílias. São mais de duzentas famílias naquele espaço entre elas mães solos, gestantes, crianças, famílias inteiras em situação de vulnerabilidade. Semana passada, nós fomos chamadas lá pelos moradores por duas vezes. Para evitar que a prefeitura fizesse a desocupação daquelas famílias. E em nenhum momento eles levaram nenhuma ordem judicial para que essas famílias fossem desocupadas. Sendo que tem um processo ocorrendo, no qual o juiz determina a suspensão do processo por sessenta dias a partir do dia quinze de maio de dois mil e vinte e três. O processo, esse que a secretária do meio ambiente, a senhora Andressa, se coloca à disposição pra procurar um uma área para a troca ou para construção de moradia digna, pra essas famílias. Então nós queremos aqui saber porque a prefeitura está agindo, coagindo essas famílias dessa forma, mandando tratores para demolição, dos barracos, mandando retirar essas famílias, sendo que são famílias que estão vulneráveis, não tem trabalho, não tem renda, e tem um barraco pra morar.

Ainda em seu pronunciamento, a vereadora exigiu a retira da faixa ao qual a classifica como preconceituosa e afirmou que o mandato não se calará diante de tamanha violência que visa tão somente a estigmatização pública dos habitantes daquele espaço.

“Então secretária, prefeito, nós exigimos a retirada daquela faixa preconceituosa da ocupação aquelas famílias não merecem o que está acontecendo com elas lá, o que a prefeitura vem fazendo, né? Mandar caminhão, mandar GCM sem notificação nenhuma, né? Então durante o decorrer do processo, vamos dar paz pelo menos para aquelas famílias que elas possam nesses dias nesses sessenta dias, que elas possam ter o mínimo de paz pra correr atrás do que elas têm de direito.”

Acompanhe a fala no vídeo abaixo:

A fala da vereadora Márcia Gomes (PT) ganha força e eco com uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso que em 31 de outubro de 2022 determinou que tribunais criem comissões para mediar desocupações coletivas antes de decisão judicial.

 

Página do Tribunal de Justiça aponta que o caso em questão é tratado como “Tramitação Prioritária”

A decisão foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, na qual o ministro suspendeu, inicialmente por seis meses em junho de 2021, ordens de remoção e despejos de áreas coletivas habitadas antes da pandemia. Ele considerou que despejos em meio à crise da Covid-19 poderiam prejudicar famílias vulneráveis. No fim de 2021, o ministro prorrogou a proibição de despejos até 31 de março de 2022. Depois, em uma terceira decisão, deu prazo até 31 de junho e, por fim, estendeu a proibição até 31 de outubro de 2022.

Ao analisar um novo pedido de prorrogação feito por partidos políticos e movimentos sociais, o ministro decidiu atender em parte. Barroso não prorrogou novamente a proibição de despejos, mas determinou um regime de transição a ser adotado após quase um ano e meio de proibição das desocupações. Conforme a decisão:

  1. Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais devem instalar, imediatamente, comissões de conflitos fundiários que sirvam de apoio aos juízes. De início, as comissões precisam elaborar estratégia para retomar decisões de reintegração de posse suspensas, de maneira gradual e escalonada;
  2. As comissões de conflitos fundiários devem realizar inspeções judiciais e audiências de mediação antes de qualquer decisão para desocupação, mesmo em locais nos quais já haja decisões que determinem despejos. Ministério Público e Defensoria Pública devem participar;
  3. Além de decisões judiciais, quaisquer medidas administrativas que resultem em remoções também devem ser avisadas previamente, e as comunidades afetadas devem ser ouvidas, com prazo razoável para a desocupação e com medidas para resguardo do direito à moradia, proibindo em qualquer situação a separação de integrantes de uma mesma família.

Barroso autorizou ainda a retomada do regime legal para ações de despejo em caso de locações individuais sem necessidade de regras de transição. Para ele, essas locações estão reguladas em contrato e não têm a mesma complexidade do que ocupações coletivas.

Acompanhe abaixo a íntegra da decisão:

ComissesADPF828

Acompanhe a seguir, um vídeo no qual é visto o desespero de crianças e moradores diante da suposta atitude ilegal por parte do governo municipal:

Diante da delicada questão social e política que envolvem 211 famílias na área particular do Jardim Serrano e após matéria oficial distribuída pela administração municipal no dia 15 de maio de 2023, intitula: “Prefeitura de Ribeirão Pires realiza fiscalização para combater invasões?”, o Repórter ABC protocolou “Requerimentos de Informações” com base na Lei de Acesso a Informações Públicas, onde entre outras coisas, questiona:

  • Se a prefeitura é parte no processo citado na matéria;
  • Há alguma decisão judicial ou mesmo Ação Cívil Pública movida pelo Ministério Público que determina a ação de fiscalização e cadastramento de pessoas que ocupam a referida área particular situada no Parque Aliança e que se encontra em processo judicial?
  • Se além participação do Grupo de Fiscalização Integrada (GFI), Fiscalização Ambiental, Departamento de Regularização Fundiária e Guarda Municipal, houve a participação de algum Assistente Social e também outros servidores ligados a Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social;
  • Conforme citado pela comunicação da prefeitura em texto intitulado “Prefeitura de Ribeirão Pires realiza fiscalização para combater invasões”, entre aspas, indicando fala da secretária Andreza Araújo, é expresso:
    “Esse tipo de moradia em área particular em processo judicial pode causar danos irreparáveis ao meio ambiente, afetando a fauna, a flora e os recursos hídricos da região. Além disso, as pessoas que moram nessas áreas correm riscos de desabamento e incêndios, além de não terem acesso a serviços básicos como água, luz e saneamento, destacou.”
    Diante de tal afirmação solicito cópia de documentos oficiais desta administração municipal que comprovem estudos detalhados que comprovem as afirmações: “Esse tipo de moradia em área particular em processo judicial pode causar danos irreparáveis ao meio ambiente, afetando a fauna, a flora e os recursos hídricos da região” e que “pessoas que moram nessas áreas correm riscos de desabamento e incêndios”.
  • Existe algum Projeto próprio ou Programa em parceria com os governos estadual ou federal para a construção de moradias na cidade de Ribeirão Pires, sejam populares ou mesmo de interesse social.
  • Qual o atual deficit habitacional da Estância Turística de Ribeirão Pires?

