Colheita de soja entra na reta final com 90% da área já trabalhada

Conselho Técnico da Aiba divulga panorama atualizado da colheita e condições das lavouras

A colheita da safra 2024/25 de soja na Bahia já alcançou 90% da área plantada, consolidando um dos momentos mais importantes do calendário agrícola estadual. Durante reunião realizada no dia 26 de março, o Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) apresentou uma atualização detalhada da safra, trazendo informações sobre a produtividade das lavouras e os desafios enfrentados pelos produtores.

Os dados, coletados pelo Núcleo de Agronegócio da Aiba em mais de 130 pontos amostrais, abrangem diversas microrregiões produtoras do estado. Além da soja, o levantamento revisou as estimativas de área e produtividade do milho e do algodão, considerando os impactos das variações climáticas registradas ao longo do ciclo.

Apesar do avanço da colheita, as chuvas registradas recentemente interromperam temporariamente as operações em algumas áreas. O levantamento confirma uma tendência observada desde o início da safra: lavouras semeadas dentro da janela ideal (outubro e novembro) apresentaram melhor desempenho, enquanto o plantio tardio sofreu com o déficit hídrico de fevereiro, principalmente nos municípios de Formosa do Rio Preto e São Desidério.

Pela primeira vez, a Bahia alcança a maior média de produtividade da soja na história, com 68 sacas por hectare, segundo consenso do Conselho Técnico. “Ainda há cerca de 10% da área a ser colhida, e os números finais serão revisados na próxima reunião, em maio. Mas os dados já apontam um resultado muito positivo para a safra”, destacou o presidente do Conselho Técnico da Aiba, Orestes Mandelli. Ele também ressaltou que o retorno das chuvas trouxe um alívio importante para a cultura do algodão, evitando perdas em áreas que estavam próximas do limite de estresse hídrico.

Monitoramento técnico e perspectivas para o setor

A Aiba reforça a importância do acompanhamento técnico contínuo da safra, garantindo que os dados reflitam com precisão o cenário agrícola da Bahia. O monitoramento realizado pela equipe técnica do Núcleo de Agronegócio e validado pelo Conselho Técnico serve como referência para produtores, agentes do mercado e tomadores de decisão do setor.

Para Aloísio Júnior, gerente de Agronegócio da Aiba, a atualização desses números é fundamental para a previsibilidade do mercado e o planejamento estratégico dos produtores. “O avanço da colheita confirma a força do setor agrícola da Bahia, mas também evidencia a importância de um monitoramento constante das condições climáticas e produtivas. Os dados atualizados ajudam a traçar um panorama mais realista da safra e auxiliam os produtores a tomarem decisões mais seguras para os próximos ciclos agrícolas”, destaca Aloísio.

Com a colheita da soja se aproximando da reta final, o foco agora se volta para o desenvolvimento das demais culturas de grãos e fibras no estado, consolidando a Bahia como uma das maiores potências agrícolas do país.

Texto e fotos: Ascom/Aiba

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ABAPA participa do I fórum das mulheres agroparceiras do oeste baiano

Cada dia mais, as mulheres ocupam posições de liderança no agro: inovam, decidem e transformam o setor com sua visão estratégica e dedicação. Por ser considerada uma liderança feminina inspiradora, a presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) Alessandra Zanotto Costa, foi convidada a integrar, na sexta-feira (14), a primeira edição do Fórum das Mulheres Agroparceiras do Oeste Baiano, no Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM), na Bahia.

O evento foi uma realização do SPRLEM, em parceria com a Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb) e a CNA. Personalidades regionais e nacionais, como a ex-ministra e atual senadora, Tereza Cristina, a influencer Camilla Teles, e a vice-presidente da Faeb, Carminha Missio, também participaram da programação.

Com a ex-ministra, as entidades do agro se reuniram para debater demandas como a atualização do preço mínimo do algodão, hoje defasado, e pedir o apoio de Tereza Cristina em questões ligadas à segurança jurídica do setor.

As mulheres sempre tiveram um papel fundamental no agronegócio, mas hoje estamos assumindo mais espaços de decisão, influenciando o desenvolvimento sustentável e inovador do setor. Momentos como este são essenciais para fortalecer nossa presença e inspirar novas gerações”, destacou.

