Inpasa investirá R$ 1,2 bilhão em nova unidade de biorrefinaria em Luís Eduardo Magalhães

Instalação da indústria trará 2.500 empregos na construção e mais de 450 postos diretos na operação, impactando o agronegócio local

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Inpasa anunciou nesta terça-feira (10) a construção de sua oitava biorrefinaria, que será instalada em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. O investimento, estimado em R$ 1,2 bilhão, reforça o potencial do município, conhecido pela forte atuação no agronegócio, especialmente na produção de soja, algodão, milho e sorgo.

Com capacidade para processar 1 milhão de toneladas de grãos por ano, a nova unidade terá uma produção de 460 milhões de litros de etanol, 230 mil toneladas de DDGS (subproduto da fabricação de etanol utilizado como ração animal), 23 mil toneladas de óleo vegetal e 200 Gwh de energia elétrica ao ano. O empreendimento visa não apenas fortalecer o setor produtivo local, mas também introduzir avanços tecnológicos que aumentem a liquidez da produção agrícola da região.

Entre os principais desafios para a implementação da nova biorrefinaria, estão o desenvolvimento da cultura de segunda safra de milho e sorgo, o fomento ao uso de proteína vegetal derivada da transformação de grãos, e o incentivo ao consumo de etanol no estado. Além disso, a empresa planeja trabalhar na ampliação da cadeia de suprimentos de biomassa e na capacitação da mão de obra local.

O impacto econômico será significativo: cerca de 2.500 empregos serão gerados durante a construção da unidade, e, após o início das operações, mais de 450 postos de trabalho diretos serão criados. A cadeia de fornecedores também será ampliada, com a participação de 200 empresas, além da movimentação de mais de 10 mil cargas de transporte necessárias para a viabilização do projeto.

A instalação da Inpasa em Luís Eduardo Magalhães reforça o papel da cidade como um dos principais polos do agronegócio do Brasil e promete estimular ainda mais a economia regional, com benefícios que vão desde a geração de emprego até o aumento da competitividade agrícola através de tecnologias inovadoras e maior eficiência produtiva.

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Petrobras avança na recuperação da Refinaria de Mataripe e planeja Biorrefinaria na Bahia

A refinaria, além de produzir GLP, gasolina, diesel e lubrificantes, se destaca por ser a única no país a produzir parafina de teor alimentício, essencial na fabricação de chocolates e chicletes, e n-parafinas, utilizadas na produção de detergentes biodegradáveis

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Petrobras está dando passos significativos em direção à retomada da Refinaria de Mataripe, anteriormente conhecida como Refinaria Landulpho Alves (Rlam), ao mesmo tempo em que inicia o desenvolvimento de uma biorrefinaria integrada na Bahia. A empresa agora está imersa na fase de avaliação de negócios, a qual inclui uma due diligence meticulosa dos ativos e a definição do modelo de negócios mais adequado para esses empreendimentos.

Este movimento estratégico da Petrobras está sendo acompanhado de perto pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), conforme destacado por Deyvid Bacelar, coordenador-geral da entidade. Bacelar ressaltou a importância crítica de monitorar de perto as negociações, especialmente em relação às demissões recentes promovidas pela Acelen, enquanto a Petrobras trabalha para reassumir o controle da refinaria.

“Consideramos as demissões inaceitáveis. Vamos precisar de uma força de trabalho altamente qualificada, pois nossa visão vai além da mera retomada. Buscamos expandir a presença da Petrobras na região, agora com o adicional da nova biorrefinaria,” alertou Bacelar.

A Refinaria de Mataripe, atualmente operada pela Acelen, empresa formada pelo grupo Mubadala Capital após a privatização do ativo em 2021, é um empreendimento de destaque. Com uma capacidade de produção de 377 mil barris por dia de produtos de alto valor agregado, como GLP, gasolina, diesel e lubrificantes, a refinaria se diferencia por ser a única no país a produzir parafina de teor alimentício (food grade), essencial na fabricação de chocolates e chicletes, e n-parafinas, utilizadas na produção de detergentes biodegradáveis. A Rlam é a segunda maior refinaria do Brasil, desempenhando um papel vital no abastecimento não só do estado da Bahia, mas também de outras regiões do Nordeste e de Minas Gerais.