Carmélia da Mata cobra fim do isolamento político de Zito e alerta para prejuízos ao município

Vereadora questiona a postura do prefeito e pede diálogo com outras esferas de governo para o bem de Barreiras

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A visita da vereadora Carmélia da Mata à futura sede do Central Integrada de Regulação (CIR) tornou-se palco para uma crítica contundente à gestão do prefeito Zitos, especialmente no que diz respeito às relações institucionais do município. Durante sua fala com certo reconhecimento da gestão, Carmélia questionou o isolamento político em que o prefeito se encontra, alertando para os prejuízos que essa postura pode trazer a Barreiras e ressaltou a necessidade urgente de diálogo com outras esferas de governo.

Embora a obra da CIR esteja em andamento, Carmélia destacou que a falta de articulação com os governos estadual e federal limita as possibilidades de avanços mais significativos.

“Aqui a gente percebe que o pessoal, pelo menos, vai ter um pouco de dignidade e respeito. A obra está sendo muito bem feita,” disse a vereadora, reconhecendo o esforço da administração municipal, mas logo emendando uma crítica incisiva: “Eu acho que o prefeito precisa sair do isolamento político.”

A crítica de Carmélia vai além de uma constatação de problema de gestão. Ela sugere que a postura do prefeito Zito em evitar o diálogo com outras esferas de governo é, na verdade, um obstáculo ao desenvolvimento de Barreiras.

“Nós não podemos, como estadista, termos bandeira partidária para prejudicar uma cidade ou seus munícipes,” afirmou, deixando claro que o alinhamento político não pode ser um empecilho para as parcerias necessárias ao progresso de Barreiras.

Carmélia ainda ressaltou que o governador do estado e o presidente da república são líderes de todos os cidadãos, independentemente das diferenças partidárias, e que o prefeito deveria buscar mais humildade para se engajar em conversas que podem trazer benefícios à cidade.

“O governador do estado é governador de todos nós; o presidente da república, é presidente de todos nós,” pontuou Carmélia, frisando que o papel de um gestor público é atuar como estadista, superando possíveis entraves ideológicas para garantir melhorias na educação, saúde e infraestrutura.

Carmélia concluiu destacando que o tempo é crucial, já que o mandato do prefeito Zito se aproxima do fim. A ausência de uma postura mais aberta ao diálogo pode deixar Barreiras em uma posição desfavorável, comprometendo o desenvolvimento do município. Sua crítica reflete a urgência de uma mudança de postura por parte do prefeito, com vistas a assegurar que Barreiras não perca oportunidades por conta de um isolamento político que, na visão da vereadora, já dura tempo demais.

Carmélia da Mata é vereadora em primeiro mandato e busca uma reeleição.

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Tito (PT) propõe construção de duas UPAs, criação do Hospital Universitário e reestruturação do Emilly Raquel, em entrevista à Rádio Transamérica

Candidato tratou ainda de ações do seu Programa de Governo para as áreas da educação, infraestrutura e eventos culturais em Barreiras

Ascom Tito – O candidato a prefeito de Barreiras Tito (PT), apresentou, nesta sexta-feira (23/08), as propostas de seu Programa de Governo em entrevista à Rádio Transamérica. Durante pouco mais de 38 minutos de conversa, Tito abordou temas como saúde, educação, segurança pública e valorização dos servidores municipais. O candidato enfatizou a construção de duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a criação do Hospital Universitário, a valorização dos servidores municipais e a retomada de eventos como o Carnaval e a Feira Agropecuária de Barreiras.

Tito iniciou a entrevista ressaltando a importância da escuta popular na elaboração de seu Plano de Governo Participativo (PGP), construído com a colaboração da população e que recebeu mais de 1.080 propostas. Ele destacou que sua candidatura é respaldada por nove partidos e 120 candidatos a vereador e que pretende, junto com o vice, Emerson, implementar uma gestão focada nas reais necessidades do município.

Hospital Universitário e 2 novas UPAs

“Barreiras tem apenas uma única UPA, que só existe graças à intervenção do ex-governador Rui Costa. Nós pretendemos construir uma segunda e até uma terceira UPA para garantir que todos os moradores tenham acesso a um atendimento de qualidade e rápido,” afirmou Tito.