Para a presidente da Abapa, um dos instrumentos capazes de permitir a entrada e ascensão das mulheres nos espaços de liderança e decisão é a governança. “É necessário que, na governança das empresas e instituições, haja oportunidades para as mulheres alcançarem esses espaços de comando. Na Abapa, isso foi primordial para que eu chegasse à presidência”, conta Alessandra, para quem a capacitação é outra prioridade.

Alessandra defendeu a capacitação de mulheres e a implementação de programas voltados à liderança. Ela citou como exemplo o trabalho desenvolvido pela Abapa em seu Centro de Treinamento e Tecnologia. “Nós, mulheres, somos feitas, sim, de coragem, resiliência e força, mas é preciso se capacitar para sentar-se ao lado de pessoas que, eventualmente, têm mais poder do que você. Dentro da associação, temos um CT, que, desde 2010, já capacitou mais de três mil mulheres e, desde 2021, oferece turmas específicas exclusivamente para o público feminino. Esse é um exemplo de oportunidade que podemos criar dentro das entidades, para que mais mulheres possam não só se capacitar, mas também galgar espaços de decisão”, acredita.

Com o lema “Mulheres no agro: conectando gerações, inspirando o futuro”, o evento trouxe outros painéis na programação. Um deles foi dedicado à senadora e ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, que se disse honrada com o convite para participar do Fórum. “As mulheres desempenham um papel fundamental nas cadeias produtivas e na construção de soluções sustentáveis em todas as regiões do Brasil. Quero, cada vez mais, ajudar outras mulheres a ampliarem seus horizontes e a buscarem um futuro mais igualitário e participativo”, ressaltou a senadora.

Integraram painéis, também, a consultora Marielly Biff, que abordou o tema da sucessão familiar; a CEO da FarmCom, Camila Telles, que conversou com o público presente sobre inovação e comunicação no agro; e a presidente da Associação De olho no Material Escolar, Andreia Barnabé, que destacou a importância da educação na formação de novas gerações.

Pautas estratégicas

Durante o evento, a presidente da Abapa esteve reunida com a senadora Tereza Cristina para pleitear questões fundamentais para a cotonicultura brasileira, tais como, o reajuste do valor mínimo da arroba para R$ 125,00 na safra 2025/2026, garantindo maior competitividade e sustentabilidade ao setor. “O valor atual não reflete os desafios enfrentados pelo setor, especialmente diante do aumento dos custos de produção e da necessidade de manter investimentos em tecnologia e sustentabilidade”, pontua Alessandra Zanotto Costa. A simplificação ao acesso à irrigação também foi um dos temas aventados. “O algodão da Bahia depende diretamente dessa técnica para mitigar os riscos climáticos e garantir produtividade. Assim como ocorre com outras culturas essenciais, a irrigação deve ser tratada como uma atividade fundamental, sem entraves que possam comprometer sua adoção”, afirma.

Segurança jurídica do setor

Durante o evento, a Abapa também levou à senadora Tereza Cristina preocupações com a segurança jurídica do setor agropecuário. Em especial, a questão da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 743, que, ao visar combater o desmatamento ilegal e os incêndios florestais na Amazônia e no Pantanal, pede a suspensão imediata dos Cadastros Ambientais Rurais (CAR) de propriedades identificadas com desmatamento ilegal pelos sistemas do PRODES e DETER. O ministro Flávio Dino, relator do caso no STF, determinou que a União se manifestasse sobre esse pedido no prazo de 10 dias úteis.

A Abapa defendeu que qualquer decisão sobre o CAR deve ser baseada em uma análise técnica criteriosa, garantindo o direito de defesa dos produtores.

“Sem uma investigação adequada, o produtor pode ser condenado sem direito à ampla defesa, o que compromete sua segurança jurídica, o acesso a financiamentos e a capacidade de exportar seus produtos. Não defendemos a impunidade para infratores, mas sim, o direito à presunção da inocência, garantido por lei”, concluiu Alessandra Zanotto Costa.

