Operação nacional desarticula esquema de sementes falsificadas no Oeste da Bahia, RS, SP e MG

Fraude gerou prejuízo milionário; grupo vendia grãos de baixa qualidade como sementes de alto rendimento

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Uma operação coordenada pela Polícia Civil desmantelou um esquema de falsificação e pirateamento de sementes agrícolas que operava em pelo menos quatro estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Batizada de Operação Piratas do Agro, a ação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (4) e mobilizou 120 policiais civis e 15 agentes fiscais agropecuários.

Mandados e apreensões

Durante a operação, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão em residências e empresas e 33 em veículos. Além disso, 18 contas bancárias — de 10 pessoas físicas e 8 jurídicas — foram bloqueadas. No total, 35 veículos e documentos foram apreendidos, e duas pessoas acabaram presas, uma delas em Luís Eduardo Magalhães (BA) e a outra em São Luiz Gonzaga (RS).

Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso transformava grãos destinados à produção de ração ou alimentos, além de sementes de baixa qualidade, em produtos que imitavam marcas renomadas de sementes de milho e soja. As falsificações incluíam embalagens quase idênticas às originais, que eram produzidas em gráficas localizadas em São Paulo e na Bahia.

Prejuízos e lucros milionários

De acordo com o delegado Heleno dos Santos, titular da Draco de São Luiz Gonzaga, as investigações começaram após denúncia de uma cooperativa local que identificou prejuízos causados por sementes falsificadas. Em uma das negociações fraudulentas, o grupo causou um prejuízo de R$ 2 milhões aos produtores, com movimentações bancárias de mais de R$ 13 milhões em 15 meses.

O lucro do grupo era exorbitante. Eles vendiam cada saca falsificada com um ágio que superava R$ 1.000, chegando a gerar até R$ 1,8 milhão por carga”, explicou o delegado.

Rede criminosa e alcance nacional

As sementes falsificadas eram transportadas em caminhões do grupo e distribuídas em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal, além dos locais onde a operação foi deflagrada. Representantes comerciais e corretores atuavam como intermediários, vendendo os produtos diretamente para cooperativas e agricultores.

A fraude foi descoberta após uma carga de 1.500 sacas de milho, anunciada como de alto rendimento, ser adquirida e revendida para produtores. A safra foi perdida, já que as sementes eram de baixíssima qualidade, comprometendo a produção.

Participação conjunta

A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), das secretarias e agências de Agricultura e Pecuária dos estados envolvidos e de diversas forças locais. “Essa é uma vitória importante contra o crime organizado, que vinha lesando diretamente agricultores e cooperativas em várias regiões do Brasil”, concluiu o delegado Heleno.

As investigações seguem em curso para identificar outros possíveis envolvidos no esquema e ampliar o alcance das apreensões.

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PF encontra contrato de reforma de casa de Angra 9 vezes mais caro que valor declarado por Bolsonaro

Documento apreendido aponta obra de R$ 900 mil em imóvel avaliado em R$ 98.500 à Justiça Eleitoral

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal (PF) apreendeu um contrato de R$ 900 mil referente à reforma da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O documento foi localizado no escritório do Partido Liberal (PL), em Brasília, durante operação de busca e apreensão no âmbito do inquérito que investiga tentativas de Bolsonaro de reverter o resultado das eleições de 2022. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

Reforma milionária e valor declarado

Datado de 11 de outubro de 2023, o contrato foi anexado às investigações. O imóvel, declarado por Bolsonaro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como tendo valor de R$ 98.500 nas eleições de 2022, teria recebido reformas que custariam quase nove vezes mais que esse valor.

Chama a atenção o fato de a reforma estar orçada na vultuosa quantia de R$ 900 mil, ao passo que, na declaração de bens de Bolsonaro, a residência estava avaliada em R$ 98.500”, afirmou o relatório da PF.

De acordo com uma corretora consultada por O Globo, o imóvel, considerando sua localização e características, tem um valor de mercado estimado em cerca de R$ 2,5 milhões.

