Colheita de soja entra na reta final com 90% da área já trabalhada

Conselho Técnico da Aiba divulga panorama atualizado da colheita e condições das lavouras

A colheita da safra 2024/25 de soja na Bahia já alcançou 90% da área plantada, consolidando um dos momentos mais importantes do calendário agrícola estadual. Durante reunião realizada no dia 26 de março, o Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) apresentou uma atualização detalhada da safra, trazendo informações sobre a produtividade das lavouras e os desafios enfrentados pelos produtores.

Os dados, coletados pelo Núcleo de Agronegócio da Aiba em mais de 130 pontos amostrais, abrangem diversas microrregiões produtoras do estado. Além da soja, o levantamento revisou as estimativas de área e produtividade do milho e do algodão, considerando os impactos das variações climáticas registradas ao longo do ciclo.

Apesar do avanço da colheita, as chuvas registradas recentemente interromperam temporariamente as operações em algumas áreas. O levantamento confirma uma tendência observada desde o início da safra: lavouras semeadas dentro da janela ideal (outubro e novembro) apresentaram melhor desempenho, enquanto o plantio tardio sofreu com o déficit hídrico de fevereiro, principalmente nos municípios de Formosa do Rio Preto e São Desidério.

Pela primeira vez, a Bahia alcança a maior média de produtividade da soja na história, com 68 sacas por hectare, segundo consenso do Conselho Técnico. “Ainda há cerca de 10% da área a ser colhida, e os números finais serão revisados na próxima reunião, em maio. Mas os dados já apontam um resultado muito positivo para a safra”, destacou o presidente do Conselho Técnico da Aiba, Orestes Mandelli. Ele também ressaltou que o retorno das chuvas trouxe um alívio importante para a cultura do algodão, evitando perdas em áreas que estavam próximas do limite de estresse hídrico.

Monitoramento técnico e perspectivas para o setor

A Aiba reforça a importância do acompanhamento técnico contínuo da safra, garantindo que os dados reflitam com precisão o cenário agrícola da Bahia. O monitoramento realizado pela equipe técnica do Núcleo de Agronegócio e validado pelo Conselho Técnico serve como referência para produtores, agentes do mercado e tomadores de decisão do setor.

Para Aloísio Júnior, gerente de Agronegócio da Aiba, a atualização desses números é fundamental para a previsibilidade do mercado e o planejamento estratégico dos produtores. “O avanço da colheita confirma a força do setor agrícola da Bahia, mas também evidencia a importância de um monitoramento constante das condições climáticas e produtivas. Os dados atualizados ajudam a traçar um panorama mais realista da safra e auxiliam os produtores a tomarem decisões mais seguras para os próximos ciclos agrícolas”, destaca Aloísio.

Com a colheita da soja se aproximando da reta final, o foco agora se volta para o desenvolvimento das demais culturas de grãos e fibras no estado, consolidando a Bahia como uma das maiores potências agrícolas do país.

Texto e fotos: Ascom/Aiba

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Terceira onda de calor no país começa nesta segunda (17)

Calor extremo afetará diversos estados, incluindo a Bahia. A massa de ar quente e seco elevará as temperaturas em até 5°C acima da média, com impacto em regiões como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás. A situação exige atenção devido ao risco de incêndios e problemas de saúde

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Brasil se prepara para enfrentar uma nova onda de calor, que começará nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, com uma massa de ar quente e seco, que deve elevar as temperaturas em mais de 5°C acima da média climatológica. O fenômeno afetará inicialmente os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, estendendo-se posteriormente para Goiás e Bahia, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A onda de calor, que já está provocando elevação das temperaturas em diversas regiões do Sudeste, Sul e Nordeste, intensificará seu impacto a partir de domingo, 16 de fevereiro. Com isso, áreas de temperaturas máximas superiores a 40°C devem ser registradas, como já aconteceu em algumas partes do Rio Grande do Sul, onde a primeira e segunda ondas de calor de 2025 ocorreram, com Porto Alegre registrando 39,3°C.

