Desafios e incertezas no avanço das obras do Terminal Rodoviário de Ribeirão Pires

Atrasos, falta de segurança e mudanças causam desconforto na população

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – As obras de modernização do Terminal Rodoviário de Ribeirão Pires, iniciadas em maio de 2022, enfrentam obstáculos significativos, mantendo a comunidade em suspense quanto à conclusão do projeto. Até o momento, a entrega permanece sem previsão clara, gerando críticas à gestão municipal.

O atraso na revitalização do terminal destaca um desafio para a administração local, resultando em um espaço que permanece em estado de abandono. Relatos da população apontam para a falta de segurança, presença de mau cheiro e ausência notável de funcionários municipais na área.

A segurança nos arredores do Terminal Rodoviário é outro ponto crítico. Residentes relatam desconforto ao aguardar o ônibus na região, destacando a sensação de vulnerabilidade devido à falta de iluminação e alterações no tempo de espera causadas pelas obras.

A mudança nos pontos de ônibus durante as obras é alvo de críticas, com moradores apontando a falta de comunicação sobre as mudanças.

A Prefeitura de Ribeirão Pires informa que as obras estão dentro do prazo estabelecido, sem especificar a data de conclusão e ignorando as críticas sobre a falta de funcionários. O prefeito Guto Volpi havia inicialmente prometido a entrega em setembro, justificando o atraso devido às chuvas.

A presença de uma placa do governo estadual na obra levanta incertezas, com o prazo de 32 meses para a conclusão estendendo-se até dezembro de 2024.

Com um investimento total de R$ 5 milhões, a execução da obra está a cargo da empresa MThomaz Engenharia, vencedora da licitação, com R$ 4,5 milhões provenientes do Estado (Dadetur – Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos) e cerca de R$ 500 mil de contrapartida da prefeitura.

Esses R$ 4,2 milhões fazem parte de um total de R$ 400 milhões alocados pelo governo de SP para firmar novos acordos em todo o estado

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – O Estado de São Paulo destinou R$ 4,2 milhões para Ribeirão Pires, visando estabelecer novos acordos de melhoria na infraestrutura turística. Este financiamento faz parte de uma alocação mais ampla de recursos, que beneficiará 10 municípios adicionais na Região Metropolitana. Estes incluem as estâncias turísticas de Embu das Artes e Salesópolis, bem como os Municípios de Interesse Turístico (MITs) de Guararema, Juquitiba, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Santa Isabel e São Bernardo do Campo.

Região Metropolitana de São Paulo 
R$ 16.701.720,64
EMBU DAS ARTES  R$ 5.513.034,37
GUARAREMA  R$ 571.081,63
JUQUITIBA R$ 571.081,63
MAIRIPORÃ R$ 571.081,63
MOGI DAS CRUZES R$ 571.081,63
PIRAPORA DO BOM JESUS R$ 571.081,63
POÁ R$ 571.081,63
RIBEIRÃO PIRES  R$ 4.284.797,86
SALESÓPOLIS R$ 2.335.235,37
SANTA ISABEL R$ 571.081,63
SÃO BERNARDO DO CAMPO R$ 571.081,63

Os fundos foram disponibilizados pelo Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), vinculado à Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo (Setur-SP). O Secretário de Turismo, Roberto de Lucena, enfatiza a vantagem da proximidade com a capital, que proporciona um fluxo constante de visitantes durante todo o ano e favorece viagens de curta duração. Ele também destaca a diversidade de atrativos, que abrange desde aspectos religiosos até atividades de ecoturismo. Segundo ele, esses recursos irão impulsionar a vocação natural dos municípios.

Esses R$ 4,2 milhões fazem parte de um total de R$ 400 milhões alocados pelo governo de São Paulo para firmar novos acordos em todo o estado. Esses fundos são direcionados a projetos que visam aprimorar a qualidade e infraestrutura de estâncias, como Salesópolis, localizada a apenas 105 km da capital e considerada o berço do Rio Tietê, bem como municípios turísticos como Pirapora do Bom Jesus, famoso por seu Santuário.

O investimento no setor turístico tem desempenhado um papel crucial no crescimento econômico do estado. De acordo com o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), a movimentação financeira do turismo em São Paulo deve atingir R$ 276,5 bilhões, contribuindo com 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Entre janeiro e setembro, o Dadetur realizou 460 repasses de recursos para convênios de obras em andamento, totalizando R$ 212,6 milhões. Esses repasses beneficiaram 188 municípios, incluindo 121 MITs e 67 estâncias turísticas. Este é o maior volume de repasses já registrado pelo Dadetur nos primeiros nove meses do ano, se comparado a anos anteriores. Além disso, foram inauguradas 75 obras, totalizando R$ 46 milhões em investimentos.

O governo do Estado de São Paulo também lançou uma iniciativa inovadora, o CrediturSP, que é considerado o maior e mais completo serviço de acesso ao crédito turístico no Brasil. Este programa oferece um montante substancial de R$ 4 bilhões em recursos para fomentar o desenvolvimento do turismo em todo o estado, acompanhado de serviços de consultoria e orientação tanto para agentes públicos como privados. Com essa alocação de recursos e iniciativas, o turismo em São Paulo está em ascensão, consolidando seu papel fundamental na economia estadual.