Detalhes do contrato e da obra

Embora o contrato não tenha sido assinado por Bolsonaro nem pela empresa responsável, ele especifica o custo de R$ 900 mil para mão de obra e materiais, com pagamento em cinco parcelas. A entrada, correspondente a 30% do valor total (R$ 270 mil), seria seguida por pagamentos escalonados durante 100 dias úteis, prazo estipulado para conclusão da obra.

Vídeos divulgados por Bolsonaro e seus aliados mostram alterações na propriedade, como a troca de janelas de madeira por blindex, substituição de pisos, instalação de novos portões e construção de uma área de churrasqueira.

Contexto das investigações

A apreensão integra o inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. A PF apura se o imóvel foi utilizado para ocultação de despesas ou como parte de um esquema maior envolvendo recursos financeiros não declarados.

Os novos elementos reforçam os questionamentos sobre a compatibilidade entre os bens do ex-presidente e seu patrimônio declarado, ampliando o escopo das investigações.

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PM que jogou jovem de ponte matou homem com 11 tiros no ano passado

Soldado, com histórico de violência, está afastado após novo caso na zona sul de São Paulo

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O soldado Luan Felipe Alves Pereira, da Polícia Militar de São Paulo, está no centro de mais um caso de violência policial. Após ser flagrado jogando um homem de uma ponte na Cidade Ademar, zona sul da capital paulista, o histórico do policial revela outro episódio controverso: em 2022, ele matou Maycon Douglas Valério, de 31 anos, com 11 tiros, em uma ação que foi arquivada sob a alegação de legítima defesa.

O incidente mais recente, amplamente divulgado em vídeo, resultou no afastamento imediato de Luan e de outros 12 policiais envolvidos. A ação foi duramente criticada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), que classificaram a atitude como incompatível com os valores da corporação.

Um histórico que questiona a legitimidade da força

O caso de 2022 ocorreu em Diadema, região metropolitana de São Paulo, durante uma perseguição a Maycon, que pilotava uma moto sem capacete e camiseta. Após abandonar o veículo e tentar fugir a pé, ele teria, segundo o PM, derrubado um revólver enquanto corria, o que motivou a abordagem letal. A câmera corporal de Luan registrou 12 disparos, dos quais 11 atingiram o peito e o rosto da vítima.

Embora o laudo pericial confirmasse que os tiros partiram da arma do policial, a perícia foi dificultada pelo transporte do suspeito ao hospital antes da morte ser registrada. A defesa alegou que a ação visava revidar uma “injusta agressão”, justificativa aceita pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça, resultando no arquivamento do caso em janeiro de 2023.

Imagens da câmera corporal, no entanto, não esclarecem se Maycon representava uma ameaça real aos policiais. A dúvida sobre a proporcionalidade do uso da força segue como um ponto de interrogação em um episódio que culminou na morte de um homem desarmado, segundo análises posteriores.

Novo caso reacende polêmicas

O vídeo do incidente na ponte, divulgado na última terça-feira (3), gerou indignação pública. Tarcísio de Freitas afirmou que Luan “não está à altura de usar a farda” e reforçou que a conduta foi inadmissível. Guilherme Derrite declarou que “nenhum tipo de desvio de conduta será tolerado” e garantiu o afastamento imediato dos envolvidos, classificando a ação como fora dos procedimentos operacionais da corporação.

Força ou abuso?

Os dois episódios, separados por apenas um ano, levantam uma questão central: até que ponto atitudes como as de Luan Felipe representam desvios individuais ou refletem problemas estruturais na formação e supervisão da Polícia Militar? Enquanto a legítima defesa é uma prerrogativa do trabalho policial, o histórico de ações letais e a escalada de violência em abordagens colocam em xeque os limites entre proteger a sociedade e abusar da força.

A promessa do governo estadual de investigar e punir os responsáveis é vista como necessária, mas será suficiente para restaurar a confiança pública em uma corporação que, repetidamente, enfrenta acusações de excesso? A ambição de impor autoridade sem considerar o impacto social de tais ações pode custar caro à imagem da PM e à segurança que ela deveria garantir.