Tito criticou a atual administração pela gestão da saúde em Barreiras, afirmando que “a população guardou doença nos últimos oito anos.” Ele explicou que seu plano de governo prevê a construção de duas novas UPAs na cidade.

Além das UPAs, Tito destacou a importância do Hospital Emilly Raquel. Segundo ele, o hospital não está funcionando como deveria e sua reestruturação é uma prioridade.

“Queremos que o Centro Municipal de Saúde da Criança Emilly Raquel volte a atender 24 horas por dia, com foco exclusivo no atendimento pediátrico. É fundamental que nossas crianças recebam o melhor cuidado possível,” afirmou Tito. Ele também mencionou a falta de medicamentos e a necessidade de contratação adequada de profissionais como pontos críticos que precisam ser solucionados.

Tito também ressaltou a importância do Hospital Universitário como um elemento central em sua proposta para a saúde de Barreiras. Ele destacou que a criação dessa unidade, fruto de suas ações em defesa das universidades locais, será fundamental para ampliar a oferta de serviços de saúde e proporcionar formação de qualidade para os estudantes de medicina e áreas afins.

“O Hospital Universitário vai transformar Barreiras em um polo de saúde e educação de referência em toda a região oeste,” destacou.

Valorização dos servidores públicos

Ao tratar da valorização dos servidores municipais, Tito foi enfático em prometer um resgate dos direitos dos trabalhadores.

“Nós jamais iremos retirar direitos dos servidores públicos. Pelo contrário, vamos fazer um resgate dos direitos que foram prejudicados nos últimos oito anos,” declarou.

Tito também destacou a importância de servidores motivados e bem remunerados para o bom funcionamento das políticas públicas, incluindo saúde, educação e segurança.

Sobre o calendário de eventos tradicionais da cidade, Tito reafirmou sua postura de retomar as atividades que, além de importância econômica com a geração de emprego e renda, integram a história da cidade.

“Nossa história foi desrespeitada nesses últimos oito anos, até a sede da prefeitura foi vendida pelo prefeito atual e até hoje nunca se informou a nossa sociedade o que foi feito dos recursos de quase oito milhões de reais da venda do prédio, toda a sociedade barreirense perdeu uma sua referência histórica e cultural da cidade” afirmou.

Segundo ele, em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia vai realizar o maior e melhor carnaval do interior da Bahia em 2025.

“Falar de cultura é falar de história e respeitar a história de um povo, portanto infelizmente esse governo atual, que quer eleger um poste para sucedê-lo, acabou com o nosso Parque de Exposições Engenheiro Geraldo Rocha onde eram realizadas as feiras agropecuárias e shows”, disse Tito.

Capacitação de professores

Na área da educação, Tito defendeu um maior investimento em infraestrutura escolar e na capacitação dos professores. Ele salientou a necessidade de transformar as escolas em ambientes inclusivos, onde os alunos possam se desenvolver plenamente. Tito também propôs a criação de programas de apoio psicológico e pedagógico para alunos e professores, além da modernização das unidades escolares.

Agosto Verde-Claro alerta para nódulos no corpo e risco de linfoma

Campanha destaca a importância do diagnóstico precoce do linfoma, tipo de câncer no sangue que atinge milhares de brasileiros e pode ser fatal se não tratado a tempo

Caso de Política com EBC – O linfoma, um dos dez tipos de câncer mais comuns no Brasil, pode passar despercebido nas fases iniciais, mas quando não tratado, pode evoluir rapidamente. Em 2024, são esperados 15.120 novos casos da doença. A campanha Agosto Verde-Claro, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), busca conscientizar a população sobre os riscos e a importância do diagnóstico precoce desse tipo de câncer.

O principal sinal de alerta é o aparecimento de caroços indolores em locais como pescoço, axilas e virilhas. Esses nódulos, embora inicialmente sem dor, podem progredir para sintomas mais graves, como febre no final do dia, suor noturno e perda de peso súbita.

“Se o paciente tem um nódulo na axila, no pescoço ou na virilha, é preciso saber se isso está associado a algum quadro infeccioso ou não. Se ele está gripado ou com uma infecção local, o gânglio provavelmente é uma sequela. Mas, se o linfonodo cresce de forma espontânea e progressiva, sem um quadro infeccioso, é hora de procurar um oncologista”, explica Renata Lyrio, hematologista da Oncologia D’Or.

