Luís Eduardo Magalhães registra queda de 54,5% em casos de dengue, mas prevenção ainda é essencial

Apesar da redução expressiva dos casos de dengue nas primeiras seis semanas de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, autoridades sanitárias reforçam a necessidade de manutenção das medidas preventivas. Especialistas alertam que a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo fundamental para evitar novos surtos e proteger a população

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O número de casos prováveis de dengue em Luís Eduardo Magalhães apresentou uma redução significativa de 54,55% nas primeiras seis semanas de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, foram registrados 15 casos neste ano, contra 33 no ano anterior. O resultado reflete os esforços contínuos das autoridades sanitárias e da população no controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses

Em 2023, os registros foram ainda menores, com apenas 2 casos no mesmo intervalo, evidenciando a oscilação da incidência ao longo dos anos. Mesmo com a redução atual, especialistas alertam para a necessidade de intensificar medidas preventivas para evitar novos surtos.

Perfil dos infectados e impactos na comunidade
Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses

Entre os casos prováveis de 2025, a maioria dos pacientes se identifica como parda (80%), enquanto 6,7% são brancos e 13,3% não informaram raça/cor. A predominância feminina também se mantém expressiva, com 73% dos casos, distribuídos entre diversas faixas etárias, principalmente entre 20 e 39 anos. No grupo masculino (27%), as ocorrências estão mais equilibradas entre diferentes idades.

Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses

Os dados reforçam a necessidade de campanhas direcionadas a todos os públicos, destacando medidas de prevenção e controle da proliferação do mosquito.

Ao final de abril de 2024, a prefeitura municipal de Luís Eduardo Magalhães inaugurou a Unidade LEM Contra a Dengue com o objetivo é otimizar os atendimentos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e separar os casos de síndromes gripais comuns do Outono dos suspeitos de Dengue. O local conta com recepção, triagem, dois consultórios médicos e uma sala de medicação, além de uma equipe formada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

A secretaria de saúde do município orienta que procurem a unidade os pacientes com dor de cabeça, fadiga, cansaço, dores musculares e/ou articulares, febre, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo, dor retro orbital (fundo dos olhos).

De acordo com a prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, as ações práticas de combate e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika tiveram início em dezembro de 2024, antecipando o período das chuvas.

Como combater a dengue e outras arboviroses

A melhor forma de evitar a dengue, chikungunya e zika é eliminar criadouros do mosquito. Para isso, recomenda-se:

  • Evitar água parada: Tampar caixas d’água, eliminar recipientes que acumulam líquido e limpar calhas regularmente.
  • Usar repelentes e telas: Proteger-se contra picadas utilizando produtos específicos e instalando barreiras físicas nas janelas.
  • Descartar corretamente resíduos: Pneus, garrafas e outros objetos devem ser descartados ou armazenados de forma segura para não acumularem água.
  • Participar de mutirões: Engajar-se em ações comunitárias de combate ao mosquito ajuda a reduzir focos e conscientizar a população.

A significativa queda nos casos em 2025 é um avanço, mas o combate à dengue exige vigilância constante. Manter hábitos preventivos e buscar atendimento médico ao surgirem sintomas são atitudes essenciais para proteger a saúde pública.

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Prefeitura de Barreiras divulga números de atendimentos de saúde questionados pela população

Imagem: Prefeitura de Barreiras em 6.5.2024

Publicidade nas redes sociais contrasta com queixas sobre falta de serviços e dificuldades no acesso à saúde

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Prefeitura de Barreiras, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, está divulgando nestes últimos dias os números referentes à Atenção Primária à Saúde realizados durante o mês de janeiro de 2025. De acordo com a gestão, o município teria realizado uma série de atendimentos e ações, com destaque para os números amplamente divulgados em cards publicitários nas redes sociais. No entanto, a realidade vivida pela população, que aponta dificuldades para marcar exames e falta de medicamentos na Farmácia Municipal, parece divergir dos dados oficiais.

