“Se o prefeito não tomar as providências, nós tomamos de outro jeito”, afirma Presidente da Câmara de Barreiras

Yure Ramon declara que não tolerará mais desrespeito e exige ação imediata do Executivo Municipal

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Durante a sessão da Câmara Municipal de Barreiras na noite desta terça-feira (11), o presidente da Casa, Yure Ramos, fez duras críticas ao comportamento de um assessor do prefeito, que, segundo o parlamentar, teria atacado verbalmente o vereador Allan do Allanbick. A fala do presidente foi uma cobrança por respeito à instituição e aos vereadores, com um claro recado ao Executivo Municipal.

Presidente se posiciona contra desrespeito aos vereadores e cobra ação do prefeito

Yure Ramon iniciou seu pronunciamento reafirmando seu compromisso com a Câmara e com os 19 vereadores, destacando a seriedade com que exerce a presidência da Casa.

“Quando eu assumi ser presidente da Câmara, eu assumi um compromisso com essa casa, com o povo, com 19 vereadores, por cada um desses vereadores”, disse. Contudo, ele não poupou críticas aos ataques que, segundo ele, membros do governo vêm direcionando aos parlamentares.

O presidente falou com veemência sobre a importância de se respeitar a honra e a dignidade de cada vereador.

“Eu jamais aceitarei nenhuma ofensa a qualquer vereador dessa casa”, declarou, fazendo referência ao próprio período de eleição da presidência, quando, segundo ele, sofreu ataques pessoais. “Eu levei nome aqui de macaco, de traidor. E levei nome aqui de ex-secretárias de governo, mas tem que defender mesmo para poder tem que falar mal para poder defender seu emprego. Tem que defender”, afirmou.

Além de criticar o que considerou uma atitude desrespeitosa de alguns membros do governo, Yure Ramon apelou à reflexão sobre a importância do cargo de vereador.

“Cada um de nós está aqui eleito pelo povo, mas cada um desses vereadores, acima de tudo, é pai e mãe de família, é filho. Essas palavras deferidas aqui a certos vereadores, fere muito e fere a família”, disse, destacando a responsabilidade que os parlamentares têm para com a sociedade barreirense.

Yure Ramon também se dirigiu diretamente ao prefeito Otoniel Teixeira manifestando a expectativa de que ele compartilhe de sua visão e tome as devidas providências.

“Creio eu que o prefeito não comunga com essas coisas e que não vai permitir que esse tipo de atitude continue”, comentou.

O presidente aproveitou a oportunidade para elogiar a postura do ex-prefeito Zito Barbosa, que, segundo ele, sempre demonstrou respeito pela Câmara e seus membros, mesmo diante de críticas à sua administração.

Naquele momento que as pessoas me xingavam, o prefeito a todo momento não faça isso em respeito ao vereador”, relatou.

Além disso, Yure Ramon anunciou que a Casa tomará medidas legais contra qualquer tipo de ataque verbal a seus membros. “O setor jurídico dessa casa está autorizado a tomar providências contra qualquer print ou áudio que denigra a imagem de um vereador”, afirmou. Ele ressaltou que, em casos de desrespeito, um ofício será encaminhado ao prefeito, que terá que tomar ações imediatas. Caso contrário, a Câmara tomará outras medidas.

“Se o prefeito não quiser tomar as providências, nós tomamos de outro jeito”, argumentou.

Finalizando seu pronunciamento, o presidente fez questão de reafirmar seu compromisso com o respeito e a integridade dos vereadores.

Esteja certo de que estarei aqui zelando pelo direito e integridade de cada um de vocês”, disse, antes de encerrar sua fala com um agradecimento àqueles presentes na sessão.

A postura firme de Yure Ramon reforça o clima tenso na política local e a pressão sobre a gestão municipal para garantir o respeito à Câmara e a seus membros, especialmente diante de ataques que, segundo o presidente, comprometem a dignidade dos vereadores e a imagem da instituição.