O prognóstico aponta que a terceira onda de calor será mais intensa, com o Inmet prevendo altas de até 5°C além da média nas máximas diárias, caracterizando uma situação de grande perigo em várias regiões, especialmente devido ao ar seco.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas superam em 5°C ou mais a média mensal por, pelo menos, cinco dias consecutivos. A expectativa é de que este evento afete grandes áreas do país, não se limitando a um único local, o que agrava os riscos associados, como a intensificação de incêndios e problemas de saúde relacionados ao calor excessivo.

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Alerta de chuvas intensas atinge 14 cidades da Bahia, aponta Inmet

Extremo Oeste Baiano e Vale do São Francisco estão na rota de precipitações e ventos fortes; riscos são baixos, mas requerem atenção

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, nesta segunda-feira (27), um alerta amarelo de chuvas intensas que abrange 14 municípios baianos. O aviso, válido até a manhã de terça-feira (28), inclui cidades das regiões do Extremo Oeste Baiano e Vale do São Francisco, prevendo precipitações que podem chegar a 50 mm por dia e ventos de até 60 km/h.

Embora os riscos de emergências graves, como cortes de energia e alagamentos, sejam considerados baixos, o Inmet recomenda cautela, especialmente para atividades ao ar livre. “A previsão indica chuvas moderadas a fortes em alguns momentos, acompanhadas de ventos intensos. É importante que a população evite áreas alagadas e mantenha cuidado ao dirigir em rodovias”, destacou o boletim.

As cidades sob alerta são: Abaré, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova, Chorrochó, Curaçá, Formosa do Rio Preto, Glória, Macururé, Mansidão, Pilão Arcado, Remanso, Rodelas e Santa Rita de Cássia.

A previsão climática sugere chuvas entre 20 e 30 mm por hora, com variação que pode alcançar até 50 mm em um único dia. As condições indicam a possibilidade de transtornos pontuais, como acúmulo de água em vias urbanas, mas sem grandes implicações para a infraestrutura local.

Análise climática e impacto regional

O alerta reflete uma dinâmica típica do período de chuvas intensas no Nordeste, marcado por instabilidades que afetam não apenas a rotina das comunidades, mas também setores como agricultura e logística. Na Bahia, as regiões afetadas incluem cidades de forte atividade agropecuária, onde a chuva pode trazer benefícios, mas também desafios logísticos para o escoamento da produção.

Apesar do baixo risco de grandes emergências, o momento exige atenção redobrada por parte das autoridades locais e da população. Prevenir acidentes em estradas e evitar áreas de risco são atitudes essenciais para minimizar eventuais impactos.

O acompanhamento da evolução do clima deve continuar nas próximas horas, com atualizações em tempo real pelos canais do Inmet.

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G20 no Brasil: taxação de bilionários, fome e clima dominam cúpula global

Foto: Agência Brasil

Lula lança aliança contra a fome com adesão de 81 países e R$ 146 bilhões do BID, enquanto líderes debatem reforma global e justiça climática

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A cúpula de líderes do G20 teve início nesta segunda-feira (18/11), no Rio de Janeiro, com o Brasil no centro das atenções. Chefes de Estado e representantes das maiores economias do mundo enfrentam temas cruciais, como a taxação de super-ricos, o combate à fome e às mudanças climáticas, além da reforma das instituições de governança global.

O evento, que se estende até esta terça-feira (19/11), foi marcado pelo lançamento oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com adesão de 81 países, a iniciativa pretende ampliar políticas de transferência de renda para alcançar 500 milhões de pessoas até 2030. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou um aporte de US$ 25 bilhões – cerca de R$ 146 bilhões – para financiar projetos na América Latina e no Caribe, com apoio de outras nove instituições financeiras.

A fome é uma questão política, não um desastre natural. É responsabilidade dos governantes do mundo que a tratam como invisível”, declarou Lula durante um discurso no último sábado (16/11).

Taxação de fortunas e resistência política

Outro destaque da presidência brasileira no G20 é a proposta de tributar em 2% as fortunas de bilionários, com a receita destinada a reduzir desigualdades nos países mais necessitados. A ideia, defendida por Lula como uma medida de justiça social, encontra forte resistência de líderes como o presidente argentino Javier Milei, que se posiciona contra qualquer tipo de tributação global.

