Justiça Argentina ordena prisão de 61 condenados por atos golpistas de 8 de janeiro

Decisão responde a pedido do STF brasileiro. Milley pode influenciar pedidos de refúgio, mas relações bilaterais e concentração de renda estão no centro do debate

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Justiça argentina ordenou a prisão de 61 pessoas condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil pelos atos de 8 de janeiro. A medida foi tomada pelo juiz Daniel Rafecas, de Buenos Aires, em resposta a um pedido formal do STF, com base no acordo bilateral de cooperação jurídica entre Brasil e Argentina.

Um dos condenados, Joelto Guzmão de Oliveira, sentenciado a 17 anos de prisão, foi localizado e preso em La Plata, a 60 quilômetros da capital argentina. Autoridades dos dois países seguem as buscas pelos demais condenados, que já possuem sentença definitiva e devem ser capturados nos próximos dias.

Esse grupo faz parte de um universo maior de cerca de 200 brasileiros que fugiram para a Argentina após os atos antidemocráticos. Porém, como destaca a professora de direito internacional Priscila Caneparo, as chances de obterem refúgio são mínimas. “Esses indivíduos entraram no país de forma irregular e não atendem aos critérios para asilo. O caso deles é mais uma questão de extradição do que refúgio político”, explica a especialista.

Milei, concentração de renda e as tensões diplomáticas

A eleição de Javier Milei como presidente da Argentina trouxe expectativas entre os foragidos, que acreditavam que poderiam se beneficiar de um governo mais alinhado ideologicamente. No entanto, Milei enfrenta um dilema: ao intervir na Comissão Nacional de Refugiados (CONARE) para apoiar pedidos de asilo, ele teria que declarar o Brasil como uma ditadura. Tal posicionamento implicaria um rompimento diplomático com o Brasil, algo de alto custo para a economia argentina, que depende do mercado brasileiro.

Além disso, Milei já causou polêmica no cenário internacional ao retirar o apoio argentino à proposta do G20 para a tributação de super ricos. A medida, elaborada para combater a concentração de renda global, foi revertida sob influência de Donald Trump, logo após Milei assumir.

Estudos recentes mostram que 10% da população global concentra 75% da riqueza, enquanto os 50% mais pobres detêm apenas 2%. A decisão da Argentina de abandonar o acordo enfraquece a busca por equilíbrio econômico e gera críticas tanto dentro quanto fora do país.

A posição de Milei reflete o tensionamento entre atender demandas internas e internacionais. Enquanto tenta consolidar sua liderança, decisões como essa revelam o peso das relações econômicas com o Brasil e a crescente polarização em debates globais sobre justiça econômica e distribuição de renda.

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MP e PM da Bahia deflagram Operação Argento e prendem operador financeiro de facção criminosa nacional

Ação bloqueia mais de R$ 2 bilhões em bens de facção ligada ao tráfico de drogas e atinge 101 suspeitos

Do MP-Bahia, editado por Caso de Política – Em um esforço coordenado de combate ao esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico de drogas, o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com apoio da Polícia Militar, cumpriu nesta quinta-feira (14) seis mandados de busca e um de prisão preventiva nas cidades de Vitória da Conquista e Urandi, no sudoeste baiano. A operação é parte da ‘Operação Argento’, deflagrada em quatro estados, e resultou na prisão de um dos principais operadores financeiros da facção criminosa investigada.

O preso em Vitória da Conquista é considerado um dos aliados mais próximos de Valdeci Alves dos Santos, chefe do esquema de lavagem e conhecido por vários apelidos, como Pintado e Tio. Valdeci, preso desde abril de 2022 no Sistema Penitenciário Federal, supostamente manteve o controle de suas operações criminosas por meio de parentes e comparsas de confiança, ampliando a lavagem de dinheiro através de empresas de fachada e investimentos em imóveis de luxo e cavalos de raça.

A ‘Operação Argento’, conduzida pelo MP do Rio Grande do Norte (MPRN) em conjunto com a Receita Federal (RFB), teve o objetivo de desestruturar financeiramente a facção criminosa, com o bloqueio de bens e valores superiores a R$ 2 bilhões, pertencentes a 101 indivíduos ligados ao esquema. Segundo o MPRN, a investigação analisou 468 contas bancárias, revelando movimentações de R$ 1,6 bilhão entre 2014 e 2024.