Os números divulgados pela administração fazem parte do primeiro mês de um novo governo, com a Secretaria Municipal de Saúde ainda sem uma equipe completa, já que, até o meio de janeiro, o município seguia fazendo nomeações para postos-chave na pasta. Além disso, não foram feitas novas contratações de servidores para suprir o déficit de pessoal na área da saúde, o que tem agravado a situação de atendimento à população, já sobrecarregada e com demandas ainda não atendidas. Isso levanta ainda mais questionamentos sobre a capacidade de efetivar o volume de atendimentos e ações, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas pelos moradores.

Números divulgados  pela prefeitura de Barreiras para o mês de janeiro de 2025 são questionados

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em janeiro, as equipes de Atenção Primária realizaram 79.818 visitas domiciliares e territoriais, 798 coletas de preventivos, além de atenderem 16.255 usuários nas Farmácias Básicas da APS. Também foram realizados 41.542 procedimentos, 19.868 atendimentos médicos e de enfermagem, 4.438 atendimentos odontológicos, 4.336 doses de vacinas administradas e 491 atendimentos domiciliares.

Ao dividir esses números por 31 dias de janeiro, os resultados diários são os seguintes:

  • Visitas domiciliares e territoriais: 79.818 / 31 = 2.574 visitas/dia
  • Coletas de preventivo: 798 / 31 = 25 coletas/dia
  • Usuários atendidos nas Farmácias Básicas da APS: 16.255 / 31 = 524 atendimentos/dia
  • Procedimentos realizados: 41.542 / 31 = 1.338 procedimentos/dia
  • Atendimentos médicos e de enfermagem: 19.868 / 31 = 640 atendimentos/dia
  • Atendimentos odontológicos: 4.438 / 31 = 143 atendimentos/dia
  • Doses de vacina administradas: 4.336 / 31 = 140 doses/dia
  • Atendimentos domiciliares: 491 / 31 = 16 atendimentos/dia

Apesar do volume de atendimentos apontado pela gestão, a população tem se queixado da escassez de medicamentos essenciais, como antibióticos e analgésicos, falta de servidores e das dificuldades em agendar exames. Isso gera uma desconexão entre os dados apresentados pela administração e a experiência cotidiana dos cidadãos, que questionam a efetividade do serviço prestado.

A Atenção Primária à Saúde, que corresponde ao primeiro nível de contato com o sistema de saúde, busca promover a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo e integral. Contudo, as falhas apontadas pela população levantam dúvidas sobre a qualidade e a abrangência desse atendimento no município.

A diferença entre os números divulgados e a realidade vivida pelos moradores de Barreiras sugere que, apesar dos esforços publicitários, a prestação de serviços de saúde ainda enfrenta desafios significativos em termos de acesso e qualidade.

Bancos de dados como o DataSUS e SISAB e outros paineis de transparência estão carentes das informações referentes ao período de janeiro de 2025, devendo ficar para verificação em data posterior.

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STJ rejeita prorrogação de prazo e mantém regulamentação da cannabis medicinal em até 3 meses

Falta de regulamentação persiste e traz à tona preconceitos e desafios no uso terapêutico da maconha

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, nesta quarta-feira (12/2), um pedido da União e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ampliar o prazo de regulamentação do cultivo e produção de maconha medicinal no Brasil. Com isso, o prazo de seis meses, que expirará em 19 de maio de 2025, segue inalterado, e a União e a Anvisa têm pouco mais de três meses para cumprir a ordem judicial.

A obrigatoriedade foi definida no julgamento de 13 de novembro de 2024, quando o STJ determinou que é lícita a autorização para importação de sementes, plantio, cultivo, industrialização e comercialização da maconha para fins medicinais. O colegiado concedeu inicialmente o prazo de seis meses, considerando a complexidade envolvida na regulamentação da substância. A decisão seguiu o entendimento de que a demora nas normativas já prejudicava o acesso a tratamentos terapêuticos à base de cannabis, como o canabidiol.

O pedido para estender o prazo foi feito por meio de embargos de declaração, com o intuito de ajustar o período para um ano, dada a complexidade regulatória e as implicações envolvidas. Contudo, a ministra Regina Helena Costa, relatora do caso, argumentou que a decisão anterior foi tomada com uma análise aprofundada do tema e que o prazo estipulado foi suficiente.

