Sentindo-se prejudicado, agronegócio pressiona Lula por ações após ameaças de Trump sobre tarifas

Parlamentares cobram ação do governo para proteger exportações diante de possível sobretaxa dos EUA

Caso de Política com Metrópoles – O setor do agronegócio no Brasil demonstra crescente preocupação com as recentes ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar produtos brasileiros, e cobra uma postura mais incisiva do governo Lula em defesa do comércio exterior. Parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticam a aparente prioridade dada a temas ambientais em detrimento de medidas para proteger as exportações brasileiras.

A FPA pressiona o presidente Lula e a Casa Civil, liderada por Rui Costa, para que se manifestem publicamente em defesa do agronegócio diante do risco de restrições comerciais impostas pelos Estados Unidos. A insatisfação nos bastidores é evidente, com lideranças do setor argumentando que a atenção do governo está mais voltada para a realização da COP30 em Belém do que para as ameaças protecionistas de Trump.

O deputado Danilo Forte (União-CE) expressou sua preocupação com a falta de políticas públicas direcionadas a aumentar a competitividade do setor. “Há uma inércia do governo em avançar com a abertura de novos mercados e políticas públicas para o nosso comércio exterior”, declarou Forte, enfatizando a necessidade de levar essa pauta ao Congresso.

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), alertou para a possibilidade de o protecionismo americano atingir diretamente o agronegócio brasileiro, setor estratégico para as exportações do país. Lupion ressaltou o histórico de Trump em estender tarifas para além do setor de aço, o que causa “receio” no setor.

“É um movimento que o presidente americano tem feito em todas as negociações. Tem muita bravata também, movimentos feitos para chamar [os demais países] para a mesa de negociação, como nos casos do México, Panamá e Canadá. O Partido Republicano é mais protecionista”, disse Lupion em entrevista ao Metrópoles.

A cobrança do agronegócio surge em um momento em que o setor busca fortalecer sua presença no mercado internacional, especialmente no setor de proteínas animais, um dos principais produtos de exportação do Brasil.

Caso de Política | A informação passa por aqui.

#Agronegocio #Lula #Trump #Tarifas #Exportacao #ComercioExterior #FPA #Protecionismo #COP30 #PoliticaExterna #Economia #Brasil #EstadosUnidos

“O Brasil quer construir a paz” Lula reforça sua posição de mediador na guerra da Ucrânia e Rússia

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva reiterou neste sábado (22) o apoio do Brasil à solução negociada para a paz na Ucrânia, em declaração à imprensa no Palácio de Belém, em Lisboa, onde esteve em encontro com o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.

Em meio à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, que começou em 2014 com a anexação da Crimeia pela Rússia, Lula defendeu a importância de um diálogo pacífico para a resolução do conflito. “Precisamos criar urgentemente um grupo de países que tentem sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz”, afirmou o ex-presidente.

Lula também condenou a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e afirmou que o Brasil é contra a guerra. “É melhor encontrar uma saída em torno de uma mesa do que continuar tentando encontrar a saída num campo de batalha. Se você não fala em paz, você contribui para a guerra”, disse ele.

Além disso, Lula ressaltou o potencial de aumento do fluxo de comércio exterior entre Portugal e Brasil, que atualmente gira em torno dos US$ 6 bilhões. “É preciso que a gente seja mais ousado. E é preciso que tanto nossos empresários quanto nossos ministros conversem mais e projetem perspectivas de futuro no financiamento das nossas indústrias e na produção de novos produtos entre os dois países”, afirmou.

O presidente português, por sua vez, destacou a necessidade da retirada imediata das forças armadas russas do território ucraniano como condição fundamental para ser possível encontrar uma reparação ao povo que sofreu a agressão, mas também como ponto de partida para a construção de uma paz duradoura.

Por fim, ambos reafirmaram o apoio ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. O acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.