Akira recebe o apoio de três vereadores e consolida sua pré-candidatura em Rio Grande da Serra

Pré-candidato pelo PSB aparece com 44,8% das intenções de voto

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – No último sábado (03), o pré-candidato a prefeito de Rio Grande da Serra, Akira Auriani (PSB), fortaleceu sua pré-campanha ao receber o apoio de três vereadores em mandato. Zé Carlos, Elias Policial e Roberto Contador aderiram ao projeto de Akira, destacando-se por terem votado contra o impeachment que colocou Penha Fumagalli (PSD) no comando do executivo municipal.

A chegada dos parlamentares foi celebrada por Akira, que ressaltou a experiência e o compromisso dos vereadores com a cidade, além de destacar que eles estão alinhados com os princípios do grupo Renova Rio Grande. Akira reforçou que as portas sempre estiveram abertas para os quatro vereadores que se posicionaram contra o impeachment.

“São vereadores experientes e comprometidos com a cidade. Sua adesão fortalece nosso time, pois não se envolvem em politicagem e têm uma atuação coerente na Câmara”, ressaltou Akira.

Akira Auriani lidera com folga a corrida eleitoral em Rio Grande da Serra

O pré-candidato do PSB, Akira Auriani, desponta como líder destacado na corrida eleitoral em Rio Grande da Serra, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas a pedido do Diário. Com 44,8% das intenções de voto, Akira lidera com uma ampla margem sobre seus concorrentes em ambos os cenários analisados.

Em um cenário mais amplo, Akira registrou 44,8% das intenções de voto, seguido pelo ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (MDB), com 25,6%. Já em um cenário mais restrito, Akira mantém uma distância significativa de seus concorrentes, alcançando 46,8% das intenções de voto, com Kiko ocupando o segundo lugar com 27,6%.

O ex-vereador e ex-prefeiturável, que já havia concorrido ao Paço em 2020, demonstra um crescimento consistente em sua base eleitoral, consolidando-se como uma força dominante na política local.

Trajetória e Visão Política

Akira Auriani, que foi vereador de 2017 a 2020, construiu sua trajetória política com base em um compromisso sólido com o desenvolvimento de Rio Grande da Serra. Após sua candidatura à prefeitura em 2020, Akira continuou a se envolver ativamente na política local, buscando construir pontes e promover o diálogo em um contexto de instabilidade política na cidade.

Contrário ao impeachment de Claudinho da Geladeira e crítico das movimentações para destituir Penha Fumagalli do poder, Akira demonstra uma postura de construção e busca por soluções em vez de alimentar antagonismos.

Por outro lado, observa-se uma reaproximação de Kiko Teixeira com Rio Grande da Serra, após sua passagem por outras instâncias políticas. Esta dinâmica configura uma polarização entre Akira e Kiko, evidenciada não apenas nas intenções de voto, mas também na percepção dos eleitores.

Índice de Rejeição

No quesito rejeição, Claudinho da Geladeira lidera, seguido por Penha Fumagalli e Ramon Velasquez. Akira Auriani apresenta uma taxa de rejeição menor em comparação com seus concorrentes, o que pode indicar uma aceitação sólida entre os eleitores.

Com uma amostragem de 500 eleitores e uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais, o levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas oferece uma visão abrangente do cenário político em Rio Grande da Serra, evidenciando a liderança consolidada de Akira Auriani como principal nome na disputa pela prefeitura.

Ministério Público exige provas que justifiquem a cassação de Claudinho da Geladeira

O MP busca analisar e corrigir possíveis irregularidades ou falhas processuais, exigindo que sejam apresentadas provas

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Nesta última sexta-feira, dia 23 de junho, a doutora Lorrane Larissa Coqueiro, promotora de Justiça, emitiu seu parecer em relação ao pedido de anulação da cassação apresentado pela defesa de Claudinho da Geladeira.

No parecer, a promotora declarou:

“Tendo em vista o fim da fase postulatória, aguardo o saneamento e a organização do processo, com a fixação dos pontos controvertidos e distribuição do ônus probatório. No mais, requeiro a intimação das partes para que especifiquem as provas que pretendem produzir, justificando sua necessidade e pertinência, sob pena de preclusão.”

Com esse posicionamento, o MP busca analisar e corrigir possíveis irregularidades ou falhas processuais caso haja, exigindo que sejam apresentadas provas que justifiquem a sua necessidade e relevância. Caso não sejam fornecidas as devidas justificativas, as partes perderão o direito de produzir provas.

