Ribeirão Pires adota programa “Educa por Elas” para erradicar a sombra da violência contra a mulher

Educação como arma contra a violência de gênero: Ribeirão Pires lança programa “Educa por Elas”

Repórter ABC | Luís Caerlos Nunes – Em um ato simbólico realizado nesta terça-feira (04), Ribeirão Pires deu um importante passo na luta contra a violência de gênero. A cidade promulgou a Lei nº 6.864, que estabelece o programa “Educa por Elas” no Sistema de Ensino do Município, com o objetivo de educar para prevenir e erradicar a violência contra a mulher.

Idealizada pelo Vereador Archeson Teixeira, essa nova lei representa um marco na busca por uma sociedade mais igualitária e segura para as mulheres. A partir de agora, as instituições de ensino públicas e privadas de educação básica de Ribeirão Pires deverão incluir conteúdos essenciais sobre igualdade de gênero e combate à violência nos planejamentos bimestrais.

O programa “Educa por Elas” tem como propósito principal promover uma reflexão crítica dentro das escolas, buscando dissolver as raízes da violência de gênero antes mesmo que elas germinem. Para isso, serão abordados temas e atividades específicas, abrangendo desde os direitos das mulheres até as múltiplas faces da violência que as afetam.

Com a aplicação da lei, as escolas de Ribeirão Pires se tornarão verdadeiros cenários de conscientização e inspiração. Diversas estratégias educacionais serão utilizadas, como aulas expositivas, rodas de conversa, teatro, pintura, escultura, desenho, filmes, leitura e interpretação de textos e livros. Tais abordagens despertarão a curiosidade dos alunos, estimulando o conhecimento e a disseminação de valores de respeito e igualdade.

Além disso, o programa prevê a participação dos estudantes em ações, programas e projetos, pesquisa, palestras, criação de materiais educativos, como cartilhas e cartazes, debates, visitas a órgãos e instituições especializadas, júris simulados, análises estatísticas e até mesmo o desenvolvimento de soluções tecnológicas e a elaboração de propostas legais, políticas públicas e projetos de ação.

Nessa jornada rumo à igualdade de gênero, as escolas de Ribeirão Pires se tornarão verdadeiras forjas de mudança, engajando alunos, professores e toda a comunidade em uma transformação profunda. O programa estimulará a participação ativa de cada indivíduo, desconstruindo estereótipos, combatendo o preconceito e apoiando as vítimas de violência.

A lei “Educa por Elas” é apenas o começo de uma revolução educacional que coloca Ribeirão Pires na vanguarda da igualdade de gênero. Por meio desse programa inovador, a cidade estabelece uma base sólida para a conscientização, a empatia e a ação concreta contra a violência.

Ribeirão Pires se destaca como um exemplo a ser seguido, impulsionando outros municípios a adotarem medidas firmes no combate à violência contra a mulher. Ao promulgar a lei “Educa por Elas”, a cidade demonstra sua determinação em enfrentar esse problema social e promover mudanças significativas.

A iniciativa de Ribeirão Pires não apenas enfatiza a importância da educação como ferramenta fundamental na prevenção da violência de gênero, mas também ressalta a responsabilidade coletiva de toda a comunidade em promover uma sociedade mais igualitária e segura para as mulheres.

Ao compartilhar experiências bem-sucedidas e resultados positivos alcançados por meio do programa “Educa por Elas”, Ribeirão Pires inspira outros municípios a seguirem o mesmo caminho e adotarem políticas educacionais e ações concretas para erradicar a violência contra a mulher em suas próprias comunidades.

O compromisso de Ribeirão Pires em quebrar correntes, romper barreiras e construir um futuro de respeito e igualdade é um exemplo claro de como é possível combater a violência de gênero por meio da educação, da conscientização e da ação coletiva.

Essa abordagem integrada, que envolve estudantes, educadores, órgãos governamentais, instituições especializadas e toda a sociedade, fortalece o movimento em direção à igualdade de gênero e estabelece um precedente encorajador para outros locais seguirem.