Nos últimos anos, o tratamento do linfoma avançou significativamente. Um exemplo é a recente aprovação pela Anvisa do Epcoritamabe, um anticorpo biespecífico usado no tratamento do linfoma difuso de grandes células B recidivado ou refratário. “Essa terapia possui dois braços: um se liga ao tumor e o outro às células T do sistema imunológico, direcionando-as para atacar as células cancerígenas”, detalha Renata. A expectativa é que essa droga seja aprovada em breve para tratamentos mais precoces e para outros tipos de linfoma.

O linfoma pode ser de dois tipos principais: Hodgkin e não Hodgkin. O linfoma de Hodgkin, embora mais raro, geralmente tem um bom prognóstico e alta chance de cura, especialmente entre adolescentes e jovens adultos. Já o linfoma não Hodgkin, que abrange mais de 50 tipos de neoplasias, é mais comum e ocorre principalmente em pessoas idosas.

A evolução do linfoma pode variar. Alguns são agressivos e requerem tratamento imediato, enquanto outros, chamados indolentes, crescem lentamente e podem ser monitorados por longos períodos antes de exigir intervenção. O tratamento pode incluir quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo, radioterapia, transplante de células-tronco e novas abordagens como a terapia celular CAR-T-cell.

O Agosto Verde-Claro reforça que a detecção precoce é crucial para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Ficar atento aos sinais e buscar orientação médica ao menor sinal de anormalidade pode fazer toda a diferença.

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Casos de MPOX se aproximam de 100 mil globalmente, alerta OMS; novas medidas e vacinas estão em pauta

Relatório da OMS revela o crescimento da doença e propõe análise emergencial para vacinas

Caso de Política com Agência Brasil – A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta segunda-feira (12) um relatório alarmante sobre a mpox, com 99.176 casos confirmados em 116 países desde janeiro de 2022. A doença, que também causou 208 mortes durante o período, continua a se espalhar, com 934 novos casos e quatro mortes confirmadas apenas em junho deste ano.

Distribuição Global da Doença

O relatório destaca que as regiões mais afetadas em junho foram: África com 567 casos, América com 175, Europa com 100, Pacífico Ocidental com 81 e Sudeste Asiático com 11. O Mediterrâneo Oriental não registrou novos casos no período. A República Democrática do Congo, que responde por 96% dos casos africanos, enfrenta desafios significativos devido ao acesso limitado a testes em áreas rurais. Apenas 24% dos casos suspeitos foram testados em 2024, com uma taxa de positividade de cerca de 65%, subestimando o verdadeiro impacto da doença.

Além disso, dados preliminares indicam uma expansão do vírus na África, com novos casos relatados em Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. A Costa do Marfim e a África do Sul também registraram novos casos, incluindo variantes diferentes da doença.

Principais Países Afetados

Entre janeiro de 2022 e junho de 2024, dez países concentraram a maior parte dos casos: Estados Unidos (33.191), Brasil (11.212), Espanha (8.084), França (4.272), Colômbia (4.249), México (4.124), Reino Unido (3.952), Peru (3.875), Alemanha (3.857) e República Democrática do Congo (2.999). Juntos, esses países representam 81% dos casos globais, com a República Democrática do Congo aparecendo pela primeira vez entre os dez países com mais casos cumulativos.

Perfil dos Casos Confirmados

O relatório revela que 96,4% dos casos confirmados de mpox são homens, com uma média de idade de 34 anos. A distribuição etária e de sexo dos casos permanece estável, com homens entre 18 e 44 anos representando 79,4% dos casos fora da África. No entanto, no Congo, crianças com menos de 15 anos representam a maioria dos casos notificados.

Transmissão e Sintomas

O contato sexual continua a ser o modo de transmissão mais relatado, representando 83,8% dos casos. Entre os sintomas, a erupção cutânea é o mais comum (88,5%), seguido por febre (57,9%) e erupção cutânea sistêmica (54,8%). Na República Democrática do Congo, alguns casos expostos através de contato sexual apresentaram apenas lesões genitais.

Impacto do HIV e Vacinas

Cerca de 51,9% dos casos com informações sobre sorologia para HIV são de pessoas vivendo com HIV. A OMS observou que muitos casos na África não têm dados disponíveis sobre HIV.

