Mulheres de Barreiras unem vozes em audiência pública por direitos, igualdade e empoderamento

Audiência pública histórica em Barreiras reúne diversas instituições e a sociedade civil para debater e propor políticas públicas em prol dos direitos das mulheres, marcando um compromisso contínuo com a igualdade e o empoderamento feminino

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em uma noite memorável, a Câmara de Vereadores de Barreiras se tornou palco da audiência pública com o tema “Para todas as Mulheres e Meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento!”.

O evento, realizado na última quinta-feira (10), reuniu representantes do governo estadual, vereadoras, autoridades municipais, membros de diversas instituições e a sociedade civil, em um diálogo franco e construtivo sobre as demandas e desafios enfrentados pelas mulheres na região.

A sessão especial foi aberta em nome do Poder Legislativo Municipal, com uma saudação especial à representante do governo do estado e à secretária de Políticas para as Mulheres. A ausência do prefeito e do vice-prefeito foi justificada pela participação em outra atividade representando o município, com o presidente da Câmara assumindo as responsabilidades em seus lugares.

A condução da audiência foi entregue à professora Nilza Lima, coordenadora do Colegiado de Desenvolvimento Territorial (CODEPE) do território da Bacia do Rio Grande. Nilsa enfatizou a importância da construção de uma rede de instituições para auxiliar as mulheres, destacando o trabalho realizado ao longo de dois anos, com encontros desterritorializados em diversos municípios e a mobilização de mais de 20 instituições parceiras.

As mestras de cerimônia, Sara Reis e Amanda Silva, ambas do coletivo Flores do Cerrado, apresentaram os objetivos da audiência, que visava apresentar propostas de políticas públicas, ações, projetos e programas das instituições envolvidas nas atividades do 8 de março e que seguirão mobilizadas ao longo de 2025.

Foi feito um agradecimento especial à Câmara de Vereadores pela cessão do espaço e às diversas instituições que compõem essa construção coletiva: ABL, a AMOB, Asbate, Câmara Municipal de Barreiras, Conselho Municipal de Defesa das Mulheres, Coletivo de Mulheres Flores do Cerrado, Conci, Defensoria Pública, DigniVida, Embasa, Fundifran, Núcleo Territorial de Educação, Instituto Pepe Vida, OAB, Polícia Civil (DEAM), Prefeitura Municipal de Barreiras, Sebrae, Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho, Sindicomércio, STR, Território da Bacia do Rio Grande e Universidade Estadual da Bahia (UNEB).

A mesa de honra foi composta pela vereadora Silma Alves (presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Meio Ambiente), professora Nilsa Martins (coordenadora do CODEPÉ), Dra. Marília Matos (delegada titular da DEAM Barreiras), Lili Castilho (presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) e a deputada estadual licenciada Neusa Cadore (Secretária de Políticas para as Mulheres do Governo do Estado da Bahia). A Promotoria Pública também foi reconhecida por sua participação na construção coletiva.

A solenidade foi abrilhantada pela participação de Beatriz de Barros, representante da Academia Barreirense de Letras, que declamou o poema “Trajetória Feminina” de Antônia Prado, emocionando o público com a força e a resiliência da mulher nordestina.

A audiência foi dividida em três blocos de fala, com a participação das instituições parceiras e da sociedade civil. Antes do início do primeiro bloco, as vereadoras presentes foram convidadas a fazer uma breve saudação.

Primeiro Bloco de Falas

Vereadora Silma Alves – Destacou a relevância do evento para acolher e dialogar sobre as demandas que intensificam o trabalho contínuo de garantir os direitos da mulher. Mencionou indicações já apresentadas na Câmara, como a construção da sede própria da DEAM, prioridade na aquisição de móveis e programas habitacionais públicos, criação do Centro de Referência da Mulher, atendimento 24 horas na DEAM e projetos como o Guardiã Maria da Penha e a Sala Lilás nas unidades de urgência e emergência.

Ivonete Gomes (Secretária de Assistência Social) – Representou o governo municipal, ressaltando o compromisso da Secretaria em atuar em diversas frentes voltadas à proteção e ao fortalecimento das mulheres.

Dra. Amanda Abreu (Promotora de Justiça) – Reforçou o compromisso do Ministério Público em proteger os direitos das mulheres contra todo tipo de violência, atuando no combate e na prevenção.

Dra. Amanda Genari (Defensora Pública) – Destacou a atuação da Defensoria na proteção de mulheres vulneráveis, em situação de violência doméstica familiar, buscando a equalização de gênero e a educação em direitos. Mencionou a implementação do grupo reflexivo de gênero e a necessidade de apoio para mães de crianças com TEA.

Dra. Marília Matos (Delegada Titular da DEAM Barreiras) – Apresentou a desigualdade que permeia a sociedade e a necessidade de momentos como esse para reforçar a luta pelos direitos das mulheres. Pleiteou a construção da sede própria da DEAM e a implantação do plantão 24 horas, destacando a alta produtividade da delegacia, mesmo com a falta de servidores.

Após as falas das autoridades, foram abertas três intervenções da plenária, com duração de até 2 minutos cada. Uma das participantes sentiu falta da menção à questão do presídio feminino em Barreiras, onde as detentas precisam viajar para outras cidades, perdendo o direito de estar junto com suas famílias. Também foi levantada a questão da violência fundiária, que afeta principalmente as mulheres em comunidades tradicionais.

Segundo Bloco de Falas

Dra. Lídia Castro de Oliveira (Vice-Presidente da OAB Subseção Barreiras) – Agradeceu o espaço dado à OAB e fez coro com as falas anteriores sobre a necessidade de se instalar o plantão 24 horas na DEAM e a construção de uma ala feminina no conjunto penal de Barreiras, ressaltando a importância de se falar em direitos humanos.

Taciana Trabalho (Fundifran e Coletivo de Mulheres Flores do Cerrado) – Apresentou propostas para a saúde mental, como as rodas de conversa nos postos de saúde (projeto “Mulheres do nosso bairro”) e a criação de uma Unidade de Saúde Itinerante com foco na identidade de gênero (ação “Transição Segura”). Na área da economia, propôs o programa “Seu Imposto Muda Vidas” (isenção de impostos para empresas que contratarem mulheres vítimas de violência) e a criação de feiras humanizadas com recursos de multas por impacto ambiental.

