Vereadoras criticam aumento de taxas e impostos em Barreiras e classificam reajuste como abusivo

Parlamentares afirmam que decreto do prefeito Otoniel Teixeira impôs reajustes de mais de 300% sem diálogo com a população

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Durante a sessão legislativa da Câmara Municipal de Barreiras na noite desta terça-feira (11), as vereadoras Carmélia da Mata e Drª Graça Melo criticaram duramente o aumento de impostos implementado por meio de decreto assinado pelo prefeito Otoniel Teixeira (União Brasil). As parlamentares apontaram que a majoração, que chegou a ultrapassar 300% em algumas taxas, foi feita sem consulta prévia à população, pegando moradores e profissionais do setor imobiliário de surpresa.

A vereadora Carmélia da Mata foi a primeira a se manifestar, destacando que recebeu diversas reclamações de corretores de imóveis e contribuintes que foram surpreendidos com os novos valores. Segundo a parlamentar, a decisão da prefeitura impôs um aumento expressivo em taxas de documentos necessários para o setor imobiliário, comprometendo diretamente a atividade dos profissionais.

“Houve um aumento nos impostos de mais de 300%. E isso foi na calada da noite, na surdina, pegando a população e os corretores de surpresa. Portanto, são valores abusivos. Todas as taxas tiveram reajustes absurdos. Um documento que custava R$ 8 passou para R$ 15. O que custava R$ 250 passou para mais de R$ 1.000. Para retirar um documento de um lote ou de uma casa, vai pesar muito no bolso de cada um de nós”, declarou Carmélia.

A vereadora ainda questionou a falta de retorno dos impostos arrecadados, argumentando que a população já sofre com um serviço público deficitário.

A vereadora Drª Graça Melo reforçou as críticas e detalhou o impacto específico em algumas taxas essenciais para os moradores de Barreiras. Entre os exemplos citados, está o Boletim Cadastral de Imóveis (BCI), documento necessário para o cadastramento do IPTU, que antes era gratuito e passou a custar R$ 150.

“Esse BCI era um direito da população, pois a prefeitura já realiza esse trabalho para o cadastramento do IPTU. Com esse prefeito, o valor passou de R$ 7, R$ 9, R$ 11 para R$ 150. É um documento frequentemente solicitado pelos moradores, e agora eles estão sendo extremamente onerados”, denunciou Drª Graça.

A vereadora também mencionou aumentos em outras taxas, como a transferência de imóveis, que teve reajustes diferenciados para a zona urbana e rural.

“O Habitec, que antes era gratuito, passou a custar R$ 76. A taxa de avaliação de imóveis, que no governo anterior custava R$ 76, hoje é de R$ 86 na cidade e R$ 250 na zona rural. São aumentos expressivos, que impactam diretamente a vida dos moradores”, explicou.

Além dos tributos imobiliários, Drª Graça Melo apontou os altos custos enfrentados por ambulantes e comerciantes durante o último carnaval. Ela defendeu que a prefeitura crie mecanismos para amenizar o impacto financeiro da categoria.

“A prefeitura poderia rever essas taxas e encontrar uma forma de compensar os ambulantes, que pagaram valores exorbitantes e não tiveram retorno. O próximo carnaval já está sendo planejado, e a gestão municipal poderia conceder incentivos para essa classe tão sacrificada”, sugeriu.

As críticas das parlamentares expuseram a insatisfação de setores da sociedade com a política tributária da prefeitura. A população aguarda um posicionamento do executivo sobre os reajustes e eventuais medidas para reduzir o impacto das cobranças.

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Vereador João Felipe propõe isenção de taxas para ambulantes em resposta a aumento de tributos imposto por Otoniel Teixeira

Projeto apresentado pelo edil contraria Decreto Municipal que onera trabalhadores informais e comerciantes em Barreiras

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O vereador João Felipe (PCdoB) protocolou, em 3 de fevereiro de 2025, o Projeto de Lei nº 06/2025, que visa proibir a cobrança de taxas pelo Poder Executivo Municipal aos trabalhadores e vendedores ambulantes em eventos oficiais realizados pelo município de Barreiras. A proposta legislativa surge como um contraponto direto ao Decreto nº 26, assinado pelo prefeito Otoniel Teixeira (União Brasil), que, às vésperas do Carnaval, impõe um expressivo aumento nas taxas municipais, afetando diretamente feirantes, ambulantes e pequenos comerciantes que pretendem atuar durante os festejos e outros eventos públicos.

A medida do prefeito revoga a tabela de valores anteriormente estabelecida para o Parque de Exposições e amplia significativamente as cobranças pelo uso de espaços públicos, como praças, ruas e centros de eventos, tornando a comercialização nessas áreas um desafio ainda maior para pequenos empreendedores. Entre as principais alterações, está o reajuste nas taxas para instalação de barracas, trailers e quiosques, além da inclusão de cobranças pelo uso de energia elétrica em espaços públicos.

O projeto do vereador João Felipe busca minimizar os impactos desse aumento, garantindo que os trabalhadores informais tenham condições de atuar sem a pressão de tributos que inviabilizam suas atividades.

“Não podemos aceitar que, justamente no momento em que esses trabalhadores mais precisam, a Prefeitura lhes imponha uma carga tributária ainda maior. O Carnaval e outros eventos são oportunidades para que ambulantes e pequenos comerciantes tenham uma fonte de renda digna, e não um pretexto para a Prefeitura aumentar sua arrecadação às custas deles”, argumentou o parlamentar.

A decisão do prefeito gerou forte reação entre os comerciantes locais e a população, que veem a medida como um oportunismo fiscal em meio à grande movimentação econômica gerada pelo Carnaval. O decreto, publicado no dia 14 de fevereiro, passou a valer imediatamente, sem a necessidade de aprovação pela Câmara Municipal, deixando muitos comerciantes sem tempo para se preparar financeiramente para os novos custos.

João Felipe reforça que sua proposta representa uma defesa dos direitos dos trabalhadores informais e pede que a população acompanhe e cobre dos vereadores a aprovação do projeto.

“Estamos falando de pessoas que dependem desses eventos para garantir o sustento de suas famílias. O município deve apoiar esses trabalhadores, não sufocá-los com cobranças desproporcionais”, destacou.

O Projeto de Lei segue agora para análise das comissões temáticas da Câmara e, caso aprovado, será encaminhado para votação em plenário. Resta saber se o Legislativo municipal irá priorizar os interesses da população ou se compactuará com a estratégia do Executivo de ampliar a arrecadação sem levar em conta o impacto social da medida.

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