Hong Kong sentencia condenações de até sete anos por invasão ao parlamento durante protestos de 2019

Reuters, editado por Caso de Política – No último sábado, um tribunal em Hong Kong proferiu sentenças de prisão que variaram de mais de quatro a quase sete anos para os 12 indivíduos envolvidos em um tumulto de grande repercussão relacionado à invasão do Legislativo da cidade durante os protestos pró-democracia de 2019. O episódio, que ocorreu em 1º de julho de 2019, representou um momento crucial nos protestos que agitaram a cidade contra o governo do Partido Comunista Chinês.

O juiz do tribunal distrital, Li Chi-ho, condenou um dos réus, o renomado ator Gregory Wong, a seis anos e dois meses de prisão após este se declarar inocente. Já os ativistas políticos Ventus Lau e Owen Chow, que se declararam culpados, receberam penas de 54 meses e 20 dias, e 61 meses e 15 dias, respectivamente. Li descreveu o incidente como um golpe sério ao Estado de direito da cidade, evidenciando a gravidade da invasão e suas consequências.

Detalhes do tumulto foram expostos durante o julgamento, incluindo a invasão do edifício legislativo com barricadas de metal, atos de vandalismo e a disseminação de mensagens políticas nos muros. A ex-presidente do sindicato estudantil da Universidade de Hong Kong, Althea Suen, de 27 anos, também foi condenada a quatro anos e nove meses de prisão após se declarar culpada.

Enquanto os réus eram conduzidos para longe da sala do tribunal sob os olhares de familiares e apoiadores emocionados, Chow expressou seu sentimento de responsabilidade e justificativa para suas ações. O ativista defendeu a necessidade de agir em defesa dos direitos básicos, destacando o papel das manifestações como um recurso de voz para os ignorados, em concordância com Martin Luther King.

O ator Gregory Wong, por sua vez, afirmou que sua prisão impactou negativamente sua carreira e comprometeu sua liberdade de expressão. Enquanto isso, outros acusados, como os repórteres Wong Ka-ho e Ma Kai-chung, foram considerados culpados por permanecer nas cercanias da câmara legislativa e receberam multas. O julgamento até então resultou em mais de 10.200 prisões e inúmeras acusações, refletindo a amplitude do movimento de protesto de 2019.

Rubão enfrenta condenações, mas é confirmado em chapa como vice de Guto Volpi para 2024

Erros na gestão de Rubão incluem contratações irregulares e falta de transparência

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – Guto Volpi, prefeito de Ribeirão Pires pelo PL, anunciou oficialmente durante um evento do PRTB no último sábado, dia 27 de maio, que seu atual vice, Rubão Fernandes (PL), será seu companheiro de chapa em uma eventual campanha de reeleição ao governo municipal. O anúncio foi feito na Câmara Municipal da cidade, durante o evento partidário.

“É assim que a gente vai continuar, até o final dessa gestão e Rubão na próxima também”, afirmou Guto em seu discurso.

Assista ao vídeo:

No entanto, a escolha de Rubão como vice levanta polêmicas devido a recentes condenações que ele enfrenta. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) o condenou a devolver valores gastos de forma ilegal durante seu mandato como Presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Pires. Além disso, as contas referentes a 2018 foram rejeitadas pelo TCE, o que pode torná-lo inelegível.

De acordo com o voto do Conselheiro Renato Martins Costa, foram identificados diversos erros cometidos pela gestão de Rubão à frente do legislativo municipal. Entre eles, destacam-se contratações irregulares, uso inadequado de veículos sem comprovação de sua finalidade, falta de planejamento interno, resultados financeiros inconsistentes e falta de transparência, contabilização incorreta de despesas, descrição genérica dos gastos com combustíveis e até mesmo a ausência do Alvará de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento essencial para garantir a segurança predial contra incêndios.

Outro ponto crítico alertado pelo TCE refere-se aos erros relacionados aos funcionários comissionados. Na gestão de Rubão, esses funcionários representavam mais de 64% do total de vagas na Câmara Municipal, um problema que já vinha sendo apontado pelo tribunal desde 2011 e resultou na reprovação das contas do período entre 2011 e 2014. No caso específico de Rubão, também foram identificadas vagas “fantasmas”, ocupadas por indivíduos sem as devidas qualificações para cargos de chefia, mas que recebiam salários como se fossem.

A gestão deixou um déficit financeiro de quase R$ 72.000,00, o que levou a uma advertência à Câmara Municipal e à condenação de Rubão a devolver pelo menos R$ 28.276,17, valor pago ilegalmente a seus assessores.

Nos últimos tempos, Rubão tem discutido com seus aliados mais próximos sobre a possibilidade de não concorrer a nenhum cargo eletivo nas eleições de 2024, especulando nomes que poderiam substituí-lo no pleito do próximo ano.