Aliados preveem Bolsonaro condenado até o fim do ano e descartam anistia no STF

Defesa do ex-presidente aposta em manobras políticas, mas julgamento pode ser acelerado para evitar impacto nas eleições de 2026

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Aliados de Jair Bolsonaro (PL) projetam que o Supremo Tribunal Federal (STF) busque uma condenação do ex-presidente até dezembro deste ano, impedindo que o caso se estenda para o período eleitoral de 2026. A estimativa leva em conta o ritmo dos julgamentos recentes da Corte e a pressão para que a decisão não interfira na disputa presidencial.

Bolsonaro foi indiciado em novembro do ano passado pela Polícia Federal sob acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, crimes que podem levar a uma pena de até 28 anos de prisão. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa o relatório final da investigação e deve apresentar a denúncia formal ainda em fevereiro.

A partir da acusação, o processo avançará para a Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino, que avaliará se há elementos suficientes para a abertura de uma ação penal. A expectativa nos bastidores é de que a denúncia seja aceita por unanimidade. Se o cronograma for seguido conforme as projeções dos aliados mais cautelosos do ex-presidente, o julgamento poderá ocorrer entre outubro e dezembro de 2025, com possibilidade de Bolsonaro recorrer antes de uma eventual ordem de prisão.

Apesar das movimentações no Congresso para aprovar um projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, a proposta não deve prosperar. Mesmo que avance entre parlamentares alinhados a Bolsonaro, a avaliação interna do grupo é que o STF derrubaria a medida rapidamente. “A anistia não sobrevive 15 dias no Supremo”, admitiu um interlocutor bolsonarista.

Diante desse cenário, aliados do ex-presidente apostam em estratégias para adiar ao máximo o desfecho do caso. No entanto, a avaliação predominante entre juristas é de que, caso a condenação ocorra, o STF poderá impor restrições imediatas, impactando diretamente o futuro político de Bolsonaro.

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União Brasil celebra manutenção de Nunes Marques na relatoria da Overclean

Decisão de Barroso frustra PF e mantém investigação sobre desvios na Bahia com ministro nomeado por Bolsonaro

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Caciques do União Brasil comemoraram a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que manteve com o ministro Nunes Marques a relatoria da Operação Overclean. A investigação apura desvios de verbas de emendas parlamentares na Bahia e irregularidades em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), com um prejuízo estimado de R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos.

A Polícia Federal havia solicitado a redistribuição do caso para o ministro Flávio Dino, que conduz investigações sobre o uso de emendas parlamentares. No entanto, Barroso rejeitou o pedido, alegando que não há conexão direta entre os casos e que a relatoria deve permanecer com Nunes Marques, sorteado inicialmente para o processo. A decisão foi respaldada por pareceres técnicos da Secretaria Judiciária do STF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a livre distribuição da ação.

A investigação foi remetida ao STF após suspeitas recaírem sobre um deputado federal, garantindo-lhe prerrogativa de foro. A operação já identificou um sofisticado esquema de corrupção, no qual empresas de fachada e laranjas eram utilizadas para fraudar contratos públicos e lavar dinheiro oriundo de emendas parlamentares e convênios. Em 2024, suspeitos do esquema movimentaram R$ 825 milhões apenas em contratos firmados com órgãos públicos.

Entre os principais alvos da investigação estão políticos e empresários que operavam o esquema de desvios. Os empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente são apontados como articuladores do esquema, juntamente com José Marcos de Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”. Empresário do ramo de limpeza urbana, Moura operava contratos em 17 estados e fazia parte do diretório e da executiva nacional do União Brasil, partido liderado por ACM Neto. Registros mostram que ele esteve na Câmara dos Deputados ao menos 27 vezes em dois anos, participando de reuniões na liderança da sigla.

Além de Moura, no setor público a PF mira Lucas Lobão, ex-coordenador do DNOCS na Bahia durante o governo Bolsonaro, e Rafael Guimarães de Carvalho, atual coordenador do órgão no estado, acusado de favorecer empresas em contratos superfaturados. Também estão sob investigação Francisquinho Nascimento, vereador de Campo Formoso e primo do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil), e Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, servidor da Secretaria de Educação de Salvador.