Para enfrentar a crescente ameaça da mpox, a OMS solicitou que fabricantes de vacinas submetam pedidos para o uso emergencial das doses. O objetivo é acelerar a disponibilidade de vacinas, especialmente para países de baixa renda. A OMS enfatizou que a concessão de autorização para uso emergencial ajudará a Aliança para Vacinas (Gavi) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na aquisição e distribuição de vacinas.

Atualmente, duas vacinas contra a mpox foram recomendadas pelo Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (Sage), com o intuito de melhorar a resposta global à doença e proteger as populações mais vulneráveis.

Vacinação antirrábica em Barreiras já está em andamento

Campanha busca imunizar cães e gatos contra a raiva

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos em Barreiras começou ontem, dia 8, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Com postos fixos, a vacinação será realizada em locais estratégicos. A lista completa dos postos de vacinação estão abaixo.

A campanha tem como objetivo vacinar milhares de animais. Para receber a dose, não é necessário apresentar documentação; basta que o animal tenha mais de três meses de idade e esteja saudável.

Os postos de vacinação estarão abertos nos seguintes locais e datas:

10 e 17 de agosto

A campanha de vacinação antirrábica está marcada para ocorrer em vários locais nos dias 10 e 17 de agosto, das 8h às 17h. Os postos de vacinação incluem:

Centro
  • Bairro JK
  • Barreirinhas
  • Vila dos SÁS
  • Estádio Geraldão
  • Câmara dos Vereadores
  • Praça Sabino Dourado
  • Praça dos Sentidos

16 de agosto

No dia 16 de agosto, das 8h às 17h, a vacinação será realizada no bairro Buritis, ao lado do posto de saúde.

10 de agosto

No dia 10 de agosto, das 8h às 17h, os seguintes locais estarão disponíveis para vacinação:

  • Sandra Regina: Escola Herculano Farias
  • Renato Gonçalves: C. Sagrado Coração de Jesus
  • Morada da Lua de Cima: Escola Celso Barbosa
  • Morada da Lua de Baixo: Escola M. Padre Vieira
  • Recanto dos Pássaros: SAMU
  • Ribeirão: Escola Maria Castro da Silva
  • Boa Sorte: Escola Boa Sorte
10 de agosto

Também no dia 10 de agosto, a campanha abrangerá os seguintes locais:

  • Centro: Praça do Coreto e Emilly Raquel
  • Vila Brasil: Colégio Juarez de Souza
  • Rio Grande: Escola Paulo Freire
  • Vila Dulce: Memorial Dom Ricardo
  • Cidade Nova: Trailer/Feirinha
10 de agosto

Além disso, a vacinação no dia 10 de agosto será realizada nos seguintes locais:

  • Santa Luzia: Escola Palmira/Escola Sta Luzia
  • Jardim Vitória: Escola Ivardo Pereira Bastos
  • Loteamento Rio Grande: Escola M. Octávio Mangabeira
  • São Miguel: Centro Ed. Luiz Viana Filho
  • Vila Nova: Posto de Saúde João G. Almeida
  • Flamengo: Igreja Nossa Senhora de Fátima
  • Serra do Mimo: Praça Santa Catarina
  • Bandeirantes: Praça Santa Catarina
  • Novo Horizonte: Praça Santa Catarina
  • Jardim Ouro Branco: Escola Lazinha Pamplona
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Hospital do Oeste realiza mutirão de cirurgia de hipospádia

Ascom HO – O Hospital do Oeste (HO), unidade vinculada ao governo estadual e administrada pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) no município de Barreiras, realizou nos últimos dias 1º, 2 e 3 de agosto um mutirão de cirurgia de hipospádia – que é uma má-formação genética que ocorre nos meninos, tendo como principal característica a abertura anormal da uretra. A condição ocorre durante o desenvolvimento fetal masculino.

O mutirão, cujo objetivo foi reduzir o tempo de espera das crianças que aguardam por esse tipo de procedimento, foi conduzido pelo cirurgião pediátrico do HO, Angevaldo Lima, e pela especialista em Urologia Pediátrica, Lisieux Eyer de Jesus, que foi convidada especialmente pelo hospital para integrar a nobre iniciativa. Durante os três dias, foram realizadas 10 cirurgias em pacientes pediátricos que estavam em fila de espera.

