General protesta contra fake news: ‘É desleal e atrapalha todo o trabalho’

Em reunião da Sala de Situação instalada no RS, o o General de Brigada Marcelo Zucco também participou da apresentação de balanço das mais de mil horas de voo para ações de resgate

Desde o início das operações de socorro à população atingida pelas fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul já foram realizadas mais de mil horas de voo. A informação foi divulgada durante a 9ª reunião da Sala de Situação, coordenada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta segunda-feira (13).

O trabalho de domingo a domingo das equipes federais no estado, com profissionais atuando por 24 horas, segue sob a coordenação do comando militar do Sul, o general de Brigada Marcelo Zucco, destacou que as notícias falsas, fabricadas de modo enganoso para viralizar em redes sociais, têm colocado em risco a proteção e o salvamento de vidas. O assunto já foi tratado em reunião na semana passada e voltou a ser destacado.

As fakes news acabam atrapalhando muito, porque paramos de fazer o que estamos fazendo para tentar responder a um vídeo montado de forma a tentar enganar a população. Quando botes, viaturas param para abastecer, eles filmam para dizer que os equipamentos estão parados. Isso é desleal, lamentável e atrapalha todo o trabalho”, sinalizou o general.

Em resposta, o ministro Rui Costa voltou a destacar que o Governo Federal já tomou providências, e reforçará o combate às notícias mentirosas. “Vamos dar sequência ao conjunto de ações individualizando essas pessoas. Não adianta apelo por educação, apelo humanitário, porque esses propagadores não entendem isso. Querem exatamente promover o caos e vão ser responsabilizados por tamanha irresponsabilidade”, afirmou Costa.

O 14º dia desde que os temporais começaram no Rio Grande do Sul é de mais alerta. Os dados meteorológicos apresentados na Sala de Situação alertam para mais chuvas na noite desta segunda, seguindo pela madrugada de terça-feira. As condições climáticas foram discutidas na reunião e os órgãos do Governo Federal seguem monitorando o tempo todo para avaliar eventuais ações a serem adotadas in loco.

Planos emergenciais

No Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, foram apresentados e aprovados 179 planos de trabalho pelos municípios atingidos, que representam o repasse de R$ 124 milhões. Estão em análise, até o momento desta publicação, outros 67 planos, que têm custo de R$ 97 milhões. A determinação do Governo Federal é analisar esses documentos em 24horas. Ao todo, 147 municípios enviaram planos e estes já foram aprovados.

Hospitais de Campanha

O número de atendimentos nos 8 Hospitais de Campanha instalados no estado já passa de 1.800. A maior parte das pessoas atendidas nas instalações montadas pelo Governo Federal foi na unidade que está no município de Estrela, com mais de 676 atendimentos já realizados.

Doações internacionais

As doações internacionais podem ser entregues nos consulados, embaixadas ou delegações oficiais. Contudo, para países que fazem fronteira com o Brasil, o caminho de doações de pessoas físicas pode ser através de Alfândegas e Inspetorias da Receita Federal na fronteira terrestre, órgãos que cuidarão do encaminhamento desses suprimentos.

Por Casa Civil

Viaturas anfíbias, caminhões e navio da Marinha com 160 toneladas de alimentos estão no RS para apoiar população

Operação Humanitária da Marinha chega em grande escala ao Rio Grande do Sul

Caso de Política com informações da Marinha do Brasil – Em resposta às recentes enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul, uma operação em larga escala liderada pela Marinha do Brasil desembarcou neste sábado, 11 de maio na região trazendo consigo uma variedade de recursos essenciais para apoiar a população afetada.

Conforme já noticiou o Caso de Política, “O maior navio de guerra da América Latina ancora no Rio Grande do Sul para operação humanitária”.

Uma caravana composta por veículos do Corpo de Fuzileiros Navais, incluindo dois poderosos Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), chegou neste sábado para auxiliar nos esforços humanitários. Esses veículos, conhecidos por sua capacidade de navegar tanto na água quanto em terra, serão cruciais para operações de resgate e apoio logístico em áreas de difícil acesso.

Partindo do Rio de Janeiro na quarta-feira (8), uma frota composta por dez caminhões e carretas transportou equipamentos pesados, como retroescavadeiras, pás carregadeiras, geradores e viaturas leves. Estes recursos serão coordenados pelo Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, visando a remoção de escombros, desobstrução de vias e assistência logística.

Fuzileiros Navais baseados em Rio Grande (RS) auxiliam pessoas em Porto Alegre – Imagem: Marinha do Brasil

Desde o início da crise em 30 de abril, a Marinha do Brasil mobilizou cerca de dois mil militares, 70 viaturas, 11 aeronaves e 50 embarcações para mitigar os danos e cooperar com as autoridades locais. O destaque ficou por conta da chegada do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, a maior embarcação de guerra do país, também neste sábado.