Durante o cumprimento dos mandados, as equipes apreenderam celulares, joias, dinheiro e documentos que serão analisados para aprofundar as investigações. A ação é um desdobramento da ‘Operação Plata’, realizada em fevereiro de 2023, que já havia revelado parte da estrutura financeira da organização, resultando na prisão e condenação de diversos membros.

Além da Bahia, a operação realizou buscas e prisões nas cidades de Natal, Caicó, Parnamirim e Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte; em São Paulo e Campinas, em São Paulo; e Trairão, no Pará.

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Atentado terrorista em Brasília acirra tensão e encerra debate sobre anistia aos golpistas do 8 de janeiro

Viaturas policiais em frente ao STF após explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília 13/11/2024 (Foto: REUTERS/Tom Molina)

Após explosões nos arredores do STF, ministros se posicionam contra qualquer proposta de anistia, enquanto mensagens do responsável pelo ataque expõem motivações extremistas e conexões golpistas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na noite de quarta-feira (13), um atentado abalou a Praça dos Três Poderes em Brasília, elevando o alerta entre as autoridades e levando o Supremo Tribunal Federal (STF) a endurecer sua posição contra a anistia a participantes de atos golpistas. Em um recado claro ao Congresso, ministros do STF declararam “tolerância zero” para qualquer tentativa de retomar o debate sobre anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. O recado foi transmitido com urgência aos parlamentares, sinalizando que as explosões foram uma linha vermelha que não pode ser cruzada.

As explosões ocorreram em sequência, com um intervalo de 20 segundos entre elas, causando alarme e reforçando a percepção de ameaça às sedes dos Três Poderes. O primeiro artefato foi detonado em um veículo estacionado próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados, e a segunda explosão, mais próxima do STF, tirou a vida de Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina. Identificado como o homem-bomba, Francisco tentava acessar o STF no momento da explosão, após ser barrado por seguranças. O carro utilizado no ataque estava em seu nome, e a Polícia Federal (PF) já assumiu as investigações, com o ministro Alexandre de Moraes como relator.

A gravidade do episódio gerou uma resposta rápida do STF, que determinou o isolamento da área e a intensificação das medidas de segurança na Esplanada. Em resposta à crescente ameaça de atentados, ministros e forças de segurança avaliam reforçar a proteção dos prédios públicos para prevenir novos ataques. Em conversas na noite do atentado, ministros manifestaram repúdio e enviaram a mensagem de “tolerância zero” ao Congresso. Fontes ligadas ao STF indicaram que qualquer menção de anistia é vista como um “absurdo” diante dos riscos que esses atos representam para a democracia.

Ideais extremistas e convocações golpistas

Francisco Wanderley Luiz mantinha um perfil ativo nas redes sociais, onde incitava militares a um golpe de Estado e utilizava linguagem bélica para convocar apoiadores à sua “causa”. A escolha da data para o ataque, próxima à Proclamação da República, levanta suspeitas entre os investigadores da PF sobre uma tentativa de simbolismo por parte do extremista. Suas mensagens eram repletas de insinuações contra autoridades e chamamentos para uma “revolução”. Em uma de suas publicações, ele escreveu: “Te levanta, caserna! Mostrem seu valor!”, acompanhada por emojis de caveira, em clara provocação aos militares.

Em mensagens analisadas pela PF, Francisco fazia referência a uma “data especial” — 15 de novembro de 2024 —, sugerindo que o ataque poderia marcar o início de uma nova proclamação da República. Em uma outra publicação, alertou sobre o possível “fim do jogo” em 16 de novembro. A tentativa de inspirar um golpe de Estado foi clara ao chamar os generais do Exército a escolherem o lado do “povo”, sob ameaça de que a “inteligência entrará em ação”. Esse apelo expôs a radicalização e o nível de organização de alguns grupos, levando a PF a investigar vínculos do homem-bomba com acampamentos golpistas, onde Francisco aparecia trajando indumentárias militares e exaltando símbolos nacionais.

Escalada de tensão e revisão da segurança

A tentativa de invasão ao STF e o uso de explosivos próximo ao coração do Judiciário brasileiro intensificaram o alerta para possíveis novos ataques. Autoridades da segurança pública agora buscam desvendar se Francisco Wanderley Luiz agiu isoladamente ou se teve apoio de grupos extremistas. Sua ex-esposa relatou à PF que ele participava de manifestações em frente a quartéis, exaltando a ideia de um golpe e, segundo ela, chegou a realizar ameaças. As investigações buscam identificar financiadores e outros potenciais envolvidos, enquanto dispositivos eletrônicos de Francisco foram apreendidos para análise.