O Repórter ABC continuará acompanhando o caso.

Repórter ABC – A informação passa por aqui

Ciro Gomes acumula condenações judiciais por difamação e enfrenta problemas financeiros

Ex-presidenciável vem sendo condenado em vários processos; advogado diz que sua liberdade de expressão foi limitada

Repórter ABC – O ex-presidenciável Ciro Gomes, conhecido por sua retórica agressiva contra adversários políticos, tem enfrentado uma série de condenações por danos morais e está envolvido em diversas ações de execução. Essas medidas judiciais já resultaram na penhora e leilão de seus imóveis, além do bloqueio constante de valores em suas contas bancárias, inclusive na conta de sua esposa, totalizando R$ 101 mil. Mais recentemente, Ciro foi impedido de licenciar seu veículo devido às questões financeiras, aponta reportagem da Folha de S. Paulo.

Embora tenha declarado um patrimônio de R$ 3 milhões durante sua candidatura à Presidência no ano passado, a Justiça tem enfrentado dificuldades para efetuar as cobranças. Ciro, que já ocupou cargos como prefeito, governador, ministro e foi candidato à Presidência por quatro vezes, é alvo ou figura como autor em cerca de cem processos criminais e cíveis relacionados a danos morais, especialmente no Ceará e em São Paulo.

A defesa do ex-presidenciável argumenta que Ciro está sofrendo restrições desproporcionais ao seu direito de expressão e que as punições aplicadas têm valores exorbitantes. Alegam ainda que ele não possui recursos ou bens penhoráveis para arcar com as condenações. Atualmente, como vice-presidente nacional do PDT, Ciro recebe um salário mensal de R$ 23,5 mil.

Dentre os que entraram com ações judiciais alegando terem sido ofendidos pelo pedetista, estão ex-presidentes como Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e Jair Bolsonaro, além de políticos como José Serra (PSDB-SP), Eunício Oliveira (MDB-CE), Damares Alves (Republicanos-DF), Ricardo Salles (PL-SP), Eduardo Cunha (PTB-SP), João Doria (SP) e Valdemar Costa Neto (PL). Embora Ciro tenha obtido vitórias em casos envolvendo Ricardo Salles (chamado de “ex-ministro do desmatamento e contrabando”), Eduardo Cunha (“trambiqueiro”) e Doria (“farsante”), ele acumula condenações na fase de execução que, após correção, ultrapassam a marca de um milhão de reais.

Governo Lula libera R$ 4 bi para ampliar vagas de tempo integral em escolas

Além dos R$ 4 bi, Banco de Desenvolvimento da América Latina disponibilizará R$ 2,5 bilhões para que estados e municípios construam novas escolas no Brasil, e o BNDES também colocará recursos a disposição de governadores e prefeitos para o mesmo fim

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Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira (12) uma Medida Provisória que cria o Programa Escolas de Tempo Integral, que tem como objetivo ampliar em 1 milhão as vagas de tempo integral nas escolas de educação básica do país. O programa terá um investimento de R$ 4 bilhões e os recursos serão repassados para estados e municípios com o intuito de expandir as matrículas em suas redes de ensino.

Durante o anúncio no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, Lula destacou a importância da qualificação da população para o desenvolvimento econômico do país, afirmando que “não existe na história nenhum país que conseguiu se desenvolver sem investir na educação”. O presidente também visitou a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Johnson, na capital cearense, que é uma das escolas que adotam a jornada escolar igual ou superior a sete horas diárias ou 35 horas semanais.

A primeira etapa do programa consiste em estabelecer, junto a estados e municípios, as metas de matrículas em tempo integral. Os recursos serão transferidos levando em conta as matrículas pactuadas, o valor do fomento e critérios de equidade. O Programa Escolas de Tempo Integral busca viabilizar a meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece a oferta de “educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos estudantes da educação básica” até 2024.

Além disso, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) disponibilizará R$ 2,5 bilhões para que estados e municípios construam novas escolas no Brasil, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também colocará recursos a disposição de governadores e prefeitos para o mesmo fim.

O Programa Escolas de Tempo Integral terá outras etapas, que incluem a implementação de estratégias de assistência técnica junto às redes de ensino para a adoção do tempo integral, formação de educadores, orientações curriculares, fomento a projetos inovadores, estímulo a arranjos intersetoriais para prevenção e proteção social, melhoria de infraestrutura, além da criação de indicadores de avaliação e sistema de avaliação continuada.

Ainda durante o discurso, Lula lembrou que o próximo domingo (14) é Dia das Mães no Brasil e ressaltou a importância de demonstrar carinho e gratidão por essas figuras tão importantes em nossas vidas.

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