O Comandante da Operação, Almirante Marcos Silva Rodrigues, enfatizou a importância da ação coordenada.

“Estamos comprometidos em fornecer toda a assistência necessária ao povo gaúcho durante este momento desafiador”, afirmou o Almirante. A Operação “Taquari 2” visa ampliar a capacidade da Marinha de atuar na região.

Escala da Resposta Humanitária

Além dos esforços já em andamento, outros contingentes e recursos estão a caminho. Os Fuzileiros Navais baseados em Rio Grande e integrantes do Grupamento Operativo de Apoio à Defesa Civil estão realizando resgates e entregas de suprimentos essenciais. O total de 300 militares, 38 viaturas e 17 embarcações está mobilizado para ações críticas, incluindo a desobstrução de vias e o transporte de mantimentos.

Navios adicionais, como o Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Amazonas” e o Navio Hidrográfico Balizador “Comandante Varella”, estão envolvidos na distribuição de água mineral e doações. No total, mais de 160 toneladas de suprimentos estão sendo transportadas por essas embarcações, fortalecendo a resposta humanitária.

Hospital de Campanha em Guaíba, Marinha e Exército unem forças

O cenário também inclui iniciativas específicas, como a instalação de um Hospital de Campanha em Guaíba, que oferece consultas médicas diárias em várias especialidades. A Marinha está intensificando suas operações desde que o estado de calamidade pública foi declarado, expandindo suas frentes de atuação com apoio aéreo, navios de maior porte e equipes especializadas.

A resposta conjunta entre a Marinha e as autoridades locais visa aliviar a pressão sobre a infraestrutura existente e fornecer apoio direto às comunidades afetadas. O compromisso com a segurança e o bem-estar dos cidadãos gaúchos permanece no centro dessas operações.

Assista ao vídeo e veja imagens do comboio:

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Maior navio de guerra da América Latina ancora no Rio Grande do Sul para operação humanitária

Foto: Marinha do Brasil

A embarcação pode produzir 20 mil litros de água potável por hora e dispõe de uma UTI equipada, raio-X, consultório odontológico, enfermaria completa, laboratório e instalações cirúrgicas

Caso de Política com informações da Marinha do Brasil – O imponente Navio-Aeródromo Multipropósito da Marinha do Brasil, conhecido como ‘Atlântico’, chegou ao porto de Rio Grande às 16h deste sábado (11) para contribuir significativamente nas operações de resgate e apoio à população afetada pelos temporais na região sul do país.

Com seus impressionantes 200 metros de comprimento, o ‘Atlântico’ é o maior navio de guerra da América Latina. Dotado de um centro médico avançado, o navio dispõe de uma UTI equipada, raio-X, consultório odontológico, enfermaria completa, laboratório e instalações cirúrgicas.

Capacidades Humanitárias e Estruturais

O destaque vai para as capacidades humanitárias dessa embarcação colossal. O ‘Atlântico’ possui a capacidade de produzir 20 mil litros de água potável por hora, graças às suas duas estações móveis de tratamento de água, uma necessidade crucial para a região conforme destacado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

Além disso, a embarcação abriga até 1,4 mil militares e 18 aeronaves em sua estrutura, incluindo oito embarcações de médio e pequeno porte que são essenciais para operações de resgate e transporte.

Suporte Multidisciplinar em Ação

Em paralelo à chegada do ‘Atlântico’, outras unidades navais da Marinha já estão em plena ação. O Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Amazonas” atracou em Rio Grande na sexta-feira (10), juntando-se ao esforço conjunto de distribuição de água mineral e doações. O Navio de Apoio Oceânico (NApOc) “Mearim” e o NPa “Benevente” estão se deslocando para Porto Alegre levando toneladas de suprimentos vitais, incluindo água, alimentos e materiais de higiene.

Atuação na Linha de Frente

Desde o início dos temporais, a Marinha está ativamente envolvida em operações de busca e salvamento, mobilizando recursos e pessoal do Comando do 5º Distrito Naval. Em Guaíba, onde o rio atingiu níveis críticos, foi instalado um Hospital de Campanha para aliviar a pressão sobre os hospitais locais, oferecendo atendimento médico diário em diversas especialidades.

Essa mobilização demonstra o compromisso do governo Federal em fornecer assistência humanitária crucial nesse momento de crise ao passa o estado do Rio Grande do Sul.

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Bahia envia Bombeiros e Profissionais de Saúde para ajuda humanitária e auxilio às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul

Foto: Fernando Vivas/GOVBA

Forma enviados 22 bombeiros experientes em operações de resgate em desastres naturais e profissionais de saúde, incluindo médicos e enfermeiros, partiram do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães com destino ao sul do país

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Nesta quinta-feira (2), o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMB) e a Secretaria de Saúde (Sesab) mobilizaram equipes especializadas para auxiliar no socorro às vítimas das devastadoras chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul. Vinte e dois bombeiros experientes em operações de resgate em desastres naturais e profissionais de saúde, incluindo médicos e enfermeiros, partiram do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães com destino ao sul do país, onde mais de 20 mortes foram registradas em decorrência das intempéries, incluindo o rompimento de uma barragem e deslizamentos de terra.