A intensificação da segurança e a declaração de “tolerância zero” à anistia são respostas diretas à ameaça representada por Francisco e por outros simpatizantes da ideia de um golpe de Estado. O episódio de quarta-feira não apenas encobre de vez a possibilidade de qualquer indulgência para os golpistas, mas também desafia a segurança da democracia e das instituições brasileiras, que se mantêm vigilantes diante de novos desafios extremistas.

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Homem por trás de explosão em Brasília fez alertas nas redes sociais: “Bomba”

Chaveiro de Santa Catarina, ex-candidato a vereador, publicou ameaças antes da explosão na Praça dos Três Poderes

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O proprietário do veículo que explodiu na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, chaveiro de 59 anos e ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul (SC). Francisco publicou mensagens ameaçadoras nas redes sociais antes do incidente, sugerindo a explosão iminente.

No início da noite, Francisco compartilhou prints de mensagens que enviou a si mesmo, em tom ameaçador, com referências claras a uma possível explosão. Em uma das mensagens, ele escreveu: “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda.” A ameaça foi acompanhada de uma advertência sobre locais específicos que deveriam ser evitados, como “gavetas, armários, estantes, depósito de materiais etc.”

Além das mensagens, Francisco especificou o momento em que as explosões deveriam ocorrer. “Início: 17h48 do dia 13/11/2024. O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!” indicou, reforçando a sensação de ameaça e urgência. Após a explosão, que resultou em uma morte e no isolamento da área pela Polícia Militar, a Praça dos Três Poderes permanece fechada para investigações.

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Dono de carro que explodiu na Praça dos Três Poderes é chaveiro do Sul do país

Filho revela que dono do carro deixara família em Santa Catarina e planejava viagem ao Chile

Metrópoles, editado por Caso de Política – O proprietário do carro que explodiu na noite desta quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, chaveiro de 59 anos, originário de Rio do Sul, Santa Catarina. Francisco, que estava sem contato com a família há meses, deixou a cidade natal após conflitos familiares, conforme revelou seu filho adotivo, Guilherme Antônio, ao portal Metrópoles.

De acordo com Guilherme, também chaveiro, Francisco estava emocionalmente abalado antes de partir e deixou poucos detalhes sobre suas intenções. “Ele tinha uns problemas pessoais com a minha mãe e estava muito abalado com a situação, e ele viajou. Foi só isso que ele falou. Ele só queria viajar. A intenção dele era ir para o Chile,” contou Guilherme. Após passagens por Itapema e Minas Gerais, Francisco chegou à capital federal, mas o motivo exato de sua presença em Brasília ainda é incerto.

Em redes sociais, Francisco publicava mensagens de tom agressivo, fazendo alusão a um possível ataque contra “comunistas”, e concorreu a vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul. Testemunhas do incidente informaram ter visto uma pessoa arremessar um objeto explosivo em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) momentos antes da explosão. Até o momento, a identidade da vítima fatal não foi revelada.

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VÍDEO: Explosão em frente ao STF deixa uma pessoa morta e causa evacuação do prédio

Bomba explode próximo ao Supremo Tribunal Federal; ministros e servidores são retirados do edifício em Brasília

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Uma explosão no estacionamento próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, causou a morte de uma pessoa na tarde desta quarta-feira (13). De acordo nota oficial do STF, dois estrondos foram ouvidos em sequência, a poucos metros da Praça dos Três Poderes, gerando pânico e uma rápida evacuação do prédio do STF.

O incidente, que ocorreu ao fim de uma sessão no tribunal, mobilizou equipes de segurança e autoridades especializadas em explosivos. Testemunhas e seguranças da Câmara dos Deputados relataram que um carro explodiu no estacionamento localizado entre o STF e o Anexo IV da Câmara. A vítima fatal foi encontrada na calçada, junto à praça.

A explosão, ouvida em diversos pontos da Esplanada dos Ministérios, levou as forças de segurança a evacuar todos os servidores e colaboradores do STF como medida preventiva. Em nota oficial, o tribunal confirmou que os ministros foram retirados do local em segurança e que estão cooperando com as investigações conduzidas pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e pelo Corpo de Bombeiros.

