Caso Marielle Franco: Operação da PF resulta na prisão de irmãos Brazão e delegado por supostos envolvimentos no assassinato

Da esquerda para a direita: Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa | Imagens divulgação

Caso de Política, com informações do G1 – Neste domingo, uma operação coordenada pela Polícia Federal culminou na prisão de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, sob suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco. Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após investigações conduzidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF), que se desenrolam desde fevereiro do ano passado.

A operação representa um desdobramento significativo nas investigações sobre o assassinato de Marielle Franco, trazendo à tona a possível conexão entre figuras políticas influentes e o crime brutal.

Os três suspeitos foram encaminhados para a sede da PF no Rio e serão transferidos para a Penitenciária Federal de Brasília.

Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), enquanto Chiquinho Brazão é deputado federal pelo União Brasil, o que lhe confere foro especial. Rivaldo Barbosa, por sua vez, foi chefe da Polícia Civil à época do atentado e atualmente exerce o cargo de coordenador de Comunicações e Operações Policiais na instituição.

A prisão de figuras proeminentes na política e na segurança pública do Rio de Janeiro destaca a gravidade do caso e a amplitude das investigações.

Domingos Brazão já era mencionado nas investigações desde 2018 e chegou a prestar depoimento no caso meses após o atentado. Os Brazão sempre negaram qualquer envolvimento no crime, com seus advogados enfatizando a inocência de seus clientes.

A reação dos suspeitos e de suas defesas evidencia a complexidade e a sensibilidade do caso, que envolve figuras públicas e levanta questionamentos sobre a segurança institucional do Estado.

Além das prisões, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado, indicando um amplo esforço para coletar evidências e esclarecer o caso.

A realização de buscas adicionais ressalta a abrangência das investigações e a determinação das autoridades em elucidar completamente o crime.

As investigações ainda buscam determinar o motivo pelo qual Marielle foi assassinada, sendo que indícios apontam para questões relacionadas à expansão territorial das milícias no Rio de Janeiro.

O possível envolvimento das milícias no assassinato de Marielle acrescenta uma camada de complexidade e urgência às investigações, destacando a importância de se fazer justiça e responsabilizar os culpados.

A reação dos familiares de Marielle Franco também foi registrada, com Monica Benicio, viúva da vereadora, expressando surpresa com o envolvimento de Rivaldo Barbosa no caso.

A reação dos familiares reflete a comoção e a esperança por respostas que cercam o desfecho das investigações, evidenciando o desejo por justiça e transparência.

Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, manifestou gratidão pelo avanço nas investigações, ressaltando o papel das autoridades responsáveis.

Comentário: A declaração de Anielle reflete a importância de um desfecho satisfatório para a comunidade afetada pelo crime, destacando a relevância da cooperação entre as instâncias governamentais e da sociedade civil.

Em entrevista à GloboNews, Marinete da Silva, mãe de Marielle, expressou o sentimento de dor e expectativa por justiça que permeia o desdobramento das prisões.

As palavras de Marinete evidenciam a necessidade de se fazer justiça para as vítimas do crime, ressaltando o impacto humano e emocional envolvido no processo.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Caso Marielle: Sobrinho de cúpula do jogo do bicho no Rio pode substituir Chiquinho Brazão no Congresso

União Brasil avalia expulsão de Chiquinho Brazão, o que abre espaço para que Ricardo Abrão, 1º suplente da legenda, assuma a vaga de deputado federal

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Após a chocante prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) pela Polícia Federal sob a suspeita de ser um dos mandantes do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), os holofotes agora se voltam para Ricardo Abrão, o primeiro suplente da legenda, que está pronto para assumir a vaga no Congresso Nacional.

Ricardo Abrão, ex-presidente da icônica Beija-Flor e sobrinho de Anísio Abraão David, figura proeminente na cúpula do jogo do bicho no Rio de Janeiro e patrono da escola de samba de Nilópolis, emerge como o substituto imediato na esteira dos eventos que abalaram o cenário político e social do estado.

