“Não vou ficar preso”, diz pediatra acusado de estuprar seis crianças

DCM – O médico pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, afirmou nesta sexta-feira (7) que não vai ficar preso. Foragido desde 5 de novembro do ano passado, ele foi detido nesta manhã em Pernambuco.

Agora, com a minha doença, eu não vou ficar preso”, disse o pediatra à imprensa ao chegar à Central de Polícia, em João Pessoa (PB). “Tenho certeza. Eu vou ficar só dois dias e saio”, respondeu ao ser questionado por um repórter se tinha certeza do que afirmava.

O pediatra é acusado de estuprar seis crianças na Paraíba. Ele alegou ser inocente e afirmou que estava foragido porque não queria ser preso.

O médico disse ainda que não se entregou antes porque os advogados não o orientaram a fazer isso.

A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra aconteceu no dia 25 de julho de 2024. O caso foi tornado público em 6 de agosto.

Em depoimento, a mãe da vítima contou que viu o momento em que Lima tocou as partes íntimas da criança. Ela informou que retirou imediatamente os dois filhos do consultório e prestou queixa na Delegacia de Polícia Civil.

Com a repercussão do caso, uma sobrinha do médico procurou a polícia e contou que também foi abusada quando tinha 9 anos, na década de 1990, assim como suas duas irmãs.

Lima é um pediatra famoso na capital paraibana e tinha uma clínica particular no bairro de Tambauzinho.

MP Bahia lança campanha contra abuso sexual de crianças e adolescentes

Evento de lançamento contará com debate sobre os desafios e avanços na proteção integral de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual

MP-BA, editado por Caso de Política – Na próxima sexta-feira, dia 17 de maio, o Ministério Público estadual dará início a uma nova frente de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na Bahia. O evento de lançamento, marcado para as 8h30 no auditório do MP no CAB, trará à tona os desafios e avanços na proteção integral desses jovens vítimas de violência sexual.

A campanha surge em resposta à alarmante estatística que revela um cenário preocupante no estado e no país. Apenas no último ano, a Bahia registrou 5.024 casos de abuso e exploração sexual infantojuvenil, de acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública. A nível nacional, os números são igualmente perturbadores, com uma média de 130 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes sendo reportados diariamente, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Mais preocupante ainda é o fato de que mais de 76% desses casos ocorrem dentro das residências das vítimas, perpetrados por indivíduos próximos, o que torna as denúncias e a proteção ainda mais desafiadoras.

O lançamento será presidido pelo procurador-geral de Justiça, Pedro Maia, e pela promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca). Um dos destaques da programação será um debate sobre os obstáculos e progressos do MP na defesa dos direitos desses jovens vulneráveis.

A campanha será disseminada por diversos canais midiáticos, incluindo televisão, rádio, jornais, outdoors e mídias digitais, além das redes sociais e site oficial do Ministério Público. Seu objetivo principal é conscientizar a sociedade sobre a importância de estar atenta a sinais de alerta de alterações comportamentais em crianças e adolescentes, promovendo assim sua proteção e responsabilização dos agressores. Contando com o respaldo de veículos de comunicação e parceiros, a iniciativa busca mobilizar toda a sociedade para essa causa crucial.

A promotora Ana Emanuela Rossi enfatiza a necessidade da vigilância e ação coletiva da família, comunidade e instituições públicas para proteger esses jovens. Ela ressalta que é dever de todos garantir que sejam preservados de qualquer forma de violência e exploração. Rossi também destaca a importância da busca por ajuda profissional e denúncia imediata em casos de violência sexual, enfatizando a necessidade de acolhimento e proteção adequada para as vítimas.

No evento, também marcarão presença os promotores de Justiça Adalto Araújo, coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim); Adriano Freire de Carvalho, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (Ceduc); Aurivana Curvelo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis, Fundações e Eleitorais (Caocife); Rocío Garcia Matos, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau); e Rogério Queiroz, coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (Caodh). A presença desses representantes reforça o compromisso do Ministério Público em promover a justiça e a proteção dos direitos fundamentais da infância e adolescência.

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Fonte: Ministério Público da Bahia

Homem de 59 Anos é preso por suspeita de sequestro e bbuso sexual de criança de 9 anos em Luís Eduardo Magalhães

No quarto, a Guarda Municipal encontrou o homem apenas de cueca e a criança deitada na cama

Caso de Políca – A Guarda Civil de Luís Eduardo Magalhães prendeu em flagrante um homem de 59 anos, no sábado (20), sob a suspeita de sequestrar e abusar sexualmente de uma criança de 9 anos. O caso, ocorrido no bairro Jardim das Oliveiras, chocou a comunidade.