“Ao final da sessão do STF, dois fortes estrondos foram ouvidos, e os ministros foram retirados do prédio em segurança”, informou o comunicado do tribunal.

O secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, declarou que a Esplanada dos Ministérios foi parcialmente fechada e que a área está sob forte vigilância policial enquanto as investigações avançam.

“Estamos enviando um efetivo muito grande do batalhão especial da PMDF para fechar parte da Esplanada e garantir a segurança da área,” informou Avelar.

Equipes especializadas da polícia permanecem no local analisando a origem e motivação do atentado, enquanto a segurança da região segue reforçada.

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Homem é fuzilado com mais de cem tiros em Salvador

Crime brutal em Narandiba levanta questões sobre violência na capital baiana

Caso de Política | Luís Calos Nunes – Na noite do último domingo (10), um crime de extrema violência chocou os moradores do bairro de Narandiba, em Salvador. Um homem foi fuzilado com mais de cem tiros, conforme informou o site Alô Juca. O homicídio aconteceu na Rua Edgar Medrado Junior, onde a vítima, trazida amarrada ao local pelos suspeitos, foi morta com centenas de disparos.

Segundo informações preliminares, os suspeitos levaram a vítima até o ponto exato onde ocorreu a execução. O uso excessivo de tiros aponta para a possível intenção de intimidar ou enviar uma mensagem clara às comunidades locais ou a grupos rivais, configurando um episódio de violência extrema que destaca a insegurança em Salvador.

Equipes da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) foram acionadas logo após o crime para realizar a primeira averiguação no local. Em seguida, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) também compareceram para os procedimentos periciais e a investigação preliminar.

O caso, ainda sem autoria ou motivação definidas, está sob investigação do DHPP. A brutalidade do episódio expõe mais uma vez os desafios enfrentados pelas autoridades para conter o avanço da violência na capital baiana.

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Confusão com arma de fogo gera pânico no centro histórico de Barreiras

Briga entre homens acirra insegurança em área movimentada; polícia investiga o caso

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na noite do último sábado, 9 de novembro, uma briga generalizada gerou tumulto em uma das áreas mais movimentadas do centro histórico de Barreiras, assustando transeuntes e comerciantes. O confronto, motivado por um desentendimento prévio entre dois homens, rapidamente escalou, envolvendo agressões físicas e lançamento de garrafas e copos de vidro. A situação atingiu um ponto de alta tensão quando um dos homens foi flagrado segurando uma arma de fogo.

Testemunhas relataram que o incidente trouxe pânico aos presentes, enquanto o homem armado parecia ameaçar os envolvidos. Ainda que ninguém tenha sido atingido pelos objetos arremessados, o episódio é o segundo em menos de um mês na mesma área, aumentando as preocupações com a segurança pública no centro histórico de Barreiras, que tem sido alvo de reclamações frequentes pela falta de policiamento ostensivo.

A polícia iniciou buscas para identificar todos os participantes do tumulto e apurar as motivações que desencadearam a violência. As autoridades locais solicitam a colaboração da população para fornecer informações que possam contribuir com as investigações, ressaltando a importância de fortalecer a segurança no local para evitar novos conflitos.

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Lula assina GLO e autoriza Forças Armadas no Rio para segurança da Cúpula do G20

Com a chegada de 56 delegações, operação de Garantia da Lei e da Ordem reforça esquema de proteção para o evento internacional

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, por meio de decreto, o uso das Forças Armadas no Rio de Janeiro para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante a Cúpula de Líderes do G20. O evento, que reunirá 21 países e organizações internacionais, ocorrerá na cidade entre os dias 14 e 21 de novembro, com a chegada de 56 delegações. A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial nesta sexta-feira, visa fortalecer a segurança local para proteger as autoridades e representantes estrangeiros.

A operação de GLO será realizada em parceria com os órgãos de segurança pública federais e estaduais, reforçando o efetivo para garantir um ambiente seguro durante a cúpula. Em nota oficial, o Palácio do Planalto destacou que a mobilização das Forças Armadas busca assegurar a integridade de todos os participantes, demonstrando a capacidade do Brasil de sediar eventos de grande porte. A presença dos militares ampliará as operações de proteção, integrando-se ao esquema já preparado para o evento.

