Senadora Mara Gabrilli consegue andar com auxílio de exoesqueleto (VÍDEO)

Exoesqueleto Atalante dispensa o uso de andadores e garante mais autonomia e longevidade

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Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Em missão de três dias em Nova York, EUA, senadora conheceu o equipamento e identificou a possibilidade de fortalecer o atendimento de milhões de brasileiros com deficiência motora. Objetivo é efetivação de possível parceria para compartilhamento da tecnologia no Brasil

A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) esteve durante três dias nos Estados Unidos para conhecer uma revolucionária tecnologia voltada para reabilitação de pessoas com deficiência. Trata-se de um exoesqueleto batizado de Atalante que funciona como um suporte para que pessoas com algum tipo de paralisia possam ficar de pé, eretas, e se moverem de maneira multidirecional e com braços livres.

Mara, que ficou tetraplégica aos 26 anos após um acidente de carro, é entusiasta das possibilidades advindas da tecnologia assistiva. A senadora fez muitos anos de fisioterapia e exercícios físicos diários para conseguir, 21 anos depois, a recuperação parcial dos movimentos nos braços. O resultado desta dedicação é a habilidade de pilotar a própria cadeira de rodas sem a necessidade de alguém que a empurre.

O exoesqueleto Atalante que Mara experimentou e caminhou com ele, é um projeto de três estudantes de engenharia fundadores da startup francesa Wandercraft, criada em 2012. O equipamento possibilita a locomoção de pessoas que perderam movimentos do corpo e que precisam aprimorá-los em consequência, por exemplo, de sequelas de AVC (acidente vascular cerebral), lesão medular, Parkinson, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, traumatismo crânioencefálico, entre outros.

A ideia é dar a possibilidade de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida terem uma tecnologia que possibilite movimentos em múltiplas direções. O objetivo é que futuramente, usando o exoesqueleto, os usuários também possam realizar tarefas do dia a dia, como atividades domésticas, permitindo assim mais autonomia e longevidade.

A principal inovação do Atalante é que ele dispensa o uso de andadores. O paciente “veste” o exoesqueleto e uma vez que o robô contém um sistema de controle de equilíbrio, permite maior estabilidade. Isto é, mesmo que o paciente se incline e faça movimentos com o tronco, o robô mantém o equilíbrio sem cair. O equipamento funciona com uma programação de acordo com o objetivo do paciente. Ele pode se inclinar, sentar e levantar, andar de frente, de costas e de lado, além de subir degraus. Essa condição é crucial para que o Atalante seja usado por pessoas com diferentes tipos de comprometimento de mobilidade.

“Não sou a mesma pessoa depois de testar esse equipamento. São 28 anos desafiando a inércia e a gravidade desde que quebrei o pescoço. Sempre trabalhei para resgatar movimentos. Chegar ao momento de andar com o auxílio de uma tecnologia que usa a força do meu próprio corpo é a prova de que todo esforço valeu a pena. É um universo de possibilidades que se abre”, afirmou Mara após testar o exoesqueleto.

A senadora participou do encontro com profissionais de renome mundial em reabilitação e estava acompanhada de Linamara Rizzo Battistela, Professora Titular de Medicina Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, coordenadora da Rede Lucy Montoro de Reabilitação, a maior rede pública de reabilitação do Estado. Linamara coordenou junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) a publicação “Diretrizes para o Fortalecimento da Reabilitação nos Sistemas de Saúde”, documento parâmetro para os países membros da OMS para garantir a saúde e melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, que no mundo somam 1 bilhão.

De acordo com Linamara, que acompanhou os testes a convite de Mara, a possibilidade de trazer o Atalante para o Brasil significaria uma revolução na saúde dos brasileiros, além de inspiração para cientistas, que poderão desenvolver tecnologias de reabilitação genuinamente nacional. “É uma referência importante para criarmos equipamentos que atendam hoje quem não tem acesso a serviços de saúde e reabilitação, pensando num conceito muito mais amplo, que é o de longevidade e qualidade de vida”, afirmou a médica.

A missão da senadora, que aconteceu entre os dias 24, 25 e 26 de abril em Nova York, Estados Unidos, teve como principal objetivo contribuir com a efetivação de uma possível parceria e compartilhamento de tecnologia, para o desenvolvimento de uma pesquisa pioneira no Estado de São Paulo.