“Considerou-se efetivamente a presumida complexidade procedimental a ser implementada pela administração”, disse a ministra, rejeitando a alegação de que houvesse omissão ou contradição no acórdão.

Embora a própria relatora tenha inicialmente proposto um prazo mais flexível, sem limites de tempo, a maioria dos ministros optou por manter a decisão dentro de uma data firme. Durante o julgamento de novembro, chegaram a ser discutidos prazos ainda menores, de dois a três meses, mas o consenso foi pela fixação de seis meses.

A decisão do STJ reforça o histórico de lentidão regulatória que tem afetado o acesso a tratamentos com cannabis medicinal, levando muitos pacientes a recorrerem ao cultivo caseiro para produzir seus próprios medicamentos. Esse cenário de incertezas tem provocado um aumento significativo nos pedidos de Habeas Corpus, em que pacientes solicitam autorização para cultivar a planta sem risco de serem punidos pela Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

Embora o cultivo medicinal de cannabis tenha potencial terapêutico comprovado, a regulamentação enfrenta resistências devido ao estigma e à falta de informação sobre seus benefícios. A maconha medicinal é indicada para uma série de condições de saúde, como doenças neurológicas e crônicas, mas, devido ao desconhecimento e aos preconceitos, seu uso ainda é alvo de polêmicas, retardando a evolução das políticas públicas.

O andamento da regulamentação é crucial para o sucesso da cannabis medicinal, já que um excesso de burocracia pode inibir o avanço do setor e dificultar o acesso dos pacientes aos tratamentos. Em um contexto onde o debate sobre a legalização para uso recreativo continua a gerar divisões, a maconha terapêutica enfrenta obstáculos significativos, prejudicando aqueles que poderiam se beneficiar de sua aplicação.

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Vereadora Graça Melo alerta para os riscos da dengue e cobra ação do município

Com aumento dos casos de dengue e água parada em pontos críticos da cidade, parlamentar destaca a necessidade de prevenção e ação do poder público

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A vereadora de Barreiras, Drª Graça Melo, fez um alerta sobre os riscos da dengue, ressaltando a importância dos cuidados individuais e da atuação do município na prevenção da doença. Ela destacou que a cidade enfrenta um período chuvoso intercalado com dias de sol, criando um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Eu gostaria de falar um pouco com vocês sobre um problema que, nesse momento, é crucial em todo o Brasil e que nossa cidade também vive, que é a dengue.”

Segundo a parlamentar, as condições climáticas atuais favorecem o acúmulo de água parada, facilitando a reprodução do mosquito transmissor da doença.

Sabemos que temos um período chuvoso intercalado com o sol e, andando pela cidade, vejo muita água parada, não só no centro, mas também na periferia.”

Ela ressaltou que a responsabilidade pelo combate à dengue não cabe apenas à população, mas também ao poder público, que precisa agir de forma mais eficaz.

Eu gostaria muito de alertar vocês em relação aos cuidados com a dengue, não deixar água parada na sua casa e também olhar a casa do vizinho. O município também precisa fazer sua parte.”

A vereadora chamou atenção para a presença de focos do mosquito em espaços públicos e citou um exemplo preocupante.

Água parada no chafariz na Praça das Corujas no centro de Barrreiras

Vemos ruas com água parada e cito, mais uma vez, o exemplo da fonte da Praça das Corujas, que continua igual.”

Além da prevenção, ela alertou para os principais sintomas da dengue e a necessidade de buscar atendimento médico ao menor sinal da doença.

As recomendações também valem para os sintomas que você ou alguém da sua família possa ter, como dores no corpo, dor de cabeça, olhos vermelhos e placas avermelhadas na pele. Caso isso ocorra, é fundamental procurar imediatamente o serviço médico.”

A vereadora reforçou a preocupação em suas redes sociais ao compartilhar um vídeo gravado na Praça Castro Alves, conhecida como Praça das Corujas, onde denunciou a situação da fonte inativa e cobrou providências da Prefeitura de Barreiras.

Oi, pessoal. Vocês que me acompanham nas redes sociais viram que postei um vídeo da nossa querida Praça Castro Alves, Praça das Corujas, onde temos uma fonte parada, com água suja.”