Nas eleições de 2022, disputou uma cadeira de deputado Federal pelo União Brasil – RJ. No fim do pleito, acabou permanecendo como o primeiro suplente da chapa, obtendo cerca de 43.219 votos. Após a nomeação de Daniela Carneiro para o Ministério do Turismo em janeiro de 2023, acabou assumindo seu primeiro mandato de deputado federal na Câmara dos Deputados em fevereiro, permanecendo no cargo até julho de 2023.

Conforme verificou o Portal Caso de Política, na página ofcial da Câmara dos Deputados, Ricardo Abrão tinha em seu gabinete lotado por 55 pessoas e fez uso de Imóvel funcional entre 01/11/2023 a 01/02/2024.

Tendo recebido Auxílio-moradia no valor de R$ 20.194,11 entre os meses de março a julho de 2023. Ele participou de duas missões oficiais.

Em seu registro eleitoral, Abrão se apresentou como empresário, declarando possuir bens avaliados em R$ 21.969.787,76. Embora tenha conquistado a 1ª suplência para o cargo de deputado federal com um percentual aparentemente modesto de 43.219 votos (0,50%), seu papel ganha destaque inesperado diante dos acontecimentos recentes.

O domingo (24/mar) trouxe não apenas a prisão de Brazão, mas também a divulgação por parte do União Brasil de que a Comissão Executiva Nacional se reunirá na terça-feira (26/mar), em Brasília, para deliberar sobre a expulsão e desfiliação do deputado. Antonio Rueda, presidente do partido, deverá liderar a representação contra o parlamentar.

A operação “Murder, Inc.” da Polícia Federal, deflagrada no mesmo domingo, resultou não só na prisão do deputado Federal Chiquinho Brazão, mas também de seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ambos são suspeitos de terem ordenado o duplo homicídio. Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também foi detido sob a acusação de cumplicidade no crime, aumentando ainda mais a gravidade e a complexidade do caso.

Acompanhe a Nota Oficial da PF sobre a Operação Murder Inc.

PF, PGR e MPRJ deflagram Operação Murder Inc. em investigação dos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes

Ao todo, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro/RJ

A Polícia Federal deflagrou neste domingo (24/3) a Operação Murder Inc., no interesse da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

Coordenação-Geral de Comunicação Social

Caso de Política | A informação passa por aqui

Saiba o significado do nome da operação da PF contra suspeitos de matar Marielle Franco

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal (PF) irrompeu com determinação neste domingo (24/mar/24), lançando a operação “Murder Inc.”, que resultou na prisão de três suspeitos ligados ao brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. O nome da operação ecoa a infame gangue de assassinos a serviço das máfias de Nova York durante os anos 1930.

Originária do bairro de Brownsville, no Brooklyn, a “Murder Inc.” surgiu em um período marcado pela Lei Seca nos Estados Unidos, quando a produção e a venda de bebidas alcoólicas eram proibidas por lei. O grupo, composto por temidos membros como Abe “Kid Twist” Reles, Harry “Happy” Maione, Frank “Dasher” Abbandando e Harry “Pittsburgh Phil” Strauss, inicialmente conhecidos como “Brooklyn Boys”, logo adquiriu notoriedade pelos assassinatos a sangue frio que executava.

Ao assumirem o controle do território de Brownsville, estabeleceram vínculos estreitos com o Sindicato Nacional do Crime, uma poderosa organização de mafiosos judeus e italianos liderada por “Lucky” Luciano. O sindicato, regido por um conselho de “diretores”, recorria a assassinos de aluguel para defender seus interesses, intimidando devedores e eliminando ameaças à sua operação criminosa.

A “Murder Inc.” operava discretamente em uma loja de doces no Brooklyn, onde a dona, na fachada, coordenava os pedidos de assassinato para Abe Reles e seus comparsas. A imprensa americana, diante dos horrores perpetrados pelo grupo, apelidou-os de “Murder Inc.” (Assassinos S.A, em tradução livre).