Sobre o futuro de como seria o acesso de todos os brasileiros ao Atalante, a senadora aposta na ideia de criar “walk centers”, locais que funcionariam como centros de condicionamento físico ou de ginástica voltados às pessoas com e sem deficiência. “Esses centros seriam vinculados às universidades públicas, que já possuem estrutura tanto de reabilitação quanto para a prática esportiva”, afirmou Mara.

Vale lembrar que a senadora fundou um Instituto que leva seu nome em 1997, alguns anos após o acidente de carro que a deixou tetraplégica. À época, o objetivo inicial do Instituto já era o fomento a pesquisas para a cura de paralisias e apoio ao paradesporto. A organização ampliou sua atuação e hoje é referência em projetos sociais voltados para o resgate da autonomia de pessoas com deficiência.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,4% da população brasileira acima de 2 anos – o que representa 17,3 milhões de pessoas – têm algum tipo de deficiência. Desse contingente, 7,8 milhões, ou 3,8% da população acima de dois anos, apresentam deficiência física.

O que é um exoesqueleto?

Os exoesqueletos são estruturas “vestíveis” que ajudam no suporte e movimento do corpo humano. Eles já são vistos por especialistas como aliados na recuperação física e emocional.

Segundo a Wandercraft, criadora do exoesqueleto, o equipamento já foi usado para tratar mais de 330 pessoas no ano passado.

‘Cuidar da visão é também cuidar da sociedade que queremos ter’

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein – Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 2,2 bilhões de pessoas sofrem com algum grau de perda de visão no mundo. Dessas, 1 bilhão poderia ser prevenido ou tratado. Isso porque entre as principais causas estão a catarata e os chamados erros de refração (miopia, hipermetropia, presbiopia e astigmatismo), além de glaucoma, degeneração macular relacionada à idade e retinopatia diabética – todos problemas que podem ser identificados precocemente e tratados. Mas, para se ter uma ideia, entre as pessoas que precisam óculos, menos da metade (43%) faz uso deles, estima artigo publicado no Lancet.

No mês dedicado à conscientização sobre os diversos tipos de cegueira, o chamado Abril Marrom, a Agência Einstein conversou com Claudio Lottenberg, oftalmologista, Presidente do Conselho da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e Presidente Institucional do Instituto Coalizão Saúde (ICOS) sobre os impactos da perda da visão e a importância do tratamento precoce.

Claudio Lottenberg – Há inúmeras causas reversíveis, mas uma das principais é a falta de óculos. Então é estarrecedor que algo tão básico leve à perda de visão e que uma medida muito simples possa reverter esse quadro. A gente deveria ter mais ações para prescrição de óculos a quem precisa. E a falta de óculos traz um impacto enorme. Nas crianças, o sistema visual amadurece desde o nascimento até a primeira infância, lá pelos 6 ou 7 anos – alguns autores consideram até os 12. Se há um problema de visão e os olhos não recebem o estímulo correto, o sistema não vai se desenvolver de forma adequada e essa criança não vai chegar a ter visão 100%. Além disso, pode haver repercussões na visão de profundidade..

Quais outros problemas reversíveis podem levar à cegueira?

O impacto cognitivo de não enxergar bem é muito grande. Às vezes o jovem tem baixo rendimento escolar porque tem um problema de visão que não foi detectado e tratado. Quem sofre de hipermetropia, por exemplo, sente muito cansaço ao ler de perto. E tudo isso aparece como problemas no rendimento escolar e de integração social.

Para um adulto é mais fácil identificar quando sente dificuldade de enxergar, mas a criança pode não entender sua dificuldade e até os motivos do seu isolamento.

Os problemas de visão refletem o perfil de sociedade que temos hoje. Por todos os motivos acima, acho que o Brasil perde muito por não tratar os vícios de refração. Cuidar da visão é também cuidar da sociedade que queremos ter.