“Através do mutirão conseguimos ajudar famílias que estavam à espera da cirurgia para suas crianças. Uma ação que só foi possível graças ao envolvimento de todos os profissionais de saúde; a quem agradeço imensamente”, afirma a líder geral do Hospital do Oeste, Marina Barbizan.

“Existe hoje um elevado número de meninos que necessitam dessa operação e, muitas vezes, de uma reoperação, pois nem sempre se consegue realizar a correção de uma única vez. Portanto, vale destacarmos a importância dessa iniciativa, a dedicação das equipes e a vinda da doutora Lisieux, que além de professora titular da Universidade Fluminense é provavelmente hoje o maior nome da cirurgia pediátrica no Brasil, sendo reconhecida também internacionalmente”, ressalta o cirurgião Angevaldo Lima.

Para a moradora da cidade de Angical, Maria Vilma Araújo, “foi um alívio saber do mutirão. Meu filho aguardava desde 2021 por essa cirurgia, sendo essa sua quinta operação. Estamos muito felizes, pois ele sofre com isso desde bebê. Agradeço ao Hospital do Oeste pelo carinho e atenção com nossa família”.

OMS divulga lista de 33 vírus e bactérias com potencial de desencadear uma nova pandemia

Caso de Política com OMS – A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma lista de 33 vírus e bactérias que possuem potencial para desencadear uma nova pandemia, resultado do trabalho de mais de 200 cientistas que analisaram cerca de 1.650 espécies. A lista inclui patógenos conhecidos no Brasil, como os vírus da dengue e Zika, além de subtipos do vírus influenza A e a bactéria que causa a peste.

O grupo de cientistas considerou a forma de transmissão, o acesso a tratamentos e o nível de virulência dos patógenos. A lista de “patógenos prioritários” não indica que todos esses agentes infecciosos se tornarão pandemias, mas aponta a necessidade de priorização em pesquisas para evitar possíveis impactos na saúde pública.

“O processo de priorização ajuda a identificar lacunas críticas de conhecimento que precisam ser abordadas com urgência”, destaca Ana Maria Henao Restrepo, uma das cientistas responsáveis pelo relatório, em declaração à revista Nature.

Lista dos patógenos com potencial pandêmico:

  • Mammarenavirus lassaense (Febre de Lassa)
  • Vibrio cholerae (cólera)
  • Yersinia Pestis (peste)
  • Shigella dysenteriae (disenteria)
  • Salmonella não-tifoide
  • Klebsiella pneumoniae (superbactéria)
  • Sarbecovírus (incluindo SARS-CoV-2)
  • Merbecovírus (MERS)
  • Vírus de Marburg
  • Vírus Ebola
  • Vírus Sudão
  • Vírus Zika
  • Vírus dengue
  • Vírus da febre amarela
  • Orthohantavirus sinnombreense
  • Orthohantavirus hantanense
  • Vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo
  • Influenza A (H1, H2, H3, H5, H6, H7, H10)
  • Vírus Nipah
  • Bandavirus dabieense
  • Vírus de Coxsackie
  • Orthopoxvirus variola (varíola)
  • Vírus da Mpox (anteriormente, varíola dos macacos)
  • Vírus Chikungunya
  • Alphavirus venezuelan
  • Lentivírus humimdef1
  • Patógeno da Doença X

A OMS destacou a importância de revisões periódicas na lista de patógenos, especialmente devido a fatores como mudanças climáticas e desmatamento, que aumentam o risco de zoonoses. Além disso, pela primeira vez, a OMS criou uma segunda lista de “patógenos protótipos”, que são agentes infecciosos modelo, como o vírus Vaccinia, para o desenvolvimento de novas terapias e vacinas.

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Brasil tem capacidade para enfrentar futuras pandemias, diz ministra

Nísia Trindade e OMS defendem cooperação entre países

Agência Brasil – “A próxima pandemia pode vir de qualquer lugar”. Essa é a mensagem de alerta da Cúpula Global de Preparação para Pandemias, evento internacional que uniu especialistas de várias partes do mundo no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29). O encontro funciona como uma troca de experiências sobre enfrentamento de doenças que podem ser alastrar, como a covid-19, que deixou mais de 7 milhões de mortos no planeta.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiu que o Brasil é capaz de participar da Missão 100 Dias, união de esforços para desenvolver, produzir e distribuir vacinas e tratamentos mundialmente dentro de pouco mais de três meses.

