VÍDEO: Desesperados, casal de idosos tentam suicídio em estação de trem após cortes de Milei na aposentadoria

Em meio ao impacto severo das medidas de austeridade do governo Milei, casal de aposentados tenta tirar a própria vida em Buenos Aires, expondo a dramática situação enfrentada pela população idosa do país devido à falta de acesso a medicamentos e alimentos

Repórter Brasil – Buenos Aires, Argentina – Um vídeo chocante divulgado no último sábado (27/abr) revela o momento em que um casal de idosos foi impedido por populares de cometer suicídio em uma estação de trem de Buenos Aires. A tentativa desesperada, ocorrida na estação Caseros, zona oeste da capital argentina, é um retrato sombrio das consequências dos cortes drásticos promovidos pelo governo do presidente Javier Milei, que têm afetado severamente a população aposentada, especialmente no acesso a medicamentos gratuitos.

Segundo o jornalista brasileiro Rogério Tomaz Jr., que compartilhou as imagens em suas redes sociais, o casal não conseguia mais arcar com a compra de remédios, após o governo Milei interromper a distribuição gratuita para aposentados de baixa renda. A situação se agravou com a impossibilidade de comprar alimentos básicos, levando os idosos a considerarem o suicídio como uma forma de escapar de um sofrimento contínuo.

Assista a seguir e leia mais depois:

Testemunhas presentes na estação agiram rapidamente, acolhendo o casal e acionando o SAME (Sistema de Atención Médica de Emergencia), o serviço de emergência médica argentino.

“O casal foi acolhido pelas pessoas na estação, que chamaram o SAME (…) Eles ‘não conseguem comprar remédios’ porque o presidente do país ‘cortou a distribuição gratuita para aposentados de baixa renda'”, relatou Tomaz Jr.

Desde que assumiu o poder em dezembro de 2023, Milei implementou uma rigorosa política de austeridade fiscal, que inclui a alteração na fórmula de reajuste das aposentadorias, o congelamento de bônus e a restrição do acesso a medicamentos gratuitos através do Programa de Assistência Médica Integral (PAMI). Essas medidas têm tido um impacto devastador na vida dos idosos argentinos.

Dados recentes apontam para um aumento alarmante da pobreza entre maiores de 65 anos, que quase dobrou no primeiro semestre do governo Milei, saltando de 17,6% para 29,7%. O congelamento do auxílio para salários mais baixos, somado a um aumento de 240% nos preços dos medicamentos em 2024, agravaram ainda mais a vulnerabilidade dessa parcela da população.

A situação tem gerado ondas de protestos em Buenos Aires, com milhares de aposentados saindo às ruas semanalmente. No entanto, as manifestações têm sido frequentemente reprimidas com violência pelas forças policiais, como registrado em março, quando confrontos deixaram dezenas de feridos e centenas de detidos.

O desmantelamento do PAMI também deixou milhões de idosos sem cobertura médica adequada. O custo do ajuste fiscal recai pesadamente sobre os aposentados, que amargam uma perda média de 29,2% no poder de compra somente em 2024.

Apesar do crescente descontentamento popular e das críticas contundentes, inclusive de setores da oposição, o governo Milei defende suas políticas, alegando que os idosos possuem o menor índice de pobreza em comparação com outros grupos etários. Contudo, para críticos e para a população que vivencia as dificuldades diariamente, a tentativa de suicídio do casal na estação de trem é um grito de desespero que escancara a face mais cruel da crise social na Argentina.

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Lula demite presidente do INSS acusado de envolvimento em esquema de corrupção

Chefe do INSS foi afastado por decisão judicial e exonerado por Lula após operação da PF e CGU apontar cobrança irregular de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou nesta quarta-feira (23) a demissão de Alessandro Stefanutto da presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão veio horas após a deflagração da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apura um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

Stefanutto, que já havia sido afastado da função por determinação judicial, foi indicado ao cargo pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), que assumiu a responsabilidade política pela escolha. Até janeiro de 2024, Stefanutto era filiado ao PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, e migrou para o PDT em meio às negociações por cargos no governo.

Segundo a investigação, entidades sindicais e associativas cobraram indevidamente cerca de R$ 6,3 bilhões diretamente dos benefícios de aposentados e pensionistas nos últimos cinco anos. Os descontos eram aplicados sem autorização dos beneficiários e, na maioria dos casos, as entidades sequer prestavam os serviços anunciados, como assistência jurídica, planos de saúde ou convênios com academias.

A CGU já identificou a atuação fraudulenta de ao menos nove entidades, que tiveram seus Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) suspensos. Essas organizações intermediavam os descontos diretamente na folha do INSS por meio desses acordos firmados com a autarquia. Como resposta, o governo federal suspendeu todos os ACTs vigentes, prometendo revisar os mecanismos que autorizam esse tipo de convênio.

Além de Stefanutto, cinco servidores públicos foram afastados das suas funções por suspeita de envolvimento no esquema. Entre eles estão o procurador-geral do INSS, o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente, o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios, além de um agente da Polícia Federal que prestava apoio logístico ao esquema.

A operação expôs fragilidades no sistema de controle do INSS e gerou forte reação no Palácio do Planalto. A exoneração de Stefanutto, que havia sido blindado politicamente pelo PDT, é vista como uma tentativa de conter danos à imagem do governo e responder à pressão pública diante da gravidade das denúncias.

A expectativa agora é de que o governo apresente nas próximas semanas uma nova regulamentação para os descontos em folha e que se amplie a fiscalização sobre a atuação de entidades junto ao INSS.

Caso de Política | a informação passa por aqui.

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