Segundo informações, a Guarda Municipal foi alertada por um agente de folga sobre o desaparecimento do menino. Ao chegar ao local, após receber vídeos de um comerciante que mostravam o suspeito comprando doces com a criança, a equipe descobriu que o homem trabalhava para um vizinho da vítima.

No endereço indicado, os vizinhos confirmaram a presença da criança no quarto do suspeito. Ao entrarem, os agentes encontraram o homem seminu e a criança na cama. Inicialmente, ele afirmou ser pai do menino, mas a vítima relatou o abuso sexual sofrido.

A criança foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento UPA24h, onde um médico plantonista confirmou o abuso. O suspeito, identificado como J.B.M, de 59 anos, foi levado à Delegacia de Polícia Civil e autuado em flagrante por estupro de vulnerável.

O delegado responsável pelo caso, Francisco de Sá, disse que questionou porque o homem não levou a criança de volta para casa, quando ele começou a chorar e disse que se manteria em silêncio.

O Conselho Tutelar acompanhou todo o processo e prestou apoio à vítima e à família na Delegacia de Polícia Civil. O caso está sob investigação.

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Homem é preso suspeito de estuprar criança de 6 anos em Buritirama, Bahia

Imagem da web

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um indivíduo de 36 anos foi detido na última quinta-feira (4) em Buritirama, município localizado no oeste da Bahia, sob a acusação de estupro de uma criança de seis anos. Segundo informações fornecidas pelo delegado Jenivaldo Rodrigues, o suspeito, vizinho da vítima, é acusado de cometer os abusos ao longo de aproximadamente um ano.

O crime, que teria ocorrido há cerca de três anos, veio à tona somente em 2023, quando a vítima, agora com 10 anos, conseguiu relatar os abusos à sua mãe. A criança alega ter sido ameaçada de morte pelo suspeito, o que a manteve em silêncio até então.

De acordo com o relato da criança, os abusos ocorreram entre os seis e sete anos de idade. Entretanto, o suspeito nega veementemente as acusações.

Além de vizinho, o indivíduo é casado com uma parente próxima da vítima, o que facilitava a proximidade entre eles. Os supostos abusos teriam acontecido em momentos nos quais a criança estava desacompanhada.

Após a mãe da menina tomar conhecimento dos abusos, ela denunciou o caso à polícia de Buritirama em dezembro do ano passado, o que resultou em um pedido de prisão preventiva contra o suspeito.

O homem permanece sob custódia desde sua detenção e será transferido para o Centro de Detenção em Barreiras, oeste da Bahia. A investigação sobre o caso segue em andamento.

CUIDADO PAIS: Imagens de abuso sexual infantil crescem 70% no Brasil em 2023

Foi a maior alta desde 2020, comparando os primeiros 4 meses do ano

 Com informações da Agência Brasil – No Brasil, a quantidade de imagens de abuso e exploração sexual infantil encontradas na internet cresceu 70% no primeiro quadrimestre deste ano, na comparação com 2022, sendo a maior alta desde 2020. Segundo a organização não governamental SaferNet, no período sua central recebeu 23.777 denúncias, remetidas para apuração ao Ministério Público Federal, com o qual mantém convênio.

Nos primeiros quatro meses de 2022, o total de casos encaminhados às autoridades foi de 14.005. No intervalo entre 2019 e 2022, o aumento tem sido uma constante. Em 2022, chegaram à central mais de 100 mil denúncias pelo segundo ano consecutivo, fenômeno que não ocorria desde 2011.

E não foram somente as denúncias que se multiplicaram. O número de links únicos compartilhados, que dão acesso a imagens de abuso, também cresceu desde 2019, nos primeiros quatro meses do ano, quando se comparam os registros de um ano para o outro. Há apenas uma exceção quanto à tendência, a de 2022.

A central existe desde 2006 e, dois anos depois, já atingia 289.707 denúncias, marca recorde, o que demonstra a necessidade de se encarar com seriedade esse tipo de crime. Outro dado importante que indica a vulnerabilidade de crianças e adolescentes em relação a tais práticas é o aumento de 102,24% em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19.

Expansão de denúncias

A diretora da SaferNet, psicóloga Juliana Cunha, atribui a expansão de denúncias a “uma combinação de variáveis. Você tem o acesso à internet nessa faixa etária de criança e adolescente. Desde a pandemia que a gente vem observando esse uso mais intenso da internet. Isso contribui para que eles fiquem mais expostos a riscos e, portanto, certamente também, sofrendo mais esse tipo de violência”, diz.

“Outra questão é o fato de que as pessoas têm, hoje, uma visão muito mais apurada sobre violência sexual contra crianças e adolescentes na internet. Então, claro que essa mudança de percepção, ao longo do tempo, permite que as pessoas identifiquem melhor e mais rápido e saibam fazer a denúncia” acrescenta.

