Alívio no bolso do trabalhador ou golpe no produtor? Medida do Governo divide opiniões sobre o preço dos alimentos

Em meio à alta da inflação, governo zera impostos sobre a cesta básica, mas medida é recebida com críticas e acusações de lobby por parte do agronegócio

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O governo federal zerou as alíquotas de importação sobre diversos produtos da cesta básica, incluindo carne, café, açúcar, milho e azeite, em uma tentativa de conter a inflação dos alimentos. A medida, anunciada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, segue a cartilha econômica clássica de aumentar a oferta para reduzir os preços, buscando aliviar o bolso do consumidor. No entanto, a iniciativa já enfrenta forte oposição de setores do agronegócio, que a consideram “inócua” e prejudicial à produção nacional.

Logo após o anúncio, veículos como a Folha de São Paulo e a CNN Brasil deram voz a associações do agronegócio e lobistas do setor, que criticaram a medida. Argumentam que a escassez global de alimentos tornaria ineficaz a isenção de impostos, já que não haveria produtos importados mais baratos disponíveis no mercado.

A contradição nas críticas, no entanto, não passou despercebida. Enquanto alguns alegam que a medida é inócua, outros, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a criticam sob a perspectiva de que ela trará, sim, produtos importados mais baratos, gerando uma concorrência “desleal” com os produtores nacionais.

“Ora, o governo federal praticando uma concorrência desleal e predatória àqueles que geram a riqueza,” declarou Caiado. A fala de Caiado sugere que a medida pode ter um impacto real no mercado, ao contrário do que alegam outras fontes.

A divergência de opiniões levanta questionamentos sobre os reais interesses em jogo. Se a medida é realmente inócua, como alegam alguns, por que a oposição tão veemente? A crítica de Caiado, por outro lado, sugere que a isenção de impostos pode, de fato, representar uma ameaça aos lucros de produtores que se beneficiam dos altos preços praticados no mercado interno.

Resta saber se a medida do governo terá o efeito desejado de reduzir a inflação dos alimentos ou se será apenas mais um capítulo na disputa entre o governo e o setor do agronegócio. O tempo dirá quem está dizendo a verdade.

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Guerra comercial de Trump causa inflação imediata nos EUA

Tarifas sobre importações de parceiros comerciais geram alta de preços em alimentos, combustíveis e automóveis, impactando o bolso do consumidor americano e gerando incertezas na economia

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A população dos Estados Unidos já sente os efeitos das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos importados do Canadá, México e China. Anunciadas na terça-feira (4) sob o lema “Make America Great Again”, as medidas visam, segundo o presidente, fortalecer o mercado interno e impulsionar a produção nacional. No entanto, o aumento nos preços de produtos essenciais tem pesado no bolso dos consumidores.

Economistas apontam que, após um breve período de otimismo pós-eleitoral, os consumidores demonstram pessimismo crescente em relação à economia do país. Um levantamento do Instituto Peterson de Economia Internacional estima que o “tarifaço” pode representar um custo adicional de mais de US$ 1,2 mil (cerca de R$ 7 mil) por ano para a família norte-americana média.

A empresa de análise de mercado InMarket revelou que os consumidores estão trocando marcas tradicionais por opções mais baratas e diversificando os locais de compra para encontrar melhores ofertas. Até mesmo os consumidores de renda mais alta têm recorrido a marcas econômicas para itens como água engarrafada, vegetais congelados, aves, ovos e queijos.

As novas taxas incluem um aumento de 25% sobre produtos do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, atingindo diretamente aliados estratégicos dos EUA e provocando ameaças de retaliações comerciais.

Segundo Brian Cornell, CEO da rede varejista Target, os consumidores notarão rapidamente a alta de preços em frutas e hortaliças importadas do México, como morangos, bananas e abacates. Dados apontam que os preços dos alimentos subiram 28% desde 2020, com um salto de 0,5% apenas entre dezembro e janeiro, a maior alta mensal em mais de dois anos.

Na região da Nova Inglaterra (Maine, Vermont, New Hampshire, Massachusetts, Connecticut e Rhode Island), o preço da gasolina deve subir entre 20 e 40 centavos por galão nos próximos dias, segundo Patrick De Haan, analista-chefe da GasBuddy, devido à dependência de refinarias canadenses para abastecimento de combustíveis e óleo de aquecimento.

O setor automobilístico também será severamente afetado. Os novos impostos impactam a importação de veículos prontos, motores, transmissões e componentes essenciais para a produção de carros nos EUA, que já estão próximos de níveis recordes. A General Motors, maior montadora dos EUA, será uma das mais prejudicadas, pois cerca de 40% de seus veículos na América do Norte são produzidos em fábricas no Canadá e no México.

O secretário de Comércio, Howard Lutnick, sugeriu que o governo estuda reverter algumas das tarifas aplicadas ao Canadá e ao México, sem fornecer detalhes sobre possíveis flexibilizações.

Diante das incertezas, empresas estão reduzindo contratações, os pedidos na indústria manufatureira caíram e a compra de imóveis desacelerou, indicando um cenário econômico cada vez mais instável.

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Petrobras reduz em 8,1% o preço do gás natural

Os novos valores são resultado da atualização trimestral prevista nos contratos com as distribuidoras

Petrobras anuncio nesta segunda-feira (17) a redução de 8,1% no preço do gás natural a partir de 1º de maio. Segundo a estatal, os novos valores são resultado da atualização trimestral prevista nos contratos com as distribuidoras e estão vinculados às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. No período de janeiro a abril, o petróleo apresentou queda de 8,7%, enquanto o real se valorizou 1,1% em relação ao dólar. Além disso, a parcela referente ao transporte do gás será atualizada anualmente, em maio, com um reajuste de 0,2% baseado na variação do IGP-M.

A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelos portfólios de suprimento de cada distribuidora, suas margens e tributos federais e estaduais. As tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas.

Com a redução anunciada, o gás vendido pela Petrobras às distribuidoras acumula uma redução de 19% no ano. A estatal informa, ainda, que a atualização do preço do gás natural não afeta o preço do gás de cozinha (GLP), envasado em botijões ou vendido a granel.