Lili Castilho (Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) – Parabenizou a organização do evento e reafirmou o compromisso do Conselho com a promoção dos direitos das mulheres. Sugeriu o estabelecimento de um convênio com a rede CDL para destinar vagas de trabalho às mulheres vítimas de violência, a capacitação continuada das profissionais que atuam no atendimento às mulheres, a reestruturação da DEAM e do Centro de Referência da Mulher, e a criação de um mapeamento das associações e ONGs que atuam com mulheres.

Ivonete Gomes (Secretária de Assistência Social) – Reforçou o compromisso da Secretaria em contribuir com os encaminhamentos da audiência e destacou programas como o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), o CREAS, o Acessuas Trabalho e o Cred Bahia, que oferecem suporte e oportunidades para as mulheres.

Após o segundo bloco, foram abertas mais três intervenções da plenária. A vereadora Carmélia da Mata saudou a todos e anunciou a criação de um observatório municipal para sistematizar as demandas da cidade. Fernanda, presidente da Associação dos Pescadores Artesanais da Bacia do Rio Grande, denunciou a violência ambiental que afeta as mulheres ribeirinhas e a falta de políticas públicas para o combate ao alcoolismo. Lu defendeu a criação de um sistema único para as políticas das mulheres e a realização de conferências para discutir o financiamento dos serviços.

Terceiro Bloco de Falas

Marilú de Guedes (Presidenta da Academia Barreirense de Letras) – Reivindicou o direito à cultura, previsto na Constituição, e propôs a criação de equipamentos culturais, bibliotecas funcionando aos finais de semana, clubes de leitura e feiras literárias.

Tailane da Silva Rocha (Coordenadora do CRAM Barreiras): Convidou todos a conhecerem o CRAM e a convidarem a equipe para realizar ações socioeducativas em diversos espaços. Pediu a criação de uma norma técnica para o CRAM, que contemple as especificidades do atendimento a mulheres trans e travestis.

Silvana Rocha – Afirmou que em Barreiras também tem um centro de recuperação para mulheres, e pediu mais carinho, afeto e amor para essas mulheres.

Nilza Lima (Coordenadora do CODEPE) – Enfatizou a importância da criação da Secretaria de Política de Mulheres e da articulação das redes. Destacou a necessidade de discutir a situação da educação de jovens e adultos, a falta de creche noturna e a importância de implementar a política municipal de cuidado.

Neusa Cadore (Secretária de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia) – Parabenizou a organização do evento e a força da luta das mulheres de Barreiras. Lembrou que muitas conquistas foram alcançadas com muita luta e que ainda há muito a ser feito. Mencionou as ações da Secretaria, como as unidades móveis e o projeto “Oxente Respeito” nas escolas. Anunciou a criação de três novas Casas da Mulher Brasileira e a Casa da Mulher Baiana em Ibotirama. Destacou a importância da autonomia econômica das mulheres e a nova legislação que exige a destinação de vagas para mulheres em situação de violência nas empresas terceirizadas que prestam serviço para o Estado.

Ao final do terceiro bloco, Neusa Cadore propôs a organização de um documento com as reivindicações apresentadas na audiência para ser entregue ao governador.

A noite foi encerrada com a declamação de um poema, reforçando a importância de que todas as reivindicações e contribuições não adormeçam nas memórias de todos.

A vereadora Carmélia da Mata agradeceu a presença de todos e reforçou o compromisso da Câmara de Vereadores com a causa das mulheres.

Conclusão

A audiência pública “Para todas as Mulheres e Meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento!” representou um marco para a luta pelos direitos das mulheres em Barreiras. O evento proporcionou um espaço de escuta, diálogo e construção coletiva, onde diversas vozes foram ouvidas e propostas concretas foram apresentadas.

A presença de representantes do governo estadual, autoridades municipais, membros de diversas instituições e a sociedade civil demonstra o compromisso da comunidade em transformar a realidade das mulheres, garantindo a igualdade de direitos, o empoderamento e uma vida livre de violência.

A audiência foi um passo importante, mas o trabalho continua, com o desafio de transformar as propostas em ações efetivas e políticas públicas que beneficiem todas as mulheres de Barreiras.

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Ausência de prefeito e vice em Barreiras escancara protagonismo de Zito Barbosa e silêncio de presidente da Câmara

Enquanto Otoniel Teixeira e Túlio Viana cumprem agenda em Brasília, ex-prefeito Zito Barbosa ocupa o centro do debate político local, em pleno marco dos 100 dias de governo. Vereador Yure Ramon, primeiro na linha sucessória, não foi citado nem acionado publicamente, levantando dúvidas sobre a legalidade da gestão e a real liderança no município

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – No dia em que a gestão de Otoniel Teixeira completou 100 dias, a cena política em Barreiras foi marcada não por um balanço de governo, mas pela ausência simultânea do prefeito e do vice, ambos em Brasília, e pela reemergência do ex-prefeito Zito Barbosa no protagonismo local. Em entrevista ao radialista Marcelo Ferraz da rádio Oeste FM, Zito revelou ter se reunido com os dois antes da viagem. Durante a transmissão, o vice-prefeito Túlio Viana enviou uma mensagem confirmando que já estava na capital federal, em cumprimento de agendas institucionais.

A entrevista ocorreu sem qualquer anúncio prévio sobre uma eventual transmissão de cargo ao presidente da Câmara de Vereadores, Yure Ramon, como prevê a linha sucessória. A falta de transparência no processo chamou atenção e levantou questionamentos sobre quem, de fato, está no comando da cidade nesse período. Por que a reunião de alinhamento foi com Zito e não com o presidente da Câmara?

Zito Barbosa falou ainda sobre temas delicados da administração, como os empréstimos de R$ 60 milhões e a liberação de R$ 10 milhões para obras, incluindo o problemático Hospital Municipal que após concluso será entregue a investidores do Bolsa de Valores de São Paulo através de uma Parceria Público Privada (PPP). Segundo ele, os recursos são essenciais para a continuidade das intervenções, defendendo a necessidade de uma PPP para a unidade hospitalar argumentando que a prefeitura não teria condições de arcar sozinha com os custos do futuro hospital.

