VÍDEO – Lula reage a Trump: “não tenho medo de cara feia, fale manso comigo”

Em meio a tensões comerciais, presidente brasileiro cobra respeito do mandatário americano e defende reciprocidade em negociações sobre tarifas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente Lula elevou o tom contra Donald Trump, ex-presidente dos EUA e virtual candidato republicano à Casa Branca, exigindo respeito e diálogo em meio às negociações sobre tarifas de importação. A declaração, feita nesta terça-feira (11) durante um evento em Minas Gerais, demonstra a crescente tensão entre os dois países em relação às políticas comerciais.

“Não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo, que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado”, afirmou Lula durante a cerimônia de inauguração do centro de desenvolvimento de produtos de mobilidade híbrida-flex no Polo Automotivo Stellantis de Betim.

As críticas de Lula ocorrem em um momento crucial, em que o Itamaraty busca evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos. Trump propôs um aumento de 25% nas tarifas de importação de aço e alumínio, medida que afetaria diversos países, incluindo o Brasil. O governo brasileiro tem defendido a reciprocidade em caso de imposição de novas tarifas.

“O Brasil não quer ser maior do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser menor”, ressaltou Lula, sinalizando a determinação do país em defender seus interesses comerciais.

As negociações entre Brasil e Estados Unidos para evitar o aumento das tarifas tiveram início na semana passada. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, se reuniu com representantes do governo americano para discutir o assunto.

Além das tarifas sobre aço e alumínio, Trump também pretende aumentar os impostos sobre produtos cujos impostos sejam maiores do que os cobrados pelos americanos, como o etanol. A medida tem como objetivo proteger a indústria americana, segundo o republicano.

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PGR denuncia Bolsonaro e mais 33 por tentativa de golpe e aponta plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Denúncia relata organização criminosa, tentativa de golpe e conspiração para ataques fatais a autoridades

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A acusação também envolve militares de alta patente, como Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Clique aqui e Confira a íntegra da denúncia: 

A denúncia, baseada no inquérito da Polícia Federal, detalha um plano estruturado para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e desestabilizar as instituições democráticas. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Bolsonaro não apenas sabia, mas também concordou com um plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O documento descreve que o grupo golpista, operando dentro do Palácio do Planalto, elaborou um esquema que recebeu o nome de “Punhal Verde Amarelo”, cujo objetivo era neutralizar adversários políticos e fragilizar a ordem democrática. Segundo a PGR, o plano envolvia ações extremas, incluindo o envenenamento de Lula e atentados contra Alckmin e Moraes.

A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, analisará a denúncia. Caso seja aceita, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal. O julgamento ainda não tem data definida, mas pode ocorrer no primeiro semestre de 2025.

Conspiração e plano de eliminação de adversários

Na acusação, Gonet afirma que Bolsonaro e Braga Netto exerceram papel de liderança em uma “trama conspiratória armada” para subverter as eleições e instaurar um regime autoritário. O procurador aponta que a organização criminosa tentou fabricar um pretexto institucional para invalidar o resultado eleitoral, alegando supostas fraudes nunca comprovadas.

“A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Netto. Ambos aceitaram, estimularam e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra a existência e independência dos Poderes e do Estado de Direito democrático”, escreveu Gonet.

Além do planejamento do golpe, a denúncia revela a existência de “episódios assombrosos” que demonstram a disposição do grupo em recorrer à violência extrema. A PGR aponta que os conspiradores admitiram, em discussões internas, a necessidade de neutralizar fisicamente Lula, Alckmin e Moraes para garantir o sucesso do plano.

Ainda segundo a denúncia, no mesmo período em que o Ministério da Defesa divulgava relatórios confirmando a lisura das eleições, Bolsonaro já tinha conhecimento do plano e “a ele anuiu”, reforçando sua disposição em contestar os resultados.

As novas revelações adicionam uma camada ainda mais grave às acusações, sugerindo que a tentativa de golpe ia além da ruptura institucional e poderia envolver assassinatos políticos. O caso agora aguarda definição do STF para o início do julgamento.

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