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Assessores não têm salvo-conduto para ataques: Câmara se une em defesa de Allan do Allambick

Após ofensas em grupo de WhatsApp, vereadores repudiam comportamento do assessor Neimar Mármore, que pode enfrentar sanções administrativas e judiciais

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O assessor do prefeito de Barreiras, Neimar Mármore, transformou um debate sobre o Carnaval em um ataque pessoal ao vereador Allan do Allambick, expondo sua postura incompatível com o serviço público. Em mensagens enviadas a um grupo de WhatsApp, Neimar usou expressões ofensivas contra o vereador, classificando-o como “baderneiro” e dirigindo xingamentos de baixo calão.

A reação foi imediata. Durante a sessão legislativa da Câmara de Barreiras, na noite desta terça-feira (11), parlamentares, incluindo o presidente da Câmara, Yure Ramon, a vice-presidente da Casa, Carmélia da Mata, a 2ª Secretária Graça Melo e demais parlamentares presentes, repudiaram a conduta e exigiram providências.

Allan do Allambick, empresário do setor de eventos e líder do bloco de Carnaval que leva seu nome, rebateu as acusações de Neimar e destacou sua preocupação em evitar qualquer problema durante a festividade. Antes da realização do evento, ele enviou um advogado ao local para verificar as condições e esclarecer dúvidas sobre o funcionamento, garantindo que tudo estivesse dentro da legalidade. O profissional chegou a conversar com a mãe de Neimar Mármore, buscando assegurar que a festa ocorresse sem transtornos.

Na tribuna, Allan também relatou uma conversa que teve diretamente com o prefeito Otoniel Teixeira sobre o caso. Segundo o vereador, ele não pretendia sair no Carnaval de Barreiras em 2025, mas, após receber um convite, decidiu conversar com o prefeito. Durante o diálogo, questionou:

“Prefeito, posso acreditar que nada de mal vai acontecer a mim?”. Em resposta, Otoniel disse sim, garantindo a sua integridade.

O vereador também expôs a gravidade das ofensas proferidas por Neimar Mármore, afirmando que o assessor do prefeito lhe chamou de “um filho da…” e ainda o mandou “ir tomar no c…”.

Ouça abaixo um dos áudios ofensivos:

A vice-presidente da Câmara, Carmélia da Mata, sugeriu que a Casa emitisse uma nota de repúdio contra Neimar Mármore, enfatizando que o assessor, além de desrespeitar um parlamentar, também ofendeu o próprio governo ao atacar um evento autorizado pela Secretaria de Cultura.

“Nós, enquanto vereadores, representamos o povo e temos o dever de defender o respeito e a seriedade no debate público. Não podemos permitir que assessores usem seus cargos para ataques pessoais contra quem trabalha pela cidade”, afirmou Carmélia.

Graça Melo reforçou essa visão, apontando que o bloco de Allan possuía aval oficial para a realização do evento e criticando a postura do assessor.

“A discussão política precisa ser pautada pelo respeito. Quando um assessor usa seu cargo para promover ataques gratuitos, ele compromete a credibilidade do próprio governo que representa”, disse a vereadora.

Já o presidente da Câmara, Yure Ramon, foi além e determinou que o setor jurídico da Casa reúna provas para encaminhar o caso à justiça.

“Nenhum vereador será desrespeitado sem que as devidas providências sejam tomadas”, declarou.

Neimar Mármore, ao usar seu cargo para atacar um representante eleito, pode incorrer em diversas sanções. No âmbito administrativo, o assessor pode ser advertido, suspenso ou até exonerado, caso o prefeito Otoniel Teixeira decida agir com o rigor esperado para o caso. Já na esfera judicial, ele pode responder por injúria e difamação, passíveis de penalidades que vão de multas a detenção, dependendo do entendimento da Justiça.