Esse prazo representa um terço do tempo que levou para ser criada uma vacina contra a covid-19 e que poderá interromper uma nova pandemia ainda no início, poupando vidas.

Sem dúvida o Brasil tem condições de adotar esse objetivo. O Brasil é parte desse esforço e nós retomamos uma agenda que as instituições de pesquisas científicas levantaram com muita força”, disse a ministra.

Segundo ela, o Brasil, que enfrentou adversidades durante a pandemia de covid-19 e acumulou mais de 700 mil mortes, tem no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bases na ciência, tecnologia e esforços industriais que abrangem a área da saúde.

Nísia Trindade citou o Complexo Econômico Industrial da Saúde – conjunto de investimentos que incentivam a produção de medicamentos, insumos e vacinas, parte da Nova Indústria Brasil, política industrial do governo federal.

Para a ministra, o preparo do país para o enfrentamento de futuras pandemias deve ser visto como política de Estado, e não apenas de governo.

Nísia frisou a importância da troca de experiência e conhecimento entre países e defendeu ainda que o esforço seja com equidade, dando “acesso e desenvolvimento da produção local [de vacinas e tratamentos] não só no Brasil, mas nos países em desenvolvimento, em um esforço organizado”.

Nísia entende que é preciso protagonismo do Sul Global (conjunto de países emergentes). “Não é possível pensar em proteção de forma equitativa sem a participação dos nossos países”, afirmou.

É hora de traduzir equidade e solidariedade em ações concretas para garantir acesso junto a produtos para o enfrentamento a pandemias e outras emergências de saúde”, disse a ministra, acrescentando que é preciso também preocupação com doenças negligenciadas, como as arboviroses. Este ano, por exemplo, o Brasil enfrentou epidemia de dengue, com mais de 6 milhões de casos e 4,8 mil mortes.

A presidente da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), Jane Halton, explicou que a Missão dos 100 Dias não é apenas uma questão de velocidade na resposta. Inclui também equidade na disponibilização dos recursos. “É sobre proteger todas as pessoas de novas doenças antes que tenham as vidas delas e de familiares destruídas.”

Parceria para vacinas

O encontro da Cúpula Global de Preparação para Pandemias termina na terça-feira (30). Essa é a segunda edição do evento. A primeira foi em Londres, em 2022.

No evento desta segunda-feira foi anunciada uma parceria da Cepi com a Fiocruz para a produção de vacinas que poderão ser distribuídas para países da América Latina, em caso de nova pandemia.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, durante a Cúpula Global de Preparação para Pandemias 2024, no Rio – Tomaz Silva/Agência Brasil

Segundo o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, o acordo faz parte de um esforço global para “um mundo mais equilibrado no acesso a vacinas”.

Não há condição de apenas os países do Norte produzirem vacina para o mundo. Não deu certo na [pandemia de] covid-19. Então a ideia é também incluir país do Sul Global, onde a Fiocruz terá destaque nisso”, declarou.

Por meio de uma mensagem gravada em vídeo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a liderança da ministra Nísia Trindade em colocar o tema preparação para pandemia como uma das prioridades do mandato brasileiro na presidência do G20 (grupo que reúne as 19 maiores economias do país mais a União Europeia e União Africana).

Segundo a autoridade máxima da OMS, uma próxima pandemia “não é questão de se, mas de quando”. Ele manifestou o desejo de que não sejam repetidos erros cometidos na pandemia de covid-19.

Temos ainda um longo caminho antes de poder dizer que o mundo está verdadeiramente preparado para a próxima pandemia. Mas, junto, estamos fazendo um mundo mais preparado do que antes”, definiu.

Reprovação das contas da Saúde de Barreiras: endividamento milionário e risco ao patrimônio

Além da reprovação o prefeito Zito Barbosa ainda não apresentou um plano de pagamento de R$ 115 milhões em precatórios não repassados aos professores

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A crise financeira na gestão de Barreiras continua a se agravar. Após o Ministério Público alertar para o risco de dano ao patrimônio devido ao endividamento excessivo da administração do prefeito Zito Barbosa (UB), o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) reprovou as contas da Saúde municipal, gerida por Melchisedec Alves das Neves, primo do prefeito. O deficit acumulado chegou a R$ 102 milhões, resultado da construção de um hospital que permanece sem finalização.