A tensão entre visões opostas ilustra as dificuldades em alcançar consensos dentro do G20. Mesmo assim, a proposta brasileira ganhou respaldo de nações como Alemanha, Noruega, Bangladesh e União Europeia, além do apoio explícito do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

ONU e a urgência de uma reforma global

A cúpula também se debruça sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, alvo de críticas por sua estrutura antiquada e exclusivista. Atualmente, apenas cinco membros permanentes – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – possuem poder de veto.

O Conselho reflete o mundo de 80 anos atrás”, afirmou António Guterres, secretário-geral da ONU, durante o evento. A estrutura atual tem dificultado a tomada de decisões em crises globais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia e o conflito em Gaza, alimentando o clamor por mudanças.
Clima em destaque: financiamento e sobrevivência global

O combate às mudanças climáticas é outra prioridade do G20, com o Brasil liderando as discussões para ampliar os recursos destinados à mitigação e adaptação aos impactos ambientais. Paralelamente, negociadores da COP29, no Azerbaijão, enfrentam dificuldades para definir um financiamento robusto. Países em desenvolvimento exigem ao menos US$ 1 trilhão das nações ricas para financiar ações climáticas, mas esbarram na relutância dos países desenvolvidos.

Simon Stiell, secretário executivo do Clima na ONU, pediu maior engajamento dos líderes do G20: “A cooperação internacional é nossa melhor e única chance contra o aquecimento global.”

Agenda do G20 e a passagem de bastão

A cúpula começou com a recepção dos líderes pelo presidente Lula no Museu de Arte Moderna. A manhã foi dedicada ao lançamento da Aliança Global contra a Fome e à primeira sessão de debates sobre desigualdade e governança global. À tarde, o foco recai sobre a reforma da ONU e outras instituições internacionais.

Na terça-feira, os líderes discutirão desenvolvimento sustentável e transição energética antes de encerrar a cúpula com a tradicional declaração conjunta. A presidência do G20 será então transferida para a África do Sul, que assume o comando do grupo.

O desafio de transformar discursos em ação

Com temas que vão da justiça social à sobrevivência do planeta, o G20 no Brasil traz uma pauta carregada de simbolismo e urgência. Entretanto, as barreiras políticas e econômicas deixam no ar a dúvida: os acordos desta cúpula serão um marco transformador ou mais um capítulo de promessas não cumpridas?

Lula, no entanto, deixou clara sua intenção:

“Estamos tratando a fome, a desigualdade e o clima como questões políticas, porque é isso que elas são. Não podemos mais esperar.”

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Calor histórico no Rio de Janeiro registra sensação térmica de incríveis 60,1ºC

Caso de Política com informações da EBC – A cidade do Rio de Janeiro, neste sábado (16/mar) foi surpreendida com um calor recorde, atingindo uma sensação térmica de 60,1ºC. Esse registro excepcional foi feito na Estação Meteorológica de Guaratiba, situada na zona oeste da capital carioca, por volta das 10h20, de acordo com o Sistema Alerta Rio.

Este novo recorde superou o anterior, estabelecido em 18 de novembro do ano passado, quando a sensação térmica chegou a 59,7ºC no mesmo local. Vale ressaltar que a sensação térmica não se limita apenas à temperatura ambiente, mas também leva em conta a umidade relativa do ar.

A alta temperatura combinada com a umidade elevada foi a responsável por elevar a sensação térmica a níveis extremos. Diante desse cenário excepcional, a prefeitura do Rio de Janeiro destaca a importância de manter-se bem hidratado e evitar exposição prolongada ao sol. Essas medidas preventivas são fundamentais para minimizar os impactos do calor intenso e proteger a saúde da população.

Inmet emite alerta vermelho de grande perigo para nove estados devido a onda de calor abrasadora

Um alerta vermelho é emitido quando há a previsão de um fenômeno meteorológico de “intensidade excepcional

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – No último dia 20, quarta-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou um alerta alarmante em resposta ao aumento significativo das temperaturas que superam as médias históricas. Nove estados brasileiros foram classificados na categoria “vermelho”, indicando uma situação de “grande perigo”. Esses estados incluem: Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Em algumas localidades do país, as temperaturas podem atingir impressionantes 43°C.

Este alerta crítico do Inmet permanecerá em vigor até as 18h deste próximo domingo, dia 24. De acordo com as informações fornecidas, um alerta vermelho é emitido quando há a previsão de um fenômeno meteorológico de “intensidade excepcional, com uma alta probabilidade de resultar em danos substanciais e acidentes graves, representando riscos significativos à integridade física e até mesmo à vida humana”.