A resposta da Câmara, através de seu presidente Yure Ramon, demonstra que o respeito institucional é inegociável. O episódio expõe a necessidade de condutas mais éticas dentro do serviço público, especialmente entre aqueles que ocupam cargos de confiança. A permanência de Neimar Mármore no governo dependerá agora da postura que o prefeito adotará diante dos fatos.

Além disso, em meados de agosto do ano passado, Neimar Mármore foi denunciado à Justiça por supostamente utilizar seu tempo de trabalho como servidor público para promover ataques políticos nas redes sociais. Na época, a vereadora Carmélia da Mata denunciou que servidores da Secretaria de Agricultura e Tecnologia recebiam salários elevados para desqualificar opositores e prometeu levar o caso ao Ministério Público.

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Allan do Allanbick propõe café da manhã para alunos da rede municipal de Barreiras

A proposta do vereador busca garantir refeição antes das aulas; proposta será lida na sessão desta terça-feira, mas pode enfrentar veto do Executivo caso seja aprovada

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O fornecimento de café da manhã para todos os alunos da rede municipal de ensino de Barreiras pode se tornar uma realidade caso seja aprovado o Projeto de Lei nº 03/2025, apresentado pelo vereador Allan do Allanbick (MDB). A proposta será lida na sessão da Câmara Municipal na noite desta terça-feira (11), abrindo o debate sobre a viabilidade da medida.

O projeto prevê a oferta diária da refeição em dias letivos, com o objetivo de garantir uma alimentação saudável e balanceada antes do início das atividades escolares. A responsabilidade pela implementação e supervisão do programa ficará a cargo da Secretaria Municipal de Educação, que deverá seguir diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), assegurando um cardápio nutritivo e adequado ao desjejum infantil.

A proposta ganha relevância diante do cenário socioeconômico do município. Muitas famílias enfrentam dificuldades financeiras, e em diversos lares a primeira refeição do dia pode ser insuficiente ou até inexistente. Para esses alunos, um café da manhã garantido na escola pode representar não apenas um suporte nutricional, mas também um incentivo à frequência escolar.

Outro ponto crucial é o impacto da alimentação no desempenho acadêmico. Estudos apontam que uma refeição equilibrada ao despertar melhora a concentração, a memória e a participação dos alunos em sala de aula. A falta de alimentos logo cedo, por outro lado, pode gerar fadiga, dificuldades de aprendizado e até evasão escolar.

Na justificativa anexada ao projeto, o vereador Allan do Allanbick propõe café da manhã para alunos da rede municipal de Barreiras reforça essa preocupação:

“A implementação do fornecimento de café da manhã (desjejum) para todos os alunos da rede municipal de ensino de Barreiras, Bahia, é uma medida essencial para promover a saúde e o bem-estar dos estudantes. Diversos estudos indicam que uma alimentação adequada é fundamental para o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças e adolescentes. Um café da manhã nutritivo contribui para a melhoria da concentração, memória e desempenho acadêmico dos alunos. Crianças bem alimentadas têm maior capacidade de aprendizado e participação nas atividades escolares.”

Além do benefício direto aos alunos, a iniciativa também pode representar um alívio para os pais, especialmente aqueles que enfrentam jornadas de trabalho extensas e nem sempre conseguem garantir que os filhos se alimentem antes de sair de casa. Com a escola assumindo essa responsabilidade, cria-se um suporte adicional às famílias, favorecendo a qualidade de vida e a segurança alimentar das crianças.

No entanto, apesar da relevância social da proposta, o projeto pode enfrentar dificuldades para se tornar lei. Ainda que seja aprovado na Câmara, há a possibilidade de veto pelo Executivo sob a alegação de inconstitucionalidade. Isso porque a Constituição Federal e a jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal Federal (STF) estabelecem que projetos de iniciativa parlamentar não podem gerar despesas para o Poder Executivo sem a previsão de fonte orçamentária específica.

