Brasil reduz emissões de gases do efeito estufa em 12% com queda no desmatamento na Amazônia

Observatório do Clima destaca a dependência da preservação amazônica para metas climáticas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em 2023, o Brasil registrou uma redução de 12% nas emissões de gases de efeito estufa, de acordo com o Observatório do Clima, totalizando 2,3 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente, contra 2,6 bilhões em 2022. Essa queda, a maior desde 2009, deve-se principalmente à redução do desmatamento na Amazônia, onde as emissões caíram 37%, de 1,074 bilhão para 687 milhões de toneladas de CO₂ equivalente.

Apesar do avanço na preservação amazônica, outros biomas registraram aumento na devastação, como o Cerrado (23%) e o Pantanal (86%). David Tsai, coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), alerta que, embora a redução nas emissões seja positiva, o país permanece dependente do combate ao desmatamento na Amazônia, ressaltando a necessidade de políticas mais abrangentes para outros biomas e setores.

Emissões ligadas ao uso da terra representaram 46% do total, impulsionadas pelo desmatamento e pela expansão da agropecuária, setor que registrou o quarto aumento consecutivo, alcançando 28% das emissões. Esse setor, impulsionado pela expansão do rebanho bovino e pelo uso de fertilizantes, foi o maior emissor de metano em 2023. A elevação das emissões no setor energético, causada pelo consumo de diesel e gasolina, compensou a queda de 8% na geração de eletricidade por termelétricas fósseis.

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Ciclone extratropical ameaça o sul do Brasil com ventos de até 100 km/h

Fenômeno se forma entre Uruguai e Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas intensas e rajadas de vento até sexta-feira

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Um ciclone extratropical está se formando entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul, com potencial para atingir o sul do Brasil com ventos que podem chegar a 100 km/h. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para a formação do fenômeno, que deve se intensificar na noite de quarta-feira, 23 de outubro, e continuar até a madrugada de quinta-feira, 24.

Meteorologistas explicam que o ciclone resultará da interação de áreas de instabilidade com um centro de baixa pressão, ingressando no Brasil pelo oeste e sul do Rio Grande do Sul. A previsão indica ventos entre 50 e 70 km/h na maioria das regiões afetadas, com algumas áreas registrando rajadas mais intensas. O fenômeno também trará chuvas volumosas para o oeste do Paraná e o centro-oeste de Santa Catarina.

As regiões mais impactadas devem ser aquelas próximas ao Uruguai, norte da Argentina e Paraguai, onde a combinação de chuva e vento será mais severa. Mesmo com momentos de céu claro em alguns pontos, o retorno das tempestades será rápido, afetando a rotina da população. O ciclone deve seguir em direção ao alto-mar na sexta-feira, 25, quando o tempo seco começará a predominar.

Os meteorologistas recomendam atenção às previsões e alertas, uma vez que o ciclone pode causar interrupções no fornecimento de energia e impactos nas atividades cotidianas. Ventos moderados poderão continuar atingindo a faixa litorânea dos três estados da Região Sul, mesmo após a passagem do fenômeno.

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