STF homologa acordo e encerra disputa judicial sobre presidência da CBF

STF confirma Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF após disputa judicial, garantindo estabilidade na entidade e evitando sanções da FIFA

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou, nesta sexta-feira (21), um acordo que reconhece Ednaldo Rodrigues como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão do ministro Gilmar Mendes põe fim à batalha judicial que questionava a eleição de Rodrigues, realizada em março de 2022.

O acordo foi firmado entre a CBF, cinco dirigentes da entidade e a Federação Mineira de Futebol (FMF), e recebeu parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Advocacia-Geral da União (AGU), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que havia acionado o STF para discutir a constitucionalidade da Lei Pelé e da Lei Geral do Esporte.

A decisão reforça a liminar concedida anteriormente por Gilmar Mendes, que já garantia a permanência de Ednaldo Rodrigues no cargo. No ano passado, uma determinação da Justiça do Rio de Janeiro afastou Rodrigues da presidência da CBF, mas a decisão foi revogada pelo ministro do STF.

A disputa teve início em dezembro de 2023, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu pelo afastamento de Ednaldo Rodrigues, alegando irregularidades na sua eleição. O processo envolveu uma Ação Civil Pública do Ministério Público contra as eleições realizadas pela CBF em 2017. Em resposta às contestações, a CBF assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em 2022, que resultou na nova eleição vencida por Rodrigues.

A retirada de Rodrigues do cargo foi solicitada por ex-vice-presidentes da CBF que perderam suas posições com a assinatura do TAC. O TJ-RJ considerou o acordo ilegal, o que levou à intervenção do STF.

Na análise do caso, Gilmar Mendes destacou que a FIFA não reconheceu o interventor nomeado pelo TJ-RJ, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), e alertou sobre os riscos de sanções internacionais ao futebol brasileiro. Havia preocupação, inclusive, com a participação da seleção masculina olímpica no torneio pré-olímpico, caso a entidade não tivesse um representante legitimado globalmente.

Com a homologação do acordo pelo STF, Ednaldo Rodrigues se mantém no comando da CBF e a entidade encerra um dos períodos mais conturbados de sua história recente.

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Fernando Diniz será o novo técnico interino da seleção brasileira de futebol

Treinador conciliará atuação no escrete canarinho e no comando do Flu

Repórter ABC – Em uma decisão anunciada na noite de terça-feira (4) na sede da CBF, no Rio de Janeiro, Fernando Diniz, atual treinador do Fluminense, foi escolhido como o novo técnico interino da seleção brasileira masculina de futebol. O contrato terá a duração de um ano, a partir de setembro, coincidindo com o início dos jogos das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Nesse período, ele comandará a equipe nacional em amistosos e também na Copa América. Diniz substituirá Ramon Menezes, técnico interino que assumiu a seleção em junho deste ano, com um histórico de duas derrotas (contra Marrocos e Senegal) e uma vitória (contra Guiné) nos três primeiros amistosos do ano.

Diniz expressou sua felicidade com o convite e a convocação, afirmando que dará o seu melhor pela CBF e pelo futebol brasileiro. O treinador considera um sonho realizado estar ao lado de grandes jogadores, alguns dos quais foram seus atletas quando mais jovens, mencionando Bruno Guimarães e Antony. Ele continuará treinando o Fluminense ao mesmo tempo em que estará à frente da seleção brasileira.

A duração do vínculo de Diniz com a seleção está alinhada com a expectativa de contratação do técnico italiano Carlos Ancelotti para assumir a equipe brasileira no próximo ano. Ancelotti tem contrato com o Real Madrid (Espanha) até junho de 2024.

De acordo com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, Diniz será convocado para treinar a seleção nos períodos das Datas Fifa, quando os jogos no Brasil são interrompidos. O objetivo é evitar conflitos com as atividades do treinador à frente do time carioca. A contratação foi possível após negociações entre a CBF e Mário Bittencourt, presidente do Fluminense.

Rodrigues enfatizou que Diniz foi escolhido devido ao seu trabalho inovador, destacando que sua proposta de jogo é semelhante à do técnico que assumirá após a Copa América, Carlos Ancelotti. Ambos possuem uma abordagem tática similar.

Com informações da Reuters.