A parlamentar cobrou uma ação mais enérgica da administração municipal para evitar que pontos como esse se tornem criadouros do mosquito.

Pedimos à Prefeitura de Barreiras, através da Secretaria de Infraestrutura, que cuide dessa situação.”

Graça Melo destacou que o período chuvoso exige ainda mais atenção e que o risco da doença cresce em toda a cidade.

Sabemos que estamos no período de chuvas e, com isso, vem o surto de dengue, que não é um problema apenas do nosso município, mas de todo o país.”

A vereadora reiterou a necessidade de procurar atendimento médico diante dos primeiros sintomas e reforçou o apelo para que a população elimine focos de água parada.

Se vocês ou alguém próximo apresentarem sintomas como dores no corpo, calafrios e dores de cabeça, procurem imediatamente o serviço médico. É fundamental também eliminar focos de água parada, inclusive nas casas vizinhas.”

A fala da vereadora reforça a necessidade de um esforço coletivo para conter o avanço da dengue no município. Enquanto a população precisa redobrar os cuidados em suas residências, a atuação do poder público na eliminação de focos de proliferação do mosquito é essencial para evitar uma epidemia.

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PPP do Hospital Municipal de Barreiras: uma aposta arriscada que poderia ter sido evitada

Enquanto a prefeitura aposta na Parceria Público-Privada para gerir o Hospital Municipal, alternativas como a federalização e a criação de um hospital universitário são ignoradas. A decisão de Otoniel Teixeira mantém a conta para o município e compromete o controle sobre a saúde pública

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Enquanto a gestão municipal de Barreiras promove na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, um roadshow para atrair investidores para a Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital Municipal, surge uma questão essencial: essa é realmente a melhor solução para a saúde pública da região?

O roadshow é uma apresentação itinerante realizada para divulgar projetos a potenciais investidores, buscando atrair recursos e parcerias. No caso da PPP do hospital, a prefeitura leva o projeto a instituições financeiras e empresários para demonstrar sua viabilidade econômica e tentar garantir o interesse do setor privado. Vendida como uma grande inovação pela administração Otoniel Teixeira, a PPP, na prática, mantém o ônus sobre os cofres municipais, terceiriza a administração e transfere riscos para o próprio município.

Previsto para ter seis módulos e 150 leitos, distribuídos em áreas de emergência, clínica médica adulta e pediátrica, obstétrica, psiquiátrica, cirúrgica e ambulatorial, o hospital ocuparia cerca de 13 mil metros quadrados de área construída. No entanto, apesar dos R$ 40 milhões já investidos, o progresso tem sido mínimo, gerando preocupação entre os cidadãos e profissionais de saúde

Otoniel herdou essa proposta de seu padrinho político, o ex-prefeito Zito Barbosa, sem considerar alternativas que poderiam trazer benefícios mais duradouros para Barreiras e toda a região Oeste da Bahia. Entre essas alternativas, a federalização da unidade e sua transformação em um hospital universitário vinculado à Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) se destacaria. Com essa mudança, Barreiras teria um hospital-escola de referência, garantindo atendimento público qualificado e permanente, além de formação acadêmica e pesquisa científica na área da saúde.

A insistência na PPP como única solução ignora que o financiamento continuará saindo dos cofres municipais, enquanto a administração privada buscará lucro, muitas vezes em detrimento da qualidade e universalidade do atendimento. Diferentemente de um hospital universitário, que poderia ser sustentado com recursos federais, a parceria público-privada cria um modelo onde a prefeitura continua sendo a principal financiadora, mas perde o controle direto sobre a gestão e a prestação dos serviços.

O prefeito Otoniel Teixeira enaltece a PPP como um avanço, destacando a “modernização” dos serviços de saúde. No entanto, experiências semelhantes pelo Brasil mostram que esse tipo de contrato pode resultar em custos elevados para o município sem necessariamente melhorar a qualidade ou a ampliação do atendimento. Além disso, o discurso de “eficiência” e “celeridade” ignora que a dependência de investidores e concessionárias pode comprometer a continuidade e a acessibilidade do serviço público a longo prazo.