Na década de 1940, Abe Reles, temendo sua própria vida, tornou-se informante da polícia em troca de proteção. Suas revelações levaram Maione, Abbandando, Strauss e Goldstein ao julgamento e à condenação à morte. Por ironia, Reles foi encontrado morto após cair de uma janela de um hotel em Coney Island.

Buchalter, por sua vez, enfrentou julgamento póstumo, embasado em depoimentos de outras testemunhas. Foi condenado à morte, assim como Lucky Luciano, que, após a prisão, foi deportado para a Itália sob acusações de exploração da prostituição.

A operação “Murder Inc.” não apenas lança luz sobre o cruel assassinato de Marielle Franco, mas também evoca uma era de crime organizado e justiça implacável, oferecendo esperança de que os responsáveis ​​por esses atos hediondos possam ser levados à justiça.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Prisão em Flagrante: suspeito de atos obscenos é detido em Santa Rita de Cássia

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No último domingo, dia 24 de março, as autoridades policiais efetuaram a prisão de um indivíduo com histórico de reincidência na prática de atos obscenos nas ruas de Santa Rita de Cássia. Desta vez, o suspeito foi flagrado se masturbando enquanto observava crianças brincarem em um jardim público, em frente a maternidade da cidade.

A captura desse indivíduo ocorreu após uma denúncia da comunidade local, que há algum tempo vinha relatando o comportamento suspeito do indivíduo às autoridades policiais. Graças à pronta ação da polícia, foi possível realizar a prisão em flagrante desse indivíduo, cujas ações perturbadoras representavam uma ameaça à segurança e à tranquilidade da população.

Em respeito as autoridades judiciárias, a identificação do escroto será preservada.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Vereador Carmélia da Mata é intimada a depor na delegacia por emitir opinião política

A prestação de contas, é a pedra angular da responsabilidade governamental. Afinal, a verdadeira democracia exige que os eleitos sejam transparentes e prestem contas de suas ações

Luís Carlos Nunes – Hoje, 25 de março, data em que se comemora o ‘Dia Nacional da Constituição’, é momento não apenas de celebrar a história, mas também de refletir sobre os valores e princípios que moldam nossa administração pública contemporânea. E nesse contexto, surge um episódio que lança luz sobre os pilares essenciais da governança democrática.

Carmélia da Mata, vereadora em Barreiras, encontrou-se intimada a depor na delegacia local, após registro de Ocorrência protocolado pelo presidente da Câmara de Barreiras, o vereador Alcione Rodrigues.

A razão? Conforme ela defende, por sua defesa dos interesses da cidade, e por expressar através da divulgação dos votos dos vereadores em relação a um empréstimo de R$ 60 milhões. Esse evento, longe de ser meramente político, coloca em destaque os pilares fundamentais da administração pública: transparência, prestação de contas e participação cidadã.

A transparência é a base sobre a qual se assenta a confiança dos cidadãos nas instituições pública e governamentais. Quando Carmélia da Mata trouxe à luz os votos dos vereadores, ela não apenas exerceu seu direito à liberdade de expressão, mas também promoveu um princípio crucial da governança democrática. Os cidadãos têm o direito de saber como seus representantes estão agindo em seu nome.

A prestação de contas, por sua vez, é a pedra angular da responsabilidade governamental. Ao expor os votos dos vereadores, Carmélia da Mata está demandando que eles sejam responsáveis por suas decisões perante a comunidade. Afinal, a verdadeira democracia exige que os eleitos sejam transparentes e prestem contas de suas ações.

Além disso, a participação cidadã é vital para uma democracia forte e inclusiva. Ao usar suas redes sociais para informar e engajar os cidadãos, Carmélia da Mata está promovendo uma cultura de envolvimento cívico. Isso não apenas fortalece a conexão entre os representantes e os representados, mas também estimula o debate público e a tomada de decisões informadas.