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Indignação e repúdio: o dever do Estado transformado em barbárie

Nota de Opinião

É com profundo pesar e revolta que assistimos a mais um capítulo de abuso cometido por quem deveria proteger a população. O crime brutal ocorrido em Camaragibe, Pernambuco, no qual o policial militar Venilson Cândido da Silva, fora de serviço, tirou a vida do jovem Thiago Fernandes Bezerra de 23 anos por míseros R$ 6,98, não é apenas uma tragédia pessoal, mas um retrato da falência moral de parte daqueles que carregam o dever de representar o Estado.

Ao invés de cumprir o juramento de zelar pela segurança, esse agente transformou a farda – ainda que ausente no momento do crime – em um símbolo de opressão e marginalidade. Thiago, um trabalhador que dependia de sua moto para sustentar a família, foi executado à luz do dia em um ato que reflete não só frieza, mas uma perversidade inimaginável. A crueldade não parou com o disparo; ela se estendeu na tranquilidade com que o assassino retornou ao seu cotidiano, apenas para ser desmascarado pela indignação popular.

O Estado, por meio de seus representantes, tem o dever de agir com urgência e transparência. A prisão em flagrante e a abertura de um processo administrativo contra o policial são apenas o início do que deve ser uma punição exemplar. A sociedade clama por justiça, mas também por mudanças estruturais que impeçam que pessoas despreparadas e moralmente falidas ingressem ou permaneçam em corporações que deveriam ser sinônimo de proteção.

Nosso repúdio se estende também à banalização da vida, evidenciada neste episódio. A história de Thiago, como a de tantas vítimas de abusos, não pode ser esquecida. Sua luta como trabalhador precisa ser uma memória que alimente o clamor por um sistema de segurança pública mais justo, humano e alinhado aos princípios que deveriam nortear a Polícia Militar.

A indignação da população de Camaragibe é compreensível e reflete o esgotamento diante de tamanhas injustiças. No entanto, a justiça não pode ser feita pelas próprias mãos, mas pela aplicação rigorosa da lei. Que este caso seja um divisor de águas, um lembrete da necessidade de reconstruirmos a relação entre a população e aqueles que a servem.

Thiago não voltará para casa, mas sua história deve ser o combustível para a mudança. Que sua memória nos inspire a não aceitar mais o que é inaceitável.

Luís Carlos dos Santos Nunes

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PM que assassinou friamente motoboy para não pagar corrida de R$ 6,98 é linchado em Pernambuco

Crime bárbaro expõe a frieza e crueldade de policial militar fora de serviço em Camaragibe (PE)

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um ato de brutalidade e desprezo pela vida humana chocou o Brasil no último domingo (1º), em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. O policial militar Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, assassinou o motoboy Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, com um disparo a sangue-frio, supostamente para evitar o pagamento de uma corrida de R$ 6,98. O crime, registrado por câmeras de segurança, evidencia uma conduta de extrema frieza e crueldade por parte do agente, que estava fora do horário de serviço e à paisana.

Assista os vídeos ao final

As imagens mostram Venilson descendo da moto de Thiago em frente a um condomínio, momento em que saca a arma e atira no jovem, que nada pôde fazer. Após o disparo fatal, o policial retorna calmamente, recolhe o capacete da vítima e o coloca ao lado do corpo, antes de entrar no prédio.

A comunidade local reagiu com indignação e revolta. Minutos depois, o policial tentou fugir ao embarcar em um ônibus coletivo, mas foi reconhecido por populares que cercaram o veículo. Venilson foi retirado à força e sofreu espancamento por parte da multidão. Mesmo quando agentes da Polícia Militar chegaram para intervir, as agressões continuaram. Ele foi colocado na parte traseira da viatura, mas ainda assim apanhou, antes de ser levado às pressas para uma unidade policial.