Durante as diligências, foram apreendidos mais de R$ 3 milhões em espécie, 23 carros de luxo, três barcos, três aeronaves, seis imóveis de alto padrão, além de relógios e joias. Os crimes investigados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

Diante do avanço da investigação, a cúpula do União Brasil discute a possível expulsão de José Marcos de Moura do partido, na tentativa de se desvincular do escândalo. O desfecho da disputa judicial gerou reações políticas, sobretudo entre lideranças da sigla, que viram na manutenção de Nunes Marques um alívio. O ministro, indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, tem sido alvo de críticas por decisões alinhadas à ala conservadora e por posições que, em alguns casos, beneficiam investigados ligados ao centrão.

Nos bastidores, a decisão de Barroso é interpretada como um revés para a PF, que esperava ampliar o escopo das investigações sob a condução de Dino. A Operação Overclean segue em andamento, com desdobramentos que podem atingir novas figuras políticas ligadas ao esquema.

Leia a íntegra da decisão.

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Militares da FAB são presos por usarem voos oficiais para tráfico de drogas

Investigação aponta transporte ilegal entre São Gabriel da Cachoeira e Manaus

Caso de Política com CNN – A Polícia Civil do Amazonas prendeu três militares da Força Aérea Brasileira (FAB) acusados de utilizar aeronaves oficiais para o tráfico de drogas. As detenções ocorreram na última segunda-feira (3), mas só foram divulgadas à imprensa nesta quinta-feira (6). A operação, batizada de “Queda do Céu”, revelou um esquema que transportava entorpecentes de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia e Venezuela, até Manaus. As informações são da CNN Brasil.

Os suspeitos, com idades entre 22 e 26 anos, facilitavam a movimentação da droga nos voos militares que saíam do aeroporto da base da FAB no município. A investigação teve início em junho de 2024, quando 342 quilos de maconha foram apreendidos, resultando na prisão de um soldado do Exército, dois ex-militares e duas mulheres.

Além dos militares da ativa presos nesta semana, outros dois homens foram detidos. Entre eles, um suspeito de 42 anos apontado como financiador do esquema. De acordo com a polícia, ele era o verdadeiro dono da carga de maconha apreendida no ano passado e movimentou cerca de R$ 2 milhões em 2024, apesar de declarar renda mensal de apenas R$ 1 mil. Para disfarçar o dinheiro ilícito, alugava veículos em São Gabriel da Cachoeira.

A Força Aérea Brasileira afirmou, por meio de nota, que colabora com as investigações e reforçou que não compactua com desvios de conduta dentro da corporação.

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Prefeitura de LEM divulga balanço das ações da GCM na última semana

Boletim aponta 80 ocorrências registradas entre 27 de janeiro e 3 de fevereiro, incluindo patrulhamentos preventivos e atendimento a diversas situações de segurança pública.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães divulgou o balanço das ações realizadas pela Guarda Civil Municipal (GCM) no período de 27 de janeiro a 3 de fevereiro. Ao todo, foram registradas 80 ocorrências, incluindo operações de prevenção ao crime, apoio a serviços públicos e atendimento a situações emergenciais.

O maior volume de registros foi de perturbação do sossego, com 25 ocorrências nos bairros Santa Cruz, Florais Lea, Jardim das Acácias, M2, Bosque dos Girassóis e Sol do Cerrado. A corporação também prestou apoio ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em três chamados para atendimento de pessoas em surto psicótico.

Na área de prevenção, a GCM realizou a operação “LEM em Paz”, abordando 47 veículos e recolhendo dois automóveis ao pátio da PRISMA. A iniciativa tem como foco coibir crimes como furtos e roubos a estabelecimentos. Já a operação “Praça Segura” incluiu prisões de foragidos com mandado de prisão, abordagens de rotina e apoio social a moradores em situação de rua pelo programa POP RUA.

Entre as ocorrências criminais, destacam-se duas tentativas de furto. No dia 27, um agente da GCM identificou e impediu o furto de uma Toyota Hilux, conduzindo o suspeito e a vítima ao Distrito Integrado de Segurança Pública (DISEP). No dia 29, uma vítima conseguiu render o autor dentro do próprio veículo antes da chegada da guarnição, que encaminhou ambos ao DISEP para os procedimentos legais.

Houve ainda uma ocorrência de lesão corporal dolosa em 1º de fevereiro, quando uma vítima foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com ferimentos profundos nas mãos causados por arma branca. O autor foi detido e levado ao DISEP.