O domínio do ex-prefeito sobre informações detalhadas da atual gestão e sua atuação enfática na imprensa, em pleno vácuo institucional, aumentam a percepção de que ele ainda exerce forte influência sobre o governo. Suas falas também indicam alinhamento estreito com Otoniel, enfraquecendo a imagem de autonomia do atual prefeito e realçando a ausência de um projeto administrativo próprio.

A falta de uma comunicação oficial sobre quem responde pela prefeitura durante a viagem a Brasília contribui para o clima de incerteza institucional. O silêncio do vereador Yure Ramon, até o momento não citado formalmente nem pela prefeitura nem pela Câmara como responsável interino, escancara uma crise na condução dos protocolos republicanos e da segurança jurídica na administração pública.

O episódio escancara, ainda, um possível desprezo pelo fortalecimento institucional, já que o vereador – primeiro na linha sucessória – foi ignorado em um momento que exigiria ação coordenada e legal. O protagonismo de Zito, nesse contexto, acaba obscurecendo as marcas dos 100 dias de Otoniel à frente da prefeitura.

Diante do cenário, crescem os questionamentos sobre a estabilidade da administração municipal. A população permanece sem resposta sobre quem está tomando as decisões mais sensíveis da cidade. A Câmara e a prefeitura ainda não se pronunciaram sobre a ausência de ato formal de transmissão de poder e sobre a razão de o presidente do Legislativo não ter sido acionado.

Barreiras vive, portanto, mais que um vácuo administrativo: assiste à consolidação de um poder paralelo, ainda sem explicações claras à sociedade. Resta saber se os próximos dias trarão esclarecimentos ou aprofundarão as incertezas sobre os rumos do governo municipal.

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Barreiras aposta em aumento da arrecadação com IPTU para viabilizar hospital e entregá-lo a uma PPP

Anterior, limita empréstimo a R$ 10 milhões; decisão do STF abre brecha, mas ação do MDB questiona legalidade

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A busca por recursos para a conclusão do Hospital Municipal Edsonnina Neves de Souza Barbosa, em Barreiras, ganha novos contornos, marcados por uma disputa judicial e pela tentativa de ampliar a arrecadação municipal. Apesar de a Lei nº 1.627/2024, de 12 de junho de 2024, ter sido aprovada pela Câmara de Vereadores durante a gestão anterior, liderada pelo ex-prefeito Zito Barbosa, limitando o empréstimo a R$ 10 milhões, a atual gestão, sob o comando de Otoniel Teixeira, intensifica outras frentes para viabilizar a obra.

A lei, que “Autoriza o Poder Executivo Municipal a contratar operação de crédito com o BANCO DO BRASIL S.A., e dá outras providências”, explicita, em seu Art. 1º, o valor de “até R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), nos termos da Resolução CMN nº 4.995”.

A legalidade dessa norma é justamente o ponto central da disputa judicial. O MDB ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), questionando a validade da Lei nº 1.627/2024. O partido argumenta que a proposta violou o devido processo legislativo, por ter sido aprovada de forma apressada e sem debate adequado.

Além disso, o MDB sustenta que a lei não apresenta estudo de impacto orçamentário, como exige o artigo 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

Apesar dos questionamentos, a prefeitura recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que impedia a operação de crédito.

Em decisão moniocrática, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, atendeu ao pedido do município. Barroso argumentou que a suspensão da liminar se justificava para evitar grave lesão à saúde pública, já que a paralisação das obras do hospital comprometeria o atendimento à população. O ministro ponderou que o artigo 113 do ADCT estabelece uma diretriz de sustentabilidade orçamentária, mas entendeu que a lei que autoriza a operação de crédito não cria, por si só, uma nova despesa pública.

Segundo a prefeitura de Barreiras, o futuro hospital municipal deverá ser entregue a uma Parceria Público-Privada (PPP) com investidores da Bolsa de Valores (B3). Conforme publicou o portal Caso de Política, os artigos 28 e 31 da minuta do contrato, disponível para consulta pública no Anexo IV do edital, revelam a possibilidade de cobrança por “atividades acessórias”, abrindo uma brecha para a criação de um “SUS dual”, em que o acesso a determinados serviços (como quartos diferenciados, exames mais rápidos ou acompanhamento especializado) seria condicionado ao pagamento — beneficiando apenas aqueles que podem arcar com os custos. Essa dualidade fere os princípios da igualdade e da universalidade, pilares do SUS.

Especificamente, a Cláusula 28 (Remuneração Contratual) define que a concessionária será remunerada por recursos públicos e pelas “receitas acessórias” geradas. Já a Cláusula 31 (Atividades Acessórias) permite à concessionária explorar comercialmente atividades não essenciais, com aval do Poder Concedente. Essa combinação de fatores acende um alerta sobre o futuro da saúde no município.

Uma alternativa amplamente debatida para o futuro hospital seria transformá-lo em unidade universitária, a exemplo do que ocorre em Paulo Afonso, onde está sendo implantado um Hospital Universitário (HU) sob gestão da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Em Barreiras, a instituição que poderia assumir essa função seria a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Com um HU, Barreiras e toda a região Oeste da Bahia se beneficiariam muito mais de um hospital público bem estruturado, capaz de atender às demandas locais sem a intermediação de interesses privados.

Um hospital universitário federalizado, além de ser sustentado pela União, fortaleceria a rede de ensino e a capacitação profissional, formando médicos e especialistas para atuar na própria região. Do ponto de vista econômico, garantiria estabilidade financeira ao município, evitando gastos excessivos com contratações privadas e assegurando investimentos contínuos. No âmbito social, representaria um salto de qualidade na prestação de serviços de saúde, promovendo atendimento público com mais estrutura e suporte científico.

Para além do empréstimo limitado e da batalha judicial, a prefeitura busca alternativas para aumentar a arrecadação municipal. Em reunião recente, o prefeito Otoniel Teixeira (União Brasil) apresentou aos vereadores da atual legislatura dados sobre a realização do georreferenciamento e o planejamento do IPTU para 2025. Segundo o Executivo, a atualização do cadastro imobiliário, que identificou transformações em cerca de 25% dos imóveis da cidade, não visa aumentar o IPTU, mas sim adequá-lo à realidade de cada contribuinte.