Neste sábado (29), tem feira de adoção e vacinação antirrábica gratuita em Ribeirão Pires

As doses são limitadas e não será necessário agendamento prévio

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Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – A Prefeitura de Ribeirão Pires, através da Secretaria da Saúde, realizará neste sábado, dia 29, das 10h às 15h, a vacinação antirrábica para cães e gatos na Feira de Adoção de Cães e Gatos, que acontecerá na Praça Vila do Doce, localizada na rua Boa Vista, s/n, Centro. Para imunizar os animais é necessário apresentar comprovante de residência e documento de identidade.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) disponibilizará 200 doses e não haverá necessidade de agendamento prévio. A imunização é recomendada para animais a partir de 6 meses de idade ou para aqueles que já tomaram a dose há mais de um ano.

A prefeitura realiza mensalmente o agendamento para a imunização dos animais, e as inscrições são divulgadas através das redes sociais. Para informações e agendamentos, os interessados podem entrar em contato pelo telefone 4824-3748.

A Feira de Adoção de Cães e Gatos é realizada mensalmente com o objetivo de encontrar lares para esses animais. Todos os animais disponíveis para adoção são castrados ou possuem garantia de castração, quando filhotes.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está localizado na Rua Catarina Rios Giachello, 185, no bairro Jardim Boa Sorte.

Repórter ABC – A informação passa por aqui

Congresso aprova reajuste para servidores e piso da enfermagem

Projeto prevê impacto de R$ 11,6 bilhões nas contas públicas neste ano

Repórter ABC com informações da Agência Câmara – Na última quarta-feira (26), o Congresso Nacional aprovou diversos projetos que impactam diretamente no funcionamento e na qualidade dos serviços públicos oferecidos pelo governo federal.

Um dos projetos aprovados foi o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 2/23), que autoriza o reajuste de 9% aos servidores públicos federais do Executivo a partir de maio deste ano. Este é o primeiro acordo para reajuste firmado entre governo e servidores desde 2016 e já estava praticamente todo incluído no Orçamento de 2023. O impacto neste ano será de R$ 11,6 bilhões.

Também foi aprovado o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 5/23), que abre crédito especial no valor de R$ 7,3 bilhões para que o Ministério da Saúde possa auxiliar a implementação do piso salarial de várias categorias da enfermagem a partir de maio.

Outros projetos importantes foram votados e aprovados em bloco, como o PLN 1/23, que destina R$ 4 bilhões ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para pagar despesas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), e o PLN 3/23, que destina R$ 71,44 bilhões para o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, para o pagamento do Bolsa Família.

O único partido que se posicionou contra todos os projetos foi o Novo. Todos eles seguem agora para sanção presidencial.

Antes da votação dos projetos, os congressistas também derrubaram o veto total (59/22) ao projeto de lei que reabre o prazo para dedução, no Imposto de Renda, das doações feitas a dois programas de assistência a pacientes com câncer e a pessoas com deficiência: os programas nacionais de apoio à atenção Oncológica (Pronon) e da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). A nova abertura de prazo valerá até o ano-calendário de 2025 para as pessoas físicas e até o ano-calendário de 2026 para as pessoas jurídicas.

O aumento salarial dos servidores públicos federais foi consensuado por meio da Mesa de Negociação Permanente, com participação de entidades representativas de servidores públicos federais, em março. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos destacou que a proposta do governo aceita pelas entidades é de 9% de aumento salarial linear para todos os servidores a partir de maio, para ser pago dia 1º de junho, e aumento de 43,6% no auxílio-alimentação, representando R$ 200 a mais: passando de R$ 458,00 para R$ 658,00. Os efeitos financeiros começam a valer a partir da folha do mês de abril, com pagamentos a partir de 1º de maio.

 

Câmara de Ribeirão Pires discute propostas voltadas para questões sociais

Sessão legislativa desta quinta-feira (27) terá cinco projetos relacionados a pessoas com deficiência e cuidados com mulheres

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – A sessão da Câmara Municipal de Ribeirão Pires que acontece nesta quinta-feira (27) terá como destaque propostas relacionadas a questões sociais. Dos sete itens listados na Ordem do Dia, cinco deles visam garantir maior atenção e proteção a pessoas com deficiência, mulheres em situação de vulnerabilidade e cuidados em geral.