O principal argumento jurídico que pode embasar um veto é o disposto no artigo 61, §1º, inciso II, alínea “b” da Constituição Federal, que estabelece:

“Art. 61. (…) §1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (…) II – disponham sobre: (…) b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios.”

Embora o artigo se refira à esfera federal, seu princípio é aplicado também em âmbito municipal, pois as competências do Executivo sobre matérias orçamentárias são igualmente protegidas pela Constituição.

Outro ponto relevante é o artigo 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que reforça a necessidade de indicação da fonte de custeio para qualquer proposição legislativa que gere ou altere despesas obrigatórias:

“Art. 113. A proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro.”

Jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal também sustenta esse entendimento. Em diversas decisões, a Corte tem considerado inconstitucionais leis de iniciativa parlamentar que resultem em aumento de despesas sem previsão orçamentária específica. Um dos precedentes é a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2.238, na qual o STF decidiu:

“A criação de obrigação financeira para a administração pública, sem previsão orçamentária específica e sem a iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, configura afronta ao princípio da separação dos poderes e à reserva de iniciativa legislativa.”

Com base nesses fundamentos, caso o prefeito decida vetar a proposta com base nesse argumento, caberá à Câmara decidir se mantém ou derruba o veto, o que pode levar o debate para um campo político mais amplo, envolvendo a relação entre o Legislativo e o Executivo municipal.

Caso supere esses obstáculos, o fornecimento do café da manhã poderá se tornar um marco na política educacional e social de Barreiras, reduzindo desigualdades e proporcionando melhores condições de aprendizado para os estudantes da rede municipal.

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Comandante da PM em Barreiras esclarece atuação no Cais e reforça compromisso com a segurança pública

Comandante da 83ª CIPM explica que operação já estava planejada e não atendeu a chamados políticos, garantindo a ordem pública

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Portal Caso de Política traz, com exclusividade, o posicionamento do comandante da 83ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), Major Éder Rosário, sobre a ação da PM no Cais no último sábado (8). Em contato com a reportagem, ao final da manhã desta segunda-feira (10), o oficial esclareceu que a presença da corporação foi resultado de um planejamento prévio e não de uma convocação política. Segundo ele, o objetivo era garantir a segurança pública diante de episódios recentes de violência na região.

Quem fala é o Major Éder Rosário, comandante da 83ª Companhia Independente de Polícia Militar, que abrange os municípios de Barreiras, Catolândia, Baianópolis e Cristópolis. Muito se falou sobre a ação da APM no Cais no fim de sábado, mas já era uma operação prevista e organizada por este comandante, com o propósito de reduzir os índices de delinquência no Cais, para trazer mais tranquilidade às pessoas que procuram aquela localidade, seja para o lazer, seja para algum tipo de atividade ou para os próprios moradores. A ideia da operação foi justamente estancar os problemas que lá existem, por conta da grande aglomeração de pessoas. Problemas que foram vistos no final de semana anterior, com várias brigas, indivíduos com ânimos exaltados, trazendo transtorno e preocupação para os frequentadores e comerciantes. Então, a ideia da Polícia Militar é manter a operação ao final de semana com contundência, com um número grande de viaturas, para trazer tranquilidade às pessoas que procuram aquela localidade”, afirmou o comandante.

A ação da PM aconteceu durante um evento pré-carnavalesco na Avenida Getúlio Vargas, que foi organizado pelo vereador Alan, do bloco Alambique, e pelo atual secretário de Cultura do município, Gulla, responsável pelo bloco Pilek. O evento gerou polêmica quando o assessor do prefeito, Neimar Mármore, fez críticas ao vereador Alan, acusando-o de desrespeitar normas de poluição sonora. No entanto, a PM reforçou que sua atuação se deu com base em planejamento estratégico e não por interferência de qualquer grupo político.