De acordo com uma fonte do Caso de Política, que apresentou na prática a proposta do Executivo, “para uma pessoa que atualmente paga R$ 100,00 de IPTU, pelos cálculos da prefeitura, essa pessoa passaria a pagar R$ 2.142,86 anuais”, ou seja, o imposto individual teria um reajuste aproximado de 2.042,86%.

A apresentação aos vereadores [que democraticamente aceitaram ouvir a proposta do executivo] pode ser vista como uma estratégia para obter apoio político às medidas que visam aumentar a receita do município. Com mais recursos as custas de astronômicos reajustes do IPTU, a prefeitura poderia ter maior flexibilidade para investir na conclusão do Hospital Municipal — seja através de novas operações de crédito (dentro do limite da lei), seja por meio da destinação de outras fontes de receita.

Apesar do discurso de adequação e valorização patrimonial, o aumento do IPTU, mesmo que justificado, pode gerar descontentamento na população, que já enfrenta dificuldades econômicas. Além disso, a pendência judicial envolvendo a legalidade da Lei Municipal nº 1.627/2024 lança uma sombra de incerteza sobre o futuro financeiro da cidade.

O desfecho dessa história dependerá da decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) sobre a ADI movida pelo MDB, da capacidade da prefeitura de aumentar a arrecadação sem onerar excessivamente a população e, principalmente, da transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

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Barreiras Debate Direitos, Igualdade e Empoderamento Feminino em Audiência Pública na Câmara

Evento em celebração ao Mês das Mulheres contará com a presença da secretária de Políticas para as Mulheres, Neusa Cadore, e visa discutir o futuro das mulheres e meninas

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Barreiras se prepara para sediar uma audiência pública crucial em celebração ao Mês das Mulheres, com o tema “Para todas as Mulheres e Meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento!”. O evento, que promete ser um marco na discussão sobre o futuro das mulheres na região, acontecerá no dia 10 de abril (quinta-feira), às 19h30, na Câmara de Vereadores de Barreiras.

A audiência contará com a presença confirmada de Neusa Cadore, secretária de Políticas para as Mulheres do governo do Estado, que trará sua expertise e visão sobre as políticas públicas voltadas para o público feminino. A participação da secretária reforça a importância do evento e demonstra o compromisso do governo com a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

A iniciativa busca promover um debate aberto e transparente sobre os desafios enfrentados pelas mulheres e meninas, bem como identificar estratégias e ações para garantir seus direitos, promover a igualdade de oportunidades e fortalecer seu protagonismo na sociedade. A audiência pública é um espaço fundamental para a participação da sociedade civil, movimentos sociais, especialistas e representantes do poder público, que juntos poderão construir um futuro mais justo e igualitário para as mulheres.

A organização do evento convida toda a população de Barreiras e região a participar da audiência pública e contribuir com suas ideias e propostas. Acreditando que a união de esforços é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Serviço:
  • Tema: Para todas as Mulheres e Meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento!
  • Local: Câmara de Vereadores de Barreiras
  • Horário: 19h30
  • Data: 10 de abril (quinta-feira)
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UNEB apresenta Clínica Veterinária Gratuita em Tribuna Livre na Câmara de Barreiras

Sessão na Câmara revela a importância do serviço universitário e a urgência de políticas públicas municipais, com discursos inflamados e promessas de ação

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Câmara de Vereadores de Barreiras reverberou um forte clamor por ações concretas em prol do bem-estar animal, durante a tribuna livre proposta pelo vereador João Felipe (PCdoB) na noite desta quarta-feira (9). A sessão, que detalhou o trabalho essencial da clínica veterinária da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), campus local, escancarou a carência de políticas públicas municipais e uniu os parlamentares em um compromisso de buscar soluções para essa problemática.

   

O professor Rodrigo Lima Carneiro, coordenador e supervisor médico veterinário da UNEB, apresentou um panorama completo do funcionamento da clínica, desde os atendimentos ambulatoriais e consultas até as intervenções cirúrgicas em animais de pequeno porte. Ele enfatizou a relevância da clínica para a formação prática dos alunos do curso de Medicina Veterinária e para o atendimento das necessidades da comunidade, especialmente a população de baixa renda.

“É gratificante ver nossos alunos colocando em prática o que aprendem e, ao mesmo tempo, contribuindo para o bem-estar dos animais”, declarou, agradecendo o apoio constante do vereador João Felipe.

Apesar dos esforços, a clínica opera com limitações, com atendimentos agendados de segunda a sexta pelo Instagram (@clinicavetuneb) e a ausência de um serviço de emergência. A clínica também se destaca pelos projetos de ensino, pesquisa e extensão, oferecendo atendimentos populares e gratuitos em parceria com a Associação das Fibromialgias Unidas pela Vida, que identifica tutores de baixa renda (inscritos no CADÚNICO).

O vereador João Felipe, ao propor a tribuna livre, questionou a inércia do poder público municipal:

Qual é a política pública de bem-estar e proteção animal em Barreiras? A única ação é o repasse de recursos para a ONG Lobo, que merece todo o nosso respeito”.

João Felipe defendeu a criação urgente de um hospital veterinário municipal e lamentou a ausência de vereadores da base governista.

“Falar de animal é falar de saúde pública, é falar de um ser que sente fome, dor, frio e que faz parte sim das nossas famílias”, enfatizou.

O presidente da Câmara, Yuri Ramon, reconheceu a relevância do tema e parabenizou a iniciativa, afirmando que “é de extrema importância que esta Casa abra espaço para discutir temas relevantes para a nossa comunidade, como o bem-estar animal, e que possamos trabalhar juntos para encontrar soluções para as demandas apresentadas”.

A vereadora Delma Pedra (PSB) também somou sua voz ao coro de apoio à clínica da UNEB, destacando a relevância da universidade para a cidade e região.

“A Universidade é um pilar do desenvolvimento regional, seja na formação de profissionais qualificados, na produção de conhecimento, na extensão universitária que chega até as comunidades”, declarou, reconhecendo a contribuição do ex-deputado federal Tito.