Dentre as propostas, destaca-se o Projeto de Lei N.º 0010/2023, de autoria do Professor Paulo Cesar, que dispõe sobre a obrigatoriedade de auxílio às pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida nos supermercados e estabelecimentos congêneres, em caso de necessidade, se houver, e dá outras providências. Este projeto será discutido e votado na segunda-feira.

Outra proposta que merece destaque é o Projeto de Lei N.º 0011/2023, de autoria de Leandro Tetinha, que institui o Programa Municipal de Política de Amparo e Cuidados à Mulher em uso abusivo de álcool e dá outras providências. Também será discutido o Projeto de Lei N.º 0014/2023, de autoria conjunta de Professor Paulo Cesar, Sargento Alan e Archeson Teixeira, que dispõe sobre a instalação de dispositivo de segurança denominado “botão de pânico” nas escolas da rede municipal de ensino, no Município da Estância Turística de Ribeirão Pires e dá outras providências.

Além disso, será discutido o Projeto de Lei N.º 0007/2023, de autoria de Lau Almeida, que dispõe sobre a garantia de acompanhante às mulheres nas consultas, cirurgias, partos e exames, inclusive os ginecológicos, nos estabelecimentos públicos e privados de saúde da Estância Turística de Ribeirão Pires. E também será debatido o Projeto de Lei N.º 0013/2023, de autoria conjunta de Valdir Nunes, Edmar Donizete Oldani e Leonardo Biazi, que autoriza a criação do Centro de Referência da Pessoa e TEA (Transtorno do Espectro Autista) e da pessoa com Síndrome de Down, no âmbito da Estância Turística de Ribeirão Pires, e dá outras providências.

Ainda durante a Sessão, os vereadores irão analisar e votar 66 requerimentos e indicações de serviços ao executivo municipal. Veja todos os itens que serão discutidos clicando aqui.

A sessão legislativa terá início às 11 horas da manhã e será realizada na Câmara Municipal de Ribeirão Pires, localizada entre a esquina das ruas Virgílio Gola com a João Domingues de Oliveira, no Centro de Ribeirão Pires. Fique por dentro das propostas e das autorias e acompanhe as discussões sobre questões sociais importantes para a cidade.

 

Vereadores propõem centro de referência para pessoas com TEA em Ribeirão Pires

Projeto busca atendimento inclusivo e humanizado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista; Síndrome de Down também será contemplada pelo projeto

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Na próxima quinta-feira (27), a Câmara Municipal de Ribeirão Pires votará em primeira discussão um projeto de lei nº 013/2023 apresentado pelos vereadores Edmar Aerocar (PSD), Leonardo Biazi (PL) e Valdir O Gordo (Podemos), que tem como objetivo comum estabelecer na cidade um importante centro de referência para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down. O centro será administrado pelo Poder Público Municipal e visa atender de forma inclusiva e humanizada essas pessoas, indo além das deficiências físicas ou motoras.

Leia a íntegra do Projeto ao final da matéria

De acordo com a justificativa anexa ao projeto, a falta de atendimento para pessoas diagnosticadas com TEA e Síndrome de Down é crescente nos sistemas educacionais e de saúde pública, o que torna necessária a criação de um centro referencial. Além disso, o desconhecimento geral da população sobre o tema ainda é muito grande e a falta de políticas públicas relacionadas a essa parte da população é evidente.

A situação de pandemia ocasionada pelo COVID-19 prejudicou diretamente as crianças e pessoas com TEA e Síndrome de Down, que em razão das restrições impostas para contenção da disseminação do vírus, acabaram por não poder dar continuidade aos seus tratamentos, que foram suspensos e muitos extintos pelos entes que os promoviam.

É importante destacar que o Transtorno do Espectro Autista – TEA é estabelecido conforme o grau de deficiência, sendo muitas vezes difícil identificar – sem conhecimento técnico – uma pessoa com TEA. Já a Síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre durante a gestação e afeta a capacidade cognitiva e física do indivíduo.

Protesto anunciado

Fontes procuraram o Repórter ABC e informaram que a APRAESPI questiona a aprovação do projeto uma vez que a solicitação deste centro de atendimento para TEA e Síndrome de Down é um pleito feito há, pelo menos, duas gestões passadas. Segundo ainda a fonte, a instituição é um importante centro de saúde com know-how em questões assemelhadas, o que faz efervescer os questionamentos por parte de pessoas ligas a entidade sobre a necessidade de um novo centro de referência em Ribeirão Pires.