A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a segurança e tranquilidade da população, garantindo que suas ações são pautadas pela isonomia e legalidade. “Aos cidadãos de bem, sintam-se seguros, sintam-se tranquilos, contem com a sua Polícia Militar. Estamos à disposição para qualquer necessidade”, pontuou o comandante Major Éder Rosário.

Aproveitamos a ocasião para dar as boas-vindas ao novo comandante e desejar um bom trabalho à Polícia Militar no combate à criminalidade e na promoção da segurança da população.

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Festa pré-carnavalesca em Barreiras expõe perseguição política e hipocrisia sobre poluição sonora

Imagens das redes sociais

Acusações seletivas e interferência policial levantam suspeitas de perseguição política contra vereador de oposição em Barreiras.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O “esquenta de carnaval” realizado neste sábado (8), na Avenida Getúlio Vargas, em Barreiras, virou palco de mais um episódio de perseguição política disfarçada de preocupação com a ordem pública. O assessor do prefeito Otoniel Teixeira, Neimar Mármore, assumiu o protagonismo da polêmica ao disparar ataques contra o vereador Alan, organizador do bloco Alambique, enquanto ignorava eventos semelhantes promovidos por aliados do governo.

Ainda durante a tarde, antes mesmo de o evento alcançar seu auge, Neimar já ensaiava sua retórica contra o parlamentar.

“Hoje eu não vou beber não, vou ficar de boassa, para me mostrar que a gente serve vergonha, que não gosta de cumprir lei, como é que faz?”, disse, como se já tivesse uma decisão tomada sobre a quem atacaria.

Quando a festa tomou corpo, ele intensificou suas acusações.

“Atenção, atenção, meu povo de Barreiras. Aqui tem um vereador, o senhor Alan, dono de um bloco de carnaval, mas que também faz eventos, igual ao que está acontecendo aqui na minha rua, na Getúlio Vargas, com pancadões de som ocupando tudo. Ele é legislador, mas é o primeiro a descumprir a legislação. Você já pensou que coisa? Faz sem autorização, como se fosse o rei. Eu sou dono da barreira.”

A hipocrisia da acusação não passou despercebida. Em meio à discussão, foliões logo questionaram por que o ataque de Neimar tinha um alvo tão específico.

“É engraçado que na campanha podia, né? Paredão esbagaçar tudo, tanto do lado de Danilo como do lado de Zito, Antonio. Quer dizer que agora o pessoal do paredão não pode mais tocar, não é?”, provocou um dos participantes do grupo de mensagens.

A seletividade das críticas também chamou atenção. Neimar insistia em apontar Alan como vilão, mas não direcionava uma única palavra ao secretário de Cultura, Gulla, responsável pelo bloco Pilek, que também promovia eventos com música alta na cidade. A omissão escancarou o verdadeiro objetivo do assessor: atacar um vereador de oposição e blindar aliados do governo.

Mesmo diante das críticas, Neimar seguiu em sua ofensiva contra Alan.

“Bom, eu já falei tudo que tinha que falar aqui, e pronto. Vou dizer claro: é uma total falta de respeito do senhor Alan. Ele que é legislador, ele mesmo descumpria leis. Essa é a verdade. Precisa respeitar pessoas idosas, doentes. Ele e qualquer outro que for fazer.”

Curiosamente, sua indignação com o incômodo aos moradores não pareceu existir em outros eventos semelhantes, realizados sem qualquer tipo de objeção por membros do governo municipal.

A polêmica se desenrola em meio a um histórico de disputas políticas sobre a realização de eventos em Barreiras. Em 2022, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado pelo então prefeito Zito Barbosa, impôs restrições a festas no Centro Histórico, supostamente para reduzir a poluição sonora em uma região com grande concentração de idosos. No entanto, o rigor da fiscalização parece variar conforme a conveniência política.