Investigações e medidas administrativas

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco confirmou que Venilson foi preso em flagrante e responderá por homicídio. A 10ª Delegacia de Polícia Civil de Homicídios assumiu as investigações. Além do processo criminal, o policial enfrentará um procedimento administrativo que, segundo a pasta, deverá culminar em sua expulsão da corporação.

O caso gerou forte comoção e debates sobre abuso de poder e a necessidade de mecanismos mais rígidos para punir desvios de conduta entre agentes de segurança pública. Para muitos, o crime é um lembrete de que a instituição precisa de reformas para evitar que indivíduos sem controle ou ética manchem a farda e comprometam a segurança da sociedade.

Thiago Fernandes Bezerra, um jovem trabalhador, teve sua vida ceifada de forma brutal por um motivo irrisório, reforçando a urgência de justiça para garantir que tamanha barbaridade não se repita.

General golpista cita SS nazista como exemplo para “kids pretos” em monografia secreta

Documento expõe conexões ideológicas e práticas de Mario Fernandes com táticas extremistas

Editado por Caso de Política, do DCM – O Diário do Centro do Mundo (DCM) revelou com exclusividade o conteúdo de uma monografia escrita pelo general da reserva Mario Fernandes, investigado por participação em uma tentativa de golpe e no planejamento de assassinatos de figuras políticas. O acesso ao documento, restrito pelo Exército, foi obtido em parceria com o pesquisador Ananias Oliveira, da UFCG, e o perfil Camarote da República.

Na tese de 182 páginas, apresentada à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) em 2002, Fernandes analisou o emprego de Forças Especiais, conhecidas como “kids pretos”, em cenários de Guerra Irregular e Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O general destacou ações nazistas como a libertação de Benito Mussolini pela SS e o uso de paraquedistas na Segunda Guerra Mundial, citando essas operações como “exemplos estratégicos”.

Além do conteúdo controverso, o documento menciona sugestões de campos de prisioneiros e referências a Auschwitz, discutidas em grupos de WhatsApp de militares ligados a Fernandes. A Polícia Federal apurou que ele coordenava manifestantes golpistas no QG do Exército em Brasília, além de planejar um golpe de Estado que incluiria o assassinato de Alexandre de Moraes e possível envenenamento do presidente Lula e do vice Alckmin.

Mario Fernandes, um exímio paraquedista e atirador, transitou entre os altos círculos do Exército e do governo Bolsonaro. Apesar de preterido na carreira militar, desempenhou papel central nos bastidores dos atos antidemocráticos, evidenciando as conexões sombrias entre forças armadas e radicalismo político no Brasil.

Clique aqui para ler a íntegra no DCM.

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Agricultores são multados em R$ 66 milhões por desmatamento em áreas embargadas

Operação apreende maquinário e reforça combate ao avanço ilegal no Cerrado, berço das águas do Brasil

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Mais de R$ 66 milhões em multas, 18 máquinas agrícolas apreendidas e uma nova demonstração da urgência de proteger o Cerrado. Assim se encerrou a Operação Nova Fronteira, realizada pelo Ibama com apoio da Polícia Militar Ambiental e fiscais da Fundação Natureza do Tocantins (Naturatins), entre os dias 11 e 13 de novembro. A ação foi voltada ao combate de desmatamento ilegal em áreas embargadas na região do Matopiba, abrangendo Dianópolis e Mateiros (TO) e Formosa do Rio Preto (BA).

De acordo com o Ibama, os produtores autuados utilizavam terras previamente interditadas para cultivo de grãos, desrespeitando embargos e impedindo a regeneração natural do bioma. Foram flagrados oito tratores, quatro pulverizadores e seis plantadeiras operando nas áreas em desacordo com a legislação ambiental.

Desmatamento em alta no Cerrado

O Cerrado, conhecido como o “berço das águas” do Brasil, abriga nascentes que alimentam seis das oito principais bacias hidrográficas do país e é considerado um dos biomas mais ameaçados. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento na região cresceu 3%, segundo dados do Prodes, alcançando a destruição de 11.011,7 km² do bioma.