Ao se unir ao programa “Educa por Elas”, outras cidades terão a oportunidade de criar ambientes escolares seguros e inclusivos, onde a igualdade de gênero seja valorizada, os direitos das mulheres sejam respeitados e a violência seja prevenida.

A mensagem que Ribeirão Pires transmite é clara: o combate à violência contra a mulher é uma responsabilidade coletiva e exige ações concretas. Através de programas educacionais como o “Educa por Elas”, é possível envolver e capacitar jovens e adultos na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.

À medida que mais municípios seguirem o exemplo de Ribeirão Pires, a luta pela igualdade de gênero ganhará impulso e o alcance da conscientização será ampliado. A união desses esforços contribuirá para a construção de um futuro onde todas as mulheres possam viver sem medo, com seus direitos assegurados e sua dignidade valorizada.

Portanto, é fundamental que outras localidades se inspirem na determinação e na visão progressista de Ribeirão Pires, adotando medidas firmes e efetivas para promover a igualdade de gênero e erradicar a violência contra a mulher. Somente por meio de uma ação coletiva e comprometida será possível transformar a realidade e criar um mundo mais seguro e justo para todos.

Câmara de Ribeirão Pires aprova projeto de lei do vereador Lau Almeida que garante acompanhante para mulheres em consultas e exames

Projeto foi aprovado por unanimidade e é mais uma garantia para os direitos das mulheres na cidade

Repórter ABC | Luís Carlos Nunes – A Câmara Municipal da Estância Turística de Ribeirão Pires aprovou, de forma unânime, nesta quinta-feira (27), o Projeto de Lei n.º 0007/2023, de autoria do vereador Lau Almeida, que visa garantir o direito de acompanhante às mulheres em consultas, cirurgias, partos e exames, incluindo os ginecológicos, nos estabelecimentos públicos e privados de saúde da cidade.

O Projeto de Lei determina ainda, que as mulheres têm o direito de ter uma pessoa de sua livre escolha como acompanhante, em situações médicas específicas. O acompanhante pode ser solicitado pela própria mulher a ser atendida e deve estar presente no local.

Além disso, o Projeto de Lei estabelece que todos os estabelecimentos de saúde devem informar sobre o direito à acompanhante em local visível e de fácil acesso para as pacientes.

Com a aprovação desta medida, as mulheres de Ribeirão Pires passam a contar com mais uma importante garantia em relação aos seus direitos de acesso à saúde. A iniciativa do vereador Lau Almeida é digna de destaque, pois visa promover o bem-estar das mulheres na cidade.

A proposta segue para a sanção do prefeito Guto Volpi.

Igreja Católica dá passo em direção à igualdade de gênero: mulheres poderão votar no Sínodo dos Bispos

Pontífice também cria grupo de representantes não-bispos para o Sínodo, Decisão mostra esforço do papa em incluir participação feminina na Igreja

O papa Francisco anunciou uma medida histórica nesta quarta-feira (26), permitindo que mulheres possam votar na reunião global de bispos em outubro deste ano, durante o Sínodo dos Bispos, evento que discute e decide questões ideológicas e regimentais da Igreja Católica. Antes, as mulheres só podiam participar do Sínodo como auditoras, sem direito a voto.

A decisão foi um pedido antigo das mulheres e uma mostra do esforço do papa em incluir a participação feminina nas decisões da Igreja Católica. Além disso, o pontífice também solicitou a inclusão de um grupo de 70 pessoas, que não são bispos, mas representantes de coletivos com alguma relação à Igreja Católica, para participarem ativamente do Sínodo. O colegiado será formado por indivíduos escolhidos a partir de uma lista com 140 nomes recomendados por sete conferências internacionais de bispos. O Vaticano recomendou que metade dos nomes sejam de mulheres.

O Sínodo dos Bispos acontecerá de 4 a 29 de outubro deste ano e, segundo o cardeal Mario Grech, secretário-geral do secretariado geral do sínodo, a decisão não é uma revolução, mas sim uma importante mudança. O papa Francisco já havia indicado em 2021 a freira Alessandra Smerilli ao segundo cargo mais alto no escritório de desenvolvimento do Vaticano e Raffaelle Petrini ao segundo cargo mais alto no governo, o de secretária-geral de governança.