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Safra de grãos no Brasil deve atingir 298,6 milhões de toneladas em 2023/2024

Conab revela impacto das adversidades climáticas e destaca recordes em algumas culturas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje a estimativa para a safra de grãos 2023/2024, projetando uma produção total de 298,6 milhões de toneladas. Apesar de representar uma queda de 6,6% em relação à safra anterior, essa quantidade se mantém como a segunda maior já registrada no país.

Queda na Produtividade e Aumento da Área Cultivada

O 11º Levantamento da Safra de Grãos aponta que a redução na produtividade é o principal fator para a diminuição no volume total de grãos. Adversidades climáticas, como variações na precipitação e inundações, impactaram negativamente as lavouras. A Conab destaca que áreas com chuvas abaixo do esperado desaceleraram o desenvolvimento das plantas, enquanto regiões com excesso de água enfrentaram inundações.

Apesar da queda na produtividade, a área cultivada teve um acréscimo de 1,5%, com 1,18 milhão de hectares a mais em comparação com a safra passada. O aumento foi liderado pela soja, com expansão de 1,95 milhão de hectares, seguido por culturas como gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz. Em contrapartida, o milho teve uma redução de 1,3 milhão de hectares, refletindo as dificuldades enfrentadas nas safras.

Produção de Milho e Impactos Regionais

A colheita da segunda safra de milho está avançada, com uma produção estimada de 90,28 milhões de toneladas. As semeaduras realizadas na janela ideal apresentaram boas produtividades, especialmente devido à regularidade das chuvas. No entanto, veranicos e ataques de pragas em estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul prejudicaram o potencial produtivo. A produção total de milho para o ciclo atual deve ser de 115,65 milhões de toneladas, marcando uma queda de 12,3% em relação ao período anterior.

Recordes em Algodão e Arroz

A produção de algodão pluma alcançará 3,64 milhões de toneladas, estabelecendo um recorde histórico e um aumento de 14,8% em relação à safra anterior. Esse crescimento é atribuído a condições climáticas favoráveis e ao aumento de 16,9% na área semeada.

A colheita de arroz foi finalizada com um total estimado de 10,59 milhões de toneladas, representando um aumento de 5,6%. A produção de arroz irrigado é esperada em 9,74 milhões de toneladas, enquanto o arroz de sequeiro deve atingir 844,8 mil toneladas. O aumento é atribuído à maior área cultivada, apesar de desafios climáticos que afetaram a produtividade.

Feijão, Soja e Trigo

A produção de feijão, com três safras combinadas, deve totalizar 3,26 milhões de toneladas, refletindo um aumento de 7,3%. No entanto, a segunda safra enfrentou dificuldades devido à falta de chuvas, altas temperaturas e pragas.

A soja, principal grão cultivado no Brasil, tem uma previsão de 147,38 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 4,7% em relação ao ciclo anterior. Alterações no potencial produtivo ocorreram devido a baixos índices pluviométricos e altas temperaturas.

O trigo, destaque entre as culturas de inverno, completou sua semeadura na Região Sul, que representa 85% da área cultivada. O atraso inicial devido ao excesso de chuvas no Rio Grande do Sul não impediu a conclusão do plantio. No entanto, a área destinada ao trigo deve reduzir em 11,6%, atingindo 3,07 milhões de hectares.

A safra 2023/2024 reflete a resiliência do setor agrícola brasileiro, apesar dos desafios climáticos e das reduções em algumas culturas.

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Abapa comemora 24 anos: Parcerias e pessoas foram a base desta jornada

Assessoria de Imprensa Abapa | Nádia Borges – A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), fundada em 31 de maio de 2000, comemora seus 24 anos de atuação em 2024. Com uma trajetória marcada pelo trabalho e comprometimento de diversas pessoas que passaram pela instituição, a Abapa tem se destacado no fortalecimento e reconhecimento do algodão baiano junto aos mercados nacional e internacional. Esta caminhada é fruto de sólidas parcerias com instituições públicas e privadas, que resultaram em avanços e melhorias do setor da cotonicultura.

“A Abapa tem sido uma força vital na promoção da cultura do algodão na Bahia, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e social de nossa região. O posto de segundo maior estado produtor de algodão do Brasil reforça minhas palavras. A parceria contínua com o governo estadual, especialmente por meio do Programa de Incentivo à Cultura do Algodão da Bahia (Proalba), demonstra nosso compromisso conjunto para fortalecer o setor”, destaca Wallison Tum, secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia.