Além disso, a administração municipal ainda não apresentou um plano de pagamento de R$ 115 milhões em precatórios não repassados aos professores, somando-se ao já elevado rombo nas contas públicas. A situação levanta preocupações sobre a capacidade da gestão atual em equilibrar as finanças do município e honrar seus compromissos com servidores e fornecedores.

A reprovação das contas pode acarretar diversas sanções administrativas e penais, conforme a legislação vigente. Administrativamente, a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) estabelece que a gestão pública pode enfrentar restrições para a obtenção de transferências voluntárias de recursos e para a celebração de contratos com o poder público. Além disso, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (Lei nº 4.320/1964) e a Lei de Licitações (Lei nº 8.666/1993) também prevêem penalidades para gestores que não cumpram suas obrigações financeiras e contratuais.

Penalmente, a Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) pode ser acionada, resultando em sanções como perda de cargos públicos, suspensão de direitos políticos, e a obrigação de ressarcir os cofres públicos pelos danos causados. A atuação do Ministério Público pode levar a processos que busquem a responsabilização dos gestores envolvidos, com potencial para consequências severas.

O alto endividamento e a falta de transparência na gestão financeira colocam em risco a sustentabilidade das finanças de Barreiras, afetando diretamente os serviços públicos essenciais. A população, que já sofre com a precariedade dos serviços de saúde e educação, enfrenta agora a incerteza sobre o futuro econômico do município.

Com a reprovação das contas, espera-se que medidas sejam tomadas para reverter o quadro crítico e garantir uma gestão mais responsável e transparente dos recursos públicos. A situação exige uma resposta rápida e eficiente para evitar que o município mergulhe ainda mais em uma crise financeira sem precedentes.

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TCM julga irregulares contas da Saúde de Barreiras em 2022. Órgão aponta má gestão de Zito Barbosa

Entre as irregularidades apontadas está a contratação de empresa de engenharia para a construção do Hospital Municipal por R$ 64.128.341,41

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Os conselheiros da 1ª Câmara do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) julgaram irregulares as contas da gestão em Saúde de Barreiras para o exercício de 2022, expondo uma série de falhas e irregularidades que comprometem a administração do prefeito Zito Barbosa. A decisão, anunciada na quarta-feira, 24 de julho, destaca graves problemas na condução dos recursos públicos municipais.

O conselheiro relator Plínio Carneiro Filho denunciou irregularidades severas em processos licitatórios, evidenciando a falta de transparência e a má gestão dos recursos. A aquisição de medicamentos no valor de R$ 1.881.625,00 e a contratação de uma empresa de engenharia para a construção do Hospital Municipal Edsonnina Neves de Souza, totalizando R$ 64.128.341,41, foram alvos de críticas contundentes. A ausência de documentação necessária, como a designação da comissão de licitação e a falta de critérios técnicos, indicam uma gestão negligente e potencialmente corrupta.

Ainda mais alarmante foi a constatação de que o processo administrativo referente à construção do hospital não incluía o projeto básico, nem o edital completo com desenhos e especificações detalhadas. Essa falha básica de governança levanta sérios questionamentos sobre a competência e a seriedade da administração municipal sob o comando de Zito Barbosa.

O balanço orçamentário da Secretaria de Saúde de Barreiras em 2022 apresentou um déficit astronômico. Com receitas de R$ 95.590.753,53 e despesas que somaram R$ 197.984.708,96, o município enfrentou um déficit de R$ 102.393.955,43. Este resultado não apenas reflete uma gestão financeira desastrosa, mas também sugere uma administração irresponsável e descuidada dos recursos públicos.

A decisão do TCM-BA, que ainda cabe recurso, lança uma sombra sobre a administração de Zito Barbosa, sugerindo que as irregularidades na gestão da saúde são apenas a ponta do iceberg de uma série de problemas estruturais e de liderança. Barreiras necessita urgentemente de uma gestão mais transparente e comprometida com a eficiência dos serviços públicos, algo que a atual administração tem falhado em demonstrar.

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