Grande parte dessa devastação se concentra no Matopiba — que abrange o sul do Maranhão, todo o Tocantins, o sul do Piauí e o oeste da Bahia. A área, classificada como nova fronteira agrícola do país, registrou 72% de todo o desmatamento do Cerrado no último período monitorado.

Ações intensificadas contra práticas ilegais

Os agentes de fiscalização enfatizaram que a reincidência no uso irregular de terras embargadas é uma preocupação crescente.

“A aplicação de penalidades tão expressivas visa inibir a continuidade dessas práticas e proteger o equilíbrio ambiental da região”, afirmou uma fonte do Ibama.

Além de prejuízos ambientais, o avanço do agronegócio em terras proibidas reflete o desafio de alinhar a expansão econômica à preservação de recursos naturais estratégicos. O Cerrado não é apenas um celeiro agrícola, mas também um reservatório de biodiversidade essencial para o equilíbrio climático e hídrico do Brasil.

Os nomes dos responsáveis pelas áreas autuadas não foram divulgados, e a defesa dos envolvidos não foi localizada para comentar. A Operação Nova Fronteira exemplifica um esforço mais robusto na fiscalização ambiental, uma resposta à escalada de crimes ambientais em uma das regiões mais pressionadas do país.

Com informações do G1 e Ibama

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Estado de SP abre inscrições para concurso de Oficiais da Polícia Militar e Bombeiros

São 130 vagas para cursos de formação; provas acontecem em fevereiro de 2025

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Governo do Estado publicou nesta sexta-feira (29), no Diário Oficial, os editais do concurso público para os Cursos de Formação de Oficiais (CFO) da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Ao todo, são oferecidas 130 vagas para candidatos entre 18 e 30 anos, com ensino médio completo, reforçando o compromisso estadual com a segurança pública.

As inscrições ocorrerão de 5 de dezembro de 2024 a 5 de janeiro de 2025, exclusivamente pelo site oficial do certame, www.cfopmbm2024.uneb.br. As provas estão marcadas para 16 de fevereiro de 2025, com aplicação em diversas cidades do estado.

Além da idade e escolaridade, os candidatos deverão atender aos requisitos detalhados no edital. A iniciativa busca ampliar o efetivo das Forças Estaduais, que já foram fortalecidas nos últimos 21 meses com a contratação de quatro mil policiais e bombeiros.

Seguiremos investindo no nosso maior patrimônio, o profissional da segurança pública”, destacou o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, ao comentar a publicação do concurso.

Com o anúncio, o Estado reafirma seu compromisso em garantir maior segurança à população e abre uma nova oportunidade para quem deseja ingressar nas carreiras da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, contribuindo diretamente com o fortalecimento das instituições estaduais.

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Time de Israel canta nos estádios “Somos o time mais racista do país” e “Morte aos árabes”

DCM – Nas ruas de Amsterdã, capital da Holanda, uma cena degradante ocorreu 07 de novembro entre torcedores do Maccabi Tel Aviv, de Israel, e do Ajax, válido pela Liga Europa.

Ao menos cinco pessoas tiveram que ser hospitalizadas, enquanto 62 acabaram atrás das grades. O governo de Israel enviou dois aviões para buscar os torcedores do Maccabi.

Tudo começou com a provocação dos apoiadores do Maccabi. Não satisfeitos em apenas assistir ao jogo, eles decidiram dar um show extra atacando um táxi e queimando uma bandeira palestina, conforme relatou o chefe de polícia de Amsterdã, Peter Holla.

E não parou por aí: também resolveram desfilar pelas ruas cantando louvores aos ataques de Israel na Faixa de Gaza e arrancaram uma bandeira palestina de uma casa.

Em Israel, o racismo é parte do futebol. O Beitar Jerusalem, um clube com um histórico de seis títulos nacionais, é o maior exemplo dessa tendência. Apesar dos esforços de diversos proprietários e presidentes para limpar a imagem do clube, o racismo é um adversário difícil de derrotar.