A associação tem orgulho em apoiar a produção do algodão mais branco e brilhante do país, com 86% da área cultivada certificada pelo Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Esta certificação atesta que os associados aplicam boas práticas ambientais, sociais e econômicas. A busca pela excelência inclui a capacitação da mão de obra responsável pelas operações no campo e nos diversos processos da cadeia produtiva. Nestes 24 anos, mais de 90 mil pessoas foram capacitadas pelo Centro de Treinamento, sustentado por parceiros estratégicos.

“É uma alegria grande ver essa entidade parceira comemorar 24 anos de relevantes serviços prestados à cotonicultura baiana, setor importante para a geração de emprego e renda, para as exportações e, consequentemente, para a economia de todo o estado. Em nome da Federação de Agricultura do Estado da Bahia e dos produtores rurais baianos, quero parabenizar a Abapa em nome do seu presidente Luiz Carlos Bergamaschi e estender meus cumprimentos a todos os colaboradores que ajudaram a construir essa história de respeito e credibilidade enquanto organização social que participa ativamente das discussões dos problemas que dizem respeito ao setor agropecuário baiano”, expressa Humberto Miranda, presidente da Federação.

O empenho na construção de relações comerciais capazes de inserir a fibra nacional em mercados estratégicos é outra bandeira da entidade. Uma caminhada iniciada há algum tempo e que levou nossos representantes a integrarem missões lideradas pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. Aos poucos, juntos colhemos os frutos desse trabalho, com o reconhecimento do nosso algodão, que apresenta competitividade econômica, qualidade da fibra e volume para atender à demanda do mercado.

A Abapa tem se destacado pela qualidade e profissionalismo em todas as suas atividades, seja na execução dos programas nacionais, como o ABR e o SBRHVI, ou na contribuição ativa na promoção do algodão brasileiro, tanto no mercado interno quanto no externo. Segundo o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, a associação é uma entidade comprometida, que tem se mantido fiel a seus princípios na representação do cotonicultor baiano. Outra característica marcante é sua capacidade de engajar os associados e pensar de forma inovadora, desenvolvendo programas próprios, que não apenas impulsionam a cotonicultura no estado, mas também melhoram a qualidade de vida das comunidades ao redor.

“A Abapa respeita a sociedade como um todo, trazendo oportunidades de renda e desenvolvimento pessoal para a população local. O sucesso da entidade está intrinsecamente ligado ao estado que representa, a Bahia, uma terra de pessoas criativas e competentes, que também carrega a responsabilidade de ser o segundo maior produtor de algodão do país”, evidencia Schenkel.

Em missão internacional, Abapa abre novos mercados e conquista presença do algodão brasileiro na Turquia e Egito

O presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi, e a vice-presidente da entidade, Alessandra Zanotto, participam da etapa final da agenda de trabalho do Cotton Brazil – Missão Egito e Turquia. A visita aos dois países buscou avaliar a receptividade do mercado e aumentar a participação do algodão brasileiro nas importações das indústrias de fiação.

A Turquia é o quinto maior importador global de algodão e o quinto maior importador da fibra produzida no Brasil. Desde 2023, o governo egípcio permitiu a importação de algodão brasileiro, iniciando as relações comerciais entre as duas nações e incluindo o Egito entre os países prioritários do Cotton Brazil. Atualmente, o país é o 13º maior importador de algodão do mundo.

O Brasil está construindo importantes e sólidas relações comerciais iniciadas por intermédio do Cotton Brazil. São mercados relevantes e estratégicos interessados no nosso algodão, uma commodity que apresenta competitividade econômica e na qualidade da fibra e volume para atender a demanda do mercado. Essa boa receptividade da Missão Cotton Brazil é resultado de um trabalho iniciado por pessoas que se dedicaram muito para que chegássemos até aqui. É hora de dar sequência e consolidar estas relações de confiança no trabalho dos produtores brasileiros ”, disse Bergamaschi.