O aumento das temperaturas está diretamente relacionado ao fenômeno climático El Niño e à crescente Crise do Clima, desencadeada pela emissão de gases de efeito estufa, que está tornando eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. O El Niño ocorre em intervalos de cinco a sete anos e está associado à redução da intensidade dos ventos alísios, que normalmente sopram dos trópicos em direção à linha do Equador. Isso resulta em uma diminuição da chegada de massas de ar frio no Brasil, contribuindo para o calor intenso e o aumento das temperaturas.

Um dos principais efeitos do El Niño é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, desencadeando uma série de consequências em várias regiões do mundo. Isso inclui condições quentes e secas nas regiões sul e sudeste da Ásia, bem como na Oceania, com destaque para Austrália e Nova Zelândia. As ilhas da região central do Pacífico experimentam aumento no volume de chuvas, enquanto a costa oeste da América do Norte sofre com verões escaldantes e chuvas intensas. Na América Central, o tempo se torna quente e seco, agravando ainda mais as condições meteorológicas extremas em várias partes do planeta.

Lula e Xi Jinping emitem declaração conjunta sobre combate às mudanças climáticas

O encontro entre o presidente Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, resultou em uma declaração conjunta Brasil-China sobre combate às mudanças climáticas. Nessa declaração, ambos os líderes se comprometeram a ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima.

Esse compromisso é extremamente importante, pois o Brasil e a China estão entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, e a cooperação entre esses países pode ter um grande impacto na redução dessas emissões.

Além disso, essa declaração conjunta pode ser um sinal de que a China está disposta a trabalhar com outros países para enfrentar o problema das mudanças climáticas. Como uma das maiores economias do mundo, a China desempenha um papel crucial na luta contra as mudanças climáticas, e a sua disposição em cooperar com outros países é um sinal positivo para o futuro.

Em resumo, a declaração conjunta Brasil-China sobre combate às mudanças climáticas é um passo importante na luta global contra as mudanças climáticas. O compromisso de ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima pode ter um impacto significativo na redução das emissões de gases de efeito estufa, e pode ser um sinal de que a China está disposta a trabalhar com outros países para enfrentar esse problema global.

Leia na íntegra:

  1. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping reuniram-se em Pequim em 14 de abril de 2023. Durante sua conversa, os presidentes Lula e Xi reconheceram que a mudança climática representa um dos maiores desafios de nosso tempo e que o enfrentamento desta crise contribui para construir um futuro compartilhado de prosperidade equitativa e comum para a humanidade.
  2. A comunidade científica internacional tem mostrado, de maneira inequívoca, que a atividade humana está mudando o sistema climático global e criando novos desafios para o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos têm responsabilidade histórica pelas emissões de gases de efeito estufa e devem assumir a liderança na ampliação das ações climáticas, alcançando a neutralidade climática antes de 2050, fornecendo financiamento climático e respeitando o direito ao desenvolvimento e o espaço político dos países em desenvolvimento.
  3. O Brasil e a China enfatizam a necessidade de combinar uma ação urgente para o clima com a conservação da natureza para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo a erradicação da pobreza e da fome, sem deixar ninguém para trás.
  4. Brasil e China comprometem-se a ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima, bem como esforços conjuntos para uma melhor governança global no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), de acordo com a equidade e o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais, no contexto do desenvolvimento sustentável, do inalienável Direito ao Desenvolvimento e dos esforços para erradicar a pobreza e a fome.
  5. Sob a égide da UNFCCC, o Acordo de Paris nos oferece um guia para coletivamente manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e para perseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Estamos determinados a fortalecer ainda mais o multilateralismo, inclusive com todos os nossos parceiros dentro do Grupo dos 77 e da China (G77+China), com vistas a um modelo de solidariedade climática que seja coletivo, que rejeite o unilateralismo e as barreiras comerciais verdes, e que esteja firmemente fundamentado em valores de solidariedade e cooperação em nossa comunidade internacional.
  6. Saudamos a mensagem política central da COP27, em particular a necessidade de meios de implementação para os países em desenvolvimento, em momento em que o Acordo de Paris está sendo implementado em conformidade com a melhor ciência disponível e com base na equidade e no princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais.
  7. Os países em desenvolvimento requerem apoio previsível e adequado dos países desenvolvidos, incluindo financiamento climático com escopo, escala e velocidade necessários e comensuráveis, bem como acesso à tecnologia e aos mercados para garantir e possibilitar seu desenvolvimento sustentável. Considerando que a implementação de uma transição justa para uma economia de baixo carbono e resiliente ao clima nos países em desenvolvimento custará trilhões de dólares, como apresentado no primeiro Relatório sobre a determinação das necessidades dos países em desenvolvimento relacionadas à implementação da UNFCCC e de seu Acordo de Paris, continuamos muito preocupados com que o financiamento climático fornecido pelos países desenvolvidos continue a ficar aquém do compromisso de US$ 100 bilhões por ano, como tem acontecido todos os anos desde que a meta foi estabelecida em 2009, mesmo quando o montante real necessário ultrapassava de longe esse compromisso. Exortamos os países desenvolvidos a honrarem suas obrigações não cumpridas de financiamento climático e a se comprometerem com sua nova meta quantificada coletiva que vai muito além do limite de US$ 100 bilhões por ano e fornecer um roteiro claro de duplicação do financiamento da adaptação. Tal provisão de meios de implementação para os países em desenvolvimento é a ambição climática que o mundo precisa para fortalecer a implementação da UNFCCC e de seu Acordo de Paris.
  8. Estamos determinados a contribuir para uma COP28 bem sucedida com o foco na implementação, em Dubai, no final deste ano. Como principal mecanismo para promover a implementação e ambição em todos os aspectos do Acordo de Paris sob a UNFCCC, o Estoque Global deve ser eficaz na avaliação e identificação de lacunas de implementação no âmbito do regime climático, enquanto prospectivamente lança as bases para que os países desenvolvidos assumam a liderança na redução de emissões e preencham as lacunas pendentes nos meios de implementação para os países em desenvolvimento.
  9. Os resultados do Estoque Global e do 6º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) (AR6) serão importantes para informar os países na apresentação de sua próxima rodada de contribuições determinadas nacionalmente (NDCs) ao Acordo de Paris em 2025, de forma determinada nacionalmente e levando em conta as diferentes circunstâncias nacionais, na COP30. A China apoia a candidatura brasileira para sediar a COP30, já que a cúpula de 2025 será fundamental para o próprio futuro da resposta global às mudanças climáticas.
  10. Saudamos os esforços de cientistas brasileiros e chineses para participar ativamente da eleição do Escritório AR7 do IPCC e sua dedicação às avaliações científicas sobre a mudança climática global.
  11. Congratulamo-nos e estamos determinados a continuar nossos respectivos e ambiciosos esforços e progresso climático em nossos países, e nos comprometemos a ampliar, aprofundar e diversificar nossa cooperação bilateral em questões climáticas, em áreas como transição para uma economia global sustentável e de baixo carbono; cidades inteligentes; infraestrutura verde; desenvolvimento de indústrias verdes; energias renováveis, incluindo acesso e apoio a comunidades isoladas; mobilidade elétrica; inovação, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias verdes; e finanças e investimentos verdes. Pretendemos nos engajar de forma colaborativa no apoio à eliminação do desmatamento e da exploração madeireira ilegal global através da aplicação efetiva de suas respectivas leis de proibição de importações e exportações ilegais. Continuaremos a cooperar no desenvolvimento e compartilhamento de tecnologias, incluindo o novo satélite CBERS 6, que permitirá um melhor monitoramento da cobertura florestal. Além disso, promoveremos o intercâmbio de conhecimentos, melhores práticas e outras formas de cooperação para conservação e manejo sustentável das florestas, regeneração e reflorestamento de áreas degradadas.
  12. O Brasil e a China promoverão diálogos políticos e compartilhamento de experiências sobre investimentos e finanças climáticas.
  13. O Brasil e a China decidem estabelecer um Subcomitê de Meio Ambiente e Mudança Climática sob o Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil (COSBAN).
  14. O Presidente Lula agradeceu ao Presidente Xi e ao governo chinês pela calorosa acolhida dada à delegação brasileira durante sua visita.