Ainda de acordo com nossa fonte, a manifestação de pessoas contrárias ao projeto é esperada na porta da Câmara Municipal na próxima quinta-feira, data em que os vereadores votarão a proposta em primeira discussão.

O projeto visa atender de forma inclusiva e humanizada as pessoas com deficiência, indo além das deficiências físicas ou motoras, e prevê ainda uma ala de atendimento para pessoas com Síndrome de Down, contribuindo para o desenvolvimento psicossocial de diversas pessoas. A interação entre pessoas com deficiência também é vista como um fator importante para a evolução geral do quadro de resposta aos tratamentos, principalmente quando utilizados animais como na terapia com cavalos, conhecida como equoterapia.

Pelas movimentações, não seria exagero expor que a direção da APRAESPI teme que a criação de um novo centro de atendimento administrado pela prefeitura possa prejudicar os atuais serviços já prestados pela instituição, que conta com uma vasta experiência no atendimento a pessoas com deficiência. Tão pouco seria desconexo afirmar que a APRAESPI vislumbra que o parlamento municipal leve em consideração esses pontos antes de aprovar o projeto.

A discussão sobre a criação do centro de referência para pessoas com TEA em Ribeirão Pires promete ser acirrada e o Repórter ABC continuará acompanhando os desdobramentos do projeto junto a Casa de Leis.

Acompanhe abaixo a íntegra da propositura:

edmar, leo e gordo

Pobreza e violência pioram saúde mental de jovens

Estudo mostra que normas de gênero são fatores que afetam bem-estar

Repórter ABC, com informações da Agência Brasil – Um estudo realizado pela organização não governamental (ONG) Plan International, que visa a defesa dos direitos das crianças e a igualdade para as meninas, revelou que os principais problemas de saúde mental enfrentados por jovens têm origem na pobreza, na violência e nos preconceitos de gênero. A pesquisa foi conduzida em três países: Brasil, Índia e Quênia, e ouviu um total de 67 adolescentes em grupos focais, sendo 19 no Brasil, 25 na Índia e 23 no Quênia.

Os resultados destacam a relação entre a saúde mental dos jovens e as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). De acordo com a coordenadora do Programa Adolescente Saudável na Plan International Brasil, Angélica Duarte, “o dado mais relevante da pesquisa é que os fatores externos que afetam a saúde mental e o bem-estar de jovens estão significativamente relacionados ao gênero”. A falta de autonomia e o risco de sofrer violência com base no gênero são os principais fatores que afetam as meninas. Por outro lado, os meninos são pressionados pelas expectativas sociais, que muitas vezes restringem sua capacidade de expressar emoções e buscar apoio.

Entre as meninas, a falta de acesso a produtos para a menstruação é uma das dificuldades enfrentadas que contribuem para o sentimento de isolamento e depressão. Além disso, as restrições impostas pela falta de autonomia, pelo baixo status social e pelo risco de violência são fatores externos que afetam sua saúde mental e bem-estar.

Em relação aos meninos, há uma exigência social desde a infância para serem “machos”, o que muitas vezes os impede de expressar suas emoções ou buscar ajuda quando precisam. Segundo um dos brasileiros ouvidos na pesquisa, essa pressão afeta a vida adulta dos homens, pois muitos têm dificuldade para expressar suas emoções.

Embora as violências e desigualdades de gênero se manifestem de maneiras diferentes em cada país e cultura, todos os entrevistados relataram que a pobreza e a violência têm forte impacto na saúde mental e no bem-estar dos jovens. Portanto, é necessário apoiar os jovens para que possam enfrentar essas dificuldades e promover sua saúde mental positiva. No entanto, os adolescentes muitas vezes não se sentem confortáveis em falar sobre seus problemas de saúde mental, pois não se sentem apoiados pelos adultos em suas vidas.

Os pais e responsáveis têm um papel fundamental na criação de um ambiente seguro para que os jovens possam expressar seus sentimentos e problemas sem se sentirem julgados ou ameaçados. Infelizmente, muitos jovens disseram que não têm adultos confiáveis com quem compartilhar seus problemas e que muitos adultos são incapazes de ouvir sem recorrer ao julgamento ou à violência. Portanto, é fundamental que os adultos sejam treinados para apoiar os jovens em sua saúde mental e bem-estar.

