Petrobras reduz preço do diesel em R$ 0,12; queda acumulada desde 2022 já chega a 23,6%

Foto: Petrobras/Divulgação

Nova queda entra em vigor nesta sexta-feira (18) e representa recuo de R$ 1,06 por litro nas vendas para distribuidoras em relação a dezembro de 2022; impacto para o consumidor final depende de tributos e margens das distribuidoras

Caso de Política com Agência Brasil – A Petrobras anunciou que o preço do diesel A vendido às distribuidoras será reduzido em R$ 0,12 por litro a partir desta sexta-feira (18). Com isso, o valor médio nas refinarias passará a ser de R$ 3,43 por litro. A medida marca a segunda redução do ano – a última havia ocorrido em 31 de março – e representa um movimento de continuidade na queda acumulada desde dezembro de 2022, quando o litro custava R$ 4,49.

Na prática, o impacto para o consumidor final será inferior a R$ 0,12 por litro, uma vez que o diesel B, vendido nos postos, é composto por 86% de diesel A e 14% de biodiesel, conforme determinação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Com a nova redução, a participação da Petrobras no valor final ao consumidor será, em média, de R$ 2,95 por litro — um recuo de R$ 0,10 por litro de diesel B.

Além da composição do combustível, o valor cobrado nas bombas varia conforme a carga tributária estadual e as margens de lucro das distribuidoras, como BR, Ipiranga, Ale e Raízen (que opera sob a marca Shell em parceria com a Cosan). Esses elementos interferem diretamente no preço final repassado aos motoristas.

Segundo a estatal, a queda acumulada desde dezembro de 2022 soma R$ 1,06 por litro, ou 23,6% de desconto nas vendas para distribuidoras. Quando considerada a inflação do período, o recuo real nos preços chega a R$ 1,59 por litro — uma redução de 31,7%.

A Petrobras não detalhou o que motivou a nova queda, mas o movimento acompanha a oscilação internacional das cotações do petróleo e os custos logísticos. O recuo nos preços também tem efeito direto na cadeia do transporte rodoviário, que depende majoritariamente do diesel e influencia o custo de diversos produtos, inclusive alimentos.

Estatal explica como a companhia estabelece os preços dos combustíveis, veja aqui.

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Vendas de combustíveis no Brasil crescem e superam 133 bilhões de litros em 2024, diz ANP

Apesar da queda nas vendas de gasolina, o Brasil viu aumento significativo na comercialização de etanol, diesel e GLP, refletindo mudanças nas preferências do consumidor e a ampliação da oferta de biocombustíveis

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Brasil comercializou mais de 133 bilhões de litros de combustíveis líquidos automotivos em 2024, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O volume total representou uma dinâmica mista no mercado de combustíveis, com aumentos em alguns setores e quedas em outros, quando comparado ao ano anterior.

Dentre os combustíveis mais vendidos, a gasolina C (mistura de gasolina com etanol anidro) foi o principal produto, com 44,19 bilhões de litros comercializados. Porém, essa categoria apresentou uma leve retração de 4% em relação ao ano passado. Por outro lado, o etanol hidratado combustível teve uma performance impressionante, com um aumento de 33,4% nas vendas, somando 21,66 bilhões de litros, o que reflete a crescente demanda por combustíveis mais sustentáveis.

O diesel B, que inclui a mistura de biodiesel, também registrou crescimento de 2,6%, alcançando 67,25 bilhões de litros comercializados. Este aumento se deve, em parte, à recente elevação do teor de biodiesel no diesel, que passou de 12% para 14% ao longo do ano.

Durante o Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2025, realizado de forma híbrida no Rio de Janeiro, a ANP divulgou esses números, destacando o papel fundamental do setor no abastecimento nacional. O evento, que contou com a participação de agentes de mercado e outros stakeholders, também abordou o cenário de importações e produção local.

Em termos de produção nacional, a gasolina A (pura) representou 90% da oferta interna, com os 10% restantes sendo supridos por importações. No caso do diesel A, a dependência de importações foi maior, atingindo cerca de 25% do total consumido.

O mercado de gás também apresentou crescimento. O GLP (gás liquefeito de petróleo) teve um aumento de 2,2% nas vendas, com 7,57 milhões de metros cúbicos comercializados, sendo que as importações corresponderam a 25% das vendas totais. Esse cenário de crescimento também se refletiu no biodiesel, cujas vendas subiram de 7,34 bilhões de litros em 2023 para 8,96 bilhões de litros em 2024.

A ANP ainda revelou que, no total, 131.278 agentes foram regulados no setor de abastecimento no país em 2024, entre eles 44.678 postos de combustíveis e 58.283 revendas de GLP, além de distribuidores e produtores de lubrificantes. Esses dados evidenciam a robustez e a complexidade do setor energético brasileiro.

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