Os organizadores do esquenta, incluindo o vereador Alan e o secretário de Cultura, Gulla, do bloco Pilek, estavam animados com os preparativos para o carnaval e não esperavam que a festa fosse interrompida pela Polícia Militar, que chegou ao local por volta das 20h e encerrou o evento. A ação policial, que deveria ser baseada em critérios técnicos e isentos, ocorreu logo após os ataques de Neimar, reforçando a suspeita de que a interferência teve motivações políticas. Enquanto foliões ainda tentavam entender a interrupção da festa, Neimar já anunciava que, na segunda-feira, levará uma denúncia ao Ministério Público do Meio Ambiente contra o que chamou de “falta de respeito”.

A questão que fica é: a preocupação de Neimar, que supostamente representava o executivo municippal, é realmente com o cumprimento da lei ou com o silenciamento de um adversário político? Se a suposta fiscalização fosse imparcial, eventos promovidos por aliados do governo também seriam alvo de medidas semelhantes.

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Projetos em tramitação na Câmara de Barreiras incluem digitalização de documentos e café da manhã para alunos

Após a primeira Sessão Legislativa de 2025, parlamentares analisam propostas que abrangem desde políticas educacionais até reconhecimento cultural

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Câmara Municipal de Barreiras iniciou o ano legislativo com a tramitação de projetos que impactam diretamente a gestão pública e a vida da população. Após a primeira Sessão Legislativa, realizada na quarta-feira (5), os vereadores passaram a debater propostas que vão desde a digitalização de documentos até a ampliação de políticas de assistência a estudantes da rede municipal.

Entre os projetos em análise, destaca-se a proposta de digitalização e armazenamento obrigatório em nuvem de documentos físicos da Administração Pública Municipal. A medida visa modernizar os processos administrativos, reduzir custos com papel e garantir maior segurança no acesso a informações oficiais. Outra iniciativa relevante trata do fornecimento de café da manhã para todos os alunos da Rede Municipal de Ensino. A proposta busca ampliar a assistência alimentar e melhorar o desempenho dos estudantes, assegurando que comecem o dia bem nutridos.

A área da saúde também está contemplada com um projeto que prevê a realização obrigatória do Teste do Olhinho nas Unidades Básicas de Saúde. O exame é essencial para a detecção precoce de problemas oftalmológicos em recém-nascidos, prevenindo complicações futuras. Já na esfera cultural, a Câmara analisa a proposta que declara a Lavagem da Whiskeria da Sulamita como Patrimônio Cultural Imaterial do Município, reconhecendo sua relevância para as manifestações tradicionais da cidade.

Outra matéria em tramitação propõe a criação do Selo Empresa Amiga das Pessoas LGBTQIA+, destinado a reconhecer e incentivar estabelecimentos que adotem práticas inclusivas e de respeito à diversidade. A iniciativa visa fortalecer políticas de acolhimento no ambiente corporativo e estimular a responsabilidade social de empresas locais.

Confira os projetos em tramitação na Câmara de Barreiras:

  • PL nº 040/2025 – De autoria da vereadora Delmah Pedra, estabelece a digitalização de documentos físicos e seu armazenamento obrigatório em nuvem no âmbito da Administração Pública Municipal.

  • PL nº 039/2025 – Proposto pelo vereador Allan do Allanbick, dispõe sobre o fornecimento de café da manhã para todos os alunos da Rede Municipal de Ensino.

  • PL nº 034/2025 – De autoria do vereador Yure Ramon, determina a realização obrigatória do Teste do Olhinho nas Unidades Básicas de Saúde.

  • PL nº 014/2025 – Apresentado pela vereadora Carmélia da Mata, declara Patrimônio Cultural Imaterial do Município de Barreiras a Lavagem da Whiskeria da Sulamita.

  • PL nº 001/2025 – De autoria do vereador João Felipe, institui o Selo Empresa Amiga das Pessoas LGBTQIA+ no município.

Os projetos seguem em tramitação e serão analisados pelas comissões competentes antes de serem votados pelo plenário da Câmara.