Barreiras e toda a região Oeste da Bahia se beneficiariam muito mais de um hospital municipal público bem estruturado, capaz de atender às demandas locais sem a intermediação de interesses privados. Um hospital universitário federalizado, além de ser sustentado pela União, fortaleceria a rede de ensino e a capacitação profissional, formando médicos e especialistas para atuar na própria região. Do ponto de vista econômico, garantiria estabilidade financeira ao município, evitando gastos excessivos com contratações privadas e assegurando investimentos contínuos. No âmbito social, representaria um salto de qualidade na prestação de serviços de saúde, promovendo atendimento público com mais estrutura e suporte científico.

A grande questão é: por que insistir na PPP se há alternativas mais seguras e vantajosas? A resposta pode estar na política, onde promessas de inovação e modernidade frequentemente servem para justificar modelos de gestão que beneficiam poucos e oneram muitos. Otoniel e sua equipe podem continuar promovendo a ideia da PPP como a solução definitiva, mas o tempo dirá se essa escolha foi feita pensando no bem-estar da população ou nos interesses do mercado.

E como diz o velho ditado: quem entrega o hospital ao mercado pode acabar precisando de senha para ser atendido.

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Jerônimo anuncia piso de professores em R$ 4.877,78 e contratação de psicólogos na educação da Bahia

Governador reafirma compromisso com o piso nacional dos professores, amplia programas de monitoria estudantil e reforça assistência psicológica nas escolas estaduais

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Bahia garantirá o pagamento do novo piso nacional da Educação, fixado em R$ 4.877,78, e ampliará sua equipe de suporte educacional com a contratação de 52 psicólogos e 52 assistentes sociais para a rede estadual de ensino. O anúncio foi feito pelo governador Jerônimo Rodrigues na noite desta segunda-feira (10), durante a segunda edição de seu podcast semanal, que contou com a presença da secretária da Educação, Rowenna Brito.

Os novos profissionais atuarão nos núcleos territoriais de educação, acompanhando escolas e promovendo iniciativas voltadas à saúde mental de estudantes e professores. Com investimento de R$ 5,7 milhões para 2025 e igual montante para 2026, o governo pretende fortalecer o ambiente escolar, reduzindo casos de evasão e prevenindo conflitos. “Eles vão realizar rodas de conversa e acompanhamentos individuais, garantindo suporte emocional para todos os envolvidos no processo educacional”, explicou Rowenna Brito.

Além da contratação, Jerônimo anunciou a ampliação de dois programas voltados ao desenvolvimento dos estudantes: o Educa Mais Bahia e o Mais Estudo. O primeiro, que incentiva atividades complementares em escolas estaduais, terá seu edital de 2025 publicado com oferta de dez mil vagas, demandando um investimento de R$ 110 milhões. No ano anterior, o programa envolveu quase 8 mil monitores voluntários e beneficiou 240 mil estudantes. “Queremos expandir a oferta de oficinas e garantir que cheguemos ao maior número possível de escolas”, destacou a secretária da Educação.

Já o programa Mais Estudo, que oferece monitoria estudantil para reforço em disciplinas como Língua Portuguesa e Matemática, abrirá 52 mil vagas em 2025, com aporte de R$ 70,2 milhões. Com a inclusão de Biologia entre as disciplinas atendidas, a iniciativa busca alavancar o desempenho dos estudantes em exames nacionais. “Os resultados do Enem e as métricas do Ideb mostram que a educação baiana tem avançado nos últimos anos. Nosso desafio é continuar essa trajetória de crescimento”, afirmou o governador.

A rede estadual de ensino da Bahia conta atualmente com 1.743 unidades escolares e 628.789 estudantes matriculados. Em 2024, foram realizadas quase 200 mil novas matrículas e 20.655 transferências. Neste ano letivo, o governo estadual também reforçou o investimento na alimentação escolar, destinando R$ 510 milhões à compra de produtos, incluindo itens da agricultura familiar. A medida visa garantir refeições nutritivas e promover segurança alimentar nas comunidades locais.