A Garantia da Lei e da Ordem é um dispositivo que permite o uso das Forças Armadas em situações excepcionais, especialmente quando o reforço às forças estaduais se faz necessário para manter a ordem. No caso do Rio de Janeiro, que historicamente demanda um aparato de segurança robusto em eventos internacionais, a mobilização dos recursos federais pretende assegurar o bom andamento da cúpula e a tranquilidade dos envolvidos.

Com caráter temporário, a medida busca garantir a segurança integral durante o G20, em função do elevado número de chefes de Estado e líderes globais que estarão presentes.

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Barreiras registra 6% de sua população em favelas, contrariando outras cidades da região oeste

Imagem ilustrativa da internet

Dados do IBGE de 2024 revelam desigualdade no acesso à infraestrutura em cidades baianas; Barreiras tem cerca de 10.240 pessoas morando em favela na região

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O município de Barreiras, com uma população estimada de 170.667 habitantes em 2024, é o maior do oeste da Bahia e o décimo do estado. Contudo, ao lado do crescimento populacional, a cidade se destaca negativamente pelo índice de moradia precária. Segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6% da população barreirense vive em favelas, o que representa cerca de 10.240 pessoas, configurando um desafio significativo para a gestão pública local. O cenário urbano da cidade reflete um histórico de ausência de políticas habitacionais consistentes, com a última grande entrega de moradias ocorrendo em 2015, quando a então presidente Dilma Rousseff inaugurou 1.476 unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Desde então, nenhuma nova iniciativa habitacional foi implementada pela administração municipal, deixando a população mais vulnerável sem alternativas de moradia adequada.

Este número coloca Barreiras em uma posição de destaque quando comparada a outras cidades da região, como Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Formosa do Rio Preto e Angical, que não apresentam registros de habitações precárias ou aglomerados habitacionais. A realidade da cidade ilustra um contraste com a média nacional, onde 16,4 milhões de brasileiros vivem em favelas, correspondendo a 8,1% da população do país, conforme os dados do Censo 2022.

Crescimento das favelas no brasil: 16,4 milhões de pessoas em 12,4 mil comunidades

Em uma análise mais ampla do Brasil, o IBGE identificou 12,4 mil favelas em 656 municípios, marcando um crescimento em relação aos números de 2010, quando o país registrava 6.329 favelas em 323 cidades. Essa expansão reflete, em parte, a melhoria na coleta de dados e a maior visibilidade das condições habitacionais das populações marginalizadas.

No caso de Barreiras, além do alto índice de favelas, os moradores da cidade enfrentam ainda a falta de saneamento básico e fornecimento de água potável, condições que agravam a vulnerabilidade social e aumentam as dificuldades de desenvolvimento urbano e de qualidade de vida. Esse cenário reflete uma questão estrutural que precisa ser enfrentada pelas autoridades locais e estaduais, considerando a crescente urbanização e os desafios de infraestrutura enfrentados pela cidade.

A falta de planejamento e as dificuldades financeiras: obstáculos ao progresso

Um dos principais fatores que contribuem para a formação de favelas e a persistência das condições precárias em Barreiras é a ausência de um planejamento urbano eficaz. A última iniciativa habitacional significativa ocorreu em 2015, quando a ex-presidente Dilma Rousseff entregou 1.476 unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida” no município. Desde então, nenhuma nova iniciativa habitacional foi implementada pela administração municipal, o que deixou centenas de famílias sem opções acessíveis de moradia.

Além disso, as dificuldades financeiras enfrentadas pela população de favelas são profundas. A maioria das famílias que reside em aglomerados habitacionais não possui renda suficiente para acessar serviços essenciais como saúde, educação e transporte de qualidade, tampouco para arcar com os custos de moradias formais ou com a legalização das residências onde moram. A escassez de oportunidades de emprego e o baixo nível de escolaridade contribuem para a exclusão social e perpetuam o ciclo de pobreza.

Em contraste, cidades da mesma região, como Luís Eduardo Magalhães, têm se destacado pelo crescimento econômico impulsionado pela agricultura, mas sem os mesmos problemas urbanos. A falta de favelas nessas localidades revela desigualdades no planejamento urbano e na distribuição de recursos, evidenciando que Barreiras precisa, com urgência, revisar suas políticas públicas de habitação e infraestrutura.

O aumento no número de favelas em todo o Brasil é um reflexo das condições socioeconômicas desiguais e da necessidade de políticas públicas mais efetivas. Barreiras, com sua elevada taxa de população em condições precárias de moradia, deve se preocupar em implementar soluções integradas para garantir um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável para seus habitantes.

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