Outras ações da GCM incluíram o atendimento a uma ocorrência de ameaça no bairro Jardim das Acácias no dia 27 e a interdição de uma via no dia 28 devido à queda de uma árvore, com a mobilização da Defesa Civil para remoção do obstáculo.

De acordo com o informativo, “A Secretaria de Segurança pública do município reafirmou o compromisso com a ordem e a segurança da população, destacando que as ações da GCM visam a prevenção de crimes e o suporte à comunidade em diversas situações emergenciais”.

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MPBA entra em campo, no BAVI deste sábado, pra combater violência contra mulher

“Lute pelo fim da violência contra as mulheres”. Essa é mensagem que ganhará destaque no gramado da Arena Fonte Nova, em Salvador, minutos antes da partida entre Bahia e Vitória neste sábado, dia 1º, pelo campeonato baiano, às 16h. Faixas do projeto ‘Luto por Elas – homens pelo fim da violência contra as mulheres’, do Ministério Público do Estado da Bahia, serão estendidas no campo, na abertura do jogo. Segundo relatório de feminicídio 2023, da ONU Mulheres, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente naquele ano. Desse total, 60% dos feminicídios foram cometidos por parceiro íntimo ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias, sendo uma delas assassinada a cada 10 minutos.

O ‘Luto por Elas’ propõe a ampliação da conscientização sobre a violência doméstica e o feminicídio. Ele visa engajar homens como agentes de mudança do cenário de violência contra as mulheres e na luta pela igualdade e respeito a elas. Dados da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) apontam que houve aumento de 27,33% no número de denúncias de violência doméstica contra a mulher na Bahia, entre janeiro e julho de 2024, na comparação com 2023. São 27 vítimas por dia, ou uma a cada hora. Entre os meses de janeiro e novembro de 2024, o MPBA registrou 18.689 procedimentos investigatórios de casos de violência contra as mulheres e o Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres do MPBA (Nevid) solicitou 825 medidas protetivas de urgência para mulheres ameaçadas em Salvador.

A campanha chega ao campeonato baiano apoiada pela Federação Baiana de Futebol (FBF), pelos times do Bahia e do Vitória e times do interior, bem como pelo Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb). Ela será realizada durante os jogos do campeonato e contará, em algumas edições, com vídeos de jogadores e técnicos de futebol sendo apresentados em telões e redes sociais.

AÇÃO: Faixa e vídeo no telão com a mensagem ‘Lute pelo fim da violência contra as mulheres. #lutoporelas’ serão estendidas no campo, minutos antes do início da partida.

OBJETIVO: Chamar a atenção para importância do engajamento dos homens como agentes de mudança do cenário de violência contra as mulheres, por meio de mensagens impactantes no universo do futebol.

ONDE: Arena Fonte Nova, no jogo entre o Bahia e Vitória

PROJETO: O ‘Luto por Elas’ desenvolvido pelo MPBA promove ações de mobilização e engajamento na luta pelo fim da violência contra as mulheres.

Com a cassação de Carla Zambelli, mais três do PL podem cair abrindo vagas para o PSOL

Caso a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo seja confirmada pelo TSE, a cassação da deputada Carla Zambelli poderá desencadear uma série de mudanças no cenário político, afetando outros parlamentares e potencialmente alterando a composição da Câmara dos Deputados

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL) pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), anunciada na última quinta-feira (30), por 5 votos a 2, pode ter repercussões significativas não apenas para ela, mas para outros parlamentares eleitos com base em seu coeficiente eleitoral. O tribunal considerou que Zambelli cometeu abuso de poder ao usar meios de comunicação para espalhar fake news durante as eleições de 2022. Caso a decisão seja confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seus votos serão anulados, o que pode resultar na perda de mandato de deputados que foram eleitos graças aos votos transferidos por sua popularidade.

Entre os parlamentares que correm o risco de perder seus mandatos estão os bolsonaristas Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PL), Paulo Bilynskyj (PL) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL). A redistribuição dos votos de Zambelli pode beneficiar outros partidos, com o PSOL, por exemplo, podendo ganhar as cadeiras que seriam originalmente destinadas aos candidatos do PL. A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), autora da ação que resultou na cassação de Zambelli, é vista como uma das principais beneficiadas nesse processo.