O comandante-geral do CBMB, coronel Adson Marquezine, enfatizou a prontidão e preparação da equipe para enfrentar os desafios no Rio Grande do Sul.

“Estamos totalmente equipados e bem preparados para ajudar nossos irmãos nesse momento de dificuldade. Enviamos 22 bombeiros especialistas em resgates para auxiliar no salvamento das pessoas afetadas. Além disso, estamos enviando quatro médicos e um enfermeiro da Sesab para oferecer apoio médico no local”, declarou.

O foco inicial da missão é o resgate e o socorro às vítimas. O coronel Jadson Almeida, responsável pela operação no Rio Grande do Sul, detalhou que os bombeiros selecionados são especialistas em lidar com esse tipo de desastre.

“Inicialmente, seremos enviados para Caxias do Sul, onde ocorreram desabamentos e soterramentos. Estamos preparados para atuar nessa situação de emergência e oferecer o melhor suporte à população”, afirmou.

O sanitarista Edson Ribeiro Júnior, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia, destacou a importância da equipe de saúde no cenário de calamidade.

“Vamos apoiar as equipes locais na análise da situação de saúde, observando os desabrigados e os abrigos. É crucial avaliar também a saúde mental das vítimas, pois é uma situação que envolve perdas significativas”, explicou.

Além dos desafios imediatos, como deslizamentos e desabamentos, há preocupações com doenças emergentes em situações de desastre, como arboviroses, leptospirose e doenças transmitidas pela água. A avaliação da situação vacinal e outros fatores de risco também são aspectos essenciais para garantir o bem-estar das comunidades afetadas.

Essa missão humanitária exemplifica a solidariedade e o apoio mútuo entre os estados brasileiros em momentos de crise, demonstrando a importância da cooperação para enfrentar os desafios causados por eventos climáticos extremos.

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Brasil lidera campanha pela admissão do Estado Palestino na ONU

Lula se encontra com primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, na capital da Etiópia | Foto: Ricardo Stuckert

Repórter Brasil com Ministério das Relações Exteriores – O Brasil assume um papel crucial na defesa dos direitos e na busca por uma solução pacífica no conflito israelo-palestino, liderando uma campanha para a admissão do Estado Palestino como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU). O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou em Ramallah, na Cisjordânia, neste domingo (17/mar), em um gesto significativo de apoio à causa palestina e repúdio à crise humanitária em Gaza, desencadeada pelos ataques militares israelenses.

Ao lado do chanceler palestino Riyad Al Maliki, Vieira firmou um acordo de cooperação, comprometendo-se o Brasil a liderar a iniciativa pela admissão da Palestina na ONU. Essa ação visa não apenas a ampliar a representatividade e os direitos do povo palestino no cenário internacional, mas também a fortalecer os esforços em direção a uma solução duradoura e pacífica para o conflito na região.

Durante seu discurso em Ramallah, Vieira enfatizou o compromisso do Brasil com os direitos humanos e a justiça internacional, condenando veementemente os ataques que têm afetado gravemente a população civil em Gaza. Ele destacou a importância de garantir acesso a alimentos, água, assistência médica e proteção para os mais vulneráveis, sublinhando a ilegalidade e imoralidade de tais ações.

Ao lado do chanceler palestino Riyad Al Maliki, Mauro Vieira enfatizou o compromisso do Brasil com os direitos humanos e a justiça internacional, condenando os ataques que têm afetado gravemente a população civil em Gaza

É ilegal e imoral retirar o acesso das pessoas à comida e à água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos”, afirmou Vieira durante seu discurso em Ramallah, ressaltando o compromisso do Brasil com os direitos humanos e a justiça internacional.

Além do engajamento político, o Brasil também reforçou seu apoio financeiro à Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), com uma contribuição anual de US$ 75 mil. Embora simbólica diante das urgentes necessidades em Gaza, essa medida demonstra o comprometimento do Brasil em auxiliar os esforços humanitários na região.

A viagem de Mauro Vieira ao Oriente Médio, que inclui paradas na Jordânia, Líbano e Arábia Saudita, sinaliza a busca do Brasil por um papel ativo e construtivo na resolução dos conflitos na região. Notavelmente ausente do itinerário está Israel, que anteriormente declarou o presidente Lula como “persona non grata” devido à posição brasileira contrária aos ataques do Estado de Israel contra civis palestinos.