Aviram Bruchian, ex-capitão do Beitar e sobrinho de uma lenda do clube, expressou sua vontade de jogar ao lado de um jogador árabe. Foi rapidamente chamado para uma “reunião de emergência” com La Familia, o grupo de torcedores de extrema-direita do clube.

No dia seguinte, ele teve que pedir desculpas e reafirmar seu compromisso com a torcida, dizendo que se eles não querem um jogador árabe, então não haverá nenhum.

O Beitar foi originalmente formado como um clube de um movimento de direita liberal durante os anos do Mandato Britânico e tinha uma relação até amigável com clubes árabes.

David Frenkiel, responsável pelo primeiro site da Beitar e escritor na revista esportiva Shem Hamisehak, observou que a onda anti-árabe começou na segunda metade dos anos 90. Ele descreve a situação como um efeito cascata de provocações que cresceram porque ninguém queria realmente enfrentar os racistas na arquibancada.

Um dos gritos de guerra é uma ode ao “time mais racista de Israel”. Eles cantam “Morte aos Árabes” sob o lema “Para Sempre Puro” numa faixa. A letra diz o seguinte:

As estrelas no céu são testemunhas / Do racismo que é como um sonho / O mundo inteiro vai testemunhar / Não haverá árabes no time! / Não me importo com quantos e como serão mortos / Eliminar árabes me empolga / Menino, menina ou velho / Vou enterrar todos os árabes bem fundo no chão

O ex-presidente de Israel, Ruvi Rivlin, e o primeiro-ministro Ehud Olmert tiveram suas chances de intervir, mas optaram por não irritar seus apoiadores. Quando Benjamin Netanyahu celebrou um título do Beitar em 1998, ele ignorou os gritos de “Morte aos árabes”.

Em 2013, o clube contratou dois jogadores muçulmanos chechenos, Zaur Sadayev e Dzhabrail Kadiyev, provocando a ira dos torcedores.

Os chechenos foram hostilizados ao longo do campeonato. Depois de Sadayev marcar um gol, parte da torcida abandonou o estádio, um acontecimento inédito no mundo. Eles deixaram o Beitar e Israel ao final da temporada e retornaram para a Chechênia.

Bolsonaro cogita refúgio em embaixada para evitar prisão: trama golpista no centro das investigações

Ex-presidente admite possibilidade de buscar proteção diplomática enquanto nega envolvimento direto em plano golpista apontado pela Polícia Federal

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou que considera buscar refúgio em uma embaixada no Brasil caso venha a enfrentar uma ordem de prisão em decorrência das acusações relacionadas à trama golpista de 2022.

“Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá”, afirmou em entrevista ao UOL. Ele defendeu-se alegando que, se tivesse algo a temer, “estaria nos Estados Unidos” e não teria retornado ao país.

Bolsonaro também admitiu ter discutido “artigos da Constituição” com comandantes das Forças Armadas após sua derrota para Lula (PT) em 2022, mencionando a possibilidade de “rediscutir o processo eleitoral”. No entanto, afirmou que essa ideia foi “abandonada” logo depois.

As declarações vêm à tona em um momento crítico. O relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado concluiu que Bolsonaro liderou a trama para abalar a democracia brasileira. Segundo a PF, o plano incluía atos extremos, como a prisão ou assassinato de líderes do governo eleito, incluindo Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O documento destaca que a tentativa de ruptura democrática não foi concretizada devido a “circunstâncias alheias à vontade” do ex-presidente.

Trecho do relatório da PF sobre trama golpista envolvendo Bolsonaro. Foto: reprodução

“Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que Bolsonaro planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa”, diz trecho do relatório.

Apesar das acusações contundentes, Bolsonaro continua negando qualquer envolvimento direto e tenta reforçar a narrativa de perseguição política. A ideia de refúgio em uma embaixada, embora considerada por ele como uma alternativa extrema, sinaliza a tensão crescente em torno das investigações e a gravidade das consequências que podem estar por vir.

Na diplomacia do desespero, o refúgio vira a última carta de quem desafia o Estado de Direito.

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