Diante da gravidade da situação, Zambelli tem se mobilizado para reverter a decisão. Em uma mensagem enviada a seus aliados por WhatsApp, a deputada classificou a decisão como um “julgamento político” e pediu que seus colegas postassem nas redes sociais para mostrar apoio a ela. “Foi um julgamento político e não jurídico no TRE-SP”, alegou, acusando a inclusão de fatos irrelevantes ao processo. Zambelli anunciou que recorrerá da decisão e alertou sobre as possíveis consequências de uma derrota final.

O cenário permanece incerto, com a expectativa agora voltada para o TSE, que terá a palavra final sobre o destino de Zambelli e o impacto dessa decisão nas eleições e composição política da Câmara dos Deputados.

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Guerras e riscos ambientais dominam previsões globais para 2025, aponta Fórum Econômico Mundial

Conflitos armados e riscos ambientais são os maiores desafios para o futuro próximo, segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial. A pesquisa com 900 especialistas destaca a guerra entre Estados como o risco mais iminente, seguido pela crescente ameaça de desastres climáticos e a ascensão de desinformação

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Fórum Econômico Mundial (FEM) revelou, em seu mais recente relatório, que os conflitos armados entre nações são considerados os riscos mais alarmantes para 2025. Realizada com a participação de 900 especialistas de diversas áreas, a pesquisa aponta que, no cenário global atual, a possibilidade de guerras entre Estados se destaca como a maior ameaça, superando outros riscos como eventos climáticos extremos (14%), confrontos geoeconômicos (8%) e a disseminação de desinformação (7%).

O agravamento de conflitos prolongados, como os da Ucrânia e do Sudão, alimenta essa percepção crescente de insegurança mundial. Além disso, a fragmentação do cenário político global e o aumento de atitudes unilaterais por parte de várias nações ampliam os temores de falhas estratégicas e enfraquecem os mecanismos multilaterais que normalmente ajudariam na prevenção de crises.

O estudo revela também que as projeções para a próxima década são ainda mais preocupantes. Se no curto prazo, apenas 5% dos especialistas apontam riscos catastróficos, esse número sobe significativamente para 17% nos próximos dez anos. Simultaneamente, aqueles que veem o futuro como turbilento aumentam de 31% para 45%. Um dos maiores desafios identificados a curto prazo é o impacto da desinformação, uma ferramenta capaz de manipular intenções de voto, gerar incertezas em zonas de conflito e prejudicar a reputação de produtos e serviços globais.

Outro destaque do relatório é o papel crucial da desigualdade social, que aparece como o sétimo maior risco tanto para o curto quanto para o longo prazo. Embora não seja o principal fator de risco, a desigualdade é vista como um amplificador de outras ameaças. O relatório destaca que a desigualdade pode enfraquecer a confiança social e corroer o senso coletivo de valores compartilhados, exacerbando outros riscos, como as tensões políticas e sociais.

Em relação aos riscos ambientais, embora os eventos climáticos extremos ocupem a segunda posição entre as ameaças para 2025, eles se tornam a principal preocupação no horizonte de dez anos. A perda de biodiversidade, o colapso de ecossistemas e outros impactos ambientais lideram as previsões para o futuro, com os especialistas mais jovens expressando grande preocupação com a deterioração ambiental. O relatório alerta que, entre todos os 33 fatores analisados, os riscos ambientais apresentam o agravamento mais acentuado, especialmente nas perspectivas de longo prazo.

A inteligência artificial (IA), apesar de estar apenas na 31ª posição de riscos no curto prazo, também preocupa os especialistas. A IA deve subir para a 6ª posição nas projeções de longo prazo, refletindo o receio de que, após os benefícios iniciais de desenvolvimento e adoção, a tecnologia possa se transformar em uma ameaça significativa.

O Fórum Econômico Mundial conclui sua análise com um apelo à cooperação global. Diante dos riscos cada vez mais complexos e interligados que os líderes mundiais terão que enfrentar, o relatório enfatiza que a única alternativa para evitar uma espiral de declínio global é buscar caminhos de diálogo e colaboração internacional.