Entretanto, é igualmente importante reconhecer a necessidade de uma oposição saudável dentro do sistema democrático. A divergência de opiniões é parte essencial do processo democrático, pois promove a discussão, o debate e a busca pelo consenso. Uma disputa pessoal, como a que vemos nesse caso, não acrescenta ao debate público e pode prejudicar a construção de soluções eficazes para os desafios enfrentados pela comunidade.

Portanto, cabe questionar: qual o problema em haver vozes dissonantes em um Estado democrático de direito?

A divergência é salutar e saudável, pois permite a expressão de diferentes pontos de vista e enriquece o processo democrático. É hora de lembrar que, em uma democracia verdadeira, é a pluralidade de opiniões que nos fortalece e nos torna mais resilientes diante dos desafios que enfrentamos como sociedade.

Homem de 29 Anos é assassinado a tiros em Riachão das Neves, Bahia

No local, as autoridades encontraram quatro trouxinhas de drogas, similar a cocaína, e vários estojos de munição deflagrada

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um cenário de violência chocou a cidade de Riachão das Neves, na Bahia, na noite de domingo (24/mar). Marcos Luciano Oliveira Lopes, de 29 anos, conhecido como “Dentinho”, foi brutalmente assassinado com pelo menos dois tiros em frente à sua própria residência, localizada no loteamento Anita Ferreira Borges.

Dentinho de 29 anos, foi alvejando por ao menos dois disparos de arma de fogo

Segundo os relatos, o crime ocorreu por volta das 20h, quando dois homens ainda não identificados, em uma motocicleta se aproximaram e efetuaram os disparos contra a vítima. O local do crime foi preservado pela Polícia Militar até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que realizou os procedimentos de perícia. Posteriormente, o corpo de Marcos Luciano foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Barreiras.

No local, além do trágico acontecimento, as autoridades encontraram indícios de atividade criminosa. Foram localizadas quatro trouxinhas de drogas, similar a cocaína, e vários estojos de munição deflagrada, o que sugere um possível envolvimento da vítima com o tráfico de entorpecentes.

O caso agora está sob a investigação da Polícia Civil de Riachão das Neves, que buscará esclarecer os detalhes desse brutal assassinato. Familiares e moradores da região aguardam por respostas e clamam por justiça diante dessa tragédia.

Até o momento, não há informações sobre o velório e sepultamento de Marcos Luciano Oliveira Lopes.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Homem morre após confronto com a Polícia Militar no município de Barra, Bahia

Com o homem, foram encontradas, armas de fogo, drogas, aparelhos de celulares e R$ 115,00

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No sábado, 23 de março, por volta das 6h da manhã, a 28ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) realizou uma operação que resultou na apreensão de drogas e armas de fogo na rua São Pedro, na cidade de Barra.

Durante uma ação de intensificação do policiamento na região, equipes do 3º Pelotão/Barra e do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) observaram um indivíduo agindo de forma suspeita, transportando armas de fogo e entorpecentes envoltos em uma toalha.

Ao perceber a aproximação dos policiais, o suspeito tentou fugir em direção a um terreno baldio, onde ocorreu um confronto. Em resposta à agressão, os policiais dispararam contra o indivíduo.

Após o término do confronto, os policiais fizeram uma busca no local, encontrando o suspeito ainda com vida, portando uma arma de fogo. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Municipal de Barra, onde veio a falecer pouco depois.

Durante a operação, foram apreendidos os seguintes itens:

  • 01 Arma de fogo, calibre .22;
  • 01 Revólver, calibre .32, municiado com 06 cartuchos, sendo 03 deflagrados e 03 intactos;
  • 01 Espingarda, calibre .36;
  • 01 Caixa de papelão contendo aproximadamente 800 gramas de substância semelhante a maconha;
  • 09 Invólucros contendo maconha;
  • 11 Papelotes contendo uma substância semelhante a cocaína;
  • R$ 115,00 em espécie; e
  • 03 aparelhos celulares.