A vereadora Silma Alves (Republicanos) colocou seu gabinete à disposição da UNEB para a elaboração de propostas e a busca por recursos, enquanto a vereadora Beza (MDB) manifestou apoio à causa, ressaltando a necessidade de auxiliar famílias carentes que não podem arcar com os custos de um atendimento veterinário.

Essa casa está à disposição de vocês”, garantiu a vereadora.

Diante dos desafios, o professor Rodrigo Lima Carneiro elencou as principais necessidades da clínica: recursos financeiros, construção da área para grandes animais e equipamentos para emergências, além de melhorias no entorno da clínica. O debate reacendeu a discussão sobre o apoio à clínica da UNEB e a urgência de ações concretas para garantir o bem-estar animal em Barreiras, com os vereadores se comprometendo a buscar soluções para o tema.

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Carmélia da Mata denuncia “crueldade” no abandono de idosos em barreiras e apela ao prefeito por ações urgentes

Em discurso emocionado na Câmara, a vereadora cobrou a reativação de programas essenciais, criticou o descaso com a saúde e infraestrutura da cidade, e apelou ao vice-prefeito para interceder

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Barreiras, a vereadora Carmélia da Mata (PP) fez um pronunciamento contundente, expressando profunda preocupação com o que classificou como “invisibilidade institucional” e “crueldade” no tratamento dado aos idosos do município.

“Não dá mais para fingir que nada está acontecendo ou que está tudo bem. Não dá mais para ouvir calada o desabafo de um povo que clama por dignidade, especialmente os nossos idosos que hoje vivem na invisibilidade institucional”, desabafou a vereadora.

Carmélia da Mata relatou sua experiência como coordenadora da Universidade Aberta da Terceira Idade, onde pôde vivenciar de perto o abandono sofrido por muitos idosos, inclusive dentro de suas próprias casas. A vereadora denunciou a paralisação do programa Idade Viva, de responsabilidade do poder público municipal, há quatro meses, privando os idosos de acolhimento, estímulo e atividades essenciais.

“O espaço que deveria acolher, estimular, dar vida à terceira idade, não existe. Foi abandonado sem nenhuma política pública ativa e não para por aí. Os idosos estão sem conseguir marcar sequer os seus exames”, lamentou.

A vereadora criticou a falta de acesso dos idosos a consultas, acompanhamento, fisioterapia e assistência básica de saúde, classificando a situação como uma “inexistência total de cuidados”.

“Quando se nega saúde a um idoso, se está dizendo que a vida dele vale menos. E isso é inaceitável”, afirmou a vereadora, complementada pela Dra. Graça, que lembrou um projeto de lei de prioridade no atendimento médico para idosos acima de 65 anos, aprovado em legislatura anterior e ignorado pela gestão atual.

Carmélia da Mata estendeu suas críticas ao estado geral da cidade, com “cidades tomadas pelo mato, pelo lixo”, ruas esburacadas e coleta de lixo irregular, e cobrou ações para a Cachoeira do Acaba Vida, um patrimônio natural com potencial turístico.

“Barreiras está gritando por socorro”, afirmou a vereadora, apelando ao prefeito e à secretária de saúde para que cuidem dos idosos, da saúde e da cidade.

“Se não tem capacidade de resolver, que dê um lugar a quem quer trabalhar”, disparou.

A vereadora também fez um apelo ao vice-prefeito para que interceda junto ao prefeito em favor dos idosos e da cidade, lembrando que ambos têm familiares idosos e deveriam se sensibilizar com a situação.

“Ajude, está na hora de estender a mão. Não desista”, pediu a vereadora que se colocou à disposição para colaborar com a gestão, em busca de uma Câmara mais transparente e respeitosa.

Em um tom pessoal, a vereadora expressou seu respeito e carinho pelos idosos, lembrando que todos estão caminhando para a velhice e que é preciso valorizar e dignificar aqueles que construíram a história de Barreiras.

“Foram eles que nos trouxeram aqui. Foram eles que construíram a história de barreiras e que a gente não pode deixar que eles vivam em total abandono como estão vivendo”, concluiu a vereadora, oferecendo-se para ajudar a encontrar um espaço adequado para a reativação do programa Idade Viva.

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Barreiras em busca da inclusão: Câmara divulga relatório de audiência pública sobre acessibilidade para PCDs

Foto: ASCOM da Câmara Municipal de Barreiras

Após relatos de exclusão e sofrimento, Câmara de Barreiras divulga relatório de audiência pública e se compromete a fiscalizar o cumprimento de promessas e buscar soluções para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Câmara Municipal de Barreiras divulgou o relatório da audiência pública que debateu as ações para melhorias nas condições de acessibilidade para as pessoas com deficiência (PCD) na cidade. O evento, proposto pela vereadora Delmah Pedra e realizado na última quarta-feira, 02 de abril de 2025, transformou o plenário em um palco de relatos comoventes sobre as dificuldades enfrentadas diariamente pelas PCDs, expondo a urgência de políticas públicas efetivas.

O documento, agora disponível para consulta pública, detalha os encaminhamentos propostos durante a audiência, que teve como objetivo principal dar voz às pessoas com deficiência e buscar soluções para os problemas que dificultam o seu direito de ir e vir, de acesso à saúde e à participação plena na sociedade.

Clique aqui para acessas a íntegra do documento

A audiência foi dividida em três painéis: “O direito à acessibilidade”, “Situação atual do transporte público” e “Melhorias e adaptações emergenciais nas condições de acessibilidade para as pessoas com deficiência”. Cada painel contou com a participação de representantes do poder público, da sociedade civil organizada e de usuários dos serviços, que puderam apresentar suas demandas e sugestões.

Os relatos colhidos durante a audiência revelaram um cenário preocupante. Sousemir Rego de Araújo, cadeirante, denunciou a falta de medicamentos e materiais de uso contínuo na farmácia básica, além da inacessibilidade em espaços públicos, como a rampa com degrau no Palácio das Artes. Cristiane do Nascimento Souza, acadêmica de psicologia, relatou o preconceito e a discriminação sofridos no transporte público, sendo chamada de “aleijada” por motoristas. Thiago Henrique Souza Santos, universitário, expressou a frustração de perder aulas por falta de transporte acessível e criticou a negligência da Embasa com a infraestrutura da cidade.