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Oposição une forças e define tom da nova legislatura em Barreiras

Foto: Lucas Gabriel

Registro fotográfico dos dez vereadores oposicionistas marca um novo momento na Câmara, com independência política e protagonismo feminino na mesa diretora

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Antes mesmo do início da primeira sessão legislativa da nova composição da Câmara Municipal de Barreiras, um registro fotográfico dos dez vereadores eleitos pela oposição sintetizou o pacto político que resultou na eleição de Yuri Ramon para a presidência da Casa. A imagem, que reúne Allan Do Allanbick, Irmã Silma, Rodrigo do Mucambo, Beza, Delmah Pedra, Tatico, Yuri Ramon, Carmélia da Mata, João Felipe e Drª Graça Melo, transcende o simbolismo e anuncia uma legislatura disposta a se manter coesa, estabelecendo uma relação de equilíbrio com o Executivo.

A sessão inaugural confirmou a intenção de uma Câmara mais independente e participativa. Em seu discurso, Yuri Ramon garantiu que a Casa estará “de mãos dadas com o povo”, promovendo audiências públicas e ampliando o envolvimento da sociedade nas decisões municipais. Ressaltou ainda que independência não se traduz em oposição sistemática, mas sim em uma atuação responsável e comprometida com o interesse público.

A nova legislatura da Câmara de Barreiras é composta por 19 vereadores, o que reforça a relevância do bloco oposicionista, que reuniu maioria para eleger a nova Mesa Diretora. A coesão desse grupo evidencia a força política conquistada na última eleição municipal e antecipa uma atuação parlamentar mais ativa e questionadora.

O novo presidente também anunciou cinco pilares que nortearão sua gestão: modernização, democracia, independência, seriedade e publicidade. A modernização visa tornar a Câmara mais eficiente, enquanto a democracia e a independência reforçam o compromisso com o debate plural e a fiscalização sem interferências. Seriedade e publicidade, por sua vez, asseguram que os atos legislativos sejam conduzidos com responsabilidade e transparência.

A composição da nova Mesa Diretora carrega outro elemento significativo: a presença de três mulheres em posição de comando. A participação feminina na condução do Legislativo municipal reforça um perfil político mais atento às pautas sociais e aos desafios da governança. A sensibilidade política dessas lideranças pode representar um olhar mais inclusivo para temas como educação, saúde e assistência social, direitos e defesa de mulheres, crianças e idosos, além de um estilo de condução menos personalista e mais dialógico.

Para o governo municipal, a nova configuração da Câmara impõe desafios. A coesão da oposição, evidenciada já no primeiro ato legislativo, indica que o Executivo precisará adotar uma postura mais estratégica nas tratativas políticas. Com a Casa menos inclinada à mera chancela de projetos do Executivo, a gestão governista deverá aprimorar o diálogo e construir pontes para aprovações de matérias de interesse público. A necessidade de uma Câmara independente, mas sem obstrução gratuita, será um teste para a maturidade democrática do município.

Se em governos anteriores os prefeitos faziam do parlamento uma extensão de seus governos, essa situação aparenta ter mudado. Questões como parcerias com os governos estadual e federal, antes não executadas, a venda de bens públicos sem a menor resistência, projetos de lei apresentados que eram engavetados e gastos questionáveis podem estar com seus dias contados. A nova configuração da Câmara sugere que o Legislativo pretende exercer seu papel com mais autonomia e rigor na fiscalização.

Não é coincidência o fato de que, enquanto o prefeito Otoniel afirma dar continuidade ao governo anterior, hoje já esteja buscando estreitamento e diálogo com o governador Jerônimo Rodrigues e com o governo Lula. Isso são frutos que já estão sendo colhidos, queiram ou não. É um fato que se registra, e eles são reflexo da capacidade imposta pelos vereadores.