A fonte dessas informações é a Assessoria de Comunicação (ASCOM) da 28ª CIPM.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes

Assessor de Domingos Brazão, usava igreja de Malafaia para arrecadar dinheiro para a milícia. Pastor ataca jornalista

A situação revela a complexidade das relações entre poder político, religioso e criminalidade na cidade do Rio de Janeiro

Caso de Política | Luís Calos Nunes – No desdobramento do intrincado caso envolvendo o assassinato da vereadora Marielle Franco, novos detalhes emergem, trazendo à tona conexões surpreendentes entre figuras políticas e atividades de milícia no Rio de Janeiro. Robson Calixto, identificado como assessor de Domingos Brazão na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), surge agora como peça-chave nesse quebra-cabeça obscuro.

Conforme revelado por informações obtidas através do serviço de “disque-denúncia” do Rio de Janeiro, Robson Calixto, apelidado de “Peixe”, agiria como intermediário entre os interesses políticos dos Brazão e o executor do crime, Ronnie Lessa, responsável pelo brutal assassinato de Marielle Franco.

Testemunhos anônimos indicam que Robson Calixto era uma presença frequente em uma igreja evangélica ligada ao renomado pastor Silas Malafaia, situada nas proximidades da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Taquara. Ali, Calixto supostamente recebia contribuições financeiras provenientes da região, destinadas à milícia, em datas específicas do mês, como os dias 15 e 30. Além disso, denúncias sugerem que ele exercia o papel de “segurança informal” para Domingos Brazão, muitas vezes portando armas.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que Robson Calixto acompanhava Domingos Inácio Brazão em atividades relacionadas às milícias e ao controle territorial de áreas loteadas ilegalmente, fortalecendo a suspeita de seu envolvimento como intermediário em práticas criminosas.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, Robson Calixto foi alvo de uma operação de busca e apreensão. Este episódio trouxe à tona uma série de investigações adicionais sobre possíveis conluio entre políticos e milicianos no Rio de Janeiro.

Em paralelo a essas revelações, o pastor bolsonarista Silas Malafaia reagiu com veemência às recentes reportagens do jornalista Lauro Jardim, publicadas no portal O Globo. As matérias apontavam o suposto envolvimento de Robson Calixto na arrecadação de fundos para milícias, utilizando as igrejas associadas a Malafaia como meio.

Em uma mensagem veemente compartilhada em sua rede social, Malafaia acusou Jardim de praticar um jornalismo “canalha e bandido”, questionando por que não foi consultado antes da publicação da matéria. O pastor ressaltou que está disponível para esclarecer qualquer dúvida, criticando a abordagem sensacionalista do veículo e negando veementemente qualquer ligação entre suas igrejas e atividades criminosas.

Mais uma vez fica provado o jornalismo parcial de O Globo. CAMBADA DE CANALHAS! O que tenho eu e as igrejas que possuímos com milícia? ABSOLUTAMENTE NADA!”, escreveu.

Confira abaixo

O embate entre o pastor e o jornalista acrescenta mais um capítulo de tensão em torno do caso, revelando a complexidade das relações entre poder político, religioso e criminalidade na cidade do Rio de Janeiro.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Relatório da PF revela a existência de um “Estado Paralelo” no Caso Marielle

No relatório, a PF expressou sua indignação diante do cenário de crime ‘pré-pago’ no Estado, onde os autores intelectuais planejam homicídios em conluio com a polícia judiciária

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um relatório da Polícia Federal (PF) lançou luz sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), levando à prisão de três suspeitos de envolvimento no caso, e apontou para a existência de um “Estado paralelo” liderado por figuras influentes na política carioca. O documento completo com 479 páginas está disponível para acesso na tela clicando aqui

A instituição declarou que “todos esses elementos [apresentados pelo relatório] descortinam a existência de um verdadeiro Estado paralelo, capitaneado pelos capos da política fluminense e detentores da palavra final de quem deve morrer ou viver na Guanabara”.