Diante da gravidade dos relatos, a defensora pública Danyelle Gautério enfatizou a importância da reativação do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, defendendo a necessidade de “um espaço público de decisão” para as diversas associações da sociedade civil. O secretário Fábio Cruz e Silva de Santana admitiu a insuficiência de vagas de estacionamento reservadas para PCDs, enquanto Bruno José, da Secretaria de Infraestrutura, reconheceu a necessidade de padronização das calçadas e o crescimento desordenado da cidade.

A vereadora Delmah Pedra foi a proponente da audiência pública

A vereadora Delmah Pedra, atenta e comovida com os relatos, reafirmou seu compromisso com a causa da acessibilidade e da inclusão.

“O que ouvimos aqui hoje é inaceitável. Precisamos transformar a dor em ação e garantir que as pessoas com deficiência tenham seus direitos respeitados”, declarou.

Entre os encaminhamentos propostos durante a audiência, destacam-se:

  • Reativação do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência: A defensora pública Danyelle Gautério e diversos participantes da audiência enfatizaram a necessidade de reativar o Conselho, garantindo a participação das entidades representativas da sociedade civil na formulação e no acompanhamento das políticas públicas para as PCDs.
  • Fiscalização do cumprimento da lei que garante 100% da frota acessível: A defensora pública Danyelle Gautério relembrou a liminar judicial que obriga a Viação Cidade de Barreiras (VCB) a ter 100% da frota acessível, decisão ainda não cumprida, e mencionou o relatório municipal de março de 2023, que indicava a precariedade dos elevadores nos ônibus.
  • Aumento do número de vagas de estacionamento reservadas para PCDs: O secretário Fábio Cruz e Silva de Santana admitiu a insuficiência de vagas e se comprometeu a verificar uma forma de aumentar essa quantidade.
  • Padronização das calçadas e melhoria da infraestrutura urbana: Bruno José, da Secretaria de Infraestrutura, reconheceu a necessidade de padronização das calçadas e o crescimento desordenado da cidade, comprometendo-se a buscar soluções para melhorar a acessibilidade nas vias públicas.
  • Regularização do fornecimento de medicamentos e materiais de uso contínuo: Diante da denúncia de Sousemir Rego de Araújo sobre a falta de medicamentos e materiais de uso contínuo, a vereadora Delmah Pedra se comprometeu a acompanhar de perto a regularização do fornecimento.
  • Fiscalização do cumprimento da lei que garante a acessibilidade nos prédios públicos e privados: Diversos participantes da audiência relataram a falta de acessibilidade em prédios públicos e privados, como a rampa com degrau no Palácio das Artes. A vereadora Delmah Pedra se comprometeu a acompanhar de perto o cumprimento da lei.
  • Elaboração de um projeto de lei para padronização das calças para PCDs: O Sr. Antônio Batista reivindicou um projeto de lei para padronização das calças e que o executivo subsidie recursos para que essa adequação seja viabilizada.
  • Melhoria do aplicativo de transporte público: O Sr. Antônio Batista relatou que o aplicativo de transporte público deixa a desejar porque os horários não condizem com a realidade e que deveria se instalar uma forma de localização do ônibus em tempo real.
  • Realização de visitas aos postos de saúde e ao CER II: O presidente da Câmara, Yure Ramon, se colocou à disposição para participar de visitas aos postos de saúde e ao CER II, a fim de verificar in loco a situação dos serviços oferecidos às pessoas com deficiência.

A vereadora Delmah Pedra anunciou a elaboração de um relatório detalhado com as discussões e propostas da audiência, que será publicado no site da Câmara Municipal. “Este é o início de uma transformação”, declarou Delmah Pedra.

“Não descansaremos até ver uma Barreiras verdadeiramente inclusiva, onde todas as pessoas, independentemente de suas limitações, possam viver com dignidade e plenitude.”

A divulgação do relatório da audiência pública representa um importante passo para a construção de uma Barreiras mais acessível e inclusiva. No entanto, a transformação real dependerá do compromisso do poder público, da mobilização da sociedade civil e da união de esforços para garantir que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados e que elas possam viver com dignidade e plenitude.

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Saúde em Xeque: Enquanto Paulo Afonso avança com Hospital Universitário, Barreiras aposta em PPP com riscos de cobrança e “SUS Dual”

A decisão de Barreiras de buscar investidores na Bolsa de Valores para o Hospital Municipal levanta questionamentos sobre o futuro da saúde pública na região, em contraste com o modelo de gestão universitária adotado em Paulo Afonso

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Enquanto a cidade de Paulo Afonso celebra a implantação de um Hospital Universitário (HU) sob gestão da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Barreiras, sob a administração do prefeito Otoniel Teixeira (União Brasil), segue um caminho controverso: a Parceria Público-Privada (PPP) para a gestão do futuro Hospital Municipal. A estratégia, que busca investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), levanta sérias preocupações sobre a garantia do acesso universal e gratuito à saúde, um direito constitucionalmente assegurado.

O Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores patrimônios sociais do Brasil, tem como pilares a universalidade, a integralidade e a equidade no acesso aos serviços de saúde. A Constituição Federal garante a todos os cidadãos o direito à saúde, sendo dever do Estado assegurar esse direito por meio de políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos. A busca por “eficiência” e “modernização” através de parcerias com o setor privado não pode, em hipótese alguma, comprometer esses princípios fundamentais.

A minuta do contrato da PPP em Barreiras, disponível para consulta pública no ANEXO IV DO EDITAL, revela a possibilidade de cobrança por “atividades acessórias”, abrindo uma brecha para a criação de um “SUS Dual”, onde o acesso a determinados serviços (como quartos diferenciados, exames mais rápidos ou acompanhamento especializado) seria condicionado ao pagamento, beneficiando apenas aqueles que podem arcar com os custos. Essa dualidade fere o princípio da igualdade e da universalidade, pilares do SUS.