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Prefeitura de Formosa do Rio Preto afirma que Neo Araújo não é investigado em operação do Draco

Nota oficial destaca apurações internas e reforça colaboração com autoridades

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Prefeitura de Formosa do Rio Preto emitiu, nesta terça-feira (17), uma Nota de Esclarecimento informando que o prefeito Neo Araújo não figura como investigado na “Operação USG”, deflagrada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco). A ação tem como foco desvios de verbas na Secretaria Municipal de Saúde e, segundo a gestão, a prefeitura já vinha tomando medidas de apuração prévias.

De acordo com a administração municipal, assim que recebeu as primeiras denúncias, foram determinados procedimentos de investigação internos, inclusive com contratação de uma empresa de auditoria para averiguar os fatos relacionados. A Secretaria de Saúde, conforme ressaltado na nota, possui autonomia financeira e administrativa.

Abaixo, confira a íntegra da Nota de Esclarecimento emitida pela Prefeitura:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Prefeitura de Formosa do Rio Preto informa que já vinha apurando os fatos que se relacionam com a operação realizada pela Polícia Civil da Bahia, em 17 de dezembro de 2024. Assim que recebeu a denúncia, há meses, determinou a apuração, inclusive contratando empresa de auditoria para tal finalidade.

Informa, ainda, que o Prefeito não figura como investigado, tendo como foco a Secretaria de Saúde, órgão da administração que possui autonomia financeira. A Prefeitura sempre esteve à disposição das autoridades, agindo de forma colaborativa com as apurações”.

Já a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), através do Draco, divulgou detalhes da “Operação USG”, que investiga desvios de recursos na Saúde. O esquema, que pode ultrapassar R$ 12 milhões, envolve servidores municipais, agentes políticos, médicos e empresas suspeitas, além de modus operandi que inclui fraudes em licitações, plantões fictícios e exames incompatíveis com a realidade.

Abaixo, leia a íntegra da publicação da SSP-BA:

Polícia Civil desarticula esquema de desvios de verbas públicas da Saúde na Bahia e Piauí

Esquema de corrupção ultrapassa R$ 12 milhões e tem nove investigados pela “Operação USG” deflagrada pelo Draco.

Prefeito, secretários municipais de saúde, servidores públicos, outros agentes políticos, além de médicos e empresas suspeitas estão na lista de investigados na *“Operação USG”*, deflagrada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor). A operação acontece na manhã desta terça-feira (17), no município de Formosa do Rio Preto, localizado no Oeste baiano, e nas cidades de Corrente e Bom Jesus, no Piauí.

As ações dos policiais civis da Deccor/Draco visam desarticular um esquema de desvios de verbas públicas, fraudes em licitações e contratações, entre outros crimes decorrentes de irregularidades na execução de contratos de serviços médicos, praticados por uma associação criminosa composta por servidores do município de Formosa do Rio Preto e das duas cidades piauienses. De acordo com as investigações, os crimes de corrupção já somam um prejuízo de R$ 12 milhões aos cofres públicos municipais.

Equipes do Draco cumprem mandados judiciais em residências de médicos, “laranjas”, de políticos, ex-secretários municipais de saúde e também em clínicas e postos de saúde, localizados na cidade baiana distante 1.026 Km de Salvador e no Piauí. Entre as ações, o Departamento também executou o bloqueio dos valores desviados, presentes em contas de três clínicas que possuem contratos com o município baiano, além das pessoas investigadas.

Modus Operandi

As apurações do Draco encontraram evidências que apontam diversas irregularidades na Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto: exames incompatíveis, a exemplo de ultrassonografias transvaginais em pacientes do sexo masculino, pagamentos por serviços médicos não prestados à população, plantões fictícios, listas fraudulentas de pacientes, números de exames destoantes da realidade, além da utilização de empresas de fachadas para promover a destinação ilícita de recursos.

A partir dos materiais coletados nas diligências da “Operação USG”, o Draco irá ampliar as investigações, estimando a possibilidade da participação de outros suspeitos e de valores desviados além do que foi encontrado até esta fase das apurações.”