Claudinho da Geladeira foi destituído do cargo de prefeito de Rio Grande da Serra em julho de 2022, quando a Câmara Municipal, com uma votação de 9 a 4, decidiu cassar seu mandato com base em dois pedidos de impeachment.

Em janeiro de 2023, o juiz responsável pelo caso, doutor Heitor Moreira de Oliveira, reconhecendo a complexidade da solicitação, manifestou-se indeferindo o pedido de anulação da cassação. Ele argumentou que a demanda exige o exercício do contraditório prévio por parte do requerido, não sendo dado ao Poder Judiciário suspender atos administrativos liminarmente sem provas e argumentos contundentes.

O magistrado despachou:

Analiso o requerimento de concessão de tutela de urgência. O artigo 300 do Código de Processo Civil prevê que, para a concessão da tutela de urgência, devem estar presentes dois requisitos: a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No caso, os requisitos legais não ficaram devidamente comprovados. Com efeito, a questão é complexa e demanda o exercício do contraditório prévio por parte do requerido, além da oportunidade de aprofundamento da instrução probatória. Destaco, ainda, que os atos administrativos são dotados de presunção de legalidade e veracidade, não sendo dado ao Poder Judiciário desconstituídos ou suspendê-los liminarmente sem provas e argumentos contundentes, o que não ocorre no presente caso. Por fim, difícil vislumbrar o perigo na demora, como bem ressaltado pelo Ministério Público, quando a cassação correu em julho de 2022 e a ação é proposta somente em dezembro. Ante o exposto, INDEFIRO a tutela de urgência pleiteada pela parte autora.

Acompanhe abaixo a manifestação do Ministério Público

PSD pode se fortalecer com possíveis mudanças de filiação de políticos da região

Queda na popularidade de Bolsonaro e desempenho fraco do PSDB impulsionam mudanças

Luís Carlos Nunes – A região do ABC Paulista pode estar prestes a passar por uma grande reorganização política. Um dos nomes que tem sido cogitado para mudar de partido é o atual prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Junior, que pode deixar o PSDB e se filiar ao PSD, liderado por Gilberto Kassab. Esse movimento pode atrair outros políticos da região, incluindo o prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi, do PL, e diversos vereadores.

O secretário de Governo do Estado e cacique do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que opera politicamente para o prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior se filie em seu partido, o PSD.

A possível mudança de Auricchio pode ser explicada, em parte, pelo baixo desempenho do PSDB nas últimas eleições e pela crescente baixa na popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que afeta negativamente os partidos que o apoiam, como o PL. Outro fator que pode estar influenciando essa reorganização é o descontentamento de alguns políticos com a distribuição de poder na região.

No entanto, um nome que tem chamado atenção é o do atual prefeito de Santo André, Paulo Serra, também do PSDB. Serra é um desafeto político do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, e segundo informações de bastidor, pode estar buscando uma saída do PSDB. Esse movimento ganha ainda mais força pelo fato de que, nas últimas eleições, a sua esposa de Serra, Ana Carolina Serra, foi eleita como a deputada estadual mais votada da região.

A mudança de Paulo Serra para o PSD poderia ter um grande impacto na região, uma vez que ele é visto como um político em ascensão e com grande potencial eleitoral. Além disso, sua saída do PSDB poderia afetar a posição do partido na região, que já vem sofrendo com a perda de força política nos últimos anos.

Com a possível migração de importantes lideranças políticas da região para a base do PSD, é possível que ocorra uma reorganização dos partidos e uma redistribuição de poder na região do ABC Paulista. O PSD pode passar a adminstrar quatro cidades e o PT se mantém com duas cidades administradas.

Cenário em Rio Grande da Serra

Um caso que tem chamado a atenção é o da prefeita interina de Rio Grande da Serra, Penha Fumagalli, filiada ao PTB, que pode se filiar ao PSD, liderado por Gilberto Kassab. No entanto, essa mudança não envolve apenas Penha, mas também o prefeito afastado da cidade, Claudinho da Geladeira, que é filiado ao Podemos e umbilicalmente ligado a Orlando Morando (PSDB), prefeito de São Bernardo do Campo. Claudinho da Geladeira deixou o PT e se filiou ao PSDB para a disputa municipal de 2020, eleito foi para o Podemos. Afastado do cargo pela justiça, Geladeira aguarda decisão favorável para retornar ao cargo de prefeito.