A PF descreveu uma “política perniciosa” dos crimes contra a vida, inicialmente restrita a conflitos como guerras de facções do tráfico e confrontos entre milícias. Contudo, o caso de Marielle revelou que as disputas políticas transbordaram para a violência e corrupção.

Segundo as investigações, Marielle teria contrariado os interesses de Domingos e Chiquinho Brazão no Rio de Janeiro, conforme afirmado pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora em um acordo de delação premiada. As declarações constam no relatório da PF.

“Lessa afirmou que o assassinato de Marielle foi encomendado em setembro de 2017 por Chiquinho e Domingos, que a consideravam um ‘obstáculo’ para seus interesses, após receberem informações de Laerte Lima da Silva, supostamente um infiltrado no Psol, partido de Marielle.”

A PF salientou que a motivação é “complexa” e não se reduz a um único fato. O relatório apresenta “indícios” que corroboram o depoimento de Lessa, mas também aponta para uma colisão de interesses na questão fundiária entre a família Brazão e políticos do Psol no Rio de Janeiro.

Durante uma coletiva de imprensa, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou que a motivação para o crime envolve todo o contexto de atuação de milícias, disputa por territórios e regularização de loteamentos na cidade.

“No relatório, a PF expressou sua indignação diante do cenário de crime ‘pré-pago’ no Estado, onde os autores intelectuais planejam homicídios em conluio com a polícia judiciária.”

Prisões e Desdobramentos da Investigação

Na manhã deste domingo (24.mar), a PF prendeu três suspeitos adicionais no caso Marielle. Entre eles estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo partido União Brasil-RJ. Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, também foi detido.

“Além das prisões, a PF realizou 12 mandados de busca e apreensão na capital carioca em endereços ligados à investigação.”

Posteriormente, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que os trabalhos de investigação sobre o assassinato seriam encerrados. Segundo ele, embora novos fatos possam surgir, a investigação, que se estendeu por 6 anos, foi oficialmente concluída.

Caso de Política | A informação passa por aqui

Robinho é preso pela Polícia Federal em Santos

Após mandato de prisão, autoridades vão a apartamento em Santos, e jogador não oferece resistência. Robinho foi condenado a nove anos por estupro na Itália

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Na noite desta quinta-feira (21), a Polícia Federal efetuou a prisão de Robinho em um apartamento localizado em Santos. O ex-jogador, ídolo do clube, começará a cumprir sua pena pelo estupro de uma mulher em Milão, ocorrido em 2013.

A condenação de Robinho na Itália foi de nove anos de prisão, porém, devido à impossibilidade de extradição de cidadãos brasileiros, o pedido de cooperação foi feito à justiça brasileira para aplicação da pena em território nacional.

Na última 4ª feira (20/mar), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, por 9 votos a 2, a prisão do jogador. O mandado foi cumprido nesta quinta-feira, após a negativa de um habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deferido pelo ministro Luís Fux no final da tarde.

Até o momento, não foi definido para qual presídio Robinho será encaminhado, porém, o mais provável é o presídio de Tremembé.

Abaixo, a nota oficial da Polícia Federal:

A Polícia Federal na noite desta quinta-feira, 21/3 cumpriu mandado de prisão, emitido pela 5ª vara Federal de Santos, em desfavor de Robson de Souza. O preso passará por exame no IML e por audiência de custódia e será encaminhado ao sistema prisional”.

Relembre o caso Robinho

Robinho tem condenação em três instâncias por participação no estupro coletivo de uma mulher albanesa. A decisão final, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, data de janeiro de 2022. Só que, à época, o jogador estava no Brasil.

No final do mesmo ano, o Ministério da Justiça italiano solicitou a extradição do ex-atacante. O governo brasileiro, entretanto, negou. A alegação foi de que o país não extradita seus próprios cidadãos. Posteriormente, os italianos recorreram ao STJ para este reconheça a sentença no Brasil.

Caso de Política | A informação passa por aqui