Zanotto retornou à Turquia após dois anos e participou de dois seminários organizados pelo Cotton Brazil durante a missão. No seminário na Turquia, que contou com a presença do consultor indiano e diretor da empresa Wazir Advisors, Varun Vaid, foram apresentados dados sobre o cenário das indústrias e o consumo global da fibra. Zanotto destacou os impactos positivos da visita anterior:

Voltar aqui e ouvir que os apontamentos feitos há dois anos foram atendidos mostra que estamos no caminho certo. Sem dúvida, a Turquia é um país importante não somente pela demanda, mas pelas contribuições que sempre fazem para nosso crescimento”.

Após dois anos, a vice-presidente Alessandra Zanotto retornou à Turquia e participou de dois seminários organizados pelo Cotton Brazil, durante a missão. No seminário na Turquia, que contou com a presença do consultor indiano e diretor da empresa Wazir Advisors, Varun Vaid, foram apresentados dados sobre o cenário das indústrias e o consumo global da fibra. Zanotto destacou os impactos positivos da visita anterior:

Voltar aqui e ouvir que os apontamentos feitos há dois anos foram atendidos mostra que estamos no caminho certo. Sem dúvida, a Turquia é um país importante não somente pela demanda, mas pelas contribuições que sempre fazem para nosso crescimento”.

Em sua fala, ela reforçou as ações contínuas e a preocupação dos produtores brasileiros com a sustentabilidade, destacando que a cotonicultura brasileira se consolida com um trabalho sério e o cumprimento da agenda ESG.

A Abrapa se preocupa com a sustentabilidade econômica da cultura do algodão no país”, confirmou.

A missão foi organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Em 2024, o Cotton Brazil realizará 12 missões internacionais, com dez países-alvo: China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Tailândia, Coreia do Sul e Egito.

Assessoria de imprensa da Abapa | Nádia Borges

O agronegócio respondeu por 53,4% das exportações da Bahia no primeiro trimestre de 2024

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No primeiro trimestre de 2024, o agronegócio se destacou como pilar fundamental das exportações da Bahia, contribuindo com expressivos 53,4% do total exportado pelo estado nesse período. Esse número representa um significativo aumento em relação aos 42% registrados no mesmo período do ano anterior, demonstrando a crescente dependência da economia baiana em relação ao setor agrícola.

Dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Governo Federal revelam que as exportações baianas alcançaram cerca de US$ 1,3 bilhão nos primeiros três meses de 2024, marcando um crescimento notável de 25% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse aumento expressivo é atribuído, principalmente, ao incremento da produtividade no campo, sinalizando uma maior eficiência na produção agrícola do estado.

Um aspecto relevante é o aumento no volume embarcado em diversos setores do agronegócio, que compensou os impactos dos preços mais baixos das commodities no mercado internacional. Um exemplo é a soja, principal produto de exportação da Bahia, que registrou uma redução nos preços, porém, uma expansão significativa na quantidade exportada. No primeiro trimestre de 2023, as exportações de soja somaram US$ 433,4 milhões; já em 2024, houve um expressivo aumento de 29,89%, totalizando US$ 562,9 milhões.

Outro destaque é o algodão não cardado nem penteado, simplesmente debulhado, produzido no estado, que também apresentou um aumento expressivo nas exportações. De janeiro a março de 2023, o valor exportado foi de US$ 55,9 milhões, enquanto no mesmo período de 2024, esse valor cresceu surpreendentes 291,37%, alcançando US$ 218,6 milhões.

Esses dados evidenciam a resiliência e a competitividade do agronegócio baiano, que continua a impulsionar a economia regional mesmo em um cenário global de flutuações nos preços das commodities. O aumento da produtividade e a busca por novos mercados são fatores-chave para sustentar esse crescimento nas exportações, destacando a importância estratégica do setor agrícola para o desenvolvimento econômico do estado da Bahia.

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Bahia cresce em 25,75% as análises de algodão para o mercado consumidor

Última etapa da fibra antes da comercialização para as indústrias têxteis, o trabalho de classificação tem sido fundamental para separar e atestar a qualidade do algodão da Bahia, definindo para onde e para quem a fibra será negociada. Os produtores levaram para o Centro de Análise de Fibras, localizado em Luís Eduardo Magalhães, um total de 3,55 milhões de amostras na safra 2022/23, um aumento de 25,5% em relação ao ciclo anterior. Os dados foram divulgados neste início de abril, pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), depois de consolidado o relatório do volume de fibra analisada ao longo deste ciclo produtivo.