Outro fator mencionado pela representante da ONG são os materiais que não são propriamente do abuso em si, mas que acabam incitando a prática.

“Tem as questões que envolvem também conteúdos que são da zona cinzenta, conteúdos que não são de nudez e sexo explícito, mas que têm uma natureza mais sexualizada. Esses conteúdos acabam não sendo detectados pelas ferramentas de inteligência artificial. Ou seja, eles circulam mais, ficam mais acessíveis e também mais passíveis de denúncia pela população”, explica ela.

Legislação

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 1990) define como sanções a esse tipo de crime multa e pena de reclusão que podem variar de quatro a oito anos. A lei contempla penas específicas para quem registra, vende ou difunde pornografia infantil, quem divulga ou armazena material dessa natureza ou mesmo quem simula cenas de sexo com menores de idade.

Atualmente, está sob análise, no Senado Federal, o Projeto de Lei (PL) 830/2022, de autoria do parlamentar Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que propõe que se endureça ligeiramente a pena de reclusão, para que seja de cinco a oito anos, para quem registrar e comercializar os conteúdos, por exemplo.

O texto também prevê a inclusão da internet como um dos meios previstos no artigo 241D do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para aliciamento, assédio ou constrangimento de criança para prática de atos libidinosos. Outra mudança sugerida pelo projeto de lei é a revogação do parágrafo que reduz a punição quando as autoridades consideram pequena a quantidade de material apreendido.

Imagens de abuso

Por entender que as imagens de abuso contra menores de idade são, na realidade, o registro de uma violência que se consumou, a SaferNet recomenda que caia em desuso o termo “pornografia infantil”. Por essa razão, o que ela adota é a expressão “imagens de abuso e exploração infantil”. A Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) já realizou campanha apoiando a derrubada da nomenclatura.

Conforme a SaferNet, a pornografia legalizada pressupõe a participação livre e consentida dos atores ou pessoas maiores de idade filmadas ou fotografadas em atos sexuais consensuais. Logo, a imagem de nudez e sexo envolvendo uma criança ou adolescente, por definição, não é consensual.

No Brasil, configura-se estupro qualquer ato sexual com menor de 14 anos. A alteração da linguagem também se explica porque pornografia pressupõe também o consumo passivo de conteúdo, o que atenua a gravidade da posse e distribuição desse tipo de conteúdo.

Juliana Cunha ainda comenta que o que se precisa aprimorar não é necessariamente a lei, mas sim a aplicação dela. “O que a gente precisa melhorar, mais do que a legislação, eu diria, é a força policial, no sentido de haver investigações, de você ter autoridades capacitadas para investigar, uma resposta mais célere da justiça também. E chega não só a quem consome, como a gente vê na maioria das operações policiais. O consumidor final. Chegar também a quem produz, quem gera negócios em torno disso, quem obtém receitas, a pessoa que lucra com isso. Isso é o que a gente também precisa atingir, esse mercado que é organizado, coordenado, e que tem pessoas que estão por trás”, argumenta a diretora.

A porta-voz da SaferNet ressalta, ainda, que o abuso contra adolescentes não é menos grave do que o que vitima crianças, ainda que seja mais naturalizado. Segundo ela, deve ser tratado com a mesma seriedade.

“A gente precisa entender que a adolescência é uma fase de experimentação. Então, muitos desses conteúdos são feitos pelo próprio adolescente, que, às vezes, faz uma selfie, faz um vídeo de si. Às vezes, também induzido por um adulto, o que a gente chama de sextorsão. Esse é um período muito crítico em termos de educação, de acompanhamento parental, porque, lógico, os adolescentes têm mais autonomia, usam internet por mais tempo, sozinhos, nem sempre acompanhados pelos pais, rechaçam muitas vezes quando os pais tentam monitorar”, acentua.

“É um momento também muito importante para a gente educar, mediar esse uso responsável e ético. Está fora de questão que, se esse conteúdo [produzido e/ou veiculado] é de alguém menor do que 18 anos, isso já se tipifica um crime de imagem de abuso sexual infantil. A gente precisa entender que qualquer imagem de adolescente ou pré-adolescente é, sim, um crime, e precisa ser denunciada. A gente precisa não normalizar mais a sexualização em qualquer faixa etária, se se trata de uma criança ou um adolescente”, emenda.

Como denunciar

A Central de Denúncias da SaferNet funciona de maneira simples. Basta acessar, colar o link do endereço da internet suspeito e seguir os demais passos indicados na plataforma.

Para casos de violência sexual infantil, também pode ser acionado o Disque 100, canal mantido pelo governo federal.