As iniciativas anunciadas consolidam a estratégia do governo de fortalecer a educação básica no estado, garantindo suporte pedagógico, assistência psicológica e incentivo ao aprendizado. A expectativa é que os investimentos contribuam para a melhoria dos indicadores educacionais e para a permanência dos alunos na escola.

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Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

Das mais de 6,3 milhões de doses distribuídas, 3,2 foram aplicadas

Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no país está bem abaixo do esperado. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, 6.370.966 doses foram distribuídas. A Rede Nacional de Dados em Saúde, entretanto, indica que apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo-alvo definido pela pasta.

A faixa etária, de acordo com o ministério, concentra o maior número de hospitalizações por dengue depois de pessoas idosas, grupo para o qual o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, não foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O esquema vacinal utilizado pela pasta é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

Entenda

Em janeiro de 2024, 521 municípios foram inicialmente selecionados para iniciar a imunização contra a dengue na rede pública já em fevereiro. As cidades compunham 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença e atendiam a três critérios: municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e maior predominância do sorotipo 2.

Atualmente, todas unidades federativas recebem doses contra a dengue. Os critérios de distribuição, definidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Foram selecionadas regiões de saúde com municípios de grande porte, alta transmissão nos últimos 10 anos e/ou altas taxas de infecção nos últimos meses.

A definição de um público-alvo e de regiões prioritárias, segundo o ministério, se fez necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo fabricante. A primeira remessa, por exemplo, chegou ao Brasil em janeiro do ano passado e contava com apenas cerca de 757 mil doses. A pasta adquiriu todo o quantitativo disponibilizado pelo fabricante para 2024 – 5,2 milhões de doses e contratou 9 milhões de doses para 2025.

Prioridade para o SUS

Em comunicado divulgado no ano passado, a Takeda informou a decisão de priorizar o atendimento de pedidos feitos pelo ministério para o fornecimento de doses da Qdenga. De acordo com a nota, o laboratório suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios e limitou o fornecimento da vacina na rede privada, suprindo apenas o quantitativo necessário para que pessoas que tomaram a primeira dose completassem o esquema vacinal com a segunda dose.

“Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto, seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025.”

Vacina

A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Anvisa em março de 2023. Na prática, o processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do mesmo ano, o ministério anunciou a incorporação do imunizante ao SUS.

Em 2024, o imunizante também foi pré-qualificado pela OMS. A entidade define a Qdenga como uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus causador da dengue e recomenda que a dose seja aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com alta transmissão da doença.

A pré-qualificação é um passo importante na expansão do acesso global a vacinas contra a dengue, uma vez que torna a dose elegível para aquisição por parte de agências da ONU [Organização das Nações Unidas], incluindo o Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] e a Opas [Organização Pan-Americana da Saúde]”, avalis, à época, o diretor de regulação e Pré-qualificação da OMS, Rogerio Gaspar.

Com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas até o momento, esperamos que mais desenvolvedores de vacinas se apresentem para avaliação, para que possamos garantir que as doses cheguem a todas as comunidades que necessitam delas”, completou. A outra dose pré-qualificada é a da Sanofi Pasteur.

Alerta

No mês passado, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue. A entidade destacou que o imunizante está disponível, atualmente, para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades nas quais a doença é mais frequente e que apenas metade das doses distribuídas pelo ministério para estados e municípios foi aplicada.

O alerta acompanha ações recentes de prevenção e monitoramento do Ministério da Saúde e chega em um momento de preocupação por conta da detecção do sorotipo 3 da dengue em diversas localidades. O sorotipo, de acordo com o ministério, não circula no país de forma predominante desde 2008 e, portanto, grande parte da população está suscetível à infecção.

Procurada pela Agência Brasil, a pasta informou que a baixa disponibilidade para aquisição da Qdenga faz com que a vacinação não seja a principal estratégia do governo contra a doença. O ministério destacou ainda o lançamento do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, que prevê a intensificação do controle vetorial do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

No início de janeiro de 2025, o ministério voltou a instalar o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), com o objetivo de ampliar o monitoramento de arboviroses no Brasil.