Crise humanitária na Ucrânia já afeta 40% da população

São 15 milhões de ucranianos em necessidade de apoio; quase metade precisa de auxílio alimentar, já que produção agrícola e comércio foram interrompidos pelo conflito; até agora, já foram mais de 10,5 mil mortes de civis

Caso de Política com agências – A crise humanitária na Ucrânia, dois anos após o início da invasão russa, atinge 40% da população No dia 24 de fevereiro, completam-se exatamente dois anos desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia. O ataque interrompeu uma reunião crítica do Conselho de Segurança da ONU, que buscava evitar essa escalada de conflito.

Mesmo o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, que presidia a sessão no momento, ficou atônito enquanto o representante da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, questionava duramente os ataques devastadores em seu país.

A guerra não acabou” A ONU prontamente condenou a violenta escalada e apelos por um cessar-fogo e resolução negociada foram feitos por diversas partes. No entanto, dois anos depois, com um saldo de pelo menos 10,5 mil civis mortos e 19,8 mil feridos, o fim dos combates parece distante.

Segundo Saviano Abreu, porta-voz da ONU na Ucrânia, a guerra não teve fim e a intensidade dos bombardeios continua em ascensão.

A guerra não acabou e infelizmente não se vê mais a Ucrânia com tanta ênfase nas manchetes, mas isso não significa que a situação tenha melhorado. Pelo contrário, está muito pior. No ano passado, os bombardeios e ataques aumentaram consideravelmente. Em áreas próximas à linha de frente, a situação é catastrófica para os residentes mais afetados pela guerra”.

Com infraestrutura civil destruída em toda a Ucrânia, incluindo prédios, hospitais e escolas, e a economia do país em ruínas, a necessidade de ajuda humanitária cresce constantemente. Abreu destaca que quase 15 milhões de ucranianos precisam desse auxílio, representando aproximadamente 40% da população.

Ele ressalta a importância de manter a assistência alimentar e humanitária chegando às áreas afetadas, a fim de evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.

Além disso, o país, que antes era um grande exportador de alimentos, agora depende do suporte internacional para alimentar sua população. Sete milhões de ucranianos necessitam de assistência alimentar de acordo com Rodrigo Mota, assessor do Programa Mundial de Alimentos na Ucrânia.

Medidas para limpar áreas minadas e reabilitar a produção agrícola local também estão em andamento. A Ucrânia, que anteriormente alimentava 400 milhões de pessoas em todo o mundo, agora se vê necessitando de ajuda para garantir sua própria subsistência.

Os desdobramentos da guerra, incluindo a destruição da represa de Kakhovka, a saída da Rússia da Iniciativa do Mar Negro e ataques a instalações portuárias na Ucrânia, demonstram o impacto significativo não só para a população local, mas também para pessoas em situações de fome em todo o mundo.

MST planeja enviar 100 toneladas de alimentos para Faixa de Gaza

Repórter ABC com Brasil de Fato – Após uma primeira remessa de ajuda humanitária enviada ontem, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está se preparando para encaminhar um impressionante total de 100 toneladas de alimentos à Faixa de Gaza, como parte de um esforço solidário em apoio ao povo palestino. A iniciativa envolve famílias assentadas de todo o Brasil, que contribuem com alimentos essenciais para as vítimas da região.

A primeira remessa já transportou duas toneladas de arroz, farinha de milho e leite em pó em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O MST tem colaborado estreitamente com o Ministério das Relações Exteriores para viabilizar esse primeiro envio, com planos de continuar enviando várias toneladas de alimentos nas próximas etapas. O objetivo é atingir a impressionante marca de 100 toneladas, o equivalente a 100 mil quilos de alimentos doados pelas famílias da reforma agrária ao povo de Gaza.

Cassia Bechara, membro da direção nacional do MST, enfatizou o compromisso do movimento com essa ação solidária. Famílias assentadas de todo o Brasil estão mobilizadas para contribuir, e entre os alimentos enviados nesta segunda-feira estão caixas de leite Terra Viva, da Cooperoeste (Santa Catarina); arroz da Cooperativa Terra Livre e da Cooperavi (ambas do Rio Grande do Sul); e farinha de milho Terra Conquistada, do Ceará.

O MST também está envolvido em campanhas internacionais de arrecadação de fundos para apoiar as famílias camponesas de Gaza, em parceria com a União de Trabalhadores Agrícolas da Palestina, uma organização integrante da Via Campesina Internacional. Além disso, o movimento faz um apelo urgente para a abertura de um corredor de ajuda humanitária para Gaza.

As condições em Gaza são críticas, com a população enfrentando não apenas os efeitos dos bombardeios, mas também a escassez de água potável e alimentos. O MST destaca a importância de exigir um cessar-fogo imediato e garantir a solidariedade com o povo de Gaza, que enfrenta desafios humanitários significativos.