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Polícia desarticula esquema de desvios milionário de verbas da Saúde em Formosa do Rio Preto e Piauí

A operação, que ocorreu em Formosa do Rio Preto (BA) e no Piauí, identificou um esquema de suposta corrupção que pode ter resultado em um prejuízo de mais de R$ 12 milhões aos cofres públicos municipais. Prefeito, secretários de saúde e outros agentes políticos estão entre os alvos da operação

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Operação USG, deflagrada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção (Draco) da Polícia Civil da Bahia, desarticulou um esquema de desvio de verbas públicas da saúde em Formosa do Rio Preto (BA) e nas cidades de Corrente e Bom Jesus, no Piauí. A operação visa prefeitos, secretários municipais de saúde, servidores públicos, médicos e empresas suspeitas de envolvimento no esquema. As informações são da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

De acordo com a SSP-BA, os crimes investigados incluem fraudes em licitações e contratos de serviços médicos, somando um prejuízo superior a R$ 12 milhões. Entre os alvos da operação estão autoridades municipais e empresários que facilitaram os desvios de recursos.

Deflagrada na manhã desta terça-feira (17), a operação ocorre simultaneamente em Formosa do Rio Preto e nas cidades piauiense de Corrente e Bom Jesus. Mandados de busca e apreensão são cumpridos em residências de médicos, “laranjas”, ex-secretários municipais e em clínicas e postos de saúde. Também foram bloqueados valores encontrados em contas de clínicas contratadas pelo município.

Em 23 de novembro de 2023, o Portal Oeste Global, parceiro do Caso de Política, noticiou: Escândalo à Vista: Neo Afonso na mira por suposto superfaturamento em exames laboratoriais, trazendo à tona um comparativo com a gestão anterior. Em outra matéria, o Oeste Global publicou que Vereadores cobram Neo por má gestão, destacando o suposto envolvimento do prefeito Neo Araújo nas irregularidades que agora estão sendo apuradas pela Operação USG da Polícia Civil. Ver mais aqui, aqui e aqui.

Irregularidades graves

A investigação revelou fraudes nos contratos de serviços médicos da Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto, como exames incompatíveis, plantões fictícios e listas fraudulentas de pacientes. Além disso, foram identificados pagamentos por serviços não prestados e o uso de empresas de fachada para redirecionar recursos públicos.

A operação segue em andamento, com a possibilidade de novos suspeitos e valores desviados além dos R$ 12 milhões já identificados. A Operação USG representa um importante passo no combate à corrupção nos dois estados.

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“Rei do lixo” é alvo de megaoperação da PF: empresa faturou mais de R$ 150 milhões em Barreiras

Operação Overclean investiga fraudes e desvios bilionários em contratos públicos, envolvendo até emendas parlamentares

Caso de Política com informações da PF – Nesta terça-feira (10/12), a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, a Receita Federal do Brasil e a Controladoria-Geral da União, deflagrou a “Operação Overclean”. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, com impacto direto em contratos milionários da Prefeitura de Barreiras.

Entre os alvos está José Marcos de Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”, proprietário da MM Consultoria Construções e Serviços. Desde 2017, a MM é responsável pelos serviços de limpeza urbana em Barreiras, período em que faturou R$ 155.919.792,68. Apenas em 2024, os pagamentos ultrapassaram R$ 25 milhões, segundo dados do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Os valores pagos ano a ano mostram a crescente movimentação financeira:

  • 2017: R$ 9.301.615,25
  • 2018: R$ 17.464.931,16
  • 2019: R$ 18.369.996,88
  • 2020: R$ 18.786.683,21
  • 2021: R$ 21.516.564,52
  • 2022: R$ 20.360.650,59
  • 2023: R$ 25.039.712,65
  • 2024: R$ 25.078.638,42
Operação de grande escala

A Operação Overclean envolve 17 mandados de prisão preventiva, 43 mandados de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens nos estados da Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. A investigação revelou que a organização criminosa teria desviado recursos de emendas parlamentares e convênios por meio de superfaturamento em contratos de obras e serviços, incluindo contratos com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), especialmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA).

A cooperação internacional, realizada por intermédio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (HSI), permitiu identificar que o grupo movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão entre os valores investigados, sendo R$ 825 milhões apenas em contratos de 2024.

Patrimônio bloqueado

O valor sequestrado pela Justiça Federal, que inclui aeronaves, imóveis de luxo, barcos e veículos de alto padrão, soma R$ 162.379.373,30. Além disso, oito servidores públicos foram afastados de suas funções, enquanto a MM Consultoria e outros envolvidos continuam sob investigação.

Crimes apurados

A operação investiga os crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, além de lavagem de dinheiro. As ações da Polícia Federal prometem trazer mais desdobramentos à tona, envolvendo não apenas o município de Barreiras, mas também outras administrações municipais e órgãos federais.

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