O gerente do Centro de Análises de Fibras da Abapa, Sérgio Brentano, explica que a eficiência do trabalho operacional no laboratório tem sido fundamental para garantir o atendimento aos produtores.

“O laboratório é reconhecido pelo seu alto nível técnico, com entrega de resultados confiáveis e satisfatórios aos cotonicultores e usinas. “Houve um volume expressivo de amostras entregues no laboratório, com pico de até 40 mil em um único dia, o que demonstra o interesse cada vez maior dos produtores rurais na classificação da fibra”.

Considerado o maior da América Latina, o Centro de Análise de Fibras da Abapa tem a capacidade de analisar 25 mil amostras por dia e conta com uma equipe de 20 colaboradores efetivos, com o acréscimo de 100 novos profissionais contratados durante o período de safra para suprir a demanda das 56 usinas de beneficiamento e de 90 produtores da Bahia e da área de abrangência do Matopiba, que abrange também Maranhão, Tocantins e Piauí. As amostras são classificadas e separadas conforme características essenciais para o uso do setor têxtil, como comprimento, resistência, uniformidade, reflectância da fibra, dentre outras.

O presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, explica que as condições favoráveis de clima e solo na produção proporcionam a qualidade do algodão na Bahia, que somam às boas práticas agrícolas exercidas pelos cotonicultores da região.

“O laboratório central, em Brasília, valida e atesta essa qualidade ao conferir com precisão as análises realizadas pelo Centro de Análises da Abapa, que possuem mais de 99% de confiabilidade das amostras checadas, reforçando todo o trabalho de excelência desenvolvido ao analisar a fibra em território baiano”, afirma.

Assessoria de imprensa Abapa – 12.04.2024

Obras de restauração em estradas impulsionam escoamento da produção em Formosa do Rio Preto

As obras são realizadas numa parceria entre governo baiano, empresários e associações de produtores da região – Foto: Divulgação

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – As estradas que conectam as fazendas produtoras do Oeste da Bahia passam por um processo de revitalização que está desempenhando um papel crucial no escoamento de aproximadamente 300 mil toneladas de milho, soja e algodão da safra 2023/2024. Um dos principais projetos em execução é a restauração da BA 458, que interliga os municípios de Formosa do Rio Preto e Riachão das Neves (BA), cujas obras recentes de asfaltamento ao longo de 35 quilômetros há dois anos estão agora sendo complementadas com 5 quilômetros de cascalhamento. Este esforço visa facilitar o tráfego dos cerca de 1,7 mil caminhões e carretas que mensalmente percorrem essa rota vital para o transporte das safras.

Os empresários rurais da região têm grandes expectativas em relação a essas obras, que representam um investimento estimado em R$ 500 mil. Daniel Ferraz, gerente-geral do Agronegócio Estrondo, ressalta a importância dessas melhorias, revelando que equipamentos de produção estão sendo aproveitados para acelerar o processo de construção.

“Estamos utilizando nossos recursos para garantir que a estrada esteja pronta o mais rápido possível. Estabilizamos o solo e agora estamos realizando o nivelamento da via com o terraceador, equipamento disponível em uma das fazendas, para garantir um escoamento eficiente da água da chuva e prevenir danos e alagamentos. Em seguida, a estrada receberá a camada de cascalho”, explica.

Ao final das obras, a estrada contará com 7 metros de largura, o equivalente a duas pistas, uma em cada direção, além de acostamento em ambos os lados. Maquinários, equipamentos e funcionários das próprias fazendas foram disponibilizados para o projeto. Ferraz enfatiza o compromisso das fazendas em investir recursos próprios para melhorar a conexão até a rodovia TO 387, aprimorando assim a movimentação dos caminhões responsáveis pelo escoamento da produção do agronegócio local.

Além dos benefícios para o transporte de safra, as melhorias nas estradas impactam positivamente a população local, que utiliza essas vias para locomoção diária. A conclusão da construção da nova estrada está prevista para abril de 2024.

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