Especificamente, a Cláusula 28 (Remuneração Contratual) define que a Concessionária será remunerada por recursos públicos e pelas “Receitas Acessórias” geradas. Já a Cláusula 31 (Atividades Acessórias) permite à Concessionária explorar comercialmente atividades não essenciais, com aval do Poder Concedente. Essa combinação de fatores acende um alerta sobre o futuro da saúde no município.

“O mais importante é garantir que o hospital seja 100% SUS”, enfatizou a defensora pública Laís Daniela Sambüc durante audiência pública, ecoando a preocupação da Defensoria Pública em defesa de um hospital 100% público e acessível a todos.

Enquanto isso, em Paulo Afonso, a parceria entre a prefeitura, o governo do estado, o governo federal e a Univasf viabiliza um Hospital Universitário, um centro de referência em alta complexidade que fortalecerá o SUS e formará profissionais de saúde qualificados para a região. O presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, ressaltou a importância da união de esforços para transformar o sonho em realidade.

A secretária de saúde da Bahia, Roberta Santana, anunciou um investimento de R$ 155 milhões, 165 leitos, sendo 30 de UTI, demonstrando o compromisso com a regionalização e a interiorização da saúde.

A insistência na PPP em Barreiras, idealizada pelo ex-prefeito Zito Barbosa (União Brasil) (que governou Barreiras por 8 anos se negando a abrir diálogo com os governos Federal e Estadual) e encampada por Otoniel Teixeira, ignora alternativas mais vantajosas, como a federalização da unidade e sua transformação em um hospital universitário vinculado à Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Um HU em Barreiras não beneficiaria apenas a cidade, mas toda a região Oeste, garantindo atendimento público qualificado e permanente, além de formação acadêmica e pesquisa científica na área da saúde. A reitoria da UFOB já manifestou seu apoio à implantação de um hospital universitário.

A grande vantagem de um hospital universitário é a sua sustentabilidade financeira, com recursos federais garantidos. Além disso, a gestão da Ebserh, empresa estatal vinculada ao Ministério da Educação, garante a qualidade dos serviços, a formação de profissionais de saúde, a abertura de campos de estágio e a residência médica, impulsionando a produção de conhecimento científico e a inovação na área da saúde. Um HU desafogaria as contas municipais e liberaria Barreiras para focar na atenção primária em saúde, fortalecendo a rede de atendimento e prevenindo doenças.

Até o momento, já foram gastos mais de R$ 40 milhões no futuro hospital municipal de Barreiras. Recentemente, a Justiça barrou um empréstimo de R$ 60 milhões que seria utilizado para a PPP. Anteriormenter, o Procurador-Geral de Justiça, Aquiles Siquara Filho, ao analisar um agravo contra o empréstimo, alertou para “indícios robustos de perigo de dano ao patrimônio público” e para o risco de o município não conseguir honrar seus compromissos financeiros.

Afinal, qual o real motivo para a insistência na PPP? O que estaria por trás dessa busca por investidores privados na Bolsa de Valores, mesmo diante de alternativas mais seguras e vantajosas e com o histórico de entraves judiciais?

É fundamental que as autoridades competentes, como o Ministério Público, a Defensoria Pública, os vereadores de Barreiras, as entidades da sociedade civil organizada e a população em geral, estejam atentas e fiscalizem de perto esse processo. Uma audiência pública deve ser convocada para debater especificamente a ideia da PPP do futuro hospital antes que seja tarde demais.

A saúde pública não pode ser tratada como uma mercadoria, e o direito fundamental à saúde não pode ser colocado em risco em nome de interesses privados.

A decisão de Paulo Afonso de investir em um Hospital Universitário demonstra que é possível construir um sistema de saúde público, gratuito e de qualidade. Barreiras precisa repensar sua estratégia e priorizar o bem-estar da população, garantindo o acesso universal à saúde e evitando a criação de um “SUS Dual” que exclui os mais vulneráveis.

Afinal, quem entrega o hospital ao mercado pode precisar de senha para ser atendido.

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Carmélia silencia Câmara e detona suposto esquema: “tem vereador dono de escola nomeando diretores com diplomas falsos”

Em meio a um clima de apreensão, parlamentar do PP expõe graves denúncias de diplomas falsos e “nepotismo cruzado” e anuncia ação no Ministério Público

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A sessão da Câmara de Vereadores de Barreiras desta terça-feira (25) foi rompida por um silêncio tenso e carregado de expectativa quando a vereadora Carmélia da Mata (PP) tomou a palavra. Em um discurso que ecoou como um trovão em meio à calmaria política, a parlamentar expôs um esquema de nomeações irregulares para cargos de direção escolar, acusando vereadores de transformarem as escolas municipais em verdadeiros “feudos” e de comprometerem a qualidade da educação em Barreiras.

Com a voz embargada pela indignação, Carmélia da Mata direcionou suas críticas, inicialmente, a uma prática que considerou hipócrita: a de vereadores criticarem o governo estadual e federal enquanto “prestam serviço de transporte ao presídio” em condições, no mínimo, questionáveis. Mas logo a vereadora direcionou sua artilharia para o cerne da questão que a motivara a quebrar o silêncio: a situação da educação no município.

“Eu fico meio que impressionada quando eu vejo alguns colegas eh utilizarem os microfones dessa casa para fazer críticas ao governo estadual, ao governo federal, porque, na verdade, tem pessoas, inclusive nessa casa, vereadores da situação que prestam serviço de transporte ao presídio, tem sua empresa e que recebe, de uma certa forma, valores vultuosos pagos pelos serviços prestados ao presídio de Barreiras”, iniciou a vereadora, quebrando o protocolo e preparando o terreno para a denúncia que viria a seguir.

O momento de maior impacto do discurso de Carmélia da Mata foi quando ela denunciou a interferência política nas nomeações para cargos de direção escolar, revelando um esquema que, segundo ela, envolve a indicação de pessoas sem qualificação e até mesmo com diplomas falsos.

“Estão botando faca no pescoço do secretário e do prefeito para que eles nomeiem pessoas que não foram aprovadas inclusive no processo seletivo. Vereador passou a ser dono de escola nesse município, colocando pessoas que inclusive tem diplomas falsos, que estão com diplomas falsos para assumir gestão escolar”, disparou a vereadora, em um tom que prenunciava um terremoto político em Barreiras.

