Luís Eduardo Magalhães registra queda de 54,5% em casos de dengue, mas prevenção ainda é essencial

Apesar da redução expressiva dos casos de dengue nas primeiras seis semanas de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, autoridades sanitárias reforçam a necessidade de manutenção das medidas preventivas. Especialistas alertam que a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo fundamental para evitar novos surtos e proteger a população

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O número de casos prováveis de dengue em Luís Eduardo Magalhães apresentou uma redução significativa de 54,55% nas primeiras seis semanas de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, foram registrados 15 casos neste ano, contra 33 no ano anterior. O resultado reflete os esforços contínuos das autoridades sanitárias e da população no controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses

Em 2023, os registros foram ainda menores, com apenas 2 casos no mesmo intervalo, evidenciando a oscilação da incidência ao longo dos anos. Mesmo com a redução atual, especialistas alertam para a necessidade de intensificar medidas preventivas para evitar novos surtos.

Perfil dos infectados e impactos na comunidade
Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses

Entre os casos prováveis de 2025, a maioria dos pacientes se identifica como parda (80%), enquanto 6,7% são brancos e 13,3% não informaram raça/cor. A predominância feminina também se mantém expressiva, com 73% dos casos, distribuídos entre diversas faixas etárias, principalmente entre 20 e 39 anos. No grupo masculino (27%), as ocorrências estão mais equilibradas entre diferentes idades.

Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses

Os dados reforçam a necessidade de campanhas direcionadas a todos os públicos, destacando medidas de prevenção e controle da proliferação do mosquito.

Ao final de abril de 2024, a prefeitura municipal de Luís Eduardo Magalhães inaugurou a Unidade LEM Contra a Dengue com o objetivo é otimizar os atendimentos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e separar os casos de síndromes gripais comuns do Outono dos suspeitos de Dengue. O local conta com recepção, triagem, dois consultórios médicos e uma sala de medicação, além de uma equipe formada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

A secretaria de saúde do município orienta que procurem a unidade os pacientes com dor de cabeça, fadiga, cansaço, dores musculares e/ou articulares, febre, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo, dor retro orbital (fundo dos olhos).

De acordo com a prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, as ações práticas de combate e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika tiveram início em dezembro de 2024, antecipando o período das chuvas.

Como combater a dengue e outras arboviroses

A melhor forma de evitar a dengue, chikungunya e zika é eliminar criadouros do mosquito. Para isso, recomenda-se:

  • Evitar água parada: Tampar caixas d’água, eliminar recipientes que acumulam líquido e limpar calhas regularmente.
  • Usar repelentes e telas: Proteger-se contra picadas utilizando produtos específicos e instalando barreiras físicas nas janelas.
  • Descartar corretamente resíduos: Pneus, garrafas e outros objetos devem ser descartados ou armazenados de forma segura para não acumularem água.
  • Participar de mutirões: Engajar-se em ações comunitárias de combate ao mosquito ajuda a reduzir focos e conscientizar a população.

A significativa queda nos casos em 2025 é um avanço, mas o combate à dengue exige vigilância constante. Manter hábitos preventivos e buscar atendimento médico ao surgirem sintomas são atitudes essenciais para proteger a saúde pública.

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Surtos de dengue têm ligação com aumento de temperatura de oceano; entenda

Um recente estudo publicado na revista Science destaca uma preocupante correlação entre o aumento da temperatura do oceano Índico e o aumento de surtos de dengue em diferentes partes do mundo. Os pesquisadores analisaram dados de casos de dengue e registros de temperatura oceânica ao longo de três décadas, identificando uma associação direta entre o aquecimento das águas e o aumento da incidência da doença.

A pesquisa, liderada por Huaiyu Tian, do Centro para Mudança Global e Saúde Pública da Universidade Normal de Pequim, ressalta a importância de compreender como as mudanças climáticas podem influenciar a propagação de doenças transmitidas por vetores, como a dengue. Tian observa que, dada a falta de vacinas amplamente eficazes e tratamentos específicos para a dengue, a modelagem e a pesquisa de previsão desempenham um papel crucial no combate à doença.

Os dados analisados abrangem casos anuais de dengue em 46 países do Sudeste Asiático e do continente americano, bem como informações mensais de incidência da doença em 24 países, incluindo o Brasil, entre 2014 e 2019. Os resultados revelam que o aumento das temperaturas oceânicas está correlacionado com um aumento nos casos de dengue, com destaque para o Índice do Aumento da Temperatura do Oceano Índico (IOBW), que mostrou uma influência significativa nos surtos.

Ao contrário de estudos anteriores que se concentraram principalmente nas temperaturas locais, esta pesquisa adotou uma abordagem mais ampla, considerando as mudanças climáticas globais e seu impacto nas temperaturas locais em várias regiões do mundo. Isso é fundamental para entender melhor os padrões de propagação da dengue e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e resposta a surtos.

A análise ressalta que o aquecimento do oceano Índico tem um impacto global nas dinâmicas climáticas locais, criando condições favoráveis para a reprodução e propagação dos mosquitos transmissores da dengue. Essa descoberta é particularmente relevante para regiões tropicais, como o Brasil, onde a dengue é endêmica e onde a incidência da doença pode aumentar significativamente em resposta ao aquecimento das águas.

Embora os resultados do estudo forneçam insights valiosos, os pesquisadores destacam a necessidade de validar essas conclusões e considerar outros fatores, como medidas de controle de vetores e vacinação em massa, para aprimorar a capacidade preditiva do modelo e garantir uma resposta eficaz a futuros surtos de dengue.

DCM