Números

Em 2024, o país registrou a pior epidemia de dengue, com 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes por causa do vírus. Em 2025, o Painel de Monitoramento das Arboviroses já registra 230.191 casos prováveis da doença e 67 mortes confirmadas, além de 278 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 108 casos para cada 100 mil habitantes.

Deputados do PL são citados em investigação sobre esquema de venda de emendas, segundo PF

A Polícia Federal aponta Josimar Maranhãozinho, Bosco Costa e Pastor Gil como suspeitos de cobrar até 25% de propina sobre emendas parlamentares destinadas à saúde. O caso está sob análise do STF

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal identificou os deputados federais Bosco Costa (PL-SE), Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA) como suspeitos de estarem envolvidos em um esquema de venda de emendas parlamentares. A investigação, que analisa a negociação de recursos para a área da saúde, revela que os parlamentares cobravam até 25% de propina sobre os valores destinados. O processo está atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com as investigações, Josimar Maranhãozinho, considerado uma figura de destaque no Maranhão, é apontado como o líder do esquema. Aliado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ele tem uma trajetória política que inclui o cargo de prefeito de Maranhãozinho e deputado estadual antes de chegar à Câmara em 2019. Sua esposa, Detinha (PL-MA), também é deputada federal.

Pastor Gil, membro da bancada evangélica, tem uma ligação estreita com a Assembleia de Deus, onde atuou por duas décadas. Ele iniciou sua carreira política em 2018 e rapidamente se alinhou com Josimar. Nas redes sociais, Pastor Gil aparece frequentemente ao lado de figuras como Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, aliado próximo do ex-presidente.

Bosco Costa, o parlamentar com mais experiência entre os citados, está em seu quarto mandato como deputado federal. Sua trajetória inclui cargos administrativos no governo de Moita Bonita (SE) e uma passagem pela Assembleia Legislativa de Sergipe.

Troca de mensagens entre deputados mostra Josimar Maranhãozinho orientando colega a evitar encontros que poderiam ser filmados – Foto: Reprodução

As investigações tiveram início em 2020 no Maranhão, com a Polícia Federal obtendo imagens de Josimar Maranhãozinho manuseando grandes quantias de dinheiro, supostamente oriundo do desvio de emendas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou que os deputados teriam negociado uma propina de R$ 1,66 milhão em troca da liberação de R$ 6,67 milhões para um município maranhense. Conversas obtidas pela PF mostram os parlamentares discutindo a divisão dos valores e agendando encontros com autoridades.

O ministro Cristiano Zanin, relator do caso no STF, liberou a denúncia para julgamento na Primeira Turma da Corte. Pastor Gil se declarou confiante em sua inocência e aguarda a decisão do Supremo, enquanto os outros parlamentares não comentaram as acusações até o momento.

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Governo Federal amplia recursos para a saúde na Bahia em R$ 200 milhões

Medida tem o objetivo de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) no estado e integra o Pacto Bahia pela Saúde para melhorar os serviços especializados em hospitais e unidades estaduais, além de garantir mais recursos para o atendimento à população

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (05/02), a ampliação dos repasses destinados à saúde pública da Bahia em R$ 200 milhões, reforçando o compromisso com o Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. A medida, oficializada pela Portaria GM/MS nº 6.594, de 4 de fevereiro de 2025, foi publicada no Diário Oficial da União e tem efeito retroativo a janeiro deste ano. Os recursos serão direcionados ao limite financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC) da Bahia, garantindo o fortalecimento dos serviços especializados em hospitais e unidades de saúde geridas pelo Governo do Estado.

Este incremento financeiro faz parte da contribuição do Governo Federal ao Pacto Bahia pela Saúde, uma iniciativa coordenada pelo governo estadual que une os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e diversas entidades para regionalizar e qualificar os serviços de saúde prestados à população baiana.

Para a secretária da Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana, a ampliação dos recursos reflete a sensibilidade do presidente Lula e da Ministra da Saúde, Nísia Trindade, em relação às necessidades da população baiana. “Esse gesto reforça a parceria entre os governos estadual e federal, garantindo mais assistência e dignidade para os baianos”, afirmou Santana.