A vereadora também denunciou o excesso de funcionários nas escolas, indicados por vereadores, o que, segundo ela, compromete a qualidade da educação e contribui para o baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

“As escolas estão amontoadas de funcionários, um número excessivo por indicação de vereadores… Comprometendo a educação de barreiras. O IDEB está lá embaixo por ingerência, por falta de responsabilidade de quem não tem conhecimento do que é educação”, afirmou a vereadora, em um momento que expôs a gravidade da situação.

Consciente do peso de suas denúncias, Carmélia da Mata anunciou que não se calaria diante do que considera uma afronta à educação e à moralidade administrativa.

“Eu quero deixar bem claro, eu estive no Ministério Público, conversei com o promotor, E tive hoje conversando com Dr. Jefferson, falei também ao prefeito que eu iria representar essa seletiva faz de conta ao Ministério Público e vou tomar todas as providências que forem necessárias, porque é inadmissível vereador estar interferindo onde não cabe ele, não é esse o papel de vereador”, anunciou a vereadora, prometendo levar o caso adiante e buscar a punição dos responsáveis.

O silêncio que pairou sobre o plenário durante o discurso de Carmélia da Mata foi quebrado apenas por alguns apartes, como o do vereador João Felipe, que manifestou apoio à vereadora e reconheceu a gravidade das denúncias.

Ao final de seu pronunciamento, Carmélia da Mata reafirmou seu compromisso com a defesa dos interesses da população e prometeu continuar fiscalizando as ações do governo, mesmo que isso signifique enfrentar pressões e ataques. Com a denúncia formalizada ao Ministério Público, a expectativa é de que o caso seja investigado e que os responsáveis pelas irregularidades na educação de Barreiras sejam responsabilizados.

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João Felipe defende ações de Lula e Jerônimo em Barreiras e critica prefeitura: de Saúde à Moradia, “tudo está vinculado aos governos do PT”

Em sessão marcada por embate político, João Felipe rebate críticas de Rider Castro que em resposta exalta carnaval municipal e ironiza: “teremos cenas dos próximos capítulos”.

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A sessão da Câmara de Vereadores de Barreiras desta terça-feira (25) revelou as tensões políticas que permeiam o cenário local, com o vereador João Felipe (PCdoB) assumindo o protagonismo ao confrontar, de forma incisiva, as críticas feitas ao governo federal e estadual pelo vereador Rider Castro (União Brasil) em sessão anterior. Em um discurso que combinou dados, indignação e forte defesa das gestões de Lula e Jerônimo Rodrigues, João Felipe buscou expor as limitações da gestão municipal e destacar os avanços proporcionados pelas políticas de esquerda.

Sem mencionar diretamente o nome de Rider Castro, João Felipe lamentou o que considerou uma postura de “muita bravura para se criticar o governo do Estado e muita covardia para fechar os olhos para os problemas de Barreiras”.

Em seguida, apresentou dados sobre alguns investimentos realizados em Barreiras, utilizando dados oficiais que comprovam a presença efetiva e a atuação dos governos Lula e Jerônimo Rodrigues no município.

“Somente nos investimentos no social, mais de 50 milhões de reais investidos, e aí a gente fala de educação, com a construção da escola Kelly Magalhães em tempo integral, com a cobertura da quadra da escola do Colégio Antônio Geraldo e dentre outros investimentos. E aqui nós vamos falar da infraestrutura, um pouco mais de 60 milhões de reais. Na construção da pavimentação asfáltica que liga a BR-020 ao Cantinho do Senhor dos Aflitos”, enumerou João Felipe, buscando desconstruir a narrativa de abandono por parte dos governos de esquerda.

O vereador também destacou os benefícios de programas sociais como o Bolsa Família, que atende 17 mil famílias em Barreiras, e o programa de habitação Minha Casa Minha Vida, que garantiu a construção de 500 casas no Buritis e outras 500 que serão construídas na vila amorim. Ao criticar a ineficiência da gestão municipal em diversas áreas, João Felipe buscou contrapor a imagem de um governo federal e estadual atuante com a de uma prefeitura omissa e incapaz de solucionar os problemas da população.

Na área da saúde, João Felipe questionou a efetividade do programa de atenção às mulheres com fibromialgia, afirmando que, apesar da contratação de um bom profissional, as pacientes não têm acesso a reumatologista nem às oficinas terapêuticas necessárias para o tratamento.

“Aí vem para cá brincar de faz de conta, dizer que o programa de atenção as mulheres com fibromialgia funciona? Mentira, contrataram um profissional muito bom, diga-se de passagem, mas essas mulheres estão sem reumatologista, doutora Graça. Essas mulheres estão sem as sem as oficinas terapêuticas”, denunciou o vereador.

João Felipe também criticou a dificuldade de agendar consultas com ginecologistas e exames preventivos, afirmando que há “muita hipocrisia” em relação à saúde da mulher em Barreiras.

Ao final de seu discurso, João Felipe fez uma saudação ao seu partido, o PCdoB, que completou 103 anos de luta em defesa do trabalhador, da democracia e da justiça social.

O vereador Rider Castro, em sua vez de discursar, optou por um tom mais ameno, desviando o foco da discussão para elogiar a organização do carnaval municipal e expressar seu apreço pelo cantor Saulo Fernandes, chegando a mencionar a intenção de apresentar uma moção de aplausos. Sem responder diretamente às acusações de João Felipe, Rider Castro defendeu seu direito à oposição, sinalizando que continuará expressando suas opiniões, mesmo que contrárias às do vereador João Felipe.

‘Mas teremos cenas dos próximos capítulos’, finalizou Rider Castro, em tom irônico, prometendo possíveis novos embates políticos na Câmara de Barreiras.

Em meio à troca de farpas, o relatório de investimentos do Governo do Estado e os dados sobre os programas federais em andamento em Barreiras revelam um volume significativo de recursos destinados ao município, o que demonstra a importância da atuação dos governos Lula e Jerônimo Rodrigues.

O Caso de Política teve acesso aos números divulgados pelo vereador João Felipe, que são apresentados abaixo.

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