Leia a íntegra do estudo:

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Bebê recém-nascido encontrado no mato passa bem e não corre risco de vida (VÍDEO)

Criança do sexo masculino não corre risco de morte e está sob cuidados no Hospital Maternidade São Lucas

Repórter ABC, com informações ASCOM-RP – Um bebê recém-nascido do sexo masculino foi encontrado abandonado em um terreno do bairro da Quarta Divisão, em Ribeirão Pires, nesta terça-feira (25), por volta das 13 horas. Dois trabalhadores que estavam em uma obra próxima ouviram os choros do bebê e imediatamente o enrolaram em roupas e buscaram ajuda médica. A criança foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi realizada a higienização e o clampeamento do cordão umbilical, e constatado que não corria risco de morte. Em seguida, o bebê foi transferido para o Hospital Maternidade São Lucas, onde foram realizados os procedimentos de neonatal e vacinação contra a Hepatite B.

A Secretaria de Saúde realizou o Boletim de Ocorrência e o caso será investigado pela Polícia Civil.

“Inicialmente fizemos o registro e estão sendo adotadas todas as medidas de cunho policial para apurar a responsabilidade do abandono de incapaz”, detalhou o delegado Wagner Milhardo Alves. O secretário municipal de Saúde, Audrei Rocha, falou sobre o trabalhos da prefeitura em relação ao caso. “Estamos colaborando de todas as maneiras com a Polícia Civil para elucidação do caso. Quero parabenizar a equipe da UPA, Hospital São Lucas, GCM, Polícia Militar, assistência social, equipe jurídica, que ofereceram de forma rápida e eficiente os cuidados para o bebê e também parabenizar os trabalhadores que localizaram e acionaram prontamente a saúde de Ribeirão Pires”, concluiu.

O abandono de recém-nascidos é considerado um crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, e pode resultar em detenção de seis meses a três anos para o responsável pelo abandono. A criança agora ficará sob responsabilidade da promotoria e do Ministério Público, que possuem uma divisão específica para tratar de situações como essa.

Veja o vídeo do momento em que o bebê foi encontrado:

Bebê ainda com cordão umbilical é encontrado sozinho em meio ao mato na IV Divisão, Ribeirão Pires

Imagem ilustrativa

Morador encontra bebê ligado ao cordão umbilical e o leva para atendimento médico

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Na manhã desta terça-feira (25), um morador da região encontrou um bebê recém-nascido abandonado em uma área de mata na rua Emília Amaral de Menezes, no bairro Quarta Divisão, em Ribeirão Pires. O bebê ainda estava ligado ao cordão umbilical, o que indica que ele acabara de nascer.

Ao ser acionada, a Polícia Militar se dirigiu à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Luzia, onde o recém-nascido foi levado pelo morador que o encontrou. De acordo com o relato do homem, ele ouviu barulhos vindos da mata próxima ao seu local de trabalho e foi verificar, encontrando a criança abandonada. Ele imediatamente tomou a iniciativa de levá-la para receber cuidados médicos.

Na UPA Santa Luzia, foi constatado que o bebê estava em boas condições de saúde, mas a médica responsável solicitou a transferência do recém-nascido para o Hospital e Maternidade São Lucas para uma avaliação mais aprofundada. Foi nesse momento que o Conselho Tutelar foi acionado para assumir a guarda provisória da criança.

A polícia preservou o local onde o bebê foi encontrado para realização de perícia e as investigações sobre o caso continuam em andamento. O objetivo é identificar a mãe da criança e as circunstâncias do abandono. A Delegacia de Defesa da Mulher de Ribeirão Pires está à frente da investigação.

O abandono de recém-nascidos é uma situação grave e pode trazer consequências fatais para as crianças. Por isso, a ação do morador que encontrou o bebê e o encaminhou para atendimento médico foi fundamental para garantir a sobrevivência da criança. A sociedade deve estar sempre alerta a esse tipo de situação e denunciar qualquer suspeita de abandono ou violência contra crianças.