“Ainda Estou Aqui” Triunfa no Prêmio Platino e Consolida Sucesso Ibero-Americano

Longa brasileiro “Ainda Estou Aqui” consagra-se como Melhor Filme Ibero-Americano, e rende prêmios de Melhor Atriz para Fernanda Torres e Melhor Direção para Walter Salles na prestigiada cerimônia do Prêmio Platino, em Madri

Repórter Brasil – O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” alcançou um novo patamar de reconhecimento internacional ao vencer as três categorias em que concorria no Prêmio Platino, a mais importante celebração do cinema ibero-americano. A cerimônia, realizada neste domingo (27.abr.2025) em Madri, coroou a produção como Melhor Filme Ibero-Americano, além de premiar Fernanda Torres como Melhor Atriz por sua interpretação de Eunice Paiva e Walter Salles como Melhor Diretor.

Na disputa pelo principal troféu da noite, “Ainda Estou Aqui” superou produções renomadas como “El 47”, “El Jockey”, “Grand Tour” e “A Infiltrada”, consolidando sua posição como um marco do cinema contemporâneo. A atuação de Fernanda Torres, que personifica a força e a dor de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado federal Rubens Paiva, sequestrado e morto durante a ditadura militar brasileira, foi novamente aclamada, rendendo-lhe o prêmio de Melhor Atriz.

A maestria de Walter Salles na direção também foi reconhecida, com a conquista do prêmio de Melhor Direção, superando nomes como Pedro Almodóvar (“El 47”), Luis Ortega (“El Jockey”) e Arantxa Echevarría (“A Infiltrada”). A ausência de Fernanda Torres e Walter Salles na cerimônia não diminuiu o brilho da conquista. As estatuetas foram recebidas com emoção pela atriz Valentina Herszage, que interpreta Vera Paiva no filme, e pelo produtor Rodrigo Teixeira.

O triunfo no Prêmio Platino adiciona mais prestígio à trajetória de “Ainda Estou Aqui”, que em março se tornou o primeiro filme brasileiro a conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional. A produção também já havia rendido a Fernanda Torres o Globo de Ouro de Melhor Atriz, consolidando sua aclamação pela crítica e pelo público.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do casal protagonista, o filme retrata a luta incansável de Eunice Paiva em busca da verdade sobre o desaparecimento do marido durante o regime militar (1964–1985). A obra emocionou o público brasileiro, alcançando a marca de 5,1 milhões de espectadores e faturando R$ 104,6 milhões até o final de fevereiro de 2025, tornando-se a terceira maior bilheteria do cinema nacional desde 2018, segundo dados da Ancine.

No mercado internacional, o filme arrecadou US$ 27,4 milhões (R$ 159 milhões), comprovando seu alcance e impacto global.

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“Ainda Estou Aqui” conquista o Oscar de Melhor Filme Internacional e marca a história do cinema brasileiro

Walter Salles recebendo a estatueta do Oscar – Reprodução/Max

Filme sobre a ditadura militar emociona e consolida a importância da memória para o futuro do país

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em uma noite histórica para o cinema nacional, o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional. A produção se tornou a primeira brasileira a vencer a estatueta na categoria, em premiação realizada neste domingo (03) em Los Angeles.

O longa-metragem, que retrata os horrores da ditadura militar brasileira sob a perspectiva de Eunice Paiva, mulher do militante Rubens Paiva, assassinado em 1971 após ser torturado, emocionou a Academia e consolidou seu lugar entre as grandes obras do cinema mundial.

A vitória de “Ainda Estou Aqui” foi um dos momentos mais marcantes da cerimônia, superando os concorrentes “A Garota da Agulha” (Dinamarca), “Emilia Pérez” (França), “A Semente do Figo Sagrado” (Irã) e “Flow” (Letônia). Além do prêmio principal, a produção brasileira também concorreu nas categorias de Melhor Atriz, com Fernanda Torres, e Melhor Filme.

A consagração no Oscar representa um marco para o cinema brasileiro, indo além do reconhecimento artístico. Em um momento crucial para o país, que recentemente julgou uma tentativa de golpe de estado, o filme se destaca como uma obra necessária e atual.

A trama, que já havia conquistado o público brasileiro, ganhou ainda mais relevância diante do cenário político polarizado. Isabela Boscov, crítica de cinema brasileira, ressaltou à BBC a importância da produção em um momento em que o país busca revisitar seu passado para evitar que os horrores da ditadura se repitam.

“Ainda Estou Aqui” agora entra para a história como uma das maiores conquistas do Brasil na indústria cinematográfica mundial, reafirmando a importância de revisitar o passado para compreender o presente e construir um futuro mais democrático.

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