Se o Executivo quiser evitar desgastes e facilitar a governabilidade, terá que se adaptar ao novo cenário. A comunicação institucional, o respeito ao papel fiscalizador do Legislativo e a disposição para o diálogo contínuo serão fundamentais para garantir avanços sem confrontos desnecessários.

A unidade demonstrada pelos vereadores oposicionistas ao elegerem Yuri Ramon é, antes de tudo, um sinal de que a Câmara pretende atuar com autonomia e força coletiva. Se essa coesão se mantiver ao longo da legislatura, a política em Barreiras poderá testemunhar um novo capítulo, marcado por equilíbrio e fortalecimento das instituições democráticas.

A democracia não se fortalece na conveniência, mas na exigência de respeito entre os poderes. Quem compreende isso não governa sozinho, mas constrói o futuro com diálogo e responsabilidade.

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Oposições de Barreiras podem conquistar presidência da Câmara se mantiverem-se unidas

A articulação entre as oposições de Barreiras, lideradas por Danilo Henrique e Tito, é fundamental para a conquista da presidência da Câmara Municipal, em meio a um novo cenário político pós-eleições de 6 de outubro

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – As eleições de 6 de outubro apresentaram um novo panorama político em Barreiras. A coligação PARA BARREIRAS CONTINUAR MUDANDO, liderada pelo prefeito eleito Otoniel Teixeira (UB), conseguiu eleger apenas 8 vereadores, correspondendo a 42,11% das cadeiras no parlamento. Em contrapartida, as oposições, sob a liderança de Danilo Henrique, Tito, e Jusmari Oliveira, elegeram 11 vereadores.

Nos bastidores, já estão sendo iniciadas as conversas entre os integrantes da futura Câmara. A união das forças oposicionistas pode ser decisiva para garantir a presidência da Câmara, um passo importante para estabelecer um contraponto ao governo de Otoniel Teixeira.

A oposição tentou aprovar emendas que previam recursos para áreas cruciais, como a construção de uma nova sede para o CIPROESTE, focado no atendimento a pessoas com Transtornos do Espectro Autista (TEA), uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA), uma Clínica Veterinária Municipal e a pavimentação da estrada para o Rio Branco. No entanto, todas as emendas foram rejeitadas pelos vereadores da base governista, ligados ao atual prefeito Zito Barbosa, o que gerou uma onda de críticas nas redes sociais. As emendas foram defendidas pelos vereadores Carmélia da Mata (PP), João Felipe (PCdoB), Beza (PSB), Rodrigo do Mucambo (MDB), BI (PSD), Silma (Progressistas) e Dra. Graça (Solidariedade).

Durante a sessão legislativa realizada na última terça-feira (15), os governistas podem ter dado um tiro no pé ao negarem que 7 dos atuais vereadores apresentassem emendas ao Projeto de Lei 018/2024, que definiu o orçamento de Barreiras para 2025. Essa atitude pode ter alimentado um sentimento de insatisfação e unidade entre as oposições.

A eleição da mesa diretora da Câmara deve acontecer no dia da posse dos vereadores, em 1º de janeiro. Este prazo é crucial para as forças políticas de Barreiras. Se a oposição conseguir se consolidar, não apenas fortalecerá sua posição no legislativo, mas também influenciará as decisões do novo governo, que terá que lidar com uma Câmara Municipal mais independente.

Uma Câmara de vereadores autônoma pode ser benéfica para a cidade, promovendo um debate mais amplo sobre os interesses da população. Para Otoniel Teixeira, essa é uma oportunidade de repensar sua estratégia de governança e engajamento com a sociedade, buscando manter um diálogo aberto e construtivo com os novos representantes do legislativo.

Com as peças em movimento, o cenário político em Barreiras promete ser desafiador. As oposições têm uma chance real de reverter a balança e se tornarem protagonistas em um novo capítulo da política local. Resta saber se conseguirão manter a unidade necessária para transformar essa possibilidade em realidade.

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