A portaria determina que os recursos sejam transferidos de maneira regular e automática do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Estadual de Saúde da Bahia, proporcionando previsibilidade financeira para a gestão dos serviços de saúde. Os recursos fazem parte do programa orçamentário Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade, vinculado ao Ministério da Saúde.

Além do incremento federal, o governador Jerônimo Rodrigues anunciou, no dia 4 de fevereiro, um pacote de investimentos de R$ 2,07 bilhões para fortalecer a saúde pública nos municípios baianos. Os recursos serão destinados à ampliação da infraestrutura de saúde, com destaque para a construção de novas maternidades, unidades básicas de saúde (UBS), centros de reabilitação e unidades de atenção psicossocial. Também está prevista a expansão do Telessaúde e o reforço na assistência farmacêutica.

As prefeituras que aderirem ao Pacto Bahia pela Saúde assumem o compromisso de fortalecer suas redes de atendimento, assegurando a eficiência da atenção primária, da regulação e da execução de serviços contratualizados com qualidade. O repasse federal agora anunciado reforça o contínuo avanço da saúde pública na Bahia, garantindo a sustentabilidade e a ampliação da assistência hospitalar e ambulatorial de Média e Alta Complexidade.

Com a ampliação financeira, a Bahia se consolida como referência nacional na regionalização da saúde pública, buscando assegurar um atendimento mais qualificado e eficaz para sua população.

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Contas de Saúde de Barreiras rejeitadas pelo TCM: Câmara Municipal decidirá futuro político do ex-prefeito Zito

Irregularidades em licitações e déficit orçamentário geram incertezas sobre a candidatura de Zito em 2026

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em julho de 2023, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia formalizou a rejeição das contas de gestão em Saúde de Barreiras, referentes a 2022. A decisão do TCM se baseou em falhas graves nos processos licitatórios, como a aquisição de medicamentos e a construção do Hospital Municipal Edsonnina Neves de Souza, além de um déficit orçamentário expressivo. Esse cenário afeta diretamente os planos do ex-prefeito Zito, que já projeta uma candidatura a deputado federal nas eleições de 2026.

Durante a última gestão, a pasta da Saúde foi alvo de severas críticas por parte da população, que não conseguia atendimento digno, enfrentava a falta de medicamentos e, em muitos casos, a escassez de servidores para o atendimento adequado. Esses problemas agravaram a insatisfação pública e se somaram às falhas administrativas que culminaram na reprovação das contas pela Corte.

O conselheiro Plínio Carneiro Filho, relator do processo, apontou a falta de documentação crucial em dois contratos importantes. No caso da compra de medicamentos, no valor de R$ 1.881.625,00, não foram apresentados atos essenciais como a designação da comissão de licitação e a definição das quantidades a serem adquiridas. Da mesma forma, o projeto básico da obra do hospital, no valor de R$ 64.128.341,41, não foi incluído no processo administrativo, comprometendo a transparência e a legalidade.

Além disso, o balanço orçamentário de 2022 revelou um déficit de R$ 102.393.955,43, com uma despesa de R$ 197.984.708,96 e uma receita de R$ 95.590.753,53. Esse desequilíbrio financeiro reforçou as irregularidades identificadas, resultando na reprovação das contas pela Corte.

Agora, a decisão sobre as contas será tomada pela Câmara Municipal de Barreiras. Embora o TCM tenha emitido um parecer técnico, é a Câmara quem deve aprovar ou rejeitar as contas. Para que o parecer do TCM seja derrubado, Zito precisará de pelo menos 11 votos favoráveis entre os 19 vereadores, ou seja, a maioria absoluta.

A rejeição das contas pode impactar diretamente a carreira política de Zito. Caso o parecer do TCM seja mantido, ele ficará inelegível por 8 anos, o que comprometeria sua candidatura a deputado federal. Se, por outro lado, a Câmara derrubar o parecer, Zito poderá se reabilitar politicamente, mas o desgaste gerado pela situação financeira de sua gestão e os problemas na Saúde provavelmente continuarão a influenciar sua imagem e a atual gestão.

A expectativa agora recai sobre os vereadores de Barreiras, que têm nas mãos uma decisão que pode definir não só o futuro de Zito, mas